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Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 1 CURSO PROCURADOR DA PREFEITURA DE BELO HORIZONTE Direito Tributário Professora: Juliana Frederico – www.julianafrederico.com.br Facebook: Professora Juliana Frederico Instagram: @prof_julianafrederico e-mail: julianafredericofontes@gmail.com (Assunto do e-mail: Procurador BH) 16/02/17 Ø Edital 1. Sistema Tributário Nacional (arts. 145 a 162 – CF) 1.1. Competência tributária 1.2. Limitações (princípios e imunidades) 1.3. Repartição de receitas 2. Tributo 2.1. Conceito 2.2. Espécies 3. Competência (retoma o tópico 1) 4. ao 8. Código Tributário Nacional (Lei 5.172/66) Livro I (art. 1º ao 95) Livro II (art. 96 ao 208) – CAI 9. ao 11. Impostos em espécie (retoma o tópico 2.2) 12. Processo administrativo tributário – NOVIDADE – PROCESSO TRIBUTÁRIO Probabilidade de não cobrar o processo específico municipal, posto que não previsto expressamente no edital. 13. Processo judicial tributário – CAI 13.1. Ação de execução fiscal Podem ser cobrados os embargos da execução fiscal, uma vez que se encontra na lei. 13.2. Ação cautelar fiscal (Lei 8783/92) 13.3 e seguintes. Ações típicas do contribuinte 13.9. Ações constitucionais (Conteúdo detalhado afeto à matéria de Direito Constitucional) 13.10. Ação civil pública Há jurisprudência dizendo que o Ministério Público não pode discutir sobre Ação Civil Pública Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 2 14. Simples Nacional (LC 123) – CONTEÚDO EXTENSO Outrora não caía, todavia atualmente caiu. 15. Ilícitos tributários administrativos e penais (Lei 8137) Ilícito administrativo – baixa probabilidade de cair. Ilícito penal – baixa probabilidade de cair. IMPORTANTE: Comprar vade mecum tributário da Editora Rideel de Direito Tributário - “Capa Roxa” (edição atual, posto que as alterações não poderão ser cobradas na prova – há remissões às súmulas). Ø Tributo 1. Conceito 1.1. Considerações iniciais A Constituição não está dizendo que o tributo é criado por lei complementar. A maioria dos tributos vigentes foram criados por lei ORDINÁRIO. A lei complementar define, “é o dicionário” do tributo. Conceito definido no art. 3º do Código Tributário1. (1) Código Tributário: Formalmente, é lei ordinária. Todavia, com a Constituição Federal passou a ter status/força de Lei Complementar. Assim, materialmente é considerado como Lei Complementar Desta feita, não pode ser modificado por lei ordinária, mas somente por lei complementar. Art. 146 - CF. Cabe à lei complementar: III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; 1.2. Definição Art. 3º - CTN - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 3 1.2.1. Elementos/características 1ª) Pecuniária Deve ser paga em espécie. Proibido tributo in natura. Contraexemplo. 1/5 do ouro ia para a Coroa Portuguesa (Inconfidência Mineira). 2ª) Compulsória Decorre da supremacia do interesse público na arrecadação. Não há elemento volitivo. Por causa desta característica, TARIFA NÃO É TRIBUTO, posto que firmada mediante contrato, ainda que de adesão. 3º) Não é sanção A Lei definirá a hipótese de incidência que, por sua vez, previrá o fato gerador. O fato gerador será sempre referente a uma situação LÍCITA. Ex. Patrimônio e renda (fato gerador LÍCITO). A circunstância que ocasionou fato gerador é irrelevante em razão do princípio do pecunia non olet1 (“dinheiro não cheira”). Ex1. Imóvel adquirido com renda do tráfico de drogas (ILÍCITO) é IRRELEVANTE, posto que a lei não está tributando o tráfico de drogas, mas sim o imóvel. Ex2. Imóvel adquirido com renda LÍCITA da advocacia. Ex3. Exercício ILEGAL da advocacia/medicina, recolhe-se ISS. Neste caso, o Estado não tem que devolver, posto que a atividade, ainda que ilegalmente, foi exercida. Contraexemplo. Não se pode tributar o jogo do bicho. (1) Princípio do pecunia non olet: A cláusula tributária chamada pecunia non olet ou non olet (não tem cheiro) estabelece que, para o fisco, pouco importa se os rendimentos tributáveis tiveram ou não fonte lícita ou moral.[1] A origem do instituto está na criação de um tributo, pelo Imperador Vespasiano, para a utilização de banheiros públicos. A taxa foi extinta, mas restabelecida pelo Imperador Vespasiano. Os historiadores romanos Suetônio e Dião Cássio contam que quanto Tito reclamou com seu pai da natureza imoral da taxa e que ela faria com que a cidade ficasse fedendo, Vespasiano pegou uma moeda de ouro e disse Non olet (não tem cheiro).[2] Conceitualmente, de acordo com os princípios da isonomia e da da razoabilidade, não é razoável tratar desigualmente pessoas que produziram riquezas de mesmo montante, e que estariam, portanto, em situações iguais.[3] Segundo o jurista Ricardo Lobo Torres, "...se o cidadão pratica atividades ilícitas com consistência econômica, deve pagar o tributo sobre o lucro obtido, para não ser agraciado com tratamento desigual frente às pessoas que sofrem a incidência tributária sobre os ganhos provenientes do trabalho honesto ou da propriedade legítima".