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RESUMÃO – EPIDEMIOLOGIA 1º BIMESTRE HISTÓRIA DA EPIDEMIOLOGIA E IMPORTÂNCIA PARA SAÚDE PÚBLICA * epidemiologia etimologicamente - a ciência do que ocorre com o povo * “estudo da distribuição ds doenças nas populações e os fatores que influenciam ou determinam essa distribuição.” DEFINIÇÃO DE EPIDEMIOLOGIA “Estudo da distribuição das doenças nas coletividades humanas e dos fatores determinantes responsáveis por essa distribuição” - relações entre os fatores ambientais, do agente e do hospedeiro. - fatores socioeconômicos e culturais juntamente com outros fatores causais para a eclosão em massa das doenças EPIDEMIOLOGIA SOCIAL “Um conjunto de conceitos e métodos e formas de ação prática que se aplicam ao conhecimento e à transformação do processo saúde-doença na dimensão coletiva ou social” - fatores de risco individuais + fatores socioeconômicos e ambientais - estudo ecológico de analise multinivel CLÍNICO x EPIDEMIOLOGICO Principais diferenças entre abordagens clinicas e epidemiológicas CLÍNICO - Tipos de diagnóstico: individual - Objetivo: curar e prevenir a doença da pessoa - Informação Necessária: história clinica; exame físico; exames complementares - Ações: tratamento; reabilitação - Monitoramento no tempo: acompanhamento clínico (evitar doenças, melhoras, curar a pessoa) EPIDEMIOLÓGICO - tipos de diagnósticos: comunitário/populacional - objetivo: melhorar o nível de saúde da comunidade/identificar fatores de risco - informações necessárias: dados populacionais; dados com referencia de tempo e espaço geográfico de causas de morte, serviços de saúde, incapacidade, fatores de risco - ações: programas de saúde/promoção - monitoramento no tempo: mudanças no estado de saúde da população bem como diminuição das taxas de mortalidade, incidneica de doenças. HIPÓCRATES * pai da medicina * Doenças eram produto da relação complexa entre a constituição do indivíduo e o ambiente * Lançou as bases para a procura das causalidades - criador do termo epidemia * tratado dos ares, das aguas e dos lugares - influencia do ambiente na saúde - malária no sul da europa * tratado do prognostico e aforismos - evolução de uma doença GALENO * 16 aos 20 anos - atendente no templo de Aclépios * Roma - cirurgia ocular e cerebral (médico de celebridades) * criou alguns conceitos fundamentais para a época: - faculdades mentais - “pneuma” - cérebro: faculdades racionais - coração e fígado: faculdades emocionais MEDICINA ÁRABE * Avicena (980-1037) - higiene e saúde publica - dados demográficos e sanitários com sistema de vigilância * o Cânon da Medicina - abordagem do numero de ocorrência de doenças NO IMPERIO ROMANO No império Romano muitas benfeitorias foram feitas pensando em melhorar a situação de saúde da população. * Construção de aqueduto: espécie de ponte que traz água para a cidade, aumentando as condições de higiene da população. * Cloaca máxima: construção na qual passava um pequeno leito de água debaixo das casas das pessoas mais ricas. Com isso, houve diminuição das doenças pela melhoria da condição de saneamento básico. Os dejetos agora são descartados por fossa e antes eram descartados na rua. * Censo: a contagem de pessoas servia para saber do tamanho e poderio militar do exército e quanto o governo conseguiria arrecadar de impostos. Hoje em dia o censo é muito importante para a avaliação da saúde da população e para o desenvolvimento de ações em saúde. * Nascimentos e óbitos: monitoravam a relação de nascimentos e óbitos, avaliando o crescimento populacional também para saber o tamanho do exército e o lucro com os impostos. EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA CLAUDE BERNARD (1813-1878) - função glicogenica do fígado - reflexões teóricas sobre fisiologia experimental, das ciências e do saber humano * LOUIS PASTEUR (1828-1895) - fermentação alcoolica pela presença de leveduras - bicho da seda, curbunculo do gado e a cólera aviaria - infecção operatória fenol como antisséptico redução de óbitos ROBERT KOCH (1843-1910) * Agente causador da tuberculose - Isolamento em cultura pura - Agente causador único da doença - Reproduzir a doença em animais de experimentação - Recuperação nos animais nos quais a doença fosse produzida * Base para descobrir a febre tifóide, hanseníase, malária, tuberculose, mormo, cólera, difteria, pneumonia JOHN GRAUNT (1620-1674) * pioneiro na criação da epidemiologia como disciplina * relacionou pela primeira vez o numero de óbitos ocorriam em relação a uma população * pioneiro na utilização de estatísticas de mortalidade - nascimentos e óbitos semanais - padrão de doenças londrina WILLIAN FARR (1807-1883) * Britânico, um dos primeiros estatísticos a analisar as estatísticas de morte e atribuir causalidade. - mortalidades e epidemia * epidemia de varíola - as epidemias tem ascensão e queda seguindo um formato de sino - “os mais mortais morrem” = mais proteção PIERRE-CHARLES ALEXANDRE LOUIS (1787-1872) • Investigou as características de doentes equivalentes - Novas entidades nosológicas como a febre tifoide - Sangria não era tão eficaz para o tratamento da febre tifoide • Introduziu estatística na investigação clínica da doença • Fundador da epidemiologia clínica. IGNAZ SEMMELWEISS (1818-1865) Início do século 19 • 25% de taxa de mortalidade entre mulheres • Médicos e estudantes de medicina • Autópsias nas mulheres mortas + parto • Parteiras - Parto EDWAR JENNER e a VARÍOLA (1729-1823) • 400.000 pessoas morriam de varíola no final do século 18 • Técnica de prevenção: variolização • Domésticas que ordenhavam vacas: varíola bovina - Forma mais branda da varíola e ficavam imunizadas a varíola humana • Não sabia nada sobre a doença e operou com dados observacionais JOHN SNOW (1813-1858) • Epidemia de cólera em Londres (1848) - John Snow - Farr: Hipótese nuvem na superfície terrestre - Menores altitudes maiores mortalidades • Snow água contaminada do rio Tâmisa - Ciclo oral-fecal - Pesquisa para saber qual companhia fornecia água • Primeiro estudo ecológico - Região que a água era fornecida por duas empresas de um poço na Board Street tinha um número de casos de cólera 14 vezes maior quando comparada a outra companhia TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E EPIDEMIOLOGIA Dinâmica Populacional: nascimentos e imigrantes população óbitos e emigrantes FASES DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 1. Pré-industrial ou primitiva Taxa de mortalidade: ↑↑ Taxa de natalidade: ↑↑ 2. Fase intermediária com divergências de taxas Taxa de mortalidade:↓ Taxa de natalidade: ↑↑ 3. FASE INTERMEDIÁRIA COM CONVERGENCIA DE TAXAS Taxa de mortalidade: ↓ Taxa de natalidade: ↑↑ 4. Fase moderna, pós transição Taxa de mortalidade: ⊙ Taxa de natalidade: ⊙ TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA Taxas de mortalidade reduzem antes das taxas de natalidade • População cresce enquanto essa diferença existe • Taxa de natalidade caem diminuindo essa diferença • Taxas de mortalidade e natalidade se igualam è estabilidade demográfica DINAMICA POPULACIONAL Recenseamento demográfico realizado pelo IBGE • Domicílio • Pessoas que residem no domicílio Estatísticas de população • Interpolação e extrapolação de dados • Estatísticas de grandes áreas • Estatísticas de pequenas áreas • Fontes de dados para o conhecimento da dinâmica populacional TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA x IDADE Redução da mortalidade • Redução da mortalidade infantil • Aumento da esperança de vida Envelhecimento da população • Média ou mediana - 1991 – 21 anos à 2020 – 34 anos • Comparação dos grupos etários • Projeções TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL Redução: - mortalidade precoce - taxas de fecundidade Aumento: - expectativa de vida - população idosa TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA Mudanças que ocorrem ao longo do tempo na saúde e na doença da população • Renda - Por exemplo, paises desenvolvidos x países sub-desenvolvidos FASES DA TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA1. Pré-Industrial ou Primitiva: - doenças infecto-parasitárias, desnutrição - causas externas de lesões (acidentes, homicídios) - ma nutrição - pandemias - baixa expectativa de vida 2. Fase Intermediária com Divergência de taxas: - desparecimento das pandemias 3. Fase Intermediária com Convergência de taxas: - aparecimento das doenças crônico-degenerativas 4. Fase Moderna, pós transição - transição nutricional - predominância das doenças crônico-degenerativas FATORES DE RISCO DCNT - tabaco, falta de atividade física, uso nocivo do álcool, dieta não saudável, PA elevada, excesso de peso e obesidade, colesterol aumentado SITUAÇÕES DE DESTAQUE Deterioração do meio ambiente • Doenças profissionais, acidentes, intoxicações, psicopatias Novas epidemias • AIDS e Tuberculose Morbidade em pessoas de baixa-renda • Doenças crônico-degenerativas Modificação da estrutura familiar • Familias sem marido • Mulheres trabalhando • Idosos desvalorizados MODELOS SAÚDE-DOENÇA PROCESSO SAÚDE-DOENÇA “Modo específico que ocorre, nos grupos, o processo biológico de desgaste e reprodução (…) com consequências para o desenvolv imento regular das atividades cotidianas, isto é, o surgimento de doenças” DEFINIÇÃO DE SAÚDE (OMS) “Estado de completo bem-estar físico mental e social e não mera ausência de moléstia ou enfermidade” MODELOS EXPLICATIVOS DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA MODELO BIOMÉDICO (UNICAUSAL) * sempre existiria um mecanismo etiopatogenico * logica unicausal (determinação mecânica, unidirecional e progressiva explica a doença) MODELO MULTICAUSAL * historia natural da doença * determinantes sociais - Vertente Epidemiologica: período pré-patogenese - Vertente patológica: período de patogênese - Desenlace: morte; invalidez; cura PRÉ-PATOGENESE – FATORES SOCIAIS Fatores socioeconômicos • Associação inversa entre: capacidade econômica e adquirir doença Fatores sociopolíticos • Decisão política, valorização da cidadania e transparência das ações Fatores socioculturais •Crenças, comportamentos, preconceitos Fatores psicossociais • Falta de apoio, stress, carência, depressão PRÉ-PATOGENESE – FATORES AMBIENTAIS Fatores que entram em contato com o agente biológico ou o hospedeiro Agentes agressores • Naturais no ambiente • Pouco comum que por algum motivo se tornam perceptível •Agentes catastróficos Fatores ambientais físicos: clima, solo, situação geográfica • Uso exagerado de pesticidas? •Aditivos alimentares? • Condições de trabalho? PRÉ-PATOGENESE – FATORES AMBIENTAIS Fatores Ambientais Humanos • medicamentos Fatores Ambientais Biológicos • estado nutricional Fatores Geneticos • hereditariedade PRÉ-PATOGENESE – MULTIFATORIALIDADE Processo de interação de multiplos fatores para desenvolvimento e manuntenção da doença • Sinergia = Fatores estruturados aumentam o risco da doença mais que a soma Triade ecológica • Agente, sucetível e meio ambiente Modelo multicausal • Processo complexo, dinâmico e multidimensional que engloba fatores biológicos, psicológicos, socioculturais, econômicas, ambientais e políticas RELACIONANDO COM O CASO DISPARADOR - DIARREIA: Agentes patôgênicos • Exemplos: fatores nutricionais Fatores ambientais • Exemplos: água contaminada, falta de esgotos Fatores culturais • Exemplos: hábitos alimentares, superstições Fatores políticos e socioecônomicos • Exemplos: habitação insalubre, falta de estímulo agrícola, pobreza, falta de escolas DETERMINANTES DE SAUDE Fatores que podem afetar a saúde das pessoas em conjunto • Ambiente social - - Discriminação, condição socio-econômica, nível educacional Fatores biológicos e genéticos - Genêro • Ambiente físico - Residência, urbanização • Serviços de saúde •Comportamento individual COMPORTAMENTO E CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS * comportamento pessoal: nível de atividade física; fumo; consumo de álcool e drogas ilícitas FATORES RELACIONADOS A SERVIÇOS DE SAUDE Falta de disponibilidade; altos custos; falta de convenio; sem entendimento da linguagem PERIODO DE PATOGENESE E DESENLACE • Interação estímulo-suscetível - Fatores responsáveis pela ocorrência da doença • Alterações bioquímicas histológicas e fisiológicas - Com a doença no organismo, alterações