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AULA_05_-_Fibro_Edema_Geloide

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FIBRO EDEMA 
GELÓIDE (FEG) 
Profa. Renata Cappellazzo 
 
DEFINIÇÃO 
Existe uma inadequação no conceito de FEG 
 
Há muito tempo vem sendo denominado 
como celulite 
 
Celulite: inflamação da célula 
 
É um termo incorreto, sendo que são 
corretos os termos: 
 
Fibro edema gelóide (FEG) 
 
Lipodistrofia ginóide (LDG) 
 
Paniculite adiposa 
 
Paniculose, etc. 
DEFINIÇÃO 
A denominação fibro edema gelóide tem-se 
demonstrado como conceito mais adequado 
para descrever tal alteração 
 
Fisiopatologicamente, várias hipóteses tem 
sido propostas para explicar tal disfunção, 
entretanto, até o momento nenhuma foi 
aceita como definitiva 
 
Sem dúvida, trata-se de uma desordem 
localizada que afeta o tecido dérmico e 
subcutâneo, com alterações vasculares e 
lipodistrofia com resposta esclerosante, que 
resulta no inestético aspecto macroscópico 
DEFINIÇÃO 
O FEG trata-se de um tecido mal-oxigenado, 
subnutrido, desorganizado e sem 
elasticidade, resultante de um mau 
funcionamento do sistema circulatório e das 
consecutivas transformações do tecido 
conjuntivo 
 
As alterações teciduais podem ser divididas 
em 04 fases histológicas 
Primeira Fase 
 
Um acúmulo patológico de lipídeos se desenvolve 
nos adipócitos causando hipertrofia adipocitária e 
empurrando o núcleo para a periferia 
 
Ocorre um atraso na drenagem do líquido 
intercelular 
 
O tecido fica inundado, congesto 
 
Ocorre compressão dos vasos sangüíneos, com 
conseqüente dilatação e distensão da parede 
vascular, aumentando assim a permeabilidade 
vascular com conseqüente extravasamento de 
líquido seroso para o tecido conjuntivo, gerando 
um maior aumento da pressão e congestão 
Segunda Fase 
 
O líquido que extravasa para o tecido conjuntivo é 
rico em resíduos celulares, que atuam como 
corpo estranho 
 
Estes resíduos provocam reações químicas, 
tentativas de defesa contra tais elementos 
estranhos 
 
Ocorre o espessamento dos septos interlobulares, 
proliferação de fibras colágenas 
 
O tecido torna-se espesso e adquire uma 
consistência gelatinosa, cada vez mais densa à 
medida que o tempo passa 
Terceira Fase 
 
Origina-se um verdadeiro tecido fibroso, 
muito denso, que envolve e comprime 
todos os elementos do tecido conjuntivo, 
artérias, veias e nervos, formando uma 
barreira contra as trocas vitais 
 
Tal organização fibrosa passa a ser a 
causa do FEG 
Quarta Fase 
 
Nota-se um espessamento do tecido 
conjuntivo interadipocitário 
 
O tecido fibroso torna-se cada vez mais 
cerrado, endurece continuamente e, com o 
tempo torna-se esclerosado, ou seja, 
torna-se um tecido muito duro, firme, 
aprisionando os produtos nutritivos, 
residuais, a água e os lipídeos 
 
Com o endurecimento tecidual ocorre uma 
irritação contínua nas terminações 
nervosas, resultando em dores à palpação 
ETIOPATOGENIA 
De maneira geral pode-se delinear uma 
etiologia para o fibro edema gelóide, 
enumerando e subdividindo os fatores que 
provavelmente desencadeiam o processo em 
03 classes: 
 
Fatores Predisponentes 
 
Fatores Determinantes 
 
Fatores Condicionantes 
FATORES PREDISPONENTES 
Podem predispor ao FEG 
 
Genéticos 
 
Idade 
 
Sexo 
 
Desequilíbrio hormonal 
FATORES DETERMINANTES 
São fatores que tornam o indivíduo um 
acesso fácil para desenvolver o FEG 
 
Stress, fumo sedentarismo 
 
Desequilíbrios glandulares 
 
Perturbações metabólicas do organismo 
de um modo geral (diabetes) 
 
Maus hábitos alimentares 
 
 
FATORES CONDICIONANTES 
A partir dos fatores citados, criam-se 
perturbações hemodinâmicas locais, 
que podem: 
 
Aumentar a pressão capilar 
 
Dificultar a reabsorção linfática 
 
Favorecer a transudação linfática nos 
espaços intersticiais 
SEXO 
A mulher possui um número 2 vezes 
maior de adipócitos 
 
O corpo feminino tem tendência ao 
acúmulo de gordura nos glúteos e 
coxas (áreas “ginóides”) 
 
