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5- Frutos, responsabilidade civil do possuidor e benfeitorias

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Frutos, responsabilidade civil do 
possuidor e benfeitorias 
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé 
tem direito, enquanto ela durar, 
aos frutos percebidos. 
• A aquisição dos frutos está subordinada a 
duas condições: 
- Que tenham sido separados 
› Percebidos: Frutos que já foram 
separados da coisa principal ao 
tempo da citação e colhidos na 
constância da boa-fé; 
› Pendentes: Frutos q ainda aderem 
naturalmente à coisa e não podem 
ser colhidos, posto não separados da 
coisa principal, no momento que 
cessa a boa-fé, sendo considerado 
bens imóveis por natureza; 
› Colhidos com antecipação: Frutos 
percebidos prematuramente, quando 
ainda eram pendentes; 
› Percepiendos: Os que derivam ou 
podiam ter sido colhidos, mas não 
foram. 
- Que a percepção tenha ocorrido antes 
de cessar a boa-fé 
- Art. 1.215: Momento da colheita 
Art. 1.215. Os frutos naturais e 
industriais reputam-se colhidos e 
percebidos, logo que são separados; 
os civis reputam-se percebidos dia 
por dia. 
- Art. 1.206 e §único do art. 1.214: 
Responsabilidade do possuidor de má-
fé. 
Art. 1.216. O possuidor de má-fé 
responde por todos os frutos 
colhidos e percebidos, bem como 
pelos que, por culpa sua, deixou de 
perceber, desde o momento em que se 
constituiu de má-fé; tem direito às 
despesas da produção e custeio. 
 
Art. 1.214 - Parágrafo único. Os 
frutos pendentes ao tempo em que 
cessar a boa-fé devem ser 
restituídos, depois de deduzidas as 
despesas da produção e custeio; 
devem ser também restituídos os 
frutos colhidos com antecipação. 
- Prevalece prévia relação negocial entre 
o possuidor e o retomante do bem no 
que se concerne ao destino dos frutos. 
• Responsabilidade civil do possuidor: 
- Possibilidade de imputação de 
responsabilidade civil ao possuidor pela 
perda ou deterioração da coisa que vem 
a ser retomada, seja em demanda 
petitória ou possessória → 
especificamente, dever de indenizar 
- Art. 1.217: Prova da culpa ou dolo 
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé 
não responde pela perda ou 
deterioração da coisa, a que não 
der causa. 
↳ Responde pela perda ou deterioração da 
coisa possuída quando lhe der causa 
› Bem infungível: Não se provando a 
culpa, o risco da perda ou 
deterioração será única e 
exclusivamente do retomante → 
Aplicando o brocardo res perito 
domino - art. 238 CC 
Art. 238. Se a obrigação for de 
restituir coisa certa, e esta, sem 
culpa do devedor, se perder antes 
da tradição, sofrerá o credor a 
perda, e a obrigação se resolverá, 
ressalvados os seus direitos até o 
dia da perda. 
- Art. 1.218: 
Art. 1.218. O possuidor de má-fé 
responde pela perda, ou 
deterioração da coisa, ainda que 
acidentais, salvo se provar que de 
igual modo se teriam dado, estando 
ela na posse do reivindicante. 
↳ Ainda que o evento lesivo tenha sido 
determinado por força maior 
• Direito às benfeitorias: 
- Benfeitorias: Obras ou despesas 
efetuadas para fins de conservação, 
melhoramento ou embelezamento → 
São ações que originam despesas e 
bens 
- Melhoramentos que tenham finalidade 
evitar a deterioração da coisa e permitir 
sua normal exploração, incrementar sua 
utilidade, aumentando objetivamente o 
valor do bem ou de oferecer recreação 
e prazer a quem dele desfrute. 
- Art. 1.219: Possuidor de boa-fé 
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé 
tem direito à indenização das 
benfeitorias necessárias e úteis, 
bem como, quanto às voluptuárias, 
se não lhe forem pagas, a levantá-
las, quando o puder sem detrimento 
da coisa, e poderá exercer o 
direito de retenção pelo valor das 
benfeitorias necessárias e úteis. 
↳ O possuidor de boa-fé exercita o direito de 
retenção da coisa principal até o ressarcimento 
pelas benfeitorias necessárias e úteis. 
- Art. 1.220: Possuidor de má-fé 
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé 
serão ressarcidas somente as 
benfeitorias necessárias; não lhe 
assiste o direito de retenção pela 
importância destas, nem o de 
levantar as voluptuárias. 
- Art. 1.222: 
Art. 1.222. O reivindicante, 
obrigado a indenizar as 
benfeitorias ao possuidor de má-fé, 
tem o direito de optar entre o seu 
valor atual e o seu custo; ao 
possuidor de boa-fé indenizará pelo 
valor atual. 
↳ O possuidor de má-fé introduziu 
melhoramento na coisa já consciente de que 
se beneficiava de um bem de outrem → 
Carece de aptidão para exercer um direito que 
pressupõe legitimidade de causa, restando 
apenas a via indenizatória. 
- Art. 1.221: Permite a compensação das 
benfeitorias com os danos. 
Art. 1.221. As benfeitorias 
compensam-se com os danos, e só 
obrigam ao ressarcimento se ao 
tempo da evicção ainda existirem.

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