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AVALIAÇÃO - SOCIOLOGIA DO TRABALHO MARX PARA PRINCIPIANTES Questionário 1- Dos clássicos da literatura econômico-sociológica existente e que estudam profundamente a atividade humana do TRABALHO NAS SOCIEDADES, destaca-se o pensador alemão Karl Marx. No início do capítulo 4 da obra aqui indicada, o autor explica a importância das CLASSES SOCIAIS. Pergunta-se: Como Karl Marx explica o surgimento das CLASSES SOCIAIS? As classes sociais, para Marx, surgem a partir da divisão social do trabalho. Desde as comunidades primitivas (período paleolítico) as pessoas eram divididas por funções sociais, que designava para cada integrante da comuna, um ofício, que era adquirido desde a infância e repassado aos seus sucessores. Com o passar dos anos e aprimoramento de técnicas e ferramentas de trabalho, essa divisão foi ficando cada vez mais destoante, como por exemplo os ofícios de agricultores e pastores que obtinham mais sucesso que os de pescadores e caçadores. Vale ressaltar que existência de guerras de tribos durante esse período também contribuiu para essa distinção social, à medida que a tribo que perdesse se tornaria prisioneiros de guerra e posteriormente com o conselho de um “sábio de espírito” trabalhariam para aqueles que venceram. O trabalho sistemático que se criou a partir do aprimoramento e desenvolvimento das técnicas de trabalho permitiu aos agricultores e pastores não contarem somente com a sorte, como os caçadores e pescadores, assim, o plantio e a criação de animais domesticados permitiu que esse conjunto de pessoas que faziam parte da comuna, ter um poder econômico maior, a base de troca aos quais os outros não teriam acesso. Podemos então dizer, que o surgimento das classes sociais está relacionado a modificação do modo de produção comunal, surgindo assim o um novo modo de produção e o mais avançado, o escravista. Com o fim da comunidade primitiva e o surgimento da primeira sociedade, a humanidade conheceu a sociedade escravista. A nova classe que domina essa sociedade são os dos senhores proprietários de escravos, e a classe explorada: a dos escravos. 2- Karl Marx entendeu que classes sociais têm duas dimensões: CLASSE EM SI E CLASSE PARA SI, sendo uma objetiva e outra subjetiva. Como explicou essa divisão? Para Marx os indivíduos só formam verdadeiramente uma classe quando assumem a consciência da sua condição de exploração e se comprometem na luta comum contra a classe dominante. A pertença conscientemente afirmada, de um indivíduo a uma classe social específica, que age de forma solidária e normalmente organizada, com os restantes membros, na defesa dos seus interesses coletivos e que se reflete na organização e ação político-sociais. Sendo assim denominada “Classe para si” sendo ela objetiva por essa sociedade ter alcançado essa consciência coletiva. Na “Classe em si” essa consciência não existe, os indivíduos apenas estão ali sendo incapazes de reivindicar e expressar opiniões políticas coletivas, sendo apenas algo subjetivo. O desenvolvimento da consciência de classe é que distingue a “Classe para si” da “Classe em Si”. 3- Descrever o conteúdo do item relativo à ORIGEM E A REVOLUÇÃO DO ESTADO, encontrados nas páginas 105 a 112 d o texto em estudo; Assim como as classes sociais, os Estados passaram por transformações durante os anos, essas transformações que vieram após o surgimento das classes sociais e acarretaram nos primeiros Estados escravistas que a humanidade conheceu. Com esse desenvolvimento histórico percebeu-se a necessidade de implementar um sistema no qual envolvesse um poder nas mãos de poucos. As relações de produção baseadas na propriedade coletiva estavam sendo substituídas pela propriedade privada, a velha autoridade que eles mantiveram no início da divisão social havia se tornado ineficaz, pois se baseavam apenas no respeito e nas tradições e era preciso estabelecer uma nova ordem, dessa vez, baseada no medo. Estava surgindo a nova classe dominante, poderosa economicamente: os senhores donos de escravos. E para manter a ordem eles defendiam ideologias para mostrar que o sistema social vigente era justo. Entendendo esse caminho percorrido não era muito distante de vislumbrar que o aparecimento de um aparato repressivo, policial e militar, com suas estruturas político-jurídico-legais surgiria. Os interesses e privilégios dessa classe dominante precisavam ser defendidos de alguma forma. Daí a necessidade de criar o aparato do Estado, tal qual conhecemos na atualidade. 4- Na pequena discussão a respeito das diferentes DEFINIÇÕES DE ESTADO NO DECORRER DOS SÉCULOS DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE, encontrados nas páginas 113 a 120, descrever os aspectos essenciais dessas situações; Basicamente com a evolução da humanidade, desde o aparecimento das classes sociais os Estados apresentaram 3 definições que se relacionavam com as classes sociais de suas respectivas épocas: os escravistas, o feudal e o burguês. Nessas organizações estatais o que determinava o caráter do Estado era respectivamente os senhores de escravos, os senhores feudais e finalmente os burgueses e capitalistas. Podemos concluir que o Estado é o resultante de um conjunto de instituições políticas que detêm o poder encontrado em classes dominantes e seus meios de produção. Para Marx, o Estado não se resume apenas no poder concentrado de uma classe dominante, mas também nos movimentos de outras classes determinadas pelas relações com o capitalismo. 