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Lista 15 - Mecânica Clássica 1 Raphael Gomes Sousa 6 de abril de 2022 1 Exerćıcio 4.6.1 do Livro Temos que considerar 2 planos perpendiculares. Sendo assim, tomamos os planos xy e yz. Aplicando a demonstração do Lema 1, temos que por simetria para xy, ρ(x, y,−z) = ρ(x, y, z) e para yz, ρ(−x, y, z) = ρ(x, y, z). Sendo assim, para o plano xy, temos Ixz = − ∫∫∫ V xzρ(x, y, z)dxdydz = 0 = Iyz Onde Iyz = − ∫∫∫ V yzρ(x, y, z)dxdydz = 0 Analogamente para o plano yz, temos Iyx = − ∫∫∫ V yxρ(x, y, z)dxdydz = 0 = Izx Onde Izx = − ∫∫∫ V zxρ(x, y, z)dxdydz = 0 Por simetria, Iij = Iji Portanto ficamos com os eixos principais para I1 eI2 como sendo I1 = Ixx Ixy IxzIyx Iyy Iyz Izx Izy Izz = Ixx Ixy 0Iyx Iyy 0 0 0 Izz 1 Para I2, temos I2 = Ixx Ixy IxzIyx Iyy Iyz Izx Izy Izz = Ixx 0 00 Iyy Iyz 0 Izy Izz Portanto, os autovetores para I1 é dado por I1 = ξ1ξ2 ξ3 = 00 1 Analogamente, para I2 I2 = ξ1ξ2 ξ3 = 00 1 Portanto provamos o Lema 2. 2 O cubo do Exemplo 4.6.1 do livro é posto a girar em torno da aresta que coincide com o eixo z. Determine o vetor momento angular do cubo e o ângulo que ele faz como vetor velocidade angular. Temos que o momento angular é dado por: L = ←→ I · ω Onde temos, L = Lx + Ly + Lz, sendo os L para cada coordenada dado por: Lx = I11 + I12 + I13 Ly = I21 + I22 + I23 Lz = I31 + I32 + I33 Como no exemplo o cubo apenas gira em torno de z, então obtemos em forma matricial a seguinte forma LxLy Lz = I11 I12 I13I21 I22 I23 I31 I32 I33 · 00 ω Assim, encontramos os Lx, Ly, Lz como sendo Lx = Ixz · ω Ly = Iyz · ω Lz = Izz · ω Aplicando os valores dados pelo exemplo 4.6.1 do livro, ficamos com Lx = − ∫ a 0 ∫ a 0 ∫ a 0 xzρdxdydz = − ∫ a 0 ∫ a 0 ∫ a 0 xy M a3 dxdydz = −1 4 Ma2 · ω E por simetria Ly = − 1 4 Ma2 · ω E por fim, Lz = ∫ a 0 ∫ a 0 ∫ a 0 (x2 + y2)ρdxdydz = 2 3 Ma2 · ω 2 Somando os valores encontrados, temos por fim −→ L = −1 4 Ma2 · ωî−−1 4 Ma2 · ωĵ + 2 3 Ma2 · ωk̂ Para encontrarmos o valor do ângulo que o momento angulas faz com a velocidade angular, temos o produto escalar dado po L · ω = |L| · |ω|cosα L1ω1 + L2ω2 + L3ω3 = √ L21 + L 2 2 + L 2 3 · ωcosα Como ω1eω2 são iguais a 0, sobra apenas o L3ω3, ficamos com cosα = L3ω3 ω √ L21 + L 2 2 + L 2 3 = 2 √ 72 3 √ 41 = 0, 88 Apicando o arccos, temos α ≃ 28, 35 3 Os momentos principais de inércia I1, I2, I3 de um corpo ŕıgido em relação ao centro de massa são todos distintos. Se o cen- tro de rotação do corpo passar a ser um ponto O deslocado de um vetor s em relação ao centro de massa, mostre que apenas se s for ao longo de um dos eixos 1, 2, 3 é que os eixos principais de inércia passando pelo ponto O serão paralelos aos eixos 1, 2, 3. O vetor s é dado por s = sxî+ sy ĵ + sz k̂, Portanto vamos ter x = ξ1 − s1, y = ξ2 − s2, z = ξ3 − s3 E os produtos de inércia portanto, Ixy = −ρ ∫ v xydv = −ρ ∫ v (ξ1 − s1)(ξ2 − s2)dv I12 + ρs1 ∫ v ξ2dv + ρs2 ∫ v ξ1dv − ρs1s2 ∫ v dv Onde I12 = 0, ∫ v ξ1dv = ∫ v ξ2dv, ρ ∫ v dv = M Assim, chegamos em Ixy = −Ms1s2 que é igual a Iyx por simetria. De modo análogo, para Ixz, Ixz = −ρ ∫ v xzdv = −ρ ∫ v (ξ1 − s1)(ξ3 − s3)dv = −Ms1s3 que é igual a Izx por simetria. E para Iyz Iyz = −ρ ∫ v yzdv = −ρ ∫ v (ξ2 − s2)(ξ3 − s3)dv = −Ms2s3 3 que é igual a Izy por simetria. A matriz de inércia em relação a O tem a forma, I = Ixx −Ms1s2 −Ms1s3−Ms1s2 Iyy −Ms2s3 −Ms1s3 −Ms2s3 Izz Sendo s apenas ao longo de um dos eixos, temos que os outros 2 eixos serão iguais a 0. Tomando agora s1 e s2 iguais a zero, sendo assim, escolhendo o eixo z, temos: x = 0, y = 0, z = ξ3 − s3 