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Resumo do caṕıtulo 4 do livro Barbara Ryden[1] Raphael Gomes Sousa 11 de março de 2022 1 Dinâmica Cósmica Em um universo homogêneo e isotrópico, mas que pode se expandir ou contrair com o tempo, tudo o que você precisa saber sobre a curvatura é dado por k, R0 e a(t). A constante de curvatura k dá o sinal da curvatura: positivo (k = +1), negativo (k = −1) ou plano (k = 0). Se k é diferente de zero, então R0 é o raio de curvatura do universo, medido no momento atual (t = t0). Finalmente, o fator de escala a(t) informa como as distâncias no universo aumentam com o tempo à medida que o universo se expande, ou diminui com o tempo à medida que o universo se contrai. A escala fator é normalizado de modo que a(t0) = 1 no momento presente. A ideia de que o universo poderia ser curvo, ou não- euclidiano, na verdade antecede a teoria da relatividade geral de Einstein. Já em 1829, meio século antes do nascimento de Einstein, Nikolai Ivanovich Lobachevski, um dos fundadores da geometria não-euclidiana, propôs testes observacionais para demonstrar se o universo era curvo. Em prinćıpio, medir a curvatura do universo é simples; na prática é muito mais dif́ıcil. Em prinćıpio, podeŕıamos determinar a curvatura desenhando um triângulo muito, muito grande e medindo os ângulos α, β, e γ nos vértices. A equação afirma que A é a área do triângulo α+ β + γ = π + kA R20 Se α+ β+ γ > π então o universo é positivamente curvo, se α+ β+ γ < π o universo é negativamente curvo. Se, além disso, nós medirmos a área do triângulo, podemos determinar o raio de curvatura R0. Infelizmente para este elegante plano geométrico, a área do maior triângulo que pode desenhar é muito menor que R20, e o desvio de α+β+γ de π radianos seria muito pequeno para medir. Sobre tudo o que podemos concluir dos argumentos geométricos é que se o universo é curvado positivamente, não pode ter um raio de curvatura R0 que seja significativamente menor que a distância atual do Hubble, c/H0 ≃ 4300Mpc. Para entender porque é assim, lembre-se que se o nosso universo é positivamente curvado, ele tem tamanho finito, com uma circunferência atualmente igual a C0 = 2πR0. No passado, uma vez que nosso universo está expandindo, sua circunferência era ainda menor. Assim, se a circunferência atual C0 for menor que ct0, então os fótons terão tido tempo de circunavegar o universo. 2 A equação de Friedman A equação chave da relatividade geral é equação de campo de Einstein, que é o equivalente relativista da equação de Poisson em dinâmica Newtoniana. equação de Poisson, ∇2Φ = 4πGρ dá uma relação matemática entre o potencial gravitacional em um ponto no espaço e a densidade de massa ρ nesse ponto. Tomando o gradiente do potencial, você determina a aceleração, e então pode calcular a trajetória dos objetos movendo-se livremente pelo espaço. A equação de campo de Einstein, por outro lado, fornece uma relação matemática entre a métrica do espaço-tempo em um ponto e a energia e pressão naquele ponto do espaço-tempo. As trajetórias de objetos em movimento livre então correspondem a geodésicas em espaço-tempo curvo. Em um contexto cosmológico, as equações de campo de Einstein podem ser usadas para encontrar a ligação entre a(t), k e R0, que descrevem a curvatura do universo, e a densidade de energia ε(t) e a pressão P (t) do conteúdo do universo. A 1 equação que une a(t), k, R − 0 e ε(t) é conhecida como equação de Friedmann, em homenagem a Alexander Alexandrovich Friedmann, que primeiro derivou a equação equação em 1922. Friedmann derivou sua equação homônima a partir da equação de campo de Einstein, usando todo o poder da relatividade geral. Mesmo sem trazer relatividade em jogo, alguns (embora não todos) dos aspectos da equação de Friedmann podem ser entendidos com o uso de dinâmicas puramente newtonianas. Para ver como a expansão ou contração do universo