O corpo masculino tem tendência ao 
acúmulo de gordura no abdome 
 
IDADE 
É um dos fatores de predileção para o 
desenvolvimento e evolução da obesidade e 
FEG 
 
Na mulher, qualquer aumento de tecido 
adiposo, com a idade, tende a depositar-se 
nas zonas de preferência dos estrogênios, 
sobretudo nos braços, quadris, glúteos e 
coxas 
IDENTIFICAÇÃO 
DO FEG 
Aspectos clínicos e 
 epidemiológicos 
 
A incidência é maior na raça branca quando 
comparado com a raça negra e amarela 
 
As 04 evidências clínicas encontradas na 
palpação do FEG são conhecidas como 
“Tétrade de Ricoux”: 
 
Aumento da espessura do tecido celular subcutâneo 
Maior consistência tecidual 
Maior sensibilidade à dor 
Diminuição da mobilidade por aderência aos planos 
mais profundos 
 
 
Os sinais patológicos do FEG são 
facilmente verificáveis por testes 
simples e seguros 
 
Em certos estágios não é necessário 
teste algum, basta olhar 
 
Inspeção 
 
Deve ser feita com a paciente em posição 
ortostática 
 
A posição de decúbito não é adequada 
(ação da gravidade) 
 
Palpação 
 
Dois testes devem ser realizados para 
confirmar o diagnóstico de FEG: 
 
“TESTE DE CASCA DE LARANJA” 
Pressiona-se o tecido adiposo entre os dedos polegar 
e indicador ou entre as palmas das mãos, e a pele se 
parecerá com uma casca de laranja, com aparência 
rugosa 
 
“TESTE DE PREENSÃO” ou “PINCH TEST” 
Após a preensão da pele juntamente com a tela 
subcutânea entre os dedos, promove-se um 
movimento de tração. Se a sensação dolorosa for 
mais incômoda do que o normal, este também é um 
sinal de FEG, onde já se encontra alteração de 
sensibilidade 
 
http://www.fisiohoje.hpg.ig.com.br/imagem/imageFFT.jpg
Na palpação das regiões atingidas, 
podemos notar, rolando entre os dedos, 
numerosos nódulos muito duros, que 
são os nódulos do infiltrado tecidual 
 
Além disso, encontra-se um aumento 
local de sensibilidade dolorosa, 
aumento do volume e da consistência 
do tecido celular subcutâneo, além da 
deformação da pele e dos tecidos pelas 
aderências 
LOCALIZAÇÕES PREFERENCIAIS 
O FEG pode atingir qualquer parte do 
corpo, exceto as palmas das mãos, 
planta dos pés e couro cabeludo 
 
São atingidas com maior freqüência: 
 
Porção superior das coxas 
Porção interna dos joelhos 
Região abdominal 
Região glútea 
Porção superior dos braços 
ESTÁGIOS DO FEG 
Segundo Ulrich, as lesões teciduais 
surgem em 03 estágios, subdivididos 
segundo a gravidade de cada um: 
 
FEG grau 1 (brando) 
 
FEG grau 2 (moderado) 
 
FEG grau 3 (grave) 
FEG GRAU I (Brando) 
Somente é percebido pela compressão 
do tecido entre os dedos ou pela 
contração muscular voluntária 
 
Nesta fase, o FEG ainda não é visível 
somente à inspeção, e não há alteração 
da sensibilidade à dor 
FEG GRAU II (Moderado) 
As depressões são visíveis mesmo 
sem a compressão dos tecidos, 
sujeitas, portanto, a ficarem ainda mais 
aparentes mediante a compressão dos 
mesmos 
 
Pode haver alteração da sensibilidade 
à dor 
FEG GRAU III (Grave) 
O acometimento tecidual pode ser observado 
quando o indivíduo estiver em qualquer 
posição, ortostática ou em decúbito 
 
A pele fica enrugada e flácida 
 
A aparência, por apresentar-se cheia de 
relevos, assemelha-se a um “saco de nozes” 
 
A sensibilidade à dor está aumentada 
 
As fibras do conjuntivo estão quase 
totalmente danificadas 
O FEG bando é sempre curável, o 
moderado é freqüentemente curável e o 
grave é considerado incurável, ainda 
que passível de melhora 
 
Os estágios do FEG não são 
totalmente delimitados, podendo 
ocorrer uma sobreposição de graus em 
uma mesma área de uma mesma 
paciente 
TRATAMENTO 
O tratamento do FEG envolve diversos 
profissionais, sendo que existe uma gama de 
tratamentos e recursos que, quando 
perfeitamente integrados, proporcionam bons 
resultados 
 