5- No início do capítulo 5 da obra aqui indicada, denominado ASPECTOS DO PENSAMENTO ECONÔMICO DE MARX, o Autor, a partir da página 128 em diante, aponta Karl Marx como o primeiro pensador que... “conseguiu ver a FORÇA DE TRABALHO como uma MERCADORIA PECULIAR”, onde” ... “a questão do VALOR tem um papel fundamental”. Descrever esse tipo de interpretação marxista detalhadamente. Marx acreditava que a força de trabalho possuía um valor maior do que era recebido, por tanto alguém que vendia sua força de trabalho era denominado por ele como alienado e o capitalista que comprava essa força de trabalho, para ele, não possuía ética. Vender essa força de trabalho como mercadoria sempre seria por um valor menor do que valia realmente. Ele tinha a ideia que todo trabalho dos proletários produzia bens materiais e imateriais, que vendidas rendiam uma riqueza muito além do que os capitalistas investiram na sua produção. A força de trabalho de um operário, com suas horas de trabalho e junto a matéria prima agregaram valor maior ao produto. 6- Explicar a categoria econômica-sociológica MAIS-VALIA? Que significa? A questão de valor para Marx era uma ideia que ele definia falando que o valor das coisas correspondia a quantidade de trabalho médio socialmente necessário incorporadas a sua fabricação, e não apenas a matéria prima. Basicamente, a mais- valia se refere ao processo da exploração da mão de obra assalariada, que representa a disparidade entre o salário pago e o valor produzido pelo trabalho. 7- Que são OS MODOS DE PRODUÇÃO e que diferenças podem ser levantadas entre os modos de produção escravista, feudal e capitalista? Marx explica que os modos de produção são as relações sociais entre os seres humanos com as relações econômicas, simplificando, a maneira como os indivíduos garantem sua sobrevivência e como isso se altera com o passar dos anos na visão materialista. Os modos de produção, de maneira geral, é a forma com que os trabalhadores produzem as coisas para garantir a sobrevivência das pessoas nas sociedades humanas. À medida que o tempo passa, novas técnicas, invenções e conhecimentos surgem fazendo com que não existisse apenas um modo de produção. E esses modos são classificados como modo de produção escravista, feudalista e capitalista. No modo de produção escravista, o escravo era o meio de produção, tudorelacionado a ele pertencia ao senhor, inclusive sua vida, e esse processo ocorreu basicamente na Roma, Grécia e Cartago. O modo de produção feudal era baseado na servidão, os Feudos que eram as propriedades de terra, pertenciam exclusivamente aos senhores feudais, que detinham o poder econômico e político, por isso dominava a todos e sempre contando com a igreja católica que também detinham grande parte dos latifúndios e "abençoaram" os senhores feudais. Diferente do modo escravista, no feudalismo os servos possuíam seus próprios instrumentos de trabalho, não dependiam dos senhores para produzir, mas eram dominados politicamente e as terras não lhe pertenciam. Os servos produziam suficiente para si e para os seus senhores, e a economia era autossuficiente. Por fim, o modo de produção capitalista segundo Marx, tem como característica trabalho humano como mercadoria, propriedades privadas dos meios de produção, a existência da Mais-Valia e do Capital (dinheiro, bens e propriedades). 8- Explicar o processo de transição HISTÓRICA DO FEUDALISMO PARA O CAPITALISMO, descrito pelo Autor nas páginas 145 à 151. A transição do feudalismo para o capitalismo durou muitos anos, mas podemos marcar seu início por volta do séc XII. Com a desintegração do feudalismo, começa a surgir um novo sistema econômico, social e político: O Capitalismo. A característica essencial do novo sistema é o fato de nele, o trabalho ser assalariado e não mais servil como no feudalismo. O capitalismo nasce da crise do sistema feudal e cresce com o desenvolvimento comercial, depois das Primeiras Cruzadas. Podemos destacar essa desintegração vindo do fato de que os meios de produção desenvolveram várias técnicas produtivas, transformando o trabalho artesanal dos servos em uma manufatura, onde a escala de produção é maior. Com isso, lhes permitiam uma acumulação de riquezas, e reservas como dinheiro/capital. À medida que essa produção se expandia era necessário a contratação de pessoas não-integrantes da família para trabalhar, e a partir dessa dinâmica se iniciava o processo de exploração entre os seres humanos, sob o sistema socioeconômico que estava emergindo, relance do capitalismo como conhecemos hoje.