pode ser vista do ponto de vista newtoniano, vamos primeiro deduzir o equivalente não relativ́ıstico da equação de Friedmann, começando por Lei da Gravidade de Newton e Segunda Lei do Movimento. Em seguida, indicaremos (sem provas) as modificações que devem ser feitas para encontrar o mais correto, forma geral relativista da equação de Friedmann. Para começar, considere uma esfera homogênea de matéria, com massa total Ms constante com o tempo. A esfera está se expandindo ou contraindo isotropicamente, de modo que seu raio Rs(t) esteja aumentando ou diminuindo com o tempo. Coloque uma massa de teste, de massa infinitesimal m, na superf́ıcie da esfera. A força gravitacional F experimentada pela massa de teste será, da Lei da Gravidade de Newton F = −GMsm Rs(t)2 A aceleração gravitacional na superf́ıcie da esfera será então, a partir da Segunda Lei do Movimento de Newton, d2Rs dt2 = − GMs Rs(t)2 Multiplique cada lado da equação por d Rs/dt e integre para encontrar 1 2 ( dRs dt )2 = GMs Rs(t) + U (I) onde U é uma constante de integração. A equação acima simplesmente afirma que a soma da energia cinética por unidade de massa, Ekin = 1 2 ( dRs dt )2 e a energia potencial gravitacional por unidade de massa Epot = − GMs Rs(t) é constante para um pouco de matéria na superf́ıcie de uma esfera, à medida que a esfera se expande ou contrai sob sua própria influência gravitacional. Como a massa da esfera é constante à medida que ela se expande ou se contrai, podemos escrever Ms = 4π 3 ρ(t)Rs(t) 3 Como a expansão é isotrópica em relação ao centro da esfera, podemos escrever o raio Rs(t) na forma Rs(t) = a(t)rs onde a(t) é o fator de escala e rs é o raio comovente da esfera. Em termos de ρ(t) e a(t), a equação de conservação de energia (I) pode ser reescrita na forma 1 2 r2s ȧ 2 = 4π 3 Gr2sρ(t)a(t) 2 + U (II) Dividindo cada lado da equação (II) por r2sa 2 2 produz a equação ( ȧ a )2 = 8πG 3 ρ(t) + 2U r2s 1 a(t)2 (III) Observe que a derivada temporal do fator de escala só entra na equação (III) como ȧ2; uma esfera em contração (ȧ < 0) é simplesmente a reversão no tempo de uma expansão na esfera (ȧ > 0). Vamos 2 nos concentrar no caso de uma esfera em expansão, análoga ao universo em expansão em que nos encontramos. O futuro da expansão esfera cai em uma das três classes, dependendo do sinal de U. Primeiro, considere caso U > 0. Neste caso, o lado direito da equação (III) é sempre positivo. Portanto, ȧ2 é sempre positivo, e a expansão da esfera nunca pára. Segundo, considere o caso U < 0. Neste caso, o lado direito da equação (III) começa positivo. No entanto, em um fator de escala máxima amax = − GMs Urs o lado direito será igual a zero e a expansão será interrompida. Como ä ainda será negativo, a esfera então se contrairá. Terceiro e, finalmente, considere o caso U = 0. Este é o caso limite em que ȧ −→ 0como t −→ ∞ e ρ −→ 0. A forma correta da equação de Friedmann, incluindo todas os efeitos relativ́ısticas gerais, é ( ȧ a )2 = 8πG 3c2 ε(t)− kc 2 R20 1 a(t)2 (IV ) Observe as mudanças feitas ao passar da forma newtoniana da equação de Friedmann (equação (II)) para a forma relativista correta (equação (IV)). A primeiro mudança é que a densidade de massa ρ foi substitúıda por uma densidade de energia ε dividida pelo quadrado da velocidade da luz. Um dos insights de Einstein foi que em determinando a influência gravitacional de uma part́ıcula, a quantidade importante era não sua massa m, mas sua energia, E = (m2c4 + p2c2) 1 2 Aqui p é o momento da part́ıcula como visto por um observador na posição da localização da part́ıcula, que vê o universo se expandindo isotropicamente ao seu redor. Qualquer movimento que uma part́ıcula tem, além do movimento associado à expansão ou contração do universo, é chamado de movimento peculiar da part́ıcula. Se a é massiva a part́ıcula não é relativista - isto é, se sua velocidade peculiar v é muito menorque c - então seu momento peculiar será p ≃ mv, e sua energia será Enon−rel ≃ mc2(1 + v2/c2) ≃ mc2 + 1 2 mv2 Assim, se o universo continha apenas part́ıculas massivas, movendo-se lentamente, então a densidade de energia ε seria quase igual a ρc2, com apenas uma pequena correção para a energia cinética mv2/2 das part́ıculas. No entanto, fótons e outras part́ıculas sem massa também têm uma energia, Erel = pc = hf que também contribui para a densidade de energia ε. Não só os fótons respondem a curvatura do espaço-tempo, eles também contribuem para isso. A segunda mudança que deve ser feita ao passar da forma newtoniana para a equação de Friedmann para a forma relativ́ıstica correta está fazendo a substituição 2U r2s = −kc 2 R20 A equação de Friedmann é uma equação muito importante na cosmologia. No entanto, se quisermos aplicar a equação de Friedmann ao universo real, devemos ter alguma maneira de vinculá-lo a proprie- dades observáveis. Por exemplo, a equação de Friedmann pode ser ligada à constante de Hubble, H0. Lembre-se, em um universo cuja expansão (ou contração) é descrita por um fator de escala a(t), há uma relação linear entre a velocidade de recessão v e a distância adequada d: v(t) = H(t)d(t) onde H(t) ≡ ȧ/a. Assim, a equação de Friedmann pode ser reescrita na forma H(t)2 = 8πG 3c2 ε(t)− kc 2 R20a(t) 2 para todos os universos com uma métrica de Robertson-Walker cuja expansão ou contração é gover- nado pelas regras da relatividade geral. Em um universo espacialmente plano (k = 0), a equação de Friedmann assume uma forma particularmente simples: H(t)2 = 8πG 3c2 ε(t) 3 Assim, para um dado valor do parâmetro de Hubble, existe uma densidade cŕıtica, εc(t) = 8πG 3c2 H(t)2 Ao discutir a curvatura do universo, é mais conveniente usar não a densidade absoluta ε, mas a razão entre a densidade e a densidade cŕıtica εc. Portanto, ao falar sobre a densidade de energia do universo, os cosmólogos costumam usar o parâmetro de densidade adimensional Ω(t) ≡ ε εc Em termos do parâmetro de densidade, a equação de Friedmann pode ser escrita ainda outra forma: 1− Ω(t) = − kc 2 R20a(t) 2H(t)2 3 As equações de fluido e aceleração Precisamos de outra equação envolvendo a e ε se quisermos resolver a e ε como funções do tempo. A equação de Friedmann, na aproximação newtoniana, é uma declaração de conservação de energia; em particular, diz que a soma da energia potencial gravitacional e a energia cinética de expansão é constante. Conservação de Energia é um conceito geralmente útil, então vamos olhar para outra manifestação do mesmo conceito - a primeira lei da termodinâmica - dQ = dE + PdV onde dQ é o fluxo de calor para dentro ou para fora de uma região, dE é a mudança na energia, P é a pressão e dV é a variação de volume da região. Como dQ = 0 para um volume comovente como o universo expande, a primeira lei da termodinâmica, aplicada ao universo em expansão, reduz-se à forma Ė + PV̇ = 0 (V ) Para concretude, considere uma esfera de raio comovente rs se expandindo junto com a expansão universal, de modo que seu raio próprio seja Rs(t) = a(t)rs. O volume da esfera é V (t) = 4π 3 r3sa(t) 3 então a taxa de variação do volume da esfera é V̇ = 4π 3 r3s(3a 2ȧ) = V (3 ȧ a ) (V I) A energia interna da esfera é E(t) = V (t)ε(t) então a taxa de variação da energia interna da esfera é Ė = V ε̇+ V̇ ε = V (ε̇+ 3 ȧ a ε) (V II) Combinando as equações (V), (VI) e (VII), descobrimos que a primeira lei da termodinamica em um universo em expansão (ou contração) assume a forma V (ε̇+ 3 ȧ a ε+ 3 ȧ a P ) = 0 Ou ε̇+ 3 ȧ a (ε+ P ) = 0 (V III) A equação acima é chamada de equação do fluido e é a segunda das principais equações que descrevem a expansão do universo. A equação de Friedmann e a equação do fluido são afirmações sobre conservação 4 de energia. Combinando os dois, podemos derivar uma equação de aceleração que informa como a expansão do universo acelera ou desacelera