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ARTIGOS 155 A 185 CPP E NOÇÕES DE DIREITO ADM

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO. 
 
Princípios expressos e implícitos da administração pública e ato administrativo. 
 
 
O Direito Administrativo é a esfera do Direito Público Interno que, mediante regras e 
princípios exclusivos, regulamenta o exercício da função administrativa que é exercida por 
agentes públicos, órgãos públicos, pessoas jurídicas de Direito Público, em outras palavras, 
pela Administração Pública. 
Os princípios são necessários para nortear o direito, embasando como deve ser. 
Na Administração Pública não é diferente, temos os princípios expressos na 
constituição que são responsáveis por organizar toda a estrutura e além disso mostrar 
requisitos básicos para uma “boa administração”, não apenas isso, mas também gerar uma 
segurança jurídica aos cidadãos, como por exemplo, no princípio da legalidade, que atribui ao 
indivíduo a obrigação de realizar algo, apenas em virtude da lei, impedindo assim que haja 
abuso de poder. 
 No texto da Constituição Federal, temos no seu art. 37, em seu caput, expressamente 
os princípios constitucionais relacionados com a Administração Pública. 
 
Princípios diretos ou explícitos da Administração publica 
 
"Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência." 
 
Legalidade: significa que o administrador público está, em toda a sua atividade funcional, 
sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum. 
 
Impessoalidade: também denominado de princípio da finalidade, que impõe ao administrador 
público a obrigação de somente praticar atos para o seu fim legal, ou seja, aquele indicado 
pela norma e pelo Direito, não devendo buscar a realização de fins pessoais. 
 
Moralidade: não se trata de moral comum, mas, jurídica, que traz ao administrador o dever 
de não apenas cumprir a lei formalmente, mas cumprir substancialmente, procurando sempre 
o melhor resultado para a administração. 
 
Publicidade: trata-se da divulgação oficial do ato para o conhecimento público. De início, 
todo ato administrativo deve ser publicado, cabendo o sigilo somente em casos de segurança 
nacional, investigações policiais ou interesse superior da Administração. 
 
Eficiência: o princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja prestada com 
presteza e rendimento funcional, exigindo a concretização de resultados positivos para o 
serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus 
membros. 
 
Um recurso que, sem dúvida, ajuda os candidatos: LIMPE. São princípios da 
Administração Pública, seja direta ou indireta: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, 
Publicidade e Eficiência. 
 
 
 
Princípios Implícitos da Administração Pública 
 
Os principais Princípios Implícitos de Administração Pública são: Princípio da 
Supremacia do Interesse Público, Presunção de Legitimidade ou Presunção de 
Legalidade, Princípio da Continuidade do Serviço Público, Princípio da Isonomia ou 
Princípio da Igualdade, Princípio da Igualdade ou Princípio da Razoabilidade, Princípio 
da Motivação, Princípio da Ampla Defesa e Contraditório, Princípio da Indisponibilidade 
ou Poder-Dever, Princípio da Autotutela e Princípio da Segurança Jurídica. 
 
1- Supremacia do Interesse Público 
 
O interesse público deve prevalecer sobre o interesse privado, conforme o Princípio da 
Supremacia do Interesse Público porque o Estado não defende apenas direitos individuais, 
mas também os interesses coletivos, e os interesses coletivos serão sempre imperativos em 
relação aos interesses individuais. Entretanto a supremacia do interesse público deve 
conviver bem com os direitos fundamentais dos cidadãos, não os colocando em risco. 
Se a lei dá à Administração os poderes de desapropriar, de requisitar, de intervir, de 
policiar, de punir, é porque tem em vista atender ao interesse geral, que não pode ceder 
diante do interesse individual. Em consequência, se, ao usar de tais poderes, a autoridade 
administrativa objetiva prejudicar um inimigo político, beneficiar um amigo, conseguir 
vantagens pessoais para si ou para terceiros, estará fazendo prevalecer o interesse individual 
sobre o interesse público e, em consequência, estará se desviando da finalidade pública 
prevista na lei. Daí o vício do desvio de poder ou desvio de finalidade, que torna o ato ilegal. 
 
2- Presunção de Legitimidade ou Presunção de Legalidade 
 
Esse princípio, que alguns autores chamam de Presunção de Legalidade, parte do 
pressuposto de que os atos administrativos praticados pelo Estado devem estar sempre de 
acordo com a lei. Sabe-se, contudo, que nem sempre essa é a realidade da vida prática, 
muitas vezes percebe-se que os atos administrativos são praticados em desacordo com os 
seus requisitos. 
Os atos administrativos gozam de presunção de legitimidade relativa. A presunção relativa, 
também conhecida como juris tantum, nos ensina que é possível uma realização de prova em 
contrário. O particular tem a possibilidade de provar, por meio da lei, que um ato 
administrativo foi realizado em desacordo com a legislação, sendo possível a correção desse 
ato administrativo. A ilegalidade pode levar à anulação do ato administrativo. 
 
3- Princípio da Continuidade do Serviço Público 
 
O Princípio da Continuidade do Serviço Público ensina que os serviços públicos 
oferecidos pela Administração Pública à coletividade devem ser prestados de maneira 
contínua, sem interrupções, não podendo ser suspensos sem a comunicação prévia das 
autoridades pertinentes aos administrados. 
Obs. Nesse princípio estaria a impossibilidade de greve por funcionários públicos 
 
4- Princípio da Isonomia ou da Igualdade 
 
O princípio da igualdade impõe à Administração Pública a vedação de qualquer 
espécie de favoritismo ou desvalia em proveito ou detrimento de alguém. Segundo o autor, 
“não sendo o interesse público algo sobre que a Administração dispõe a seu talante, mas, 
pelo contrário, bem de todos e de cada um, já assim consagrado pelos mandamentos legais 
que o erigiram à categoria de interesse desta classe, impõe-se, como consequência, o 
tratamento impessoal, igualitário ou isonômico que deve o Poder Público dispensar a todos os 
administrados”. 
 
5- Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade 
 
O Princípio da Razoabilidade visa a proibir o excesso, no sentido de aferir a 
compatibilidade entre meios e fins de modo a evitar restrições desnecessárias ou abusivas 
por parte da Administração Pública, com lesão aos direitos fundamentais. Dessa forma, veda 
a imposição pelo Poder Público, de obrigações e sanções em grau superior àquelas 
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público. Assim, se o administrador 
adotar medida manifestamente inadequada para alcançar a finalidade da norma, estará 
agindo em detrimento do princípio da razoabilidade. 
A emissão de um ato administrativo que contenha razoabilidade e proporcionalidade está 
ligada aos atos de natureza discricionária (poder de escolha, opção, margem de oportunidade 
e conveniência oferecida pelo Estado ao Agente Público na prática de determinados atos 
administrativos). 
 
6- Princípio da Motivação 
 
É necessária ao administrador público a indicação dos fundamentos de fato e de 
direito que motivaram suas ações. A Administração Pública está obrigada a agir na 
conformidade da lei, todos os seus atos devem trazer consigo a demonstração de sua base 
legal bem como das razões de fato que ensejaram a conduta administrativa. 
Trata-se, portanto, de formalidade essencial para permitir o controle da legalidade dos atos 
administrativos. Nesse sentido, é forma de salvaguardar os administrados do capricho dos 
governantes. 
 
7- Princípio da Ampla Defesa e Contraditório 
 
É a proteção constitucionalmente consagrada no art. 5º, inciso LV, da C.F./88, que diz: 
“aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aosacusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ele inerentes. ” 
Assim nas situações de litígio administrativo serão dados aos litigantes todos os meios e 
recursos de defesa, bem como o direito ao contraditório, que garante às partes a 
possibilidade do exercício do direito de resistir a uma dada pretensão, ou seja alegado algo 
contra a minha pessoa posso contraditar e alegar o contrário e vice-versa. 
 
8- Princípio da Indisponibilidade ou Poder-Dever 
 
As competências do cargo, função ou emprego público devem ser exercidas na sua 
plenitude e no momento legal. Não se satisfaz o direito com o desempenho incompleto ou a 
destempo da competência e, por ainda, com a omissão da autoridade. Não se compreende 
que o agente público pratique intempestivamente atos de sua competência, desde que ocorra 
a oportunidade para agir, como não se entende que só se desincumba de parte de sua 
obrigação ou se abstenha em relação a essa obrigação. A esse respeito ensina Hely Lopes 
Meirelles (Direito Administrativo, cit., p. 85) que, "se para o particular o poder de agir é uma 
faculdade, para o administrador público é uma obrigação de atuar, desde que se apresente o 
ensejo de exercitá-lo em benefício da comunidade. 
O princípio da indisponibilidade estabelece, em síntese, que os agentes públicos têm a 
incumbência de apenas administrar ou zelar pelos bens ou interesse públicos, tendo em vista 
que não são, obviamente, seus proprietários. Assim, inadmissível qualquer ato tendente à sua 
disposição, salvo se autorizado pelo próprio Estado, através de lei. 
 
9- Princípio da Autotutela 
 
O Estado tem o dever de fiscalizar a emissão dos seus atos administrativos, para isto, 
conta com um mecanismo que possui três espécies de controle: a anulação, a revogação e 
a convalidação dos atos administrativos. 
Na anulação do ato administrativo, este se faz em virtude da existência de uma ilegalidade, 
uma ilicitude, ou seja, de um vício insanável, que não pode ser suprido, tendo em vista, a 
ausência de um requisito fundamental para a formação deste ato (competência, finalidade ou 
forma); quando a Administração Pública detectar a existência de um ato administrativo 
passível de ser anulado, este se fará de forma vinculada, obrigatória, por imposição legal. 
Caso a Administração Pública não anule o seu próprio ato ilícito, caberá ao Poder Judiciário 
fazê-lo, mediante ação judicial (Mandado de Segurança, Ação Popular, Ação Civil Pública), 
por provocação do interessado. 
Na revogação, a Administração Pública revoga um ato perfeito, mas, não mais 
conveniente e nem oportuno para esta; trata-se de um ato discricionário, com uma certa 
margem de poder de opção, escolha, faculdade; somente a própria Administração Pública 
poderá revogar os seus atos, não recaindo esta possibilidade sobre o Poder Judiciário. 
Na convalidação (convalidar é consertar, suprir uma ausência), a Administração 
Pública pratica um ato Administrativo que contém um vício sanável em um dos seus requisitos 
de formação do ato (motivo ou objeto), ou seja, comete uma ilicitude passível de ser suprida; 
a convalidação se faz de forma discricionária; somente a própria Administração Pública 
poderá convalidar os seus atos, não recaindo esta possibilidade sobre o Poder Judiciário. 
 
10- Princípio da Segurança Jurídica 
 
Ele tem por objetivo assegurar a estabilidade das relações já consolidadas, frente à 
inevitável evolução do Direito, tanto em nível legislativo quanto jurisprudencial. Trata-se de 
um princípio com diversas aplicações, como a proteção ao direito adquirido, o ato jurídico 
perfeito e a coisa julgada. Além disso, é fundamento da prescrição e da decadência, evitando, 
por exemplo, a aplicação de sanções administrativas vários anos após a ocorrência da 
irregularidade 
 
Administração Direita e Indireta (Concentração e Desconcentração) 
 
A Administração Direta corresponde à prestação dos serviços públicos diretamente 
pelo próprio Estado e seus órgãos. 
Indireto é o serviço prestado por pessoa jurídica criada pelo poder público para 
exercer tal atividade. 
Assim, quando a União, os Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, prestam 
serviços públicos por seus próprios meios, diz que há atuação da Administração Direita. Se 
cria autarquias, fundações, sociedades de economia mista ou empresas públicas e lhes 
repassa serviços públicos, haverá Administração Indireta (descentralização). 
Segundo o inciso XIX do art. 37 da CF/88, alterado pela EC nº 19/98, somente 
compõem a administração Pública Indireta as autarquias, fundações, sociedades de 
economia mista e empresas públicas, e nenhuma outra entidade, valendo essa regra para 
todos os entes da federação. No âmbito federal, essa enumeração já era vista no Decreto-Lei 
200/67, recepcionado pela CF/88. 
 