a nível histológico - Exames clínicos ou laboratoriais • Sinais e sintomas - Estágio clínico com alterações funcionais - Desenlace: cronicidade, cura, morte, invalidez • Cronicidade - Incapacidade física por tempo variável INDICADORES DE MORBIDADE INDICADORES DE SAÚDE Medidas críticas para orientar a tomada de decisão com informação de qualidade sobre a saúde da população ou a performance dos serviços de saúde TIPOS DE INDICADORES DE SAÚDE: • Indicadores de morbidade e mortalidade • Indicadores de status nutricional • Indicadores de realização de serviços de saúde • Indicadores ambientais • Indicadores de política de saúde • Indicadores de qualidade de vida AVALIAR INDICADORES Reprodutibilidade ou confiabilidade • Medidas repetidas com resultados semelhantes = alta confiabilidade Validade • Indicador mede ou representa o que se quer medir = alta validade Representatividade • Maior cobertura de dados = maior representatividade Ética • Medidas sem riscos Técnico administrativo • Simplicidade, flexibilidade, facilidade de obtenção, custo operacional FONTES DE ESTATISTICAS DE MORBIDADE • Registros de doenças – registros de câncer • Dados de seguradoras e planos de saúde • Assistência pública fiscal e de financimanto e planos de cuidados médicos • Hospitais e clínicas • Registros de absenteísmo • Exames físicos pré-admissionais • Programas de investigação de casos • Registros de pessoal militar • Pesquisas em morbidade em amostras populacionais MEDIDAS DE FREQUENCIA Razão: - compara duas medidas distintas Proporções: - fração da população total que pode estar afetada Taxa: - eventos em uma população em um determinado período FREQUENCIA ABSOLUTA x FREQUENCIA RELATIVA ABSOLUTA: - valor sem referencias EX: “um paciente foi internado na UTI devido a complicações do COVID-19” RELATIVA: - razão entre o valor absoluto e a frequência População – em risco Presidente Prudente – 1/21 = 4,8% Pontal – 1/21 = 50% COEFICIENTES/TAXAS Número de casos/população sob risco X constante Onde: * Numero de casos: - diz respeito a doença, óbitos, incapacidade - se atentar ao intervalo de tempo e o tamanho amostral * População sob risco: - população geral no período ou uma população especifica * Constante: - multiplo de 10 para facilitar a forma de expressar resultado INDICADORES DE MORBIDADE/GRAVIDADE/INCAPACIDADE • Avaliação do nível de saúde e para guiar o desenvolvimento de ações - Escolha das melhores estratégias para controle de doenças ou agravos á vida • Prevalência • Incidência • Taxa de ataque • Taxa de incidência pessoa-tempo PREVALÊNCIA • Frequência de casos de uma determinada doença - Quantos casos da doença temos agora? • Não estima o risco, pois mostra um corte de quem teve a doença - Força que as doenças existem na comunidade FÓRMULA Prevalência = número de casos da doença/população x 10n TIPOS DE PREVALENCIA • Prevalência instântanea ou pontual pode considerar o tempo - Pontual: naquele momento você tem a doença? - Dia, mês ou o ano: naquele período você teve a doença? • Prevalências pontuais, “prevalência no último mês” ou “no último ano” - Point-prevalence, 1-month prevalence, annual prevalence NA PRÁTICA: 1) Um estudo com um total de 1000 pessoas encontrou que: • 50 pessoas estavam com dor de cabeça no momento - Prevalência pontual = 5% • 100 pessoas tiveram dor de cabeça no último mês - Prevalência no último mês = 10% • 300 pessoas tiveram dor de cabeça no último ano - Prevalência anual = 30% • 500 pessoas tiveram dor de cabeça na vida - Prevalência ao longo davida = 50% INCIDÊNCIA * estimativa de risco - novos casos em um determinado intervalo de tempo FÓRMULA: Número de NOVOS casos da doença em um intervalo de tempo/número de pessoas suscetíveis a doença e expostos a doença no mesmo intervalo de tempo x 10n TAXA DE ATAQUE Incidência em: • População específica • Grupo bem definido de pessoas • Situação específica – (por exemplo: intoxicação alimentar) • Área restrita FÓRMULA: Numero de pessoas acometidas/numero de pessoas expostas a situação TAXA DE ATAQUE SECUNDÁRIO Numero de casos novos a partir do contato com