com o tempo. A equação de Friedmann (equação (IV)), multiplicada por a2, assume a forma ȧ2 = 8πG 3c2 εa2 − kc 2 R20 Tomando os rendimentos da derivada do tempo 2ȧä = 8πG 3c2 (ε̇a2 + 2εaȧ) Dividindo por 2aȧ nos diz ä a = 4πG 3c2 (ε̇ a ȧ + 2ε) Usando a equação do fluido (equação (VIII)), podemos fazer a substituição ε̇ a ȧ = −3(ε+ P ) para encontrar a forma usual da equação da aceleração, ä a = −4πG 3c2 (ε+ 3P ) (IV ) Observe que se a densidade de energia ε é positiva, então ela fornece uma aceleração negativa - isto é, ela diminui o valor de ȧ e reduz a velocidade relativa de qualquer dois pontos do universo. A equação de aceleração também inclui a pressão P, associado ao material que preenche o universo. 4 Equações de Estado Para resolver o fator de escala, densidade de energia e pressão como uma função do tempo cósmico, precisamos de outra equação. O que precisamos é de uma equação de estado isto é, uma relação matemática entre a pressão e a densidade de energia das coisas que enchem o universo. Se ao menos tivéssemos uma relação da forma P = P (ε) Em geral, as equações de estado podem ser assustadoramente complicadas. Matéria condensada os f́ısicos frequentemente lidam com substâncias nas quais a pressão é uma função não linear da densidade. Felizmente, a cosmologia geralmente lida com gases, para os quais a equação de estado é simples. Para substâncias de importância cosmologia, a equação de estado pode ser escrita em uma forma linear simples: P = wε onde w é um número adimensional. Considere, por exemplo, um gás de baixa densidade de part́ıculas massivas não relativ́ısticas. Não relativ́ıstico, neste caso, significa que os movimentos térmicos aleatórios das part́ıculas de gás têm velocidades peculiares que são pequenas em comparação com a velocidade da luz. Tal gás não relativ́ıstico obedece à lei do gás perfeito, P = ρ µ kT onde µ é a massa média das part́ıculas de gás. A densidade de energia ε de um gás não relativ́ıstico é quase inteiramente contribúıda pela massa das part́ıculas de gás: ε ≃ ρc2. Assim, em termos de ε, a lei do gás perfeito é P ≃ kT µc2 ε Para um gás não relativ́ıstico, a temperatura T e a raiz quadrada média térmica velocidade < v2 > estão associados pela relação 3kT = µ < v2 > 5 Um gás de fótons, ou outras part́ıculas sem massa, é garantido como relativ́ıstico. Embora os fótons não tenham massa, eles têm momento e, portanto, exercem pressão. A equação de estado dos fótons, ou de qualquer outro gás relativ́ıstico, é Prel = 1 3 εrel Alguns valores de w são de particular interesse. Por exemplo, o caso w = 0 é de interesse, porque sabemos que nosso universo contém matéria não relativ́ıstica. O caso w = 13 é interessante, porque sabemos que nosso universo contém fótons. Para simplificar, vamos nos referir ao componente do universo que consiste em part́ıculas não relativ́ısticas (e, portanto, tem w ≡ 0) como “matéria”, e o componente que consiste em fótons e outras part́ıculas relativ́ısticas (e, portanto, tem w = 13 ) como ”radiação.”O caso w < − 13 é de interesse, porque um componente com w < − 1 3 fornecerá uma aceleração positiva (ä > 0 na equação (IV)). Um componente do universo com w < − 13 é por vezes referido genericamente como “energia escura” (uma frase cunhada pelo cosmólogo Michael Turner). Uma forma de energia escura é de interesse especial; algumas evidências observacionais, que revisaremos no futuro caṕıtulos, indica que nosso universo pode conter uma constante cosmológica. Uma constante cosmológica pode ser definida simplesmente como um componente do universo que tem w = −1 e, portanto, tem P = −ε. A constante cosmológica, também designada pela letra grega Λ, teve uma história controversa, e ainda é objeto de debate. 