Atenção: não confunda descentralização com desconcentração. Descentralizar é 
repassar a execução e a titularidade, ou só a execução de uma pessoa para outra, não 
havendo hierarquia. Por exemplo, quando a União transferiu a titularidade dos serviços 
relativos à seguridade social à autarquia INSS. Já na desconcentração há somente uma 
pessoa, que reparte competências entre seus órgãos, despersonalizados, onde há 
hierarquia. Por Exemplo, a subdivisão do Poder Executivo em Ministérios, do Ministério 
da Fazenda em Secretaria, e assim por diante. 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
Atos administrativos são espécies do gênero ato jurídico. E então, os atos jurídicos 
são qualquer manifestação unilateral humana voluntária que tenha a finalidade de produzir 
determinada alteração jurídica. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
Quanto à liberdade de ação, o ato pode ser discricionário ou vinculado. Quando há 
uma margem de liberdade, o ato é discricionário. Mas, esta liberdade é limitada, já que os 
elementos competência, finalidade e forma são definidos de forma vinculada sem margem 
para alteração. Assim, há liberdade apenas nos elementos motivo e objeto. Em contraponto, o 
ato vinculado tem todos os elementos do ato administrativo definidos em lei, sem margem de 
liberdade. 
Quanto à formação da vontade administrativa, o ato pode ser simples, complexo ou 
composto. O ato simples tem a manifestação de vontade de apenas um órgão formando 
apenas um ato. Já o complexo, tem a manifestação de vontade de dois ou mais órgãos e se 
forma apenas um ato. E o composto tem a formação da vontade por meio de dois atos, um 
principal e o outro acessório. 
 
CARACTERÍSTICAS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
 
Diferentemente dos contratos administrativos, os atos administrativos são unilaterais e 
dependem apenas da vontade da administração pública ou dos particulares que estejam 
exercendo prerrogativas públicas. Além disso, eles têm o condão de gerar efeitos jurídicos, 
independentemente de qualquer interpelação. Mas estão sujeitos ao controle do Poder 
Judiciário. Eles também possuem como finalidade o interesse público e se sujeitam ao regime 
jurídico de direito público. 
 
ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
A presunção de legitimidade significa que os atos foram realizados em conformidade 
com a lei. Já a presunção de veracidade significa que os atos, por serem alegados pela 
administração, presumem-se verdadeiros. Logo, isso significa que para gerar celeridade aos 
processos, os atos produzirão efeitos e são válidos até que se prove o contrário. 
 
A imperatividade traz a possibilidade de os atos administrativos serem impostos a 
terceiros independentemente da concordância destes. Mas não são todos os atos 
administrativos que são dotados deste atributo. 
 
A autoexecutoriedade significa que o ato pode ser executado independentemente de 
ordem judicial. Mas não confunda! Isso não significa que não pode haver controle judicial do 
ato. Este atributo só poderá estar presente diante de lei ou em casos urgentes. 
 
Já a tipicidade prevê que o ato administrativo deve estar definido em lei para que se 
torne apto para produzir determinadosresultados. 
A presunção de legitimidade é um atributo previsto em todo ato administrativo, assim como a 
tipicidade. Já a imperatividade e a autoexecutoriedade estão previstos em alguns deles. 
 
ELEMENTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
Não poderia faltar no resumo de atos administrativos, os elementos encontrados neles. 
 
Competência é o poder legal conferido ao agente para desempenhar as atribuições. 
Então, de forma mais informal, seria o sujeito da realização do ato. Elementos vinculados são 
aqueles previstos em lei, então, a competência é um elemento vinculado. 
 
A Finalidade geral do ato administrativo é satisfazer ao interesse público. Já a 
finalidade específica, por sua vez, é aquela que a lei elegeu para o ato em específico. Como 
não se concebe que o ato não satisfaça ao interesse público ou da finalidade prevista em lei, 
é um elemento vinculado. 
 
A forma é o modo de exteriorização do ato, a maneira de se manifestar no mundo 
externo. Por exemplo, o edital é a forma de se tornar pública a realização do concurso 
público. Em sentido amplo, também se incluem como forma as exigências procedimentais 
para realização do ato. Já que as formalidades estão previstas em lei e devem ser seguidas, 
também se considera a forma como elemento vinculado dos atos administrativos. 
 
O Motivo é a situação de fato e de direito que gera a vontade do agente que pratica o 
ato. Mas não o confunda com motivação, já que esta é definida como a exposição 
desse motivo!!!!!!. Logo, todo ato deve ter um motivo, mas nem todo ato precisa da 
exposição dele. Por exemplo, a exoneração de ocupante de cargo de provimento em 
comissão não precisa de motivação, mas precisa de motivo. 
 
Considerando que a finalidade é o resultado mediato desejado para o ato, considera-se que o 
objeto é o fim imediato do ato. Assim sendo, representa o resultado prático a que 
determinado ato administrativo conduz. 
 
VÍCIOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
O vício mais conhecido de competência é o excesso de poder. O sujeito tem a 
competência legal para prática de alguns atos, mas excede os limites dessa competência. 
Ainda assim é possível a convalidação do ato, se a autoridade competente ratificar o ato da 
autoridade incompetente. Entretanto não é possível a convalidação no caso de competência 
exclusiva. 
Já o vício principal da finalidade é o desvio de poder. É quando o ato não atende a 
finalidade do interesse público, e muitas vezes atende a necessidades particulares. 
Os dois vícios vistos acima, o excesso de poder e o desvio de poder, são espécies do Gênero 
abuso de poder. Segue esquema para não haver confusão: 
 
No elemento forma, há o vício quando não é atendida a forma prevista em lei ou o 
procedimento necessário para o cumprimento do ato. 
Já no elemento motivo, quando este é falso, inexistente ou juridicamente inadequado, temos 
o vício. 
 
No elemento objeto, pode-se invalidar um ato quando o mesmo for proibido ou não 
previsto em lei ou ainda ser imoral, impossível ou incerto. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
E para continuar o resumo de atos administrativos vamos ver as classificações mais 
importantes para concursos públicos! Pois são elas: quanto à liberdade de ação e quanto à 
formação da vontade administrativa. 
 
Quanto à liberdade de ação, o ato pode ser discricionário ou vinculado. Quando há 
uma margem de liberdade, o ato é discricionário. Mas, esta liberdade é limitada, já que os 
elementos competência, finalidade e forma são definidos de forma vinculada sem margem 
para alteração. Assim, há liberdade apenas nos elementos motivo e objeto. Em contraponto, o 
ato vinculado tem todos os elementos do ato administrativo definidos em lei, sem margem de 
liberdade. 
 
