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Intervenções psicológicas no contexto remoto com grupo de adolescentes relato de experiência

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Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO
CURSO DE PSICOLOGIA
AMANDA GABRIELE DA SILVA SARAIVA - RGM 17958881
CARLA KAROLINE APARECIDA SANTANA - RGM 17173434
DENIS ARTHUR DUARTE – RGM 17453330
GIOVANNA CABRERA LEITE - RGM 21085722
MICHELE RIBEIRO FERREIRA - RGM 17182891
THAYNA CAVALCANTE RODRIGUES - RGM 1059380
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ÊNFASE
ESTÁGIO SUPERVISIONADO ESPECÍFICO EM COMUNIDADES
Intervenções psicológicas no contexto remoto com grupo de adolescentes: relato de experiência.
ITU - SP
2021
AMANDA GABRIELE DA SILVA SARAIVA - RGM 17958881
CARLA KAROLINE APARECIDA SANTANA - RGM 17173434
DENIS ARTHUR DUARTE – RGM 17453330
GIOVANNA CABRERA LEITE - RGM 21085722
MICHELE RIBEIRO FERREIRA - RGM 17182891
THAYNA CAVALCANTE RODRIGUES - RGM 1059380
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ÊNFASE (TCE)
ESTÁGIO SUPERVISIONADO ESPECÍFICO EM COMUNIDADES
Intervenções psicológicas no contexto remoto com grupo de adolescentes: relato de experiência. 
Trabalho de Conclusão de Ênfase, referente a ênfase em Processos de Prevenção e Promoção de Saúde no Contexto Institucional, apresentado como requisito obrigatório da grade curricular, sob supervisão da Profa° Flávia de Souza Otuka. 
ITU - SP
2021
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho consiste em relatar a experiência do Estágio Supervisionado em Comunidades do curso de Psicologia, o qual intercorre entre os anos de 2020 e 2021 transpassado por um período atípico pandêmico.
No estado de São Paulo, o Governo Estadual determinou o início da quarentena em 24 de março de 2020, com a proibição de aglomerações e do funcionamento de estabelecimentos não essenciais à população, devido a um beta coronavírus descoberto em Wuhan, na China, responsável por causar uma infecção respiratória aguda, com elevada transmissibilidade e potencial de distribuição global, tendo como formas de contágio a transmissão respiratória e o contato direto. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020).
	Inicialmente, como uma tentativa de dar continuidade aos estudos, as mais diversas instituições de ensino adaptaram versões, conseguindo transmitir seus conteúdos aos alunos de forma remota, utilizando tecnologias de informação e comunicação. 
Mas, e quanto aos estágios curriculares, obrigatórios em diversos cursos? Estágios são oportunidades de aplicar o conhecimento acumulado ao longo do curso e adquirir experiência prática que beneficia instituições e a sociedade como um todo. Estes também foram afetados, uma vez que as restrições de circulação/aglomeração e recomendações para distanciamento e isolamento social, levaram a uma necessidade imediata de adequação para manterem seu funcionamento. 
Aliados aos recursos tecnológicos de comunicação e adaptados às novas exigências de funcionamento, tanto estagiários como seus supervisores, estavam munidos de recursos para retomar as atividades que permitiam uma aproximação “virtual” dos indivíduos, mesmo estando a quilômetros de distância uns dos outros. Como forma de direcionamento, o CFP (Conselho Federal de Psicologia) lançou um documento como forma de recomendação e orientação para o momento da pandemia.
Assim, estagiários e supervisores de Psicologia, passaram a utilizar da criatividade para adaptar técnicas de atendimento conhecidas às circunstâncias e limitações dos sistemas “on-line” oferecidas pelos meios de informação, obtendo no processo, novos métodos adaptados. 
Na ocasião do estágio supervisionado, objeto deste estudo, foram elaborados encontros nas modalidades possíveis dentro das orientações de saúde e contenção da pandemia para atender aos adolescentes assistidos por uma Organização Não Governamental na cidade de Salto, no interior de São Paulo. As metodologias aplicadas durante todo o processo partiram do princípio de cooperação entre participantes e facilitadores em relações horizontais, sem hierarquias de dominação de uns sobre outros (LANE, 1981, p. 68 apud[footnoteRef:1] MARTINS, p.79, 2007), nas quais foram trabalhadas diversas atividades com intuito de propiciar discussões sobre temas sociais e socioemocionais a fim de gerar reflexões críticas. [1: LANE, S. O que é Psicologia Social. Primeiros Passos. Vol. 39. São Paulo, SP. Brasiliense.
] 
A perspectiva teórica-metodológica que orientou esse trabalho está baseada nos princípios da Psicologia Sócio-histórica, que compreende a adolescência como um momento do desenvolvimento humano cujo significado é continuamente elaborado pelo homem (OZELLA, 2002). Entende-se, portanto, que a adolescência é determinada sócio historicamente e é constituída, então, para atender as demandas capitalistas, como o aumento da necessidade de ingresso de mão de obra no mercado de trabalho, por exemplo. (AGUIAR; BOCK; OZELLA, 2007) 
Dessa forma, entendemos que não há como existir uma adolescência única e genérica, mas só é possível compreendê-la a partir de uma tessitura social, no caso do presente trabalho, em contexto de vulnerabilidade social.
2 OBJETIVO
O presente trabalho tem como objetivo descrever e analisar as práticas empregadas em intervenções psicológicas no contexto remoto com grupo de adolescentes, no período de um ano e seis meses.
3 METODOLOGIA
O presente trabalho é resultado da experiência de estágio de seis estagiários (as) do curso de Psicologia nas disciplinas de Estágios Supervisionados Específicos em Psicologia Institucional II, Projeto social e Comunidades, efetuados respectivamente nos 8°, 9° e 10° semestres.
As experiências dão-se ao longo de 18 meses, em uma Organização Não-Governamental (ONG) na cidade de Salto, interior de São Paulo, onde os estagiários desenvolveram a práxis remotamente com um de um grupo de adolescentes[footnoteRef:2], visto que no período de 2020 a 2021, quando ocorreram vivências, ocorria o isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19. [2: A caracterização do grupo e da instituição será fornecida ao longo do capítulo. ] 