[4] Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 4 - Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pecunia_non_olet Interpretação objetiva do tributo: Art. 118 - CTN. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. Princípio da isonomia: Art. 150 - CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 4ª) Legalidade (art. 150, inciso I – CF) A maioria dos tributos pode ser criada por lei ordinária ou medida provisória1, 2 e 3. Ex. Governador e prefeito podem editar medida provisória para instituir, respectivamente, imposto estadual e municipal (princípio da simetria – presidente pode, demais também), devendo haver previsão na Constituição Estadual acerca da elaboração de medida provisória para o governador e, para o prefeito, deve haver, também, previsão na lei orgânica do município. Piauí PODE, Tocantins PODE, Minas Gerais NÃO PODE, Belo Horizonte NÃO PODE. Contraexemplo (vide item (2) e (3) abaixo). Lei orgânica no município de Consolação (Minas Gerais) previa possibilidade de edição de medida provisória. Ajuizada ADI da lei orgânica em face Constituição Estadual que, por sua vez, foi julgada pelo TRIBUNAL DE JUSTIÇA (não é STF), sendo aquela julgada inconstitucional. Art. 150 - CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; (1) Medida provisória federal:Art. 62 - CF. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 5 (2) Medida provisória estadual: Art. 25 - CF. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995) STF: Se, para gás canalizado NÃO pode editar medida provisória, para o restante pode, inclusive instituição de tributos. (3) Medida provisória municipal: Art. 29 - CF. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: IMPORTANTE: - Somente 4 tributos dependem de lei complementar: a) Empréstimo compulsório (art. 148 – CF) Nesta forma, AINDA NÃO FOI INSTITUÍDO. Art. 148 - CF. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. Art. 150 - CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; (Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993) Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 6 Súmula 418 - STF O empréstimo compulsório não é tributo1, e sua arrecadação não está sujeita à exigência constitucional da prévia autorização orçamentária. (1) ESTE TRECHO NÃO VALE MAIS, POSTO QUE EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO É TRIBUTO (inclusive pro CESPE) b) Imposto sobre grandes fortunas (art. 153, VII – CF) Art. 153 - CF. Compete à União instituir impostos sobre: VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. c) Impostos “residuais” Art. 154 - CF. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não- cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; Ex1. Imposto sobre aeronaves e embarcações (atualmente não existe e preenche todos os requisitos). Ex2. Imposto de locação de bens moveis (não “esbarra no ISS”) – Localiza. d) Contribuições seguridade residuais Essa contribuição residual PODE SER IGUAL A IMPOSTO. Só não pode ser igual às hipóteses previstas no art. 195, uma vez que a interpretação da remissão não pode ser literal, mas sim mutatis mutandis. “Imposto residual tem que ser diferente de imposto.” “Contribuição residual tem que ser diferente de contribuição.” Art. 195 - CF. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (NÃO PODE SER IGUAL) a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (NÃO PODE SER IGUAL) b) a receita ou o faturamento; (NÃO PODE SER IGUAL) c) o lucro; (NÃO PODE SER IGUAL) II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 7 III - sobre a receita de concursos de prognósticos. (NÃO PODE SER IGUAL) IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (NÃO PODE SER IGUAL). § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. Art. 154 - CF. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; CUIDADO: O imposto de guerra não necessita de lei complementar, podendo ser criado, inclusive, por medida provisória. Já o empréstimo de guerra somente pode ser criado por lei complementar. Nota: A Constituição NÃO cria tributos, mas somente estabelece competência para a criação destes. 5ª) Cobrança é vinculada NÃO existe DISCRICIONARIEDADE. Auditor fiscal é OBRIGADO a lançar, a não ser que a LEI dispense. O Procurador é OBRIGADO a ajuizar a execução fiscal, a não ser que a LEI dispense. Art. 142 - CTN. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 8 2. Espécies tributárias/classificação dos tributos (Quanto à espécie e quanto ao fato gerador) 2.1. Espécies tributárias/classificação quanto à espécie Até a CF/88, somente existiam três espécies de tributo (teoria tripartite), quais sejam: a) Taxa b) Contribuição de melhoria art. 5º - CTN c) Impostos Todavia, a constituição instituiu mais duas espécies: Teoria quinquipartite (STF) d) Empréstimos compulsórios (art. 148 – CF) e) Contribuições especiais (art. 149 – CF) Assim, o STF entendeu que, atualmente, adota-se a teoria quinquipartite. 