Quanto à formação da vontade administrativa, o ato pode ser simples, complexo ou 
composto. O ato simples tem a manifestação de vontade de apenas um órgão formando 
apenas um ato. Já o complexo, tem a manifestação de vontade de dois ou mais órgãos e se 
forma apenas um ato. E o composto tem a formação da vontade por meio de dois atos, um 
principal e o outro acessório 
 
 
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
A caducidade acontece quando o ato está baseado em uma legislação e uma lei 
superveniente revoga a lei anterior. Por isso, pela nova lei, aquele ato já não faz mais sentido 
no mundo jurídico. 
 
E a contraposição também ocorre com a mudança no mundo jurídico, mas através de 
um novo ato que se contrapõe ao ato anterior. Assim sendo, a diferença entre a caducidade e 
a contraposição é que a caducidade é com base em nova lei e a contraposição com base em 
novo ato. 
 
A cassação é a forma de extinção do ato por culpa do beneficiário, já que ele 
descumpriu condições que deveria manter. 
 
A anulação é o desfazimento de ato ilegal e a revogação é a extinção de ato válido, 
mas que deixou de ser conveniente e oportuno. E então vale a pena descrever a súmula 473 
do STF: “A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os 
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os 
casos, a apreciação judicial. ” 
 
EXERCICIOS 
 
1. Conforme a Lei nº 8.429, de 02/06/1992, que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos 
agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, 
emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras 
providências, marque a alternativa CORRETA. 
A - O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente 
está sujeito às cominações desta lei, sem considerar a herança (Art. 8º) 
B - A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos se efetivam com a 
instauração da representação (Art. 20) 
C - Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita 
observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato 
dos assuntos que lhe são afetos (Art. 4º) 
D - O Poder Judiciário, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como 
fiscal da lei, sob pena de nulidade (Art. 17, §4º) 
E - Somente o Ministério Público poderá representar à autoridade administrativa competente 
para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade 
(Art. 14) 
COMENTARIO: cabe a autoridade administrativa representar ao ministério público. O Art. 6° 
reza que no caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário 
os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. Art. ... 8° O sucessor daquele que causar 
lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei 
até o limite do valor da herança. Todo servidor Publico terá direito a ampla defesa e ao 
contraditório. 
 
2. De acordo com o Princípio da Impessoalidade, julgue em verdadeiro (V) ou falso (F) as 
afirmativas abaixo: 
( ) quando existe desvio de finalidade por parte do agente público, o ato caracterizado não é 
considerado nulo. 
( ) O agente público deve ter sua conduta orientada para o interesse público, em detrimento 
de interesses particulares, próprios ou de terceiros, sob pena do ato ser caracterizado pelo 
desvio de finalidade, e, portanto, nulo. 
( ) O agente público deve ter sua conduta orientada para o interesse particular sempre 
quando bem entender. 
( ) A arbitrariedade e o subjetivismo não se opõem ao principio da impessoalidade. 
Está CORRETO a alternativa: 
A - V, V, V, F. 
B - V, F, F, V. 
C - F, F, F, V. 
D - F, V, F, V. 
E - F, V, F, F. 
COMENTARIO: O princípio da impessoalidade estabelece o dever de imparcialidade na 
defesa do interesse público, impedindo discriminações e privilégios indevidamente 
dispensados a particulares no exercício da função administrativa. Nos atos nulos não existe a 
possibilidade de convalidação, de reparo. Já nos atos anuláveis é possível que os atos sejam 
saneadospela administração. 
 
3. A Constituição Federal, em seu artigo 37, caput, indica, de maneira expressa, os princípios 
da Administração Pública (direta e indireta), que são: 
 
(A) legalidade, veracidade, publicidade e motivação. 
(B) impessoalidade, razoabilidade e continuidade do serviço público. 
(C) legalidade, moralidade, publicidade e discricionariedade. 
(D) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
(E) publicidade, veracidade, moralidade, discricionariedade e eficiência. 
COMENTARIO: uma boa dica é memorizar o acrostico LIMPE (legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência). 
 
4. É classificado como ato administrativo, EXCETO: 
a) a permissão para instalação de banca de jornais 
b) a autorização para porte de arma 
c) a licença para edificar 
d) a iniciativa de lei pelo executivo 
COMENTARIO: a iniciativa de lei pelo executivo é classificada como ato político ou de 
governo, e não ato administrativo, pois é praticada no exercício de uma função puramente 
política. 
 
5. Ato administrativo vinculado é aquele que: 
a) a lei estabelece os requisitos de sua realização (competência, finalidade, forma, motivo e 
objeto), dos quais não se pode afastar o administrador, sob pena de nulidade do ato 
b) a lei estabelece os requisitos referentes ao motivo e ao objeto, dos quais não se pode 
afastar o administrador, sob pena de nulidade do ato 
c) a lei deixa ao prudente arbítrio do administrador a escolha da forma, motivo e objeto, para a 
pratica do ato 
d) a lei deixa ao prudente arbítrio do administrador a fixação da competência, finalidade, 
forma, motivo e objeto, para a pratica do ato 
COMENTARIO: Ato administrativo vinculado é aquele que não confere à administração 
pública a possibilidade de nenhum juízo de valor na sua realização, pois está inteiramente 
previsto na lei 
 
6. Haverá excesso de poder na pratica do ato administrativo, quando: 
a) o agente competente praticar o ato com finalidade diversa prevista na lei 
b) o agente competente ultrapassar os limites de sua competência ao realizar o ato. 
c) o agente competente elaborar o ato em conformidade com a lei 
d) o ato for realizado por sujeito incompetente 
COMENTARIO: No excesso de Poder o agente, via de regra, busca fins previstos no 
ordenamento, mas se excede no emprego dos meios desdobrando também das 
competências previstas em lei para sua ação. Já no Vício de Finalidade o chamado desvio de 
poder ou desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica ato visando fim diverso 
daquele previsto, explicita ou implicitamente na regra de competência. 
7. O ato administrativo praticado com desvio de poder é: 
a) anulável 
b) inexistente 
c) nulo 
d) valido, mas a autoridade que incorreu no desvio será punida 
COMENTARIO: Tomar uma lei como suporte para a pratica de ato desconforme com sua 
finalidade não é aplicar a lei; é desvirtua-la; é burlar a lei sob pretexto de cumpri-la. Daí que 
os atos incursos neste vício –denominado “desvio de poder” ou “desvio de finalidade” – são 
nulos 
 
8. É elemento do ato administrativo, EXCETO: 
a) competência (ou sujeito) 
b) Forma 
c) finalidade 
d) presunção de legitimidade 
COMENTARIO: são elementos dos atos administrativos a competência, a finalidade, a forma, 
o motivo e o objeto. 
 