 Os seis estagiários dividiram-se em duplas, cada uma foi responsável durante seis meses por planejar e executar intervenções psicológicas com um intuito específico.
Para a realização das atividades utilizou-se a mediação digital. Com o auxílio da plataforma Google Meet, pensada para reuniões remotas, foi possível realizar encontros semanalmente com duração média de duas horas com os adolescentes matriculados na instituição. No total efetuou-se vinte e dois (22) encontros, sendo, sete (7) no primeiro semestre, sete(7) no segundo semestre e oito (8) no terceiro semestre.
Os encontros tiveram como objetivo construir um espaço de convivência acolhedor e seguro que estimulasse a reflexão e permitisse o contato com novas visões e ideias sobre questões da vida cotidiana. Posteriormente, o espaço e vínculo construídos foram usados para trabalhar interesses inerentes à fase de desenvolvimento em questão, como: pertencimento, personalidade, afetividade, escolhas, relacionamento interpessoal e intrapessoal, autoconhecimento, autocuidado, etc. Vale ressaltar que na condução dos encontros, as duplas atuaram como facilitadoras, empregando métodos que estimulavam a participação dos integrantes do grupo, permitindo o surgimento de conteúdos espontâneos que nortearam a elaboração das atividades futuras.
Para alcançar o objetivo desejado, utilizou-se materiais de apoio como: vídeos, músicas e filmes. Os estagiários promoveram atividades que envolviam rodas de conversas, formação de subgrupos para trocas, investigação de habilidades profissionais e tomada de decisão. 
3.1 Caracterização
Com mais de 30 anos de atuação contínua na cidade de Salto, interior do estado de São Paulo, a instituição Cáritas foi criada inicialmente para dar suporte às Pastorais da Igreja Católica da cidade, atendendo famílias em situação de risco, e devido ao aumento de demanda e possibilidades de novos projetos, abriram novas filiais.
Em 2010 foi fundado o Núcleo Marília, criando o projeto Família Cidadã, que tem como objetivo o fortalecimento de vínculo e convivência, abrangendo a população que reside no Bairro Jardim Marília e proximidades. A regiãofavorecida pela instituição traz consigo um histórico de grande vulnerabilidade social, em que indivíduos se alocaram devido ao desfavelamento da cidade.
A Cáritas tem como missão:
 “Defender e promover a vida, participando da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural, junto com as pessoas em situação de exclusão social. (...). Ofertando um espaço de convivência com atendimento contínuo, permanente e planejado para formação da cidadania, desenvolvimento do protagonismo e autonomia das crianças, adolescentes e famílias residentes no território.” (CÁRITAS, 2019).
A instituição atende crianças e adolescentes, têm capacidade de assistir 135 atendidos e atualmente tem 105. Para a ocupação da vaga os candidatos passam por uma seleção prévia, através de levantamento psicossocial um corpo técnico seleciona as que apresentam maior vulnerabilidade. (CÁRITAS, 2019)
Os frequentadores da instituição são divididos de acordo com sua idade para frequentar as oficinas que a instituição oferta, como: informática, ballet, judô, violão, artesanato, oficina do raciocínio e recriar onde ocorrem: “contação de história, desenhos, vídeos educativos, rodas de conversas, palestras, brincadeiras lúdicas, confecção de brinquedos com material reciclado, com acompanhamento de psicólogos e assistente social” (CÁRITAS, 2019). 
Os grupos sofrem alterações em sua constituição, a divisão por idades torna-o muitas vezes interditado a antigos participantes, ao mesmo tempo em que permite a aderência de novos integrantes. 
Dentre os grupos existentes está o Solução Jovem, constituído por adolescentes de 13 a 18 anos completos. Segundo a instituição Cáritas (2019), o intuito do grupo é detectar problemas na comunidade ou município e elaborar projetos de intervenção que visem solucionar as demandas em questão, permitindo o reconhecimento de suas potencialidades. Busca-se incentivar a ação crítica, protagonismo e consciência social concomitante ao desenvolvimento emocional, físico e de habilidades ligadas às relações interpessoais.
3.2 Atividades desenvolvidas
3.2.1 Primeira dupla 
 Todos os encontros foram efetuados de maneira remota e síncrona. Uma estagiária criava um link na plataforma Google Meet e encaminhava-o ao psicólogo responsável pela instituição, que distribuía-o para os adolescentes via WhatsApp, permitindo o acesso de todos a vídeo chamada. 
Cada participante conectava-se com seu aparelho pessoal em suas respectivas casas. O grupo constituiu-se por 8 integrantes, contudo, devido às dificuldades de acesso da população à tecnologia eram frequentes episódios de ausência. 
No eixo das intervenções estava o uso de conteúdos audiovisuais para trabalhar temas de interesse do grupo. Requisitava-se que os adolescentes enviassem via e-mail indicações de músicas, que após transmitidas do Youtube via compartilhamento de tela, tornavam-se objeto de análise e debate.
 O conjunto semanal das músicas trabalhadas recebeu o nome de “Playlist da semana”. Contudo, apesar de todas as músicas serem usadas, estas não eram levadas aos encontros aleatoriamente, as estagiárias responsáveis analisavam as indicações e agrupavam-nas de modo a fomentar discussões, com diferentes pontos de vista e gêneros musicais tratando de um mesmo assunto. 
Nas discussões todos os participantes possuíam espaço para expor seu ponto de vista, que em diversas ocasiões mostraram-se divergentes entre si, tornando o grupo reconhecidamente heterogêneo.
A mediação dava-se no sentido de levar o grupo à construção de sínteses, das opiniões apresentadas, demonstrando a possibilidade de criação de ideias mais elaboradas e complexas partindo de divergências e contradições reais. 
	Data
	Descrição
	