2.2. Classificação quanto ao fato gerador 2.2.1. Tributo de fato gerador vinculado (à atuação estatal) Aquele que, para que haja a obrigação de pagar, deve haver uma contraprestação do Estado. DEPENDEM DE CONTRAPRESTAÇÃO (“referibilidade”). Para Sacha Calmon, trata-se de tributos sinalagmáticos. serviço 2.2.1.1. Taxas melhoria 2.2.1.2. Contribuição de melhoria à obra pública A obra pública deve beneficiar, de forma específica, o contribuinte. 2.2.2. Tributo de fato gerador não vinculado (à atuação estatal) Não depende de contraprestação. Tributa-se o “fato do contribuinte”. Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 9 2.2.2.1. Impostos (art. 16– CTN) Ex. Não se paga IPVA para ter estrada boa, mas sim porque se tem um carro. Nada impede que seja vinculado, todavia a vinculação não é necessária. Art. 16 - CTN. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 10 23/02/17 3. Taxas 3.1. Competência comum Todos entes podem instituir, quais sejam, União, Estados, Distrito Federal, Municípios, desde que dentro das disposições Constitucionais. Art. 145 - CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; 3.2. Fato gerador É vinculado à atuação estatal. “AQUELE ENTE QUE ATUAR, QUE TIVER/EXERCER A CONTRIBUIÇÃO, SERÁ COMPETENTE POR COBRAR A TAXA.” Ex. Todos os entes podem fiscalizar o meio ambiente. Assim, todos poderão cobrar taxa. Art. 80 - CTN. Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âmbito das atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, aquelas que, segundo a Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível, competem a cada uma dessas pessoas de direito público. 3.2.1. Serviço público (específico1 e divisível – também denominados ut singuli) (art. 79 – CTN) (1) Serviço específico - quanto: É aquele que dá para verificar a unidade, ou seja “dá para saber as unidades autônomas de divisão. (2) Serviço Divisível - quem: Dá para saber quem usa, ou seja, o usuário. a) Efetivo (uso) É aquele que “só paga quem usa”. Ex. Serviço prestado pelo Judiciário no exercício da jurisdição (custas judiciais – art. 98, §2º - CF). As custas judiciais ficam com o judiciário. Comumente, as taxas não são afetadas, ou seja, voltam para o cofre de forma indistinta. Art. 98 – CF - § 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) b) Potencial (à disposição) É aquele que o Poder Público presta e se paga pela taxa, usando ou não. INDEPENDE DE FRUIÇÃO/USO. Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 11 Ex. Taxa de lixo e, nos mesmos moldes, a taxa de incêndio (Corpo de Bombeiros está à disposição). Súmula Vinculante 19 A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal. Serviços Públicos Gerais (ut universi) NÃO PODE SER COBRADA TAXA. Ex. Limpeza urbana, segurança pública, iluminação pública (Súmula 670 - STF e Súmula Vinculante 41 – STF) Iluminação pública é diferente de Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - COSIP (art. 149-A – CF), pois esta foi uma reação legislativa à declaração da inconstitucionalidade da taxa de iluminação pública (Súmula 670 – STF e Súmula vinculante 41) que, por sua vez, foi aceita pelo STF. Específicos e divisíveis (ut singuli) 1) Imunidade tributária garantida pela Constituição Federal NÃO PODE SER COBRADA TAXA. Ex. Ensino Público (art. 206, inciso IV, CF), Defensoria Pública, Ação Popular. Quanto ao Ensino Público, as Universidades entendiam que, considerando que o fornecimento destes não é obrigatório (não precisa haver vaga para todos), poderiam cobrar taxas. Todavia, a Súmula Vinculante 12 declarou a inconstitucionalidade da cobrança de taxas por Universidades Públicas. 2) Isenção tributária garantida pela LEI NÃO PODE SER COBRADA TAXA. Ex. Gratuidade Justiça no art. 98 – NPCP. 3) Sem Lei NÃO INCIDÊNCIA DA TAXA, tendo em vista a inexistência de previsão legal. 4) Lei que delega a taxa por meio e contrato (TARIFA/PREÇO) Será cobrado, MAS NÃO DEVE SER DENOMINADO DE TAXA, UMA VEZ QUE ESTA NÃO PODE SER OBJETO DE CONTRATO. NESTE CASO, DEVE SER CHAMADA DE TARIFA/PREÇO. Ausência de compulsoriedade. 5) Lei Compulsória HAVERÁ COBRANÇA DO TRIBUTO TAXA. Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 12 SÚMULA 670 - STF O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. Súmula Vinculante 41 O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. Art. 149-A – CF - Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002) Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002) Art. 206 - CF. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; Súmula Vinculante 12 A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal. Art. 98 - NCPC. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 1o A gratuidade da justiça compreende: I - as taxas ou as custas judiciais; II - os selos postais; III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios; IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivesse; V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais; VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira; VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução; VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório; IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido. Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 13 § 2o A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência. § 3o Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. § 4o A concessão de gratuidade não afasta o deverde o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas. § 5o A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento. § 6o Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao parcelamento de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento. § 7o Aplica-se o disposto no art. 95, §§ 3o a 5o, ao custeio dos emolumentos previstos no § 1o, inciso IX, do presente artigo, observada a tabela e as condições da lei estadual ou distrital respectiva. § 8o Na hipótese do § 1o, inciso IX, havendo dúvida fundada quanto ao preenchimento atual dos pressupostos para a concessão de gratuidade, o notário ou registrador, após praticar o ato, pode requerer, ao juízo competente para decidir questões notariais ou registrais, a revogação total ou parcial do benefício ou a sua substituição pelo parcelamento de que trata o § 6o deste artigo, caso em que o beneficiário será citado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se sobre esse requerimento. 3.2.2. Poder de Polícia (administrativa) (Art. 78 – CTN) a) Conceito Poder de fiscalização, de regulação da sociedade. Art. 78 - CTN. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 1966) Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. b) Efetivo Órgão de fiscalização em funcionamento (amostragem). “Deve existir o órgão funcionando, ainda que fiscalize por amostragem.” Ex. Vigilância sanitária. Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 14 c) Potencial NÃO EXISTE PODER DE POLÍCIA POTENCIAL. IMPORTANTE: A diferença da taxa de serviço público e da taxa de poder de polícia é que, neste (poder de polícia), é VEDADA A COBRANÇA POR SERVIÇO POTENCIALMENTE PRESTADO. 3.3. Base de cálculo da taxa (art. 145, §2º - CF e art. 77, parágrafo único – CTN) A base de cálculo da taxa1 deve ser diferente da base de cálculo do imposto2. (1) Taxa: Tributa fato do Estado (Serviço público e poder de polícia). (2) Imposto: Fato do contribuinte. Ex. Propriedade. A Súmula Vinculante 29 determinou que a base de cálculo pode ser SEMELHANTE, desde que não haja identidade plena. Ex. IPVA e taxa de licenciamento – critério comum: veículo, mas não é idêntica. Critério diferente: IPVA – valor do veículo, taxa de licenciamento – valor fixo. Assim, a taxa de licenciamento é constitucional. Súmula Vinculante 29 É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra. Art. 145 - CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. Art. 77 - CTN. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 15 Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a impôsto nem ser calculada em função do capital das emprêsas. (Vide Ato Complementar nº 34, de 1967) IMPORTANTE: A natureza jurídica do tributo é determinada pelo seu fato gerador, SENDO IRRELEVANTE A SUA DENOMINAÇÃO, ETC. Art. 4º - CTN - A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. 3.4. Taxa vs. Tarifa/Preço Público 3.4.1. Semelhança Ambas remuneram prestação de serviço público específico divisível efetivo. 3.4.2. Diferenças A taxa é compulsória, ao passo que a tarifa não é. A taxa pode ser cobrada de serviço público potencial, ao passo que a tarifa não. Súmula 545 - STF Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu (NÃO TEM MAIS VALIDADE, POSTO QUE ANTERIOR À CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988). 4. Contribuição de melhoria 4.1. Competência comum Todos entes podem instituir, quais sejam, União, Estados, Distrito Federal, Municípios, desde que dentro das disposições Constitucionais. Art. 145 - CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 16 4.2. Fato gerador O fato gerador é VINCULADO À ATUAÇÃO ESTATAL. Deve ser decorrentes de obra pública que acarrete na valorização do imóvel (art. 81 – CTN). SOMENTE OBRA CONSTRUÍDA COM DINHEIRO PÚBLICO. Contraexemplo1. Parceria Público-Privada – PPP. Contraexemplo2. Empresa pública e sociedade de economia mista, NÃO PODEM COBRAR CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA, uma vez que são Pessoas Jurídicas de Direito Privado (Contraexemplo. Petrobrás). Art. 81 – CTN. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. 