o primeiro caso/numero total de contatos com o primeiro caso TAXA DE INCIDENCIA ou TAXA INDIVIDUO-TEMPO * novos casos em um determinado intervalo de tempo considerando o tempo que essa população esteve em risco FÓRMULA: Taxa de Incidência = número de NOVOS casos da doença em um intervalo de tempo/tempo que cada pessoa foi acompanhada, totalizada para todas as pessoas x 10n Sendo: * numero de novos casos da doença em um intervalo de tempo = similar ao coeficiente de incidência * tempo que cada pessoa foi acompanhada, totalizada para todas as pessoas = soma do tempo-individuo para cada pessoa do estudo perda no acompanhamento = +1/2 ano a pessoa tende a ficar saudável por 6 meses ex: pessoa participou do estudo no primeiro ano mas abandonou depois = 1.5 pessoa-ano COMO INTERPRETAR? 2,5 a cada 1000 pessoa-anos = 2,5 a cada 1000 pessoas por ano COMO CALCULAR? * numerador = numero de novos casos * a cada um ano participando do estudo = 1 pessoa-anos - 1 pessoa participou dos 5 anos do estudo = 5 pessoas-ano - pessoas participaram de um estudo de 1 ano = 5 pessoas- ano * diagnosticado ou saiu do estudo = ½ pessoa-ano RESUMINDO !!!!! TAXA DE INCIDENCIA Numerador: numero de novos casos durante o tempo especificado Denominador: população de risco no inicio do tempo especificado TAXA DE ATAQUE Numerador: numero de casos novos Denominador: numero de pessoas expostas a situação TAXA DE ATAQUE SECUNDÁRIA Numerador: numero de novos casos a partir do primeiro caso Denominador: numero de contatos com o primeiro caso TAXA DE INCIDENCIA PESSOA-TEMPO Numerador: numero de novos casos durante o tempo especificado Denominador: soma de pessoa-tempo observada ou média da duração do intervalo de tempo PREVALÊNCIA PONTUAL Numerador: casos em um ponto especifico de tempo Denominador: população naquele ponto especifico de tempo PREVALENCIA PELO TEMPO Numerador: numero de casos em um tempo especifico Denominador: população na coleta ou população no meio do período TAXA DE INCIDENCIA ou TAXA DE PESSOA-TEMPO COMO CALCULAR 1) determinar o numerador: numero de casos novos 2) denominador: numero total de participantes do estudo 3) denominador: diminuir do numero total de participantes aqueles que: - foram diagnosticados com a doença - não completaram a avaliação daquele ano 4) denominador: multiplicar por 0,5 o numero total de pessoas que: - foram diagnosticadas com a doença - não completaram a avaliação daquele ano 5) total denominador (1 ano): somar o valor do passo 3 com o valor total do passo 4 EX 1: Estudo de 1 ano com 30 pessoas, 5 novos casos e 5 pessoas desistindo no estudo Numerador: 5 Denominador: (30 – 5 – 5) = 20 (5 *0,5) + (5*0,5) = 5 Denominador total = 25 Taxa de incidência pessoa-ano = 5/25 = 0,2 ou 200 novos casos a cada 1000 pessoas por ano. CONTINUANDO OS PASSOS: 6) denominador: caso haja um segundo ano de estudo, considerar o restante dos participantes após o primeiro ano - total de participantes após 1 ano 7) denominador: diminuir do numero de participantes restante após o primeiro aqueles que: - foram diagnosticados com a doença - não completaram a avaliação daquele ano 8) denominador: multiplicar por 0,5 o numero total de pessoas que: - foram diagnosticados com a doença - não completaram a avaliação daquele ano 9) total denominador (2 anos): somar o valor do passo 7 com o valor do passo 8 10) total denominador (1 e 2 anos): somar o total do denominador 1 ano (passo 5) e 2 anos (passo 9) EX 2: Estudo de 2 anos com 50 pessoas sendo que: • 1 ano - 5 novos casos e 5 pessoas desistindo no estudo no primero ano • 2 ano – 5 novos casos e 5 pessoas desistindo no estudo no primero ano Numerador: 10 Denominador: - 1 ano: (50 – 5 – 5) = 40 (5 *0,5) + (5*0,5) = 5 (40) + (5) = 45 - 2 ano: (40 – 5 - 5) = 30 (5 *0,5) + (5*0,5) = 5 30 + (5) = 35 Denominador total: (1 ano + 2 anos) = 35 + 45 = 80 • Taxa de incidência = 10/80 = 0,125 ou 125 novos casos por 1000 pessoas por ano INDICADORES DE MORTALIDADE Porque avaliar a mortalidade? • Gravidade de uma doença - Tratamento se tornou mais efetivo ou não • Indicador de risco de uma doença - Comparação entre subgrupos ou localização geográfica TAXA DE MORTALIDADE GERAL: Risco de morrer que uma população tem independente da causa FÓRMULA: Número de óbitos em determinada localidade e ano/população da mesma área e ano x 1000 (ou 100.000) MORTALIDADE INFANTIL Coeficiente de mortalidade infantil - óbitos ocorridos em crianças menores de 1 ano - normalmente utiliza-se na base de 1000 FÓRMULA: Número de óbitos ocorridos antes do primeiro ano de vida/número de nascidos vivos ocorridos em determinada área e ano OUTROS INDICES MORTALIDADE PERINATAL: * mortalidade em menores de 5 anos * 0-6 dias de vida (neonatal precoce) * mortalidade: - neonatal tardia: 7 a 27 dias - pós neonatal: 28 dias a 1 ano MORTALIDADE MATERNA * coeficiente de mortalidade maternal * óbitos associados com a gravidez * normalmente utiliza-se a base de 100.000 FÓRMULA: Número de óbitos devido causas relacionadas a gravidez em um determinado tempo/número de nascidos vivos ocorridos durante o mesmo determinado tempo MORTALIDADE POR CAUSA ESPECÍFICA * número de óbitos devido a uma causa especifica FÓRMULA Número de óbitos por câncer de colorretal em um ano/população geral no meio do ano-periodo X 100.000 MORTALIDADE PROPORCIONAL * qual a proporção de mortes causada por uma doença especifica FÓRMULA: Número de óbitos devido a uma causa especifica em terminado ano/total de mortes no ano X 100 TAXA DE LETALIDADE Qual percentual de pessoas diagnosticadas com a doença e morrem em determinado tempo depois do diagnostico? FÓRMULA: Número de óbitos durante um período especifico após o diagnostico ou inicio da doença/número de pessoas afetadas pela doença X 100 DIFERENÇA ENTRE TAXA DE MORTALIDADE E LETALIDADE Em uma população de 100.000 pessoas, 4700 pessoas possuem a doença e após um ano, 120 destes morrem por causa da doença * taxa de mortalidade: 120/100.000 = 0,0012 ou 0,12% * taxa de letalidade: 120/4700 = 0,025 ou 2,5% RELAÇÃO MORTE/CASO Número de mortes devido a uma doença em um período dividido pelo desenvolvimento de novos casos da doença no mesmo período. FÓRMULA Número de óbitos durante um período especifico devido a uma causa especifica/numero de novos casos da doença no mesmo período X 100 EX 1: Em 23 de fevereiro uma população de 216 milhões de pessoas, 62 mil novos casos foram diagnosticados sendo que 1386 morreram no mesmo dia por causa da doença! * taxa de mortalidade: 1386/216 milhooes = 0,0000064 ou 0,00064% * razão morte/caso = 1386/62 mil = 0,022 ou 2,2% PROBLEMAS COM DADOS DE MORTALIDADE - CID e suas revisões - definições das doenças - mesmo princípios relacionados ao numerador e denominador mencionados para morbidade OUTROS INDICADORES OMS e Banco Mundial * YLL DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS DINAMICA DE TRANSMISSÃO DIRETA: pessoa para pessoa INDIRETA: veiculo comum; contaminação atmosférica, abastecimento de agua, mosquito. * aerossóis primários = suspensões de micropartículas no ar atmosférico * aerossóis secundários = gotículas envolvidas por poeira que protege o liquido Processo: Reservatório Agente Porta de Saíde Modo de Transmissão Porta de Entrada Hospedeiro Sendo: RESERVATÓRIO: * humano:de humano para humano sem intermediários * animal: raiva * ambiente: agua, plantas PORTA DE SAIDA: * trato respiratório; fezes; urina; pele; placenta SUBSTRATO DE ELIMINAÇAÕ - eliminação natural; extração mecânica; morte dos infectados ACESSO AO HOSPEDEIRO • Do indivíduo da mesma espécie infectado - gonorréia • Da mãe para o feto – sífilis • De indivíduos de outra espécie – raiva • Por um vetor biológico infectado – doença de Chagas • Substrato contaminado por um vetor mecânico - tracoma endêmico • Por um elemento não vivo – infecção por um instrumento infectado MECANIMOS DE PENETRAÇÃO • Ingestão – bactérias entéricas • Inalação através das vias respiratórias superiores – lepra • Placenta – toxoplasmose • Mucosas – gonorréia • Pele – feridas cirúrgicas • Propagação localizada – fungos • Sobrevivência do biogênico patogênico – sarna • Perfurações por outros objetos – infecções • Picadas de inseto ou mordidas de animais – malária, leishmaniose • Ingestão com o tecido animal - teníase CONCEITOS IMPORTANTES INFECTIVIDADE: Capacidade de certo organismo de penetrar e se desenvolver ou se multiplicar no novo hospedeiro PATOGENICIDADE: Qualidade que tem o agente infeccioso de uma vez instalado no organismo do ser humano e de outros animais, produzir sintomas em maior ou menor proporção dentre os hospedeiros infectados VIRULÊNCIA: Capacidade de um bioagente produzir casos graves ou fatais DOSE INFECTANTE: Quantidade do agente etiológico necessária para iniciar uma infecção PODER INVASIVO Capacidade do parasito de se difundir através dos tecidos do hospedeiro TRANSMISSÃO DIRETA IMEDIATA Transmissões sem passagem pelo meio ambiente de um individuo infectado para um sucetível DOENÇAS EMERGENTES Surgiram em uma população ou que ameaçam expandir-se em futuro próximo. • Resistentes a agentes antimicrobianos (malária, tuberculose) • Incidência ou em área geográfica (cólera na América) Fatores para emergência e reemergência: • Patógeno viral em uma nova espécie de hospedeiro • Adaptação do patógeno ao novo hospedeiro • Disseminação do patógeno para desencadear surtos, epidemias ou pandemias MECANISMO BIOLOGICO DE DOENÇAS EMERGENTES Mutações; recombinação; rearranjos EXEMPLOS DE DOENÇAS INFECCIOSAS EMERGENTES • Febre amarela: Condições que favorecem o mosquito vetor • HIV: Transfusões, seringas e agulhas contaminadas, transmissão vertical de mãe para filha • Hepatites B e C: Truanfusões, transplante de órgãos • Cólera: Falta de cloração da água • Malária: Viagens e migração DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS * Não passam de pessoa para pessoa; * longa duração e progressão lenta * maior problema de saúde global PRINCIPAIS GRUPOS DE DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS Câncer; Doenças cardiovasculares; Doenças digestivas; Doenças respiratórias; Desordens musculoesquelética; Desordens neurológicas; Desordens mentais; Desordens na pele e subcutâneas; Desordens renais e diabetes; Desordens associadas ao uso de substância; Desordens em orgãos sensitivos MODELOS EXPLICATIVOS DA CAUSALIDADE DAS DCNT Biologia humana; ambiente; estilo de vida; atenção à saúde FATORES DE RISCO DCNT Tabaco; inatividade física; uso nocivo do álcool; dieta não saudável; PA elevada; excesso de peso e obesidade; colesterol alto ENDEMIA E EPIDEMIA ENDEMIA: Presença usual de uma doença em determinada área EPIDEMIA: Casos de uma doença em uma comunidade ou região acima da expectativa normal PANDEMIA: Epidemia em diversos países, dimensão mundial QUANDO OCORRE? • Aumento na quantidade ou virulência do agente • Introdução recente de um agente • Um modo de transmissão diferenciado • Mudança na suscetibilidade do hospedeiro • Aumento da exposição do hospedeiro • Aumento das portas de entrada VEÍCULO COMUM DE EXPOSIÇÃO * surtos explosivos * casos limitados para quem compartilha a mesma exposição * casos secundários são raros EPIDEMIA DE FONTE COMUM Transmissão por uma fonte comum EX: bomba de Hiroshima e os casos de leucemia EPIDEMIA PROPAGADA De pessoa para pessoa EPIDEMIA MISTA Epidemia causada por fonte comum e transmissão de pessoa para pessoa QUANDO INVESTIGAR? Numero de casos; fonte dos casos; severidade da doença; existe uma medida de controle; pode afetar outros independente da medida de controle IMUNIDDE Equilíbrio entre pessoas sucetiveis e imunes; imunidade coletiva IMUNIDADE COLETIVA • Resistência de um grupo de pessoas para determinada doença com uma proporção alta de pessoas imunizadas • Quando tem uma alta taxa de imunizados - Contato entre as pessoas raramente serão entre duas pessoas não imunizadas CRITÉRIOS PARA IMUNIDADE COLETIVA • Hospedeiro de espécie única • Imunidade sólida Importante: Precisa ter uma estratégia considerando a probabilidade de encontrar alguém não imunizado MEDIDAS DE PREVENÇÃO – ISOLAMENTO • Epidemia de peste negra - Viajantes foram isolados por 30 dias, contudo… - Não foi suficiente e aumentaram para 40 dias - quarentena • Pessoa clinicamente doente = potencial de infectividade • Contudo, quando sabemos