5 Aprendendo a amarLambda Einstein observou que algumas estrelas estão se movendo em nossa direção e que outras estão se afastando de nós, sem evidência de que a galáxia está se expandindo ou contraindo. A evidência incompleta dispońıvel para Einstein o levou a acreditar que o universo é estático - nem se expandindo nem se contraindo - e que tem um efeito positivo de densidade de energia, mas pressão despreźıvel. Einstein então teve que fazer a pergunta: “Pode um universo cheio de matéria não relativista, e nada mais, seja estático?” A resposta para esta pergunta é não!”Um universo contendo nada além de matéria deve, em geral, seja em expansão ou em contração. A razão pela qual isso é verdade pode ser ilustrado em um contexto newtoniano. Se a densidade de massa do universo é ρ, então o potencial gravitacional é dado pela equação de Poisson: ∇2Φ = 4πGρ A aceleração gravitacional −→a em qualquer ponto no espaço é então encontrada tomando o gradiente do potencial −→a = − −→ ∇Φ Em um universo estático, −→a deve desaparecer em todos os lugares do espaço. Assim, o potencial deve ser constante no espaço. No entanto, se for constante, então ρ = 1 4πG ∇2Φ = 0 O único universo estático permitido, nesta análise, é um universo totalmente vazio. Se você criar um universo cheio de matéria que é inicialmente estático, então a gravidade causará isso para se contrair. Se você criar um universo cheio de matéria que está se expandindo inicialmente, então ele se expandirá para sempre (se a energia newtoniana U for maior ou igual para zero) ou atingir um raio máximo e então colapsar (se U < 0). Tentando fazer um universo cheio de matéria que não se expande ou colapsa é como jogar uma bola no ar e esperando que ele pairasse ali. Como Einstein superou esse problema? Como ele reconciliou o fato de que o universo contém matéria com seu desejo de um universo estático? Basicamente, ele acrescentou um fator de falsificação para as equações. Em termos newtonianos, o que ele fez foi análogo reescrever a equação de Poisson na forma ∇2Φ+ Λ = 4πGρ O novo termo, simbolizado pela letra grega , passou a ser conhecido como constante cosmológica. Observe que ele tem dimensionalidade (tempo)−2. Apresentando na equação de Poisson permite que o universo seja estático se você definir = 4πGρ. Em termos relativ́ısticos gerais, o que Einstein fez foi adicionar um termo adicional, envolvendo , à sua equação de campo (o equivalente relativ́ıstico da 6 equação de Poisson). Se a equação de Friedmann é derivada da equação de campo de Einstein, com o termo adicionado, torna-se ( ȧ a )2 = 8πG 3c2 ε(t)− kc 2 R20a(t) 2 + Λ 3 A equação do fluido não é afetada pela presença de um termo, então ela ainda tem o Formato ε̇+ 3 ȧ a (ε+ P ) = 0 Com o termo presente, a equação da aceleração se torna ä a == 4πG 3c2 (ε+ 3P ) + Λ 3 Uma olhada na equação de Friedmann nos diz que adicionar o termo é equivalente a adicionar um novo componente ao universo com densidade de energia εΛ ≡ c2 8πG Λ Se permanece constante com o tempo, então sua densidade de energia associada ε. A equação do fluido nos diz que para ter ε constante com o tempo, o termo deve ter uma pressão associada PΛ = −εΛ = − c2 8πG Λ Ao introduzir um termo em suas equações, Einstein obteve o universo modelo estático que ele queria. Para que o universo permaneça estático, tanto ȧ quanto ä devem ser iguais a zero. Se ä = 0, então em um universo com densidade de matéria ρ e constante cosmológica, a equação de aceleração se reduz a 0 = −4πG 3 ρ+ Λ 3 Assim, Einstein teve que definir Λ = 4πGρ para produzir um universo estático, assim como no caso newtoniano. Se ȧ = 0, a equação de Friedmann (62) se reduz a 0 = 8πG 3 ρ− kc 2 R20 + Λ 3 = 4πGρ− kc 2 R20 O modelo estático de Einstein, portanto, teve que ser curvado positivamente (k = +1), com um raio de curvatura R0 = c 2(πGρ) 1 2 = c Λ 1 2 Referências [1] Ryden, B. Introduction to cosmology. 7 Dinâmica Cósmica A equação de Friedman As equações de fluido e aceleração Equações de Estado Aprendendo a amar Lambda
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