4.3. Limites (Vedação do enriquecimento ilícito) O Princípio Ético-Jurídico que está por trás deste tributo/limites é aquele da vedação do enriquecimento ilícito/enriquecimento sem causa. “Se o contribuinte se beneficiar e não pagar, enriquecerá ilicitamente.” “Se o Estado receber mais do que gastou, enriquecerá ilicitamente.” 4.3.1. Geral (arrecadação) Custo da obra. 4.3.2. Individual Valorização (plus). Art.81 – CTN. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. 4.4. Requisitos (art. 82 – CTN) 4.4.1. Publicidade Poder Público deve publicar TODAS AS INFORMAÇÕES ACERCA DA OBRA. Ex. Custo da obra, mapa da obra (contendo estimativa da valorização, e percentual desta, de cada região). Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 17 4.4.2. Defesa à Prazo mínimo de 30 dias O contribuinte poderá se defender no prazo mínimo de 30 dias. 4.4.3. Devido processo legal Deverá prever em qual órgão dar-se-á a Defesa. 4.4.4. LEI ESPECÍFICA PARA CADA OBRA (implícito) Para satisfação dos três requisitos supra, deve haver UMA LEI ESPECÍFICA PARA CADA OBRA. Art. 82 - CTN. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: I - publicação prévia dos seguintes elementos: a) memorial descritivo do projeto; b) orçamento do custo da obra; c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; d) delimitação da zona beneficiada; e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas; II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização. § 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo. 4.5. Momento da cobrança STF entendeu que a cobrança somente pode se dar APÓS A CONCLUSÃO DA OBRA, contudo NÃO ESTÁ ERRADO DIZER QUE É UTILIZADO PARA CUSTEIO DA OBRA2. (2) Custeio da obra: Deve ser interpretado no sentido de reposição posterior. O dinheiro é retirado do cofre público e, ulteriormente, é reposto com o valor arrecadado com a contribuição de melhoria. Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 18 5. Impostos 5.1. Competência PRIVATIVA Todos os entes podem instituir, todavia a Constituição previu, expressamente, o rol de impostos atribuído a cada um. - União (arts. 153 e 154 – CF). - Estados (art. 155 – CF). - Municípios (art. 156 – CF). - Distrito Federal (art. 147 – CF). 5.2. Fato gerador Não é vinculado à atuação estatal. “Fato do contribuinte” (art. 16 – CTN). Art. 16 - CTN. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 5.3. Arrecadação NÃO VINCULADA/AFETADA A arrecadação não é vinculada/afetada a órgão, fundo, despesa específica. Princípio da não afetação. Todavia, há exceções que SÃO PREVISTAS PELA CONSTITUIÇÃO. “A Constituição pode vincular os impostos, a lei não.” Art. 167 - CF. São vedados: IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 19 5.4. Impostos de competência da União a) Imposto de importação; - REGULATÓRIO Imposto regulatório, ou seja, que possui a função, além de arrecadar, intervencionista. In casu, proteger a indústria nacional. - Norma geral: arts. 19 a 27 CTN (vide importante abaixo). b) Imposto de exportação; - REGULATÓRIO Imposto regulatório, ou seja, que possui a função, além de arrecadar, intervencionista (regulatória, extrafiscal). In casu, proteger a indústria nacional. - Norma geral: arts. 19 a 27 CTN (vide importante abaixo). c) Imposto de Renda - Norma geral: arts. 43 a 45 CTN (vide importante abaixo). d) Imposto de Produtos Industrializados - REGULATÓRIO Imposto regulatório, ou seja, que possui a função, além de arrecadar, intervencionista (regulatória, extrafiscal). In casu, estimular o mercado. - Norma geral: arts. 46 a 51 CTN (vide importante abaixo). e) Imposto de Operações Financeiras Imposto regulatório, ou seja, que possui a função, além de arrecadar, intervencionista (regulatória, extrafiscal). - Norma geral: arts. 63 ao 66 CTN (vide importante abaixo). f) Imposto Territorial Rural - Norma geral: arts. 29 ao 31 CTN (vide importante abaixo). g) Imposto de Grandes Fortunas – RESERVADO A LEI COMPLEMENTAR AINDA NÃO EXISTE NO PAÍS. h) Imposto Residual – RESERVADO A LEI COMPLEMENTAR AINDA NÃO EXISTE NENHUM NO PAÍS. I) Imposto Extraordinário de Caso de Guerra PODE SER IGUAL AOS DEMAIS E NÃO É RESERVADO A LEI COMPLEMENTAR. - Norma geral: art. 76 CTN (vide importante abaixo). Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 20 Art. 153 - CF. Compete à União instituir impostos sobre: I - importação de produtos estrangeiros; II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; III - renda e proventos de qualquer natureza; IV - produtos industrializados; V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; VI - propriedade territorial rural; VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar – RESERVADO A LEI COMPLEMENTAR Art. 154 - CF. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 5.4. Impostos de competência do Estado a) ITCMD - Norma geral: arts. 36 a 42 CTN (vide importante abaixo). b) ICMS - Norma geral: Lei Complementar 87/96 (vide importante abaixo). c) IPVA NÃO EXISTE NORMA GERAL. APLICA-SE ART. 24, §3º - CF, ou seja, ante a ausência, aplica-se a norma geral. Art. 155 - CF. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ede comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 21 5.5. Municípios a) IPTV - Norma geral: arts. 32 a 34 – CTN (vide importante abaixo). b) ITBI - Norma geral: arts. 36 a 42 – CTN (vide importante abaixo). c) ISSQN - Norma geral: Lei Complementar 116/03 (vide importante abaixo). Art. 156 - CF. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) IMPORTANTE: Art. 146 - CF. Cabe à lei complementar: I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos (art. 3º - CTN) e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; CADA IMPOSTO TEM A SUA NORMA GERAL, EXCETO O IPVA. Em relação a este, cabe o art. 24, §3º - CF, ou seja, os Estados exercerão a competência plena. b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 22 Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) I - será opcional para o contribuinte; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) art. 24 – CF -§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 23 08/03/17 6. Empréstimo compulsório 6.1. Competência tributária É privativa da União (art. 148, caput, - CF). Art. 148 - CF. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 6.2. Fato gerador A ser definido por lei complementar. Se algum dia a União resolver criar o fato gerador, pode ser igual à de outro tributo. Ex. União cobra, sobre a renda, imposto de renda e empréstimo compulsório. Neste caso, configura-se o “bis in idem” (mesmo ente tributando duas vezes o mesmo fato gerador). Ex2. Município cobra ISSQN e União cobra Empréstimo Compulsório sobre o mesmo serviço. Neste caso, configura-se a bitributação (dois entes diferente tributando o mesmo fato gerador). 6.3. Tributo causal O Empréstimo compulsório possui causas justificadoras: guerra a) Despesa calamidade b) Investimento “relevante e urgente” IMPORTANTE: Nas hipóteses supra, não cabe a instituição do imposto por meio de medida provisória. Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 24 Art. 62 - CF. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) III - reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 6.4. Previsão no Código Tributário Art. 15 - CF. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios: I - guerra externa, ou sua iminência; II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis; III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. O inciso III do art. 15 do CTN não foi recepcionado pela Constituição Federal. Para o STF, a não recepção de dispositivo legal é hipótese de revogação. Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei. 6.5. Súmula 418 - STF Súmula 418 - STF O empréstimo compulsório não é tributo1, e sua arrecadação não está sujeita à exigência constitucional da prévia autorização orçamentária. (1) ESTE TRECHO NÃO VALE MAIS, POSTO QUE EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO É TRIBUTO (inclusive pro CESPE). 6.6. Arrecadação afetada à causa (art. 148, parágrafo único, - CF) Art. 148 - CF. Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 6.7. Restituição A restituição é obrigatória em dinheiro. Em razão do disposto no art. 110 do CTN, o STF declarou inconstitucional a restituição em títulos da dívida pública. “Se pegou em dinheiro, deve restituir em dinheiro.” Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 25 Art. 110 - CF. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias. 6.8. Criação Se o empréstimo compulsório tiver como causa justificadora:I. Despesa (guerra ou calamidade) – a criação será IMEDIATA; II. Investimento relevante e urgente – a criação obedecerá ao PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE. 7. Contribuições especiais 7.1. Espécies 7.1.1. Contribuições sociais 7.1.1.1. Geral (arts. 149 e 6º - CF) - UNIÃO Somente a União pode instituir contribuição social para financiar qualquer dos direitos sociais previstos no art. 6º da CF. Ex. Salário-educação (art. 212, §5º - CF e Súmula 732 – STF e Sistema “S” – art. 240 – CF). Art. 6º - CF São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015) Art. 149 - CF. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 26 7.1.1.2. Seguridade1 (arts. 194, 195 e 149 – CF) - união (1) Seguridade: Saúde, Assistência e Previdência. Ex. Folha, PIS/PASEP e COFINS, CSLL, segurado, loterias, PIS de importação e COFINS de importação, bem como outras diferentes dos exemplos já mencionados (denominadas CONTRIBUIÇÕES RESIDUAIS, que, por sua vez, devem ser instituídas por lei complementar – vide art. 194, §4º - CF abaixo). Art. 149 - CF. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) Art. 194 - CF. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - eqüidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) Art. 195 - CF. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 27 a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. § 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. § 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. (Vide Medida Provisória nº 526, de 2011) (Vide Lei nº 12.453, de 2011) § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. Trata-se de Lei complementar, posto que se deve obedecer o art. 154, inciso I – CF. A interpretação deste artigo deve ser “mutatis mutantis” (com as devidas adaptações), ou seja, impostos residuais devem ser diferentes de impostos, ao passo que contribuições residuais devem ser diferentes de contribuições. Contudo, as contribuições residuais podem possuir mesmo fato gerador que o imposto. § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". § 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatáriorurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 28 resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-deobra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) § 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) § 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 7.1.1.3. Regime próprio (arts. 40 e 149, §1º - CF) – UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS - União, Estados, Distrito Federal e Município podem cobrar do Servidor Público, regidos pelo regime próprio de previdência social: i. Previdência; Pode ser cobrada compulsoriamente do servidor; ii. Assistência (antes da EC 41/03) Antes da Emenda Constitucional 41/03, era possível a cobrança compulsória. Contudo, após esta, somente a cobrança facultativa. iii. Saúde (NUNCA) NUNCA foi possível a cobrança compulsória. Desta feita, é permitida somente a cobrança facultativa. Art. 149 - CF. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 29 § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) Art. 40 - CF. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 88, de 2015) III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) I portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) II que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 30 § 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de quetrata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 31 estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) 7.1.2. Interventivas (“C.I.D.E.”) - UNIÃO A instituição das contribuições de intervenção no domínio econômico, de competência tributária exclusiva da União, devem ser orientadas por uma finalidade. Isso atribui a essa espécie tributária uma natureza diferenciada, como de resto ocorre com as outras contribuições incluídas no mesmo art. 149. É o que nota Pimenta [7] (2002, p. 17): "... o traço característico das contribuições especiais no direito brasileiro é que são exações instituídas para alcançar determinados fins qualificados constitucionalmente." No caso das contribuições interventivas, essa finalidade obrigatoriamente é a de intervenção no domínio econômico, atribuindo-lhe um caráter próprio que se destaca a seguir. - Fonte: https://jus.com.br/artigos/5260/contribuicoes-interventivas-e-discriminacao-de-rendas-pelo- produto Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 32 Ex. CIDE combustíveis – MAIS FAMOSA (art. 177, §4º - CF), CIDE royalties (importar tecnologia do exterior – ex. FIAT), adicional de frete para renovação de marinha mercante e contribuição SEBRAE (micro e empresa de pequeno porte). 7.1.3. Corporativas (Categorias) – UNIÃO São tributos pagos no interesse de categorias profissionais ou econômicas, exercem atividade de cunho estatal, quando atuam e fiscalizam as atividades desenvolvidas por estes grupos. Destinando-se aos custeio das atividades dos órgãos sindicais e profissionais, inclusive para execução de programas das aludidas categorias, como a contribuição para a OAB, conselhos federais de Medicina, Sesi/Senai/Sesc/Senac e etc. Encontram fundamento constitucional no art. 149, que diz que poderão ser instituídas contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de atuação estatal nas respectivas áreas. Funcionam como instrumento do Estado no acompanhamento do exercício das atividades dessas categorias, profissionais ou econômicas, que estejam sob sua coordenação. - Fonte: http://www.okconcursos.com.br/apostilas/apostila-gratis/125-direito-tributario/191- contribuicoes-corporativas#.WMCUvRjOpn0IMPORTANTE: Não existe imposto sindical. A contribuição sindical, que é cobrada de todos, É TRIBUTO. Contudo, a contribuição confederativa, somente para sindicalizados, não é tributo. Art. 8º - CF - É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: IV - a assembléia geral fixará a contribuição (contribuição confederativa – NÃO É TRIBUTO) que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei (É TRIBUTO); 7.1.4. Iluminação pública (COSIP) (EC 39/2002 e art. 149-A – CF) – Municípios e Distrito Federal Supremo definiu que a emenda 39/2002, que instituiu a presente contribuição, é CONSTITUCIONAL. Ademais, não há necessidade de ter a referibilidade, ou seja, “pode-se cobrar ainda que você não tenha luz na sua casa.” Art. 149-A – CF - Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002) Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 33 Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002) 7.2. Fato gerador O fato gerador das contribuições especiais não é vinculado à atuação estatal (≠ taxa). Pode ser igual ao de impostos. Ex1. Lucro da pessoa jurídica à IR (art. 153, III – CF) e CSLL (art. 195, I, c – CF); Ex2. Combustível à ICMS (art. 155, II – CF) e CIDE (art. 177, §4º - CF); Ex3. Imóvel à IPTU ou ITR e COSIP. 