É um distúrbio de etiologia multifatorial; 
sendo assim, os melhores resultados são 
obtidos com procedimentos variados e 
complementares entre si, sendo aindamuito 
importante a orientação da paciente para 
uma manutenção e/ou complementação 
doméstica 
O principal fator na obtenção de um 
bom resultado terapêutico é o correto 
diagnóstico aliado à escolha do melhor 
recurso para a terapia em questão 
TRATAMENTO 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
Lipoaspiração superficial, com rompimento 
de bandas fibrosas e liberação da gordura 
projetada 
 
Subcisão (subcision) 
 
Desloca-se as fibras de alto teor fibrótico 
 
Inicia-se com a anestesia tópica com 
vasoconstritor, em seguida um estilete especial do 
tipo agulha é inserido na pele, sendo 
movimentado em “leque” no plano desejado, 
seccionando os septos fibrosos até que os 
mesmos deslizem livremente pelo tecido 
ESTILETE ESPECIAL PARA 
EXECUÇÃO DA TÉCNICA DE 
SUBCISÃO 
CIRURGIA DE SUBCISÃO 
Sequelas da subcisão: 
 
Fibroses nodulares (coincidentes com os 
pontos de incisão) 
 
Depressões teciduais 
 
Discromias 
 
Cicatrizes hipertróficas ou queloideanas 
 
Infecções 
 
Abcessos 
 
REABILITAÇÃO PÓS-CIRÚRGICA 
Drenagem linfática nos MMII, abdome, região lombar 
e glútea (melhora a cicatrização e previne o edema) 
 
Gelo nas primeiras 24h 
 
US após 24h, na freqüência de 3 MHz, com 
intensidade média de 0,4 a 0,6 W/cm2 no modo 
contínuo ou pulsado a 50% (atenua os hematomas, 
diminuindo o risco de fibrose) 
 
Massagem de fricção e/ou amassamento circular, 
desde que não promova novas petéquias ou 
hematomas 
 
Laser após 24h, com densidade de energia de 8 
J/cm2 de forma pontual (estimulação do processo de 
cicatrização) 
TERAPIA NUTRICIONAL 
Dieta alimentar hipocalórica, orientada 
por profissional competente 
TERAPIA MEDICAMENTOSA 
Mesoterapia ou intradermoterapia 
 
Utiliza a derme como receptora e difusora de 
pequenas quantidades de medicamentos 
 
Consiste em efetuar múltiplas injeções 
intradérmicas de uma mistura de diferentes 
substâncias farmacológicas 
 
É uma mistura composta de enzimas, 
vasodilatadores e substâncias que auxiliam no 
metabolismo do tecido conjuntivo 
 
O composto é injetado com aplicador tipo pistola, 
o qual porta uma agulha, geralmente de 4mm 
 
ATIVOS FARMACOLÓGICOS 
Atuam no tecido conjuntivo ou na microcirculação, 
podendo ser utilizados por via tópica, sistêmica ou 
transdérmica 
 
Dentre os princípios atuantes na microcirculação 
temos os extratos vegetais de hera e a castanha da 
índia, ricos em saponinas, além de ginkgo biloba e 
rutina 
 
Atuação sobre o tecido adiposo  metilxantinas 
(teobromina, teofilina, aminofilina, cafeína, etc. 
 
Com ação sobre o tecido conjuntivo destacam-se o 
silício (regula o metabolismo) e a Centella asiática 
(regula a estruturação das formas fibrilares 
conectivas) 
ENZIMAS DE DIFUSÃO 
Consiste na difusão de substâncias medicamentosas 
no organismo 
 
Como o FEG é caracterizado por uma 
hiperpolimerização de mucopolissacarídeos da 
substância fundamental amorfa, as enzimas 
utilizadas no seu tratamento são 
mucopolissacaridases e hialuronidades com ação 
despolimerizante 
 
As enzimas podem ser encontradas na forma de 
comprimidos, supositórios, injetáveis e cremes 
 
São administradas pelo fisioterapeuta de 02 formas: 
 
Corrente contínua (ionização) 
 
Ultra som (fonoforese) 
TERAPIA FÍSICA 
A atividade física é de extrema importância no 
tratamento de estados lipodistróficos 
 
O sedentarismo contribui para o agravamento do 
FEG, pois: 
 
Diminui a massa muscular e aumenta a massa gordurosa 
 
Aumenta a flacidez músculo-tendínea 
 
Diminui o mecanismo de bombeamento muscular dos MMII, 
dificultando o retorno venoso e linfático 
 
O tecido afetado pelo FEG é mal-oxigenado e mal 
nutrido, pelo fato da circulação sangüínea e linfática 
ser deficiente 
FISIOTERAPIA 
DERMATOFUNCIONAL 
 
Correntes 
excitomotoras 
 
Eletrolipoforese 
 
Endermologia 
 
 
 
 
Vacuoterapia 
 
Ultrassom 
 
Drenagem linfática 
manual 
 
Radiofrequência

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