1º Encontro- 08/10/2020
	Tema: Apresentação
Técnica: Encontro executado em conjunto com o psicólogo institucional; debate sobre depressão.
Objetivo: Conhecer o grupo e dar início à vinculação entre estagiários e adolescentes.
	
2º Encontro- 22/10/2020
	Tema: Estereótipos
Técnica Grupal: “De quem é a música?”, roda de conversa.
Músicas: Sonhar Nunca Desistir – MC Gui, Primeiros Erros – Capital Inicial, Versos Vegetarianos – Inquérito, Será – Lagum, Iza.
Objetivo: Debater preconceito e estereótipos.
	
3º Encontro-
29/10/2020
	Tema: Mulher (submissão, prostituição, igualdade e violência).
Técnica Grupal: “Playlist da semana”, roda de conversa.
Músicas: Aprisionada - Mandragora ft. Samantha Machado, Mrs. Potato Head - Melanie Martinez, Trepadeira – Emicida, Nome de Meninas – Marcello Gugu, Ai que Saudade da Amélia – Nelson Gonçalves.
Objetivo: Discutir o papel da mulher na sociedade por diversas perspectivas e épocas.
	
4º Encontro- 05/11/2020
	Tema: Felicidade (coletividade, infância, tristeza etc).
Técnica Grupal: “Playlist da semana”, roda de conversa.
Músicas: Quem Tá Feliz Bata Palma – Galinha Pintadinha, Rap da Felicidade – Cidinho e Doca, BB King – Baco Exú do Blues, Felicidade – Seu Jorge, Eu Tô Bem – Luiz Lins.
Objetivo: Refletir sobre os modos como a felicidade é percebida e buscada, bem como o resultado de sua ausência.
	