9. De acordo com o princípio da autotutela: 
 
a) Pode a administração pública anular seus próprios atos quando eivados de ilegalidade, 
bem como revoga-los por motivo de conveniência ou oportunidade 
b) Pode a administração pública apenas anular os atos que não estão de acordo com a lei 
c) Pode o poder judiciário revogar os atos por motivo de conveniência ou oportunidade 
d) O poder judiciário e a administração pública poderão revogar e anular os atos pela 
ilegalidade ou pela conveniência e oportunidade 
COMENTARIO: O princípio da autotutela consiste no poder que a administração pública 
tem de controlar seus próprios atos, anulando atos ilegais e revogando atos inoportunos e 
inconvenientes. Assim tal poder não se estende ao judiciário, que poderá apenas anular 
atos ilegais, com base na sua função jurisdicional, e não pelo princípio em questão. 
 
10. No que diz respeito ao controle jurisdicional dos atos administrativos, é CORRETO, 
afirmar: 
a) os atos discricionários estão excluídos do controle jurisdicional 
b) nos atos discricionários, o juiz poderá examinar apenas o aspecto da competência do 
agente 
c) o juiz pode adentrar no mérito do ato, caso considere manifesta a inconveniência de sua 
manutenção 
d) alcança todos os aspectos da legalidade, excluída a valoração quanto à oportunidade ou 
conveniência dos atos 
COMENTARIO: O poder judiciário somente poderá apreciar a legalidade do ato administrativo 
sem adentrar no mérito 
 
11. A autoridade que remove servidor para localidade remota, com proposito de puni-lo: 
a) incorre em desvio de poder 
b) utiliza-se do poder hierárquico 
c) age dentro das suas atribuições 
d) pratica ato disciplinar 
COMENTARIO: Quando o agente pratica ato com finalidade diversa da prevista em lei, 
caracteriza-se desvio de finalidade ou poder 
 
12. Quanto a extinção do ato administrativo, é CORRETO afirmar: 
a) oportunidade e conveniência justificam a cassação do ato administrativo 
b) a revogação poderá ser ordenada pelo judiciário 
c) a administração e o judiciário poderão anular o ato administrativo ilegal 
d) somente a administração poderá anular ato administrativo ilegal 
COMENTARIO: A anulação é o desfazimento de ato ilegal e a revogação é a extinção de ato 
válido, mas que deixou de ser conveniente e oportuno. A cassação é a forma de extinção do 
ato por culpa do beneficiário, já que ele descumpriu condições que deveria manter. 
 
13. Os atos que possuem um comando geral e impessoal, são chamados de: 
a) Ordinários 
b) negociais 
c) normativos 
d) enunciativos 
COMENTARIO: Negociais são os atos que exprimem manifestação de vontade bilateral e 
concordante: Administração e particular sugerindo a realização de um negócio jurídico. São 
editados a partir da manifestação de vontade do particular e a edição não depende, portanto, 
da imperatividade. Licença, autorização e permissão são os exemplos correntes. 
 Punitivos são os atos que contêm uma sanção imposta ao particular ou ao agente público 
ante o desrespeito às disposições legais, regulamentares ou ordinatórias. São exemplos a 
multa administrativa (única a depender do Judiciário para a sua execução), a interdição 
administrativa, a destruição de coisas, o afastamento temporário de cargo ou função pública. 
Todos dependem de procedimento administrativo contraditório (ampla defesa, inclusive) e são 
de iniciativa vinculada. 
Enunciativos são os atos que apenas atestam, certificam ou declaram uma situação de 
interesse do particular ou da própria Administração, tal como ocorre com as certidões, 
atestados, pareceres normativos, pareceres técnicos. 
Normativos: São atos que contém um comando geral, impessoal, como o regulamento, o 
decreto, o regimento e a resolução. O regimento é ato administrativo normativo de aplicação 
interna, destinando-se a prover o funcionamento dos órgãos. A resolução é ato editado por 
altas autoridades – ministros e secretários de Estado – e se destina a esclarecer situações 
própria da sua área de atuação. As deliberações, que podem ser normativas ou meramente 
decisórias, retratam a conjugação de vontade da maioria que compõe o órgão colegiado, 
possuindo a natureza de ato normativo 
 
14. O descumprimento de obrigação no ato por seu destinatário ou beneficiário, acarretará: 
a) a cassação do ato 
b) a caducidade do ato 
c) a revogação do ato 
d) a anulação do ato 
COMENTARIO: A anulação é o desfazimento de ato ilegal e a revogação é a extinção de ato 
válido, mas que deixou de ser conveniente e oportuno. A cassação é a forma de extinção do 
ato por culpa do beneficiário, já que ele descumpriu condições que deveria manter. 
 
15. Os atos administrativos que resultam na conjugação de vontade de órgãos diferentes, são 
chamadosde: 
a) compostos 
b) complexos 
c) simples 
d) bilaterais 
COMENTARIO: Quanto à formação da vontade administrativa, o ato pode ser simples, 
complexo ou composto. O ato simples tem a manifestação de vontade de apenas um órgão 
formando apenas um ato. Já o complexo, tem a manifestação de vontade de dois ou mais 
órgãos e se forma apenas um ato. E o composto tem a formação da vontade por meio de dois 
atos, um principal e o outro acessório 
 
16. Assinale a alternativa correta: 
a) o ato administrativo fica vinculado ao motivo que lhe serviu de suporte 
b) o poder judiciário poderá rever o mérito dos atos discricionários da administração pública 
c) o desvio de poder caracteriza-se pela edição do ato administrativo põe agente público 
incompetente 
d) nenhuma das alternativas 
COMENTARIO: Os motivos que determinam a vontade do agente integram a validade do ato, 
isto é, o ato fica vinculado ao motivo que lhe serviu de suporte 
 