7.3. Arrecadação VINCULADA A arrecadação é afetada a despesa específica. A referibilidade está na destinação (e não do fato gerador). IMPORTANTE: Espécies Fato gerador (atuação estatal) Destinação Taxa VINCULADO art. 4º, inciso II, CTN – IRRELEVANTE Contribuição de melhoria VINCULADO art. 4º, inciso II, CTN – IRRELEVANTE Imposto NÃO vinculado art. 4º, inciso II, CTN – IRRELEVANTE art. 167, inciso IV - CF Empréstimo compulsório NÃO vinculado VINCULADA (afetada) Contribuições especiais NÃO vinculado VINCULADA (afetada) Art. 4º - CTN - A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. Art. 167 - CF. São vedados: Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 34 IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) Fato gerador vinculado (atuação estatal) Arrecadação vinculada Aquele que, para que haja a obrigação de pagar, deve haver uma contraprestação específica do Estado. DEPENDEM DE CONTRAPRESTAÇÃO (“referibilidade”). Para Sacha Calmon, trata-se de tributos sinalagmáticos. Ex. Taxas. O valor arrecadado deve ser possuir destinação específica. A referibilidade está na destinação. Ex. Contribuições especiais. 8. Sistema Tributário Nacional (arts. 145 a 162 – CF) 8.1. Competência tributária Competência tributária é o poder de instituir tributo outorgado pela própria Constituição. 8.1.1. Características 8.1.1.1. indelegável (art. 7º, 1ª parte – CTN) IMPORTANTE: NÃO confundir com capacidade tributária ativa – poder de cobrar/fiscalizar – que, por sua vez, é delegável1 (art. 7º, 2ª parte, - CTN). (1) Parafiscalidade: Delegação da capacidade tributária ativa que, por sua vez, é vinculada ao destinatário da arrecadação. “O delegatário tem que ser o destinatário do dinheiro.” Ex1. IPTU – competência tributária: município; capacidade tributária: município. Ex2. ITR – competência tributária: união; capacidade tributária: união (município recebe 50% da arrecadação), todavia pode delegar para o município (município recebe 100% da arrecadação). Ex3. Contribuição corporativa - – competência tributária: União (art. 149 – CF); capacidade tributária: conselhos por meio de delegação.. Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 35 Art. 7º - CTN - A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos (capacidade tributária ativa), ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. IMPORTANTE: Contribuição previdenciária é também conhecida como contribuição parafiscal. Isto ocorre em razão do contexto histórico, uma vez que, outrora, a União delegava a capacidade tributária ativa para o INSS (havia o cargo de auditor fiscal do INSS que cobrava e fiscalizava a contribuição previdenciária). Contudo, o governo extinguiu o cargo de auditor fiscal da receita, ou seja, atualmente, a competência tributária e a capacidade tributária ativa da contribuição previdenciária é da União, não sendo este mais parafiscal. 8.1.1.2. Incaducável/imprescritível Não há prazo para o tributo ser criado. Ex. Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF). Art. 153 - CF. Compete à União instituir impostos sobre: VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. CUIDADO: Se o tributo for instituído por lei, o credito tributário decai em 5 anos (capacidade de lançar o tributo) e prescreve em 5 anos (capacidade de cobrar). 8.1.1.3. “Ampliabilidade” (Nomenclatura meramente ilustativa) A competência tributária pode ser modificada sim. A competência não pode ser retirada do ente, todavia esta pode ser AMPLIADA. “Assim, a competência tributária pode ser alterada para ser ampliada.” “No que tange à competência tributária, aquilo que já foi outorgado não é alterável.” Professora: Juliana Frederico Rafael Barreto Ramos Curso PROLABORE 2017 36 Ex. Contribuição especial de iluminação pública incluída pela EC 39/2002, sendo esta de competência do município. 8.1.1.4. “Irrenunciabilidade” (Nomenclatura meramente ilustrativa) O ente federativo não pode abrir mão da competência tributária, todavia pode deixar de exercê-la quando deixa de instituir o tributo. 8.1.2. Classificação 8.1.2.1. Comum Tributos com fato gerador vinculado à atuação estatal. Deve haver uma contraprestação estatal. Ex. Taxa e Contribuição de Melhoria. 8.1.2.2. Privativa Tributos de fato gerador não vinculado (fato do contribuinte