5º Encontro- 12/11/2020
	Tema: O Ter e o ser.
Técnica Grupal: “Playlist da semana”, roda de conversa.
Materiais e ferramentas: Ain't got no / I got life – Nina Simone, Eu Queria Mudar – Pacificadores, Franguinho na Panela – Lourenço e Lourival, Levanta e Anda – Emicida ft. Rael, Tá Escrito – Revelação, Deixa a Vida Me Levar – Zeca Pagodinho, Metamorfose Ambulante – Raul Seixas.
Objetivo: Analisar as diversas formas relacionar-se com a vida e debater a ideia de “vencer na vida”. 
	
6º Encontro- 19/11/2020
	Tema: Como o social influencia a vida particular.
Técnica Grupal: “Playlist da semana”, roda de conversa.
Materiais e ferramentas: Xibom Bombom – As Meninas, O Pequeno Burguês – Martinho da Vila, Chapa – Emicida, Ladrão – Djonga, Pessoas – BK, Rap do Coringa – Cicatrizes.
Objetivo: Debater como o social se manifesta no individual.
	
7º Encontro- 26/11/2020
	Tema: Relacionamento abusivo, transtornos alimentares, assédio e machismo, saúde mental e resiliência.
Técnica Grupal: “Playlist da semana”, “música de despedida" e roda de conversa.
Materiais e ferramentas: Strawberry Shortcake – Melanie Martinez, Orange Juice – Melanie Martinez, Homem é Homem – Falcão; Dias melhores – Jota Quest, O Sol – Vitor Kley, Amarelo – Emicida part. Majur e Pabllo Vittar.
Objetivo: Refletir os assuntos presentes nas músicas da semana e realizar um fechamento com a música de despedida.
 Tabela 1
3.2.2 Segunda dupla
No 1º semestre de 2021, ainda em formato remoto síncrono, a segunda dupla de estagiários trabalhou com os adolescentes temáticas que possibilitaram trocas de experiências, autoconhecimento e liberdade de expressão. Os estagiários convidaram, a cada encontro, os participantes para um momento de reflexão sobre a atividade que acabara de acontecer.
Os encontros eram realizados uma vez por semana, totalizando sete e então todas às quintas-feiras com aproximadamente 120 minutos desenvolvia-se atividades on-line via Google Meet, o link era criado por um estagiário e enviado para o psicólogo responsável pela Cáritas que o enviava para os participantes.
	Data
	Descrição
	1º Encontro- 24/04/2020
	Tema: Vinculação.
Técnica Grupal: “E se?”.
Objetivo: Vinculação e discussão sobre as diversas questões que apareceram durante a reflexão da técnica.
	2º Encontro- 29/04/2020
	Tema: Escolhas.
Técnica Grupal: “Escolha entre picolés”.
Materiais e ferramentas: Slides de imagens
Objetivo: Discussões referentes ao processo de escolha e os tipos de variáveis e influências que afetam esse processo.
	3º Encontro-06/05/2020
	Tema: Identidade.
Técnica Grupal: “Quem sou eu?”.
Materiais e ferramentas: Formulário on-line
Objetivo: Discussão sobre o formulário e quais foram a experiência de responder essas perguntas sobre si mesmo.
	4º Encontro- 13/05/2020
	Tema: Identidade (continuação).
Técnica Grupal: “Ilustrando a identidade”.
Materiais e ferramentas: Música, vídeo, folha e caneta.
Objetivo: Reflexão sobre a temática identidade.
	5º Encontro-20/05/2020
	Tema: Autoconhecimento.
Técnica Grupal: “Autoavaliação”.
Materiais e ferramentas: Tabela do Excel.
Objetivo: Promover aos participantes, oportunidades de se perceberem e avaliarem suas potencialidades.
	6º Encontro- 27/05/2020
	Tema: Orientação profissional.
Técnica Grupal: “Qual é a profissão?”.
Materiais e ferramentas: Tabela do Excel
Objetivo: Reconhecimento de habilidades e a construção da pretensão de carreira.
	7º Encontro- 10/06/2020
	Tema: Expectativas de acesso ao ensino superior.
Técnica Grupal: “Escolha profissional”.
Objetivo: Observar e refletir sobre o futuro. Os estagiários fizeram uma retrospectiva das atividades apresentadas, fechando um ciclo com esses jovens.
Tabela 2
3.2.3 Terceira dupla
No 2º semestre de 2021, os encontros passaram a acontecer em um formato híbrido, em que os participantes se reuniam na Instituição, desta conectam a partir de um único notebook e estabeleciam o contato com as estagiárias através da plataforma Google Meet, estando estas em locais separados. Dessa forma, ainda que as reuniões fossem mediadas no formato on-line, era possível que os atendidos trocassem experiências entre si de forma síncrona, respeitando os protocolos de distanciamento e uso de máscaras.
Os encontros ocorreram semanalmente às quartas-feiras, com duração média de duas horas, iniciando às 14h30. Ao todo, ocorreram oito encontros, e os links eram criados pelas estagiárias e enviados com antecedência ao responsável da Instituição.
	DATA
	DESCRIÇÃO
	