17. O ato administrativo que confere ao particular o exercício de uma atividade de 
profissional, tendo em vista o preenchimento dos requisitos legais pelo interessado, 
denomina-se: 
a) concessão 
b) autorização 
c) permissão 
d) licença 
COMENTARIO: Autorização é um ato administrativo por meio do qual a administração 
pública possibilita ao particular a realização de alguma atividade de predominante interesse 
deste, ou a utilização de um bem público, como exemplo serviços de taxi, despachantes, 
pavimentação de rua pela própria população, serviços de guarda particular patrimonial em 
estabelecimentos etc. Permissão é ato administrativo discricionário e precário e revogável 
unilateralmente pelo poder concedente mediante o qual é consentida ao particular, pessoa 
física ou jurídica, alguma conduta em que exista interesse predominante da coletividade. 
Concessão é a delegação da prestação do serviço público feita pelo poder concedente, 
mediante licitação na modalidade concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de 
empresas que demonstrem capacidade de desempenho por sua conta e risco, com prazo 
determinado. 
 
18. A autorização do porte de arma e a licença para edificação, são atos administrativos, 
respectivamente: 
a) vinculado e discricionário 
b) discricionário e vinculado 
c) vinculado e vinculado 
d) discricionário e discricionario 
COMENTARIO: Quanto à liberdade de ação, o ato pode ser discricionário ou vinculado. 
Quando há uma margem de liberdade, o ato é discricionário. Mas, esta liberdade é limitada, já 
que os elementos competência, finalidade e forma são definidos de forma vinculada sem 
margem para alteração. Assim, há liberdade apenas nos elementos motivo e objeto. Em 
contraponto, o ato vinculado tem todos os elementos do ato administrativo definidos em lei, 
sem margem de liberdade. 
 
19. os decretos e as certidões são atos administrativos, respectivamente: 
a) Normativos e enunciativos 
b) enunciativos e normativos 
c) normativos e ordinários 
d) ordinários e enunciativos 
COMENTARIO: Negociais são os atos que exprimem manifestação de vontade bilateral e 
concordante: Administração e particular sugerindo a realização de um negócio jurídico. São 
editados a partir da manifestação de vontade do particular e a edição não depende, portanto, 
da imperatividade. Licença, autorização e permissão são os exemplos correntes. 
 Punitivos são os atos que contêm uma sanção imposta ao particular ou ao agente público 
ante o desrespeito às disposições legais, regulamentares ou ordinatórias. São exemplos a 
multa administrativa (única a depender do Judiciário para a sua execução), a interdição 
administrativa, a destruição de coisas, o afastamento temporário de cargo ou função pública. 
Todos dependem de procedimento administrativo contraditório (ampla defesa, inclusive) e são 
de iniciativa vinculada. 
Enunciativos são os atos que apenas atestam, certificam ou declaram uma situação de 
interesse do particular ou da própria Administração, tal como ocorre com as certidões, 
atestados, pareceres normativos, pareceres técnicos. 
Normativos: São atos que contém um comando geral, impessoal, como o regulamento, o 
decreto, o regimento e a resolução. O regimento é ato administrativo normativo de aplicação 
interna, destinando-se a prover o funcionamento dos órgãos. A resolução é ato editado por 
altas autoridades – ministros e secretários de Estado – e se destina a esclarecer situações 
própria da sua área de atuação. As deliberações, que podem ser normativas ou meramente 
decisórias, retratam a conjugação de vontade da maioria que compõe o órgão colegiado, 
possuindo a natureza de ato normativo 
 
20. Para que o ato administrativo possua eficácia externa, deverá ser: 
a) publicado 
b) legitimo 
c) impessoal 
d) não deverá configurar abuso de poder 
COMENTARIO: A publicidade da eficácia externa aos atos administrativos 
 
21. Assinale a afirmativa correta: 
a) todos os atos praticados pela administração pública são administrativos 
b) competência, forma, finalidade, motivo e objeto são elementos do ato administrativo 
c) a licença para edificar conferida ao particular poderá ser revogada, caso a administração 
pública entenda que seja inconveniente 
d) imperatividade não é um atributo do ato administrativo 
COMENTARIO: a iniciativa de lei pelo executivo é classificada como ato político ou de 
governo, e não ato administrativo, pois é praticada no exercício de uma função puramente 
política. A imperatividade é um atributo do ato administrativo. 
 
22. São atributos conferidos ao ato administrativo, EXCETO: 
a) presunção de legitimidade 
b) imperatividade 
c) finalidade 
d) executoriedade 
COMENTARIO: A finalidade é um dos elementos do ato administrativo, não atributo 
 
GABARITO 
 
1. C 
2. E 
3. D 
4. D 
5. A 
6. B 
7. C 
8. D 
9. A 
10. D 
11. A 
12. C 
13. C 
14. A 
15. B 
16. A 
17. D 
18. B 
19. A 
20. A 
21. B 
22. C 
 
 
 
 
PROVAS, CADEIA DE CUSTODIA, EXAMES DE CORPO DE DELITO E DISPOSIÇOES 
GERAIS (artigos 155 a 184 CPP) 
 
Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, 
ressalvados: 
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos 
crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal 
Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100); 
III - os processos da competência da Justiça Militar; 
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17); 
V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF nº 130) 
 
