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A iluminação pública de qualidade é uma crescente preocupação da população e dos governantes. Hoje, temos altos índices de assaltos praticados em áreas em que a iluminação é deficitária. Atualmente, a prefeitura é responsável pela iluminação de praças, monumentos e ruas. Antes da Constituição de 1988, essa responsabilidade era das concessionárias de energia elétrica. Um projeto de iluminação adequado é uma garantia de aumento na sensação de segurança da população, uma aposta na diminuição nos índices de criminalidade e, ainda, pode representar um aumento na qualidade de vida das pessoas, já que muitos moradores aproveitam aquela área para realizar esportes e exercícios físicos. Em ruas e avenidas, principalmente em horas de pouco movimento, uma iluminação adequada pode ser um fator decisivo para que se evitem assaltos, atropelamentos ou outros acidentes nas vias públicas. Você acaba de assumir o cargo de Secretário de Energia Elétrica do município onde mora e tem a responsabilidade de cuidar da gestão dos ativos de iluminação pública, como: a definição da compra de lâmpadas, luminárias ou até mesmo a terceirização desse serviço. Quais as principais decisões referentes a esse assunto você deve tomar? Justifique suas decisões para evitar problemas com o Tribunal de Contas do Município. Padrão de resposta esperado Primeiramente, é necessário um estudo sobre a adoção ou revisão da Contribuição de Iluminação Pública (CIP), que, por sua vez, pode ser arrecadada por meio da fatura de energia elétrica. Verificar se essa taxa está sendo cobrada e como o cálculo está sendo feito vai corrigir possíveis distorções do sistema. Em segundo lugar, é preciso instituir que todos os novos projetos e a substituição de lâmpadas queimadas sejam feitas por lâmpadas de LED (lâmpadas com diodos emissores de luz). Devido ao baixo consumo de energia elétrica, a alta durabilidade dessas lâmpadas e as baixas taxas de emissão de CO2 justificam a escolha desse tipo de iluminação. Outro ponto de destaque é que, com esse tipo de tecnologia, é possível obter altos índices de reprodução de cor (IRC), ou seja, mesmo à noite a iluminação é muito mais completa. Assim, cada lâmpada queimada deve ser substituída por uma lâmpada de LED e os novos projetos já devem ser com essas lâmpadas. Isso vai trazer uma redução do valor da fatura da energia elétrica. A maior parte das lâmpadas utilizadas em iluminação pública são de vapor metálico de mercúrio (luz branca) ou sódio (luz amarelada). A lâmpada a vapor de sódio apresenta maior eficiência e durabilidade se comparada à lâmpada a vapor de mercúrio. Porém, ambas apresentam visualização das cores inferior às lâmpadas de LED. Também é preciso solicitar a manutenção preditiva para verificar o funcionamento das fotocélulas (são relés sensíveis à luz que acionam as lâmpadas quando não há mais a presença da luz natural). Sem esses equipamentos, as lâmpadas permanecem ligadas 24 horas, gerando um desperdício no consumo da energia elétrica. Além de todos esses cuidados, também é importante solicitar um estudo detalhado sobre os projetos de iluminação de áreas de maior tráfego de pessoas e automóveis e de maior criminalidade da cidade, para que, assim, a iluminação pública possa ajudar na diminuição dos índices de assaltos e acidentes com pedestres e automóveis. Nesse projeto, deve ser dado enfoque à disposição das luminárias para que seja possível o reconhecimento facial das pessoas. Em locais bem iluminados, com a possibilidade de reconhecimento facial, o índice de criminalidade é menor. Por fim, com a economia do valor da fatura de energia elétrica, será possível investir na iluminação de monumentos e praças da cidade, promovendo campanhas de prevenção, como as de alerta ao suicídio (setembro amarelo), de combate ao câncer de mama (outubro rosa) e de próstata (novembro azul).