Ficamos com os produtos de inércia sendo Ixy = −ρ ∫ v xydv = −ρ ∫ v (0)(0)dv = 0 = Iyx Ixz = −ρ ∫ v xzdv = −ρ ∫ v (0)(ξ3 − s3)dv = 0 = Izx Iyz = −ρ ∫ v yzdv = −ρ ∫ v (0)(ξ3 − s3)dv = 0 = Izy Portanto ficamos apenas com os momentos de inércia na matriz, I = Ixx 0 00 Iyy 0 0 0 Izz Sendo assim, temos que a matriz está diagonalizada, o que nos dá que I1 = Ixx, I2 = Iyy, I3 = Izz. 4 Mostre que cada momento de inércia nunca é maior do que a soma dos outros dois. Podemos verificar da seguinte forma Ixx = ∫ v (y2 + z2)ρdv, Iyy = ∫ v (x2 + z2)ρdv, Izz = ∫ v (y2 + x2)ρdv Portanto somando os termos, ficamos com Ixx + Iyy = ∫ v (y2 + z2)ρdv + ∫ v (x2 + z2)ρdv = ∫ v (y2 + x2)ρdv + ∫ v 2z2ρdv = Izz + ∫ v 2z2ρdv Ixx + Izz = ∫ v (y2 + z2)ρdv + ∫ v (y2 + x2)ρdv = ∫ v (x2 + z2)ρdv + ∫ v 2y2ρdv = Iyy + ∫ v 2y2ρdv Iyy + Izz = ∫ v (x2 + z2)ρdv + ∫ v (y2 + x2)ρdv = ∫ v (y2 + z2)ρdv + ∫ v 2x2ρdv = Ixx + ∫ v 2x2ρdv Portanto a soma de 2 momentos de inércia sempre é maior do que o restante. 5 Determine os eixos e momentos principais de inércia em relação ao vértice de um cone homogêneo de altura h e raio da base R. Sabendo que o centro de massa do cone encontra-se a uma distância 3h/4 do vértice, obtenha os ei- xos e momentos principais de inércia em relação ao centro de massa. Visto que o cône é homogêneo, temos que a densidade é a mesma para qualquer ponto. Sendo assim, a densidade ρ é dada por ρ = M V = 3M πR2h 4 Agora transformando x,y e z em coordendas polares, temos x = rcosθ, y = rsenθ, z = z Primeiramente definimos os momentos de inércia, visto que o cone é simétrico para x e y, podemos afirmar que Ixx = Iyy. Sendo assim, podemos encontrar os momentos de inércia. Izz = ∫ v (y2+x2)ρdv = ∫ h 0 ∫ 2π 0 ∫ R 0 (r2sen2θ+r2cos2θ)rρdrdθdz = ∫ v (r3)ρdrdθdz = 2πR4h 4 ρ = 3R2M 2 Agora para Ixx, Ixx = Iyy = ∫ h 0 ∫ 2π 0 ∫ R 0 (r2cos2θ + z)rρdrdθdz = M(h2 + 3 4 R2) Agora calculando os produtos de inércia, temos Ixy = − ∫ h 0 ∫ 2π 0 ∫ R 0 r3cosθsenθρdrdθdz = 0 = Iyx Ixz = − ∫ h 0 ∫ 2π 0 ∫ R 0 r2cosθρdrdθdz = 0 = Izx Iyz = − ∫ h 0 ∫ 2π 0 ∫ R 0 r2senθρdrdθdz = 0 = Izy Portanto temos a matriz I dada por I = M (h2 + 34R2) 0 00 (h2 + 34R2) 0 0 0 3R 2 2 Os eixos escolhidos na questão já são os eixos principais de inércia, assim como os momentos. Pelo teorema dos eixos paralelos temos que a distância do centro de massa ao eixo quadrado é dada por (n̂×R)2, portanto: I = ICM + (n̂×R)2 Assim, temos Izz = ICM + 0 = ICMz = 3R2 2 Ixx = ICMx + 9Mh2 16 = Iyy Onde ICMx = ICMy, temos portanto ICMx = ICMy = M( 7h2 16 + 3 4 R2) 5 Exercício 4.6.1 do Livro O cubo do Exemplo 4.6.1 do livro é posto a girar em torno da aresta que coincide com o eixo z. Determine o vetor momento angular do cubo e o ângulo que ele faz como vetor velocidade angular. Os momentos principais de inércia I1, I2, I3 de um corpo rígido em relação ao centro de massa são todos distintos. Se o centro de rotação do corpo passar a ser um ponto O deslocado de um vetor s em relação ao centro de massa, mostre que apenas se s for ao longo de um dos eixos 1, 2, 3 é que os eixos principais de inércia passando pelo ponto O serão paralelos aos eixos 1, 2, 3. Mostre que cada momento de inércia nunca é maior do que a soma dos outros dois. Determine os eixos e momentos principais de inércia em relação ao vértice de um cone homogêneo de altura h e raio da base R. Sabendo que o centro de massa do cone encontra-se a uma distância 3h/4 do vértice, obtenha os eixos e momentos principais de inércia em relação ao centro de massa.
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