1º Encontro – 06/10/2021
	Tema: Conhecendo o grupo.
Técnica Grupal: “Se eu fosse...” e roda de conversa on-line.
Materiais e ferramentas: Folha e caneta.
Objetivo: Integração e criação de vínculo do grupo.
	
2º Encontro – 13/10/2021
	Tema: Autoconhecimento
Técnica Grupal: Entrevista em dupla e roda de conversa on-line.
Materiais e ferramentas: Folha e caneta.
Objetivo: Envolvimento do grupo, momento de distração e autoconhecimento.
	
3º Encontro – 20/10/2021
	Tema: Sentimentos (Amizade; Agressividade; Ansiedade; Ciúme e Frustração)
Técnica Grupal: Capacidade de autodomínio e Roda de conversa
Materiais e ferramentas: Impressos, lápis de cor/giz, folha.
Objetivo: Conscientização quanto à capacidade de autodomínio das emoções e promoção do autoconhecimento.
	
4º Encontro – 27/10/2021
	Tema: Sentimentos (Medo, Preguiça, Tristeza, Amor e Felicidade)
Técnica Grupal: Capacidade de autodomínio e Roda de conversa.
Materiais e ferramentas: Músicas, filmes e séries.
Objetivo: Conhecimento das emoções, conscientização quanto à capacidade de autodomínio das emoções e promoção de autoconhecimento.
	
5º Encontro – 03/11/2021
	Tema: Depressão
Técnica Grupal: Roda de conversa
Materiais e ferramentas: Vídeos e slides 
Objetivo: Conscientização sobre a temática, reflexão crítica e momento de descontração.
	
6º Encontro – 10/11/2021
	Tema: Ansiedade
Técnica Grupal: Roda de conversa
Materiais e ferramentas: Vídeos e slides 
Objetivo: Conscientização sobre a temática, reflexão crítica e momento de descontração
	
     7º Encontro – 17/11/2021
	Tema: Preconceito
Técnica Grupal: Roda de conversa
Materiais e ferramentas: Vídeo, música e slides.
Objetivo: Conscientização sobre a temática, reflexão crítica e momento de descontração.
	