Juiz das Garantias 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
 Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de 
investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação. (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) (Vide ADI 6.298) (Vide ADI 6.300) (Vide ADI 
6.305) 
 Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação 
criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à 
autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente: (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) (Vigência) (Vide ADI 6.298) (Vide ADI 6.299) (Vide ADI 
6.300) (Vide ADI 6.305) 
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do inciso LXII do caput do art. 5º da 
Constituição Federal; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao37.htm#art86
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao37.htm#art89
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao37.htm#art89%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao37.htm#art100
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao37.htm#art122.17
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=12837http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5840274
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=6300&numProcesso=6300
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5844852
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5844852
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5840274
http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15342138711&ext=.pdf
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=6300&numProcesso=6300
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=6300&numProcesso=6300
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5844852
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20
II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da legalidade da prisão, observado o 
disposto no art. 310 deste Código; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo determinar que este seja conduzido 
à sua presença, a qualquer tempo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer investigação criminal; (Incluído pela Lei 
nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida cautelar, observado o 
disposto no § 1º deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, bem como substituí-las ou revogá-
las, assegurado, no primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência pública e oral, na 
forma do disposto neste Código ou em legislação especial pertinente; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) (Vigência) 
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada de provas consideradas urgentes e 
não repetíveis, assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência pública e 
oral; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o investigado preso, em vista das 
razões apresentadas pela autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste 
artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando não houver fundamento razoável 
para sua instauração ou prosseguimento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) (Vigência) 
X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado de polícia sobre o andamento 
da investigação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
XI - decidir sobre os requerimentos de: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em sistemas de informática e 
telemática ou de outras formas de comunicação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) (Vigência) 
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e telefônico; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) (Vigência) 
c) busca e apreensão domiciliar; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
d) acesso a informações sigilosas; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam direitos fundamentais do 
investigado; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do oferecimento da denúncia; (Incluído pela Lei 
nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade mental; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) (Vigência) 
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art. 399 deste 
Código; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o direito outorgado ao investigado e 
ao seu defensor de acesso a todos os elementos informativos e provas produzidos no âmbito 
da investigação criminal, salvo no que concerne, estritamente, às diligências em 
andamento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para acompanhar a produção da 
perícia; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não persecução penal ou os de colaboração 
premiada, quando formalizados durante a investigação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) (Vigência) 
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas no caput deste artigo. (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 1º (VETADO). 
§ 1º O preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória será encaminhado à 
presença do juiz de garantias no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, momento em que se 
realizará audiência com a presença do Ministério Público e da Defensoria Pública ou de 
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advogado constituído, vedado o emprego de videoconferência. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da 
autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do 
inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for 
concluída, a prisão será imediatamente relaxada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) (Vigência) 
 Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto as 
de menor potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do 
art. 399 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) (Vide ADI 
6.298) (Vide ADI 6.299) (Vide ADI 6.300) (Vide ADI 6.305) 
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz da 
instrução e julgamento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não vinculam o juiz da instrução e 
julgamento, que, após o recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a 
necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo máximo de 10 (dez) dias. (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do juiz das garantias ficarão 
acautelados na secretaria desse juízo, à disposição do Ministério Público e da defesa, e não 
serão apensados aos autos do processo enviados ao juiz da instrução e julgamento, 
ressalvados os documentos relativos às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de provas 
ou de antecipação de provas, que deverão ser remetidos para apensamento em 
apartado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos acautelados na secretaria do juízo 
das garantias. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
 
 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos 
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e 
antecipadas. 
 
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de 
ofício: (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas 
consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e 
proporcionalidade da medida; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de 
diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, 
assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. (Redação dada 
pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não 
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem 
ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de 
praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto 
da prova. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será 
inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. (Incluído pela Lei 
nº 11.690, de 2008) 
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
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http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5840274
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5840274
http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15342138711&ext=.pdf
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5840552
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5844852
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§ 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a 
sentença ou acórdão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vide ADI 6.298) (Vide ADI 
6.299) (Vide ADI 6.300) (Vide ADI 6.305) 
 
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, 
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se 
tratar de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018) 
I – violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018) 
II – violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência. (Incluído dada 
pela Lei nº 13.721, de 2018) 
 
Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados 
para manter e documentar a história cronológicado vestígio coletado em locais ou em vítimas 
de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com 
procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a 
produção da prova pericial fica responsável por sua preservação. (Incluído pela Lei nº 13.964, 
de 2019) (Vigência) 
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou 
recolhido, que se relaciona à infração penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
(Vigência) 
 
Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes 
etapas: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a 
produção da prova pericial; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o 
ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) (Vigência) 
III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no 
corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, 
filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo 
perito responsável pelo atendimento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas 
características e natureza; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de 
forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para 
posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o 
acondicionamento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições 
adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a 
manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua posse; (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser 
documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e unidade 
de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio, 
código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e 
identificação de quem o recebeu; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a 
metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter 
o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito; (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do 
material a ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou 
transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) (Vigência) 
X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente 
e, quando pertinente, mediante autorização judicial. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
(Vigência) 
 
Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por perito oficial, 
que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo quando for 
necessária a realização de exames complementares. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
(Vigência) 
§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem ser tratados como 
descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de natureza criminal responsável 
por detalhar a forma do seu cumprimento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de 
locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como 
fraude processual a sua realização. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
 
Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza 
do material. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada, 
de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte. (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas características, impedir 
contaminação e vazamento, ter grau de resistência adequado e espaço para registro de 
informações sobre seu conteúdo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise e, 
motivadamente, por pessoa autorizada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de acompanhamento de 
vestígio o nome e a matrícula do responsável, a data, o local, a finalidade, bem como as 
informações referentes ao novo lacre utilizado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
(Vigência) 
§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo recipiente. (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
 
Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia 
destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao 
órgão central de perícia oficial de natureza criminal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
(Vigência) 
§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para 
conferência, recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a 
classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar 
condições ambientais que não interfiram nas características do vestígio. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser protocoladas, 
consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas 
e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
(Vigência) 
§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações deverão ser 
registradas, consignando-se a identificação do responsável pela tramitação, a destinação, a 
data e horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
 
Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de 
custódia, devendo nela permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições de armazenar 
determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária determinar as condições de 
depósito do referido material em local diverso, mediante requerimento do diretor do órgão 
central de perícia oficial de natureza criminal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
 
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, 
portador de diploma de curso superior. 
 § 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, 
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que 
tiverem habilitaçãotécnica relacionada com a natureza do exame. 
 § 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o 
encargo. 
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao 
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. 
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos 
exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta 
decisão. 
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: 
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, 
desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam 
encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas 
em laudo complementar; 
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo 
juiz ou ser inquiridos em audiência. 
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia 
será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na 
presença de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua 
conservação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008). 
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento 
especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar 
mais de um assistente técnico 
 
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que 
examinarem, e responderão aos quesitos formulados. 
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este 
prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. 
 
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. 
 
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, 
pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que 
declararão no auto. 
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, 
quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem 
precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de 
alguma circunstância relevante. 
 
Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para 
que, em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto 
circunstanciado. 
Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar da 
sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a 
sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade 
procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto. 
 
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, 
bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do 
crime. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) 
 
Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, 
juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente 
rubricados. 
 
Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado, proceder-se-á ao 
reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou repartição congênere ou pela 
inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se 
descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações. 
Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos os objetos 
encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver. 
 
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os 
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 
 
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, 
proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, 
de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu 
defensor. 
§ 1o No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de 
suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo. 
§ 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código 
Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime. 
§ 3o A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal. 
 
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade 
providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos 
peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas 
elucidativos. (Vide Lei nº 5.970, de 1973) 
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e 
discutirão, no relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos. (Incluído 
pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) 
 
Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a 
eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com 
provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas. 
 
Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da 
coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que 
instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado. 
 
Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de coisas destruídas, deterioradas 
ou que constituam produto do crime. 
Parágrafo único. Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por 
meio dos elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências. 
 
Art. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver 
começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a 
extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação do 
fato. 
 
Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar-
se-á o seguinte: 
I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for 
encontrada; 
II - para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer 
ou já tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja 
autenticidade não houver dúvida; 
III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos que existirem 
em arquivos ou estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se daí não 
puderem ser retirados; 
IV - quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, a 
autoridade mandará que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa, 
mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita por precatória, em que se 
consignarão as palavras que a pessoa será intimada a escrever. 
 
Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a 
fim de se Ihes verificar a natureza e a eficiência. 
 
Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência. 
 
Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecado. 
Havendo, porém, no caso de ação privada, acordo das partes, essa nomeação poderá ser 
feita pelo juiz deprecante. 
Parágrafo único. Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos na precatória. 
 
Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela autoridade ao diretor da 
repartição, juntando-se ao processo o laudo assinado pelos peritos. 
 
Art. 179. No caso do § 1o do art. 159, oescrivão lavrará o auto respectivo, que será assinado 
pelos peritos e, se presente ao exame, também pela autoridade. 
Parágrafo único. No caso do art. 160, parágrafo único, o laudo, que poderá ser datilografado, 
será subscrito e rubricado em suas folhas por todos os peritos. 
 
Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as 
declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e 
a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar 
proceder a novo exame por outros peritos. 
 
Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades 
ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou 
esclarecer o laudo. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) 
Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por 
outros peritos, se julgar conveniente. 
 
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em 
parte. 
 
Art. 183. Nos crimes em que não couber ação pública, observar-se-á o disposto no art. 19. 
(Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos 
ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, 
ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.) 
 
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a 
perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade. 
 
Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo 
penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. 
(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 
§ 1o O interrogatório do acusado preso será feito no estabelecimento prisional em que se 
encontrar, em sala própria, desde que estejam garantidas a segurança do juiz e auxiliares, a 
presença do defensor e a publicidade do ato. Inexistindo a segurança, o interrogatório será 
feito nos termos do Código de Processo Penal. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 
(Revogado) 
§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em 
que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do 
Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato. 
(Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009) 
§ 2o Antes da realização do interrogatório, o juiz assegurará o direito de entrevista reservada 
do acusado com seu defensor. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 
(Revogado) 
§ 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das 
partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro 
recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida 
seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades: (Redação dada pela Lei nº 
11.900, de 2009) 
I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre 
organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento; 
(Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) 
II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante 
dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância 
pessoal; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) 
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja 
possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste 
Código; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) 
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) 
§ 3o Da decisão que determinar a realização de interrogatório por videoconferência, as partes 
serão intimadas com 10 (dez) dias de antecedência. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) 
§ 4o Antes do interrogatório por videoconferência, o preso poderá acompanhar, pelo mesmo 
sistema tecnológico, a realização de todos os atos da audiência única de instrução e 
julgamento de que tratam os arts. 400, 411 e 531 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.900, 
de 2009) 
§ 5o Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito de entrevista 
prévia e reservada com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica também 
garantido o acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor que 
esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre este e o 
preso. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) 
§ 6o A sala reservada no estabelecimento prisional para a realização de atos processuais por 
sistema de videoconferência será fiscalizada pelos corregedores e pelo juiz de cada causa, 
como também pelo Ministério Público e pela Ordem dos Advogados do Brasil. (Incluído pela 
Lei nº 11.900, de 2009) 
§ 7o Será requisitada a apresentação do réu preso em juízo nas hipóteses em que o 
interrogatório não se realizar na forma prevista nos §§ 1o e 2o deste artigo. (Incluído pela Lei 
nº 11.900, de 2009) 
§ 8o Aplica-se o disposto nos §§ 2o, 3o, 4o e 5o deste artigo, no que couber, à realização de 
outros atos processuais que dependam da participação de pessoa que esteja presa, como 
acareação, reconhecimento de pessoas e coisas, e inquirição de testemunha ou tomada de 
declarações do ofendido. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) 
§ 9o Na hipótese do § 8o deste artigo, fica garantido o acompanhamento do ato processual 
pelo acusado e seu defensor. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) 
§ 10. Do interrogatório deverá constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas 
idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos 
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
 
EXERCICIOS 
 
1. (AUXILIAR DE NECROPSIA PCAC-2017) São inadmissíveis, por serem ilícitas, as provas 
que: 
A) violam normas constitucionais, não recebendo o mesmo tratamento as que violam normas 
infraconstitucionais. 
B) violam as normas constitucionais e legais, salvo se obtidas de boa fé pelo agente policial e 
forem imprescindíveis ao esclarecimento da autoria. 
C) violam normas infraconstitucionais, não recebendo o mesmo tratamento as que violam normas 
constitucionais por serem estas programáticas. 
D) violam a moral e os bons costumes. 
E) embora colhidas licitamente derivam das ilícitas. 
 
COMENTARIO: Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as 
provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. 
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas 
 
2. Sobre a cadeia de custódia, assinale a alternativa incorreta: 
A -Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se 
relaciona à infração penal. 
B - Isolamento é o ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o 
ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime. 
C - Coleta é o procedimento por meio do qual cada vestígio é embalado de forma individualizada, 
de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com 
anotação da data, hora e nome de quem realizou o ato. 
D - Armazenamento é o procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a 
ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com 
vinculação ao número do laudo correspondente. 
E - Descarte é o procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente 
e, quando pertinente, mediante autorização judicial. 
 
COMENTARIO: ACONDICIONAMENTO é o procedimento por meio do qual cada vestígio é 
embalado de forma individualizada, de acordo com

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