        8º Encontro – 17/11/2021
	Tema: Ciclos 
Técnica Grupal: Roda de Conversa
Materiais e ferramentas: Música e vídeos.
Objetivo: Reflexão sobre os encontros anteriores e encerramento.
Tabela 3
De maneira geral, os encontros eram divididos em dois momentos e em ambos foram utilizados músicas, vídeos, filmes, séries, slides e técnicas grupais. Inicialmente, as estagiárias trabalhavam o tópico previamente escolhido de forma mais teórica e psicoeducativa, referente ao tema de cada encontro. Em seguida, eram realizadas atividades mais dinâmicas com o objetivo de sintetizar o tópico trabalhado e instigar mais a participação dos atendidos, possibilitando um momento reflexivo, crítico e descontraído.
4 DISCUSSÃO E RESULTADOS
Uma vez dada a necessidade de trabalhar com grupos de adolescentes durante a pandemia, deu-se início a busca por um método de condução funcional e efetivo.
A práxis da Psicologia está descrita por diversos autores, de variadas áreas e vertentes, com conhecimentos aprofundados e conteúdos científicos difundidos. Entretanto, as diversas técnicas grupais utilizadas para trabalhar com os grupos não contemplavam, no momento, um fazer possível, em razão das profundas mudanças que a pandemia e o isolamento/distanciamento social impunham. 
Durante as intervenções, estagiários e atendidos estavam presentes, contudo, apesar de um contato simultâneo havia a constante mediação tecnológica. Desse fato emergiu o primeiro desafio a ser superado, o acesso a recursos tecnológicos de qualidade. 
Os impasses com a questão tecnológica não foram sanados completamente, ocasionalmente surgiam problemas de acesso ou lentidão na conexão de internet, acarretando em prejuízos nas comunicações e impossibilidade de participação dos integrantes. 
Durante os encontros, recados de participantes que estavam sem aparelhos celulares ou sem acesso à internet foram diversos, afinal no Brasil 4,8 milhões de crianças e adolescentes não têm acesso à internet em suas casas (STEVANIM, 2020). O acesso à internet é considerado, pela Organização das Nações Unidas (ONU), um direito humano fundamental, não garantido para uma parcela dos estudantes brasileiros que ilustram a exclusão digital como uma marca de desigualdade no Brasil (STEVANIM, 2020). Por isso é possível expandir esse raciocínio e inferir outros contextos em que os membros da comunidade em questão, tenham sido segregados por fatores econômicos e tecnológicos.
Durante o período em que o grupo foi acompanhado, a instituição passou por dois momentos distintos em decorrência da pandemia. O primeiro constituiu-se no fechamento total das dependências físicas da instituição, mantendo todos em suas respectivas casas; no segundo, apesar da reabertura, os estagiários continuaram mediando os encontros remotamente, mas os adolescentes retornaram à Cáritas, reunindo-se presencialmente para os encontros. 
Analisar-se-á inicialmente o primeiro formato. Visto que trata-se do momento inicial e mais restritivo do isolamento, onde os participantes não estavam presencialmente na instituição e necessitavam se conectar remotamente através de algum dispositivo. Durante esses encontros, os estagiários puderam observar a qualidade das discussões tecidas e dos resultados gerais dos encontros, por estes participantes que conseguiram superar os desafios, ao conseguirem estar ali e participar das atividades semanais. Destaca-se o empenho destes pois, mesmo com os desafios tecnológicos houve adesão.
Para explorar o papel da tecnologia na concretização desses encontros é importante relatar que a plataforma on-line escolhida para os encontros comportam distintos meios de interação, como: áudio e/ou vídeo, bate-papo e compartilhamento de tela, opções que permitem, ser ouvido e/ou visto, trocar mensagens de texto, transmitir o conteúdo em tempo real. Os estagiários planejaram suas intervenções com base nos recursos citados, buscando explorá-los de acordo com a necessidade do grupo. 
Inicialmente os participantes, predominantemente, mantiveram suas câmeras fechadas, contudo, a construção de um ambiente seguro, afetivo e acolhedor, bem como a vinculação com os estagiários, deixou os adolescentes paulatinamente confortáveis não somente para exporem-se, como para apresentar os locais onde encontravam-se e objetos pessoais. 
Dessa forma, é possível dizer que o meio ambiente favorável arquitetado pelos estagiários fez com que os participantes dos grupos encontrassem um meio de ação positivo e próspero, possibilitando uma melhor adaptação e desenvolvimento através do movimento, oposições descobertas e harmonias compartilhadas com os membros do grupo (WALLON 1954/1986 apud[footnoteRef:3] SILVA, 2017, p.57). [3: WEREBE, M.J. G e NADEL-BRULFERT, J (org). Henri Wallon. São Paulo: Ática, 1986] 
Também se fazimportante salientar como a vinculação entre os estagiários facilitadores e os adolescentes, assim como entre os próprios participantes do grupo, fez com que as discussões se tornassem ainda mais ricas, influenciando o comportamento através das emoções compartilhadas (VYGOTSKY 2001 apud[footnoteRef:4] Emiliano; Tomás, 2015 p.64) e servindo como um organizador interno das reações, de forma a estimulá-las positivamente. [4: BAQUERO, R. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001, p. 121-150.] 
Alguns adolescentes, devido à pouca interação, foram incentivados a responder perguntas ou dar opiniões utilizando o bate-papo. A partir desse momento, esse canal apesar de secundário, passou a ser mais ativo, demandando atenção contínua dos estagiários, que desenvolveram o hábito de realizar a leitura para o grupo, a fim de fomentar a inclusão de pontos de vista e evitar a exclusão. A importância do acolhimento do mediador mesmo que virtual destaca-se em momentos como esse, a favor da interatividade grupal (MACIEL; OLIVEIRA, 2021).
Todavia, o canal de interação mais utilizado pelos participantes foi o áudio, sem vídeo. Esse formato foi muito explorado pelos estagiários, inclusive quando os adolescentes utilizavam o canal de texto, ocasionalmente, a forma escrita das mensagens não permitia entendimento adequado das ideias, sendo necessário que os estagiários convidassem os adolescentes a explicarem por áudio aquilo que escreveram. O compartilhamento de conhecimento e o diálogo geral é imprescindível para a efetividade das atividades e o acolhimento e afetividade dos mediadores promovem o aprofundamento e a ampliação dos conteúdos apresentados (MACIEL; OLIVEIRA, 2021). Esse convite foi muito explorado em outros momentos, mesmo quando as mensagens de texto eram compreensíveis, a fala era uma forma de incentivá-los a expressar e expandir as ideias escritas no bate papo.
Analisando o segundo período de intervenção, no qual os adolescentes estavam reunidos na instituição, nota-se diferenças no encontro entre comunicação e tecnologia. Comparado ao período de isolamento, houve perdas e ganhos, no primeiro tópico destaca-se a deficiência na captação do áudio em ambiente aberto e microfonia, entretanto, há ganhos como: a garantia da tecnologia funcional, acesso à internet, bem como na interação social presencial entre os adolescentes e na ampliação de possibilidades de proposição de atividades. 
Na realização das atividades emergiram diversos pontos tais como a busca pela autonomia, necessidade de nomear e lidar com emoções e demandas de relacionamento interpessoal e intrapessoal. A autonomia, avaliada pelos estagiários como ponto crucial das intervenções e pano de fundo da grande maioria das atividades elaboradas, foi trabalhada com o objetivo de incentivar o desenvolvimento dessa capacidade enquanto os adolescentes assistidos passam pela transição para a vida adulta, envolvendo a necessidade de agir por si com responsabilidade, além da cobrança por escolher e expor suas ideias (FREIRE, 1996, 1999, 2005 apud[footnoteRef:5] Petroni, 2009, p.357) na vida profissional, por exemplo. [5: FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 35. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.] 
De maneira complementar, os estagiários utilizaram-se dos relacionamentos interpessoais entre os próprios membros do grupo como forma de valorização dessa habilidade, estimulando a compreensão dos mais diversos temas abordados, como preconceitos, transtornos mentais e psicológicos, entre outros; através do compartilhamento e da interação social a fim de produzir e adquirir conhecimento (MARQUES, OLIVEIRA, 2005 apud[footnoteRef:6] Petroni, 2009, p.354). Para além disso, procurou-se trabalhar o autoconhecimento, outro tema essencial para as atividades propostas, a partir do conhecer e estabelecer relações com outros ao seu redor (MARQUES, OLIVEIRA, 2005 apud Petroni, 2009, p.354), neste caso, dos outros participantes do grupo. [6: MARQUES, L. P.; OLIVEIRA, S. P. P. Paulo Freire e Vygotsky: reflexões sobre a educação. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL PAULO FREIRE, 5., 2005, Recife. Memórias dos Colóquios on-line... Recife: [s.n.], 2005. ] 
Durante as intervenções, construiu-se vias de aprofundamento nesses assuntos de maneira descontraída visando, também, melhorias no âmbito da saúde mental, principalmente no que diz respeito às relações interpessoais e como esse ponto foi afetado no contexto pandêmico com a necessidade do isolamento social. Portanto, buscou-se possibilitar a fuga dos papéis da passagem de adolescente para o jovem adulto e suas responsabilidades sociais atreladas, permitindo que houvessem brincadeiras lúdicas a fim de promover e proteger o bem estar psicossocial dos assistidos, prevenindo condições mentais que podem afetar populações atingidas por emergências humanitárias (IASC, 2020, apud[footnoteRef:7] FIOCRUZ, 2020, p.269). [7: INTER Agency Standing Committee (IASC). Guidelines on mental health and psychosocial support in emergency settings. Geneva: IASC, 2007. 182 p. Disponível em: https://www.who.int/mental_health/emergencies/9781424334445/en/] 
Neste ponto, destaca-se o papel da arte, que foi utilizada em suas diversas faces como um vital gatilho das intervenções. Através dela, permitiu-se uma exploração de conflitos reais e corriqueiros de forma não agressiva, garantindo que pontos cruciais fossem explorados sem que os adolescentes precisassem expor sua vida pessoal. Os debates em torno das músicas, composições e obras cinematográficas possibilitaram a exposição de pontos de vista e divergências sem que alguém fosse diretamente atacado em sua particularidade. Além disso, a partir da arte fez-se possível desenvolver os sentimentos e aguçar outros sentidos do nosso organismo, assim como a capacidade de permitir-se contagiar pelos sentimentos dos outros, sendo esta a base da atividade da arte (VYGOTSKY, 1999).
As diferenças entre os participantes enriqueceram as intervenções, fizeram com que o grupo se caracterizasse como único e autêntico, o que colaborou para a fluidez dos encontros, que mesmo de forma remota, transcorreram bem. Parte disso se deve a organização e responsabilidade dos adolescentes de gerir as atividades, sendo as estagiárias meras facilitadoras dos encontros.
Durante o período de intervenção alguns episódios foram extremamente significativos, como participantes que conectavam-se à chamada de maneira remota estando em hospitais, por exemplo, evidenciando o empenho dos participantes assim como a responsabilidade com os compromissos institucionais. Mais do que isso, aponta indícios do significado que o ambiente construído ocupa na vida dos integrantes do grupo, local onde os adolescentes possuem um espaço de escuta e acolhimento, ao contrário dos outros espaços em que ocupam perante a sociedade.
A mobilização e participação das crianças, adolescentes e jovens, tantas vezes invisibilizados em suas formas de ser, viver e se manifestar, traz novas possibilidades de imaginar e concretizar outros mundos, com mais beleza, poesia e novidades que permitam a vida em abundância, com justiça e direitos. (CÁRITAS, 2019) 
Sinteticamente, esse estágio e suas diversas etapas exigiram dos estagiários constantes adaptação, seja tecnológica, na busca de recursos, materiais e ferramentas disponíveis como; seja na práxis da Psicologia, ao utilizar meios pouco explorados e documentados para contribuir na promoção de saúde mental para adolescentes.
De forma geral, é possível avaliar positivamente as adaptações tecnológicas, na práxis da Psicologia, realizadas ao longo de todo o período de intervenções junto ao grupo. Uma vez que a realidade da pandemia e a necessidade de manter as medidas de isolamento e distanciamento sociais tornaram inviáveis as habituais práticas de intervenção, adequar recursos tecnológicos à essa necessidade de promover encontros e condições favoráveis ao desenvolvimento de recursos e habilidades socioemocionais foi essencial. A flexibilidade na adequaçãodos meios e técnicas ao novo contexto que apresentava-se, foi o que permitiu aos estagiários promover os encontros e proporcionar o desenvolvimento pessoal dos participantes. Essa avaliação advém dos resultados alcançados a cada intervenção, os quais de acordo com os relatos dos adolescentes e a dinâmica do grupo, foram bem sucedidos.
5 CONCLUSÃO E ENCAMINHAMENTOS
Conclui-se que a dinâmica dos encontros deu-se de forma equilibrada, proporcionando momentos de racionalidade e diversão, evidenciando a necessidade de espaços de trocas, acolhimento e ressignificação da realidade para esses jovens.
As impossibilidades apresentadas pela pandemia, aliadas à urgente necessidade da ação do profissional de psicologia obrigou a categoria a mover-se para atender as demandas da sociedade, incentivando a prática do método aqui relatado. 
O uso da tecnologia mostrou-se benéfico, a partir dele foi possível à manutenção do vínculo entre os integrantes do grupo com a instituição, bem como a vinculação dos estagiários. Outro ponto favorável são as possibilidades de trabalho, os modelos remotos e híbridos apresentam uma gama de ferramentas, com destaque para a praticidade em compartilhar materiais. A conexão a redes digitais expande principalmente a quantidade de pessoas que podem beneficiar-se das intervenções, visto que a presença física não é um critério para participação, todavia, tão problemático quanto à necessidade de deslocamento é o acesso a aparelhos tecnológicos que possibilitem a conexão de pessoas on-line.
A homogeneização do acesso à tecnologia é uma realidade distante, tornando esse tópico central para a incorporação digital em intervenções psicológicas, pedagógicas e sociais de modo geral. Esse assunto deve ser foco de debate entre a classe política e a população civil, para posteriormente virar alvo de políticas públicas.
Com a recuada da pandemia e a reabertura da instituição, é provável que o modelo de intervenção remota não se mantenha, entretanto, um desenho no qual as ferramentas digitais sejam incorporadas em uma intervenção híbrida é provável, visto suas vantagens e as tendências de modernização em diversos setores da sociedade.
Com base nos relatos aqui feitos indica-se a continuidade do grupo, explorando os formatos possíveis de encontros e intervenções, contudo, é necessário atentar-se para as formas de condução, visto que a identidade do grupo é pautada na autonomia e protagonismo. 
6 REFERÊNCIAS
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