que uma pessoa está realmente infectada? EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA O que? problema de saúde Quem? população Onde? local Quando? tempo Porque? causas e fatores de risco VARIÁVEIS RELACIONADAS AO TEMPO • Intervalo de tempo - Período de tempo separando dois eventos - Dois anos, cinco meses, quatro dias. • Intervalo cronológico - Progressão pelos anos numerados sequencialmente - Por exemplo: casos no 2019-2021 - Triênio, quadriênio, quinquênio • Período - Partes de tempo delimitadas cronologicamente e especificadas - Por exemplo: casos no mês de março DISTRIBUIÇÃO CRONOLÓGICA Ação da doença; mostrar a variação; manifestar o caráter endêmico ou epidêmico; evolução da incidência de um evento VARIAÇÃO ATÍPICA • Alterações inusitadas - Surto ou processo epidêmico • Variação cíclica - Doenças suscetíveis na população (ex: sarampo, rubeola) • Variação sazonal - Fenômeno periódico e repete-se sempre na mesma estação do ano. - Exemplo?? VARIÁVEIS RELACIONADAS AO ESPAÇO • Variáveis político-administrativas • Variáveis geográficas - Espaço geográfico - Físico, químicos e morfológicos - Flora e fauna - Necessidades sociais e econômicas VARIAÇÃO LOCAL E ANALISE ESPACIAL • Variação local - Concentração de casos da doença em espaços distintos •Geoprocessamento - Conjunto de tecnologias direcionadas a coleta de tratamento e informações por meio de sistemas de informação VARIÁVEIS RELACIONADAS AO ESPAÇO Comparações entre • Países, estados e cidades • Area urbana e rural • Renda per capita • Bairros, ruas VARIÁVEIS RELACIONADAS AS PESSOAS • Características gerais • Características familiares • Características étnicas • Características endógenas • Nivel socioeconômico • Ocorrências durante a vida uterina • Ocorrências acidentais • Hábitos e atividades IDADE: • Grupo etário – faixas de idade que se encontram as pessoas • OMS – 0 a 14 anos, 15 a 64 anos e 65 ou mais anos • IBGE – 0 a 4 anos, 5 a 9 anos (…) 90 a 94 anos, 95 a 99 anos, 100 ou mais anos ESTRATEGIAS DE PREVENÇÃO • Medicina preventiva individualizada - Ciência e patologia • Medicina preventiva de saúde pública - Ciência e epidemiologia • Epidemiologia avalia os métodos e processos utilizados pela saúde pública para previnir a doença PREVENÇÃO • Ação preventiva - Decisão técnica, ação direta e ação educativa • Deve ser empregado nos períodos de pré-patogênese e patogênese PREVENÇÃO PRIMÁRIA • Promoção de saúde - Atividade física; Moradia adequada; Saneamento básico; Educação em saúde; Proteção específica; Imunização • Proteção contra acidentes - Uso de preservativos e seringas descartáveis PREVENÇÃO SECUNDÁRIA • Diagnóstico precoce - Inquérito; Exames periódicos; Isolamento; Tratamento para evitar progressão • Limitação da incapacidade- Evitar futuras complicações - Evitar sequelas - Evitar o risco de transmissão da doença PREVENÇÃO TERCIÁRIA • Reabilitação; Fisioterapia; Terapia ocupacional; Redução da dependência; Melhora da qualidade de vida INTEGRAÇÃO DA PREVENÇÃO DE TRATAMENTO • Tratamentos e prevenção podem andar juntos - Quando trata, você está previnindo: Complicações, incapacidades, futuros sintomas EPIDEMIOLOGIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS • Determinantes de suscetibilidade à exposição - Fatores genéticos, ambientais e sociais • Exposição macro e microambiental - Macroambiental – afeta uma comunidade inteira (poluição) - Microambiental – referem-se ao indivíduo (hábitos de vida) ABORDAGENS POPULACIONAIS x ALTO RISCO • Abordagens similares combinando a população geral com alto risco - Exemplo: controle da pressão arterial • Abordagens distintas - Exemplo: procedimentos mais caros para pessoas de alto risco - Exemplo: prevenção para população procedimentos mais baratos EPIDEMIOLOGIA NAS POLÍTICAS DE RASTREAMENTO • Detecção precoce da doença - Identificar a doença em um estagio anterior quando comparado a prática clínica - Estágio pré-sintomático • Tratamento disponível para quando a doença for diagnosticada • Avaliação por desfechos - Número de pessoas rastreadas - Proporção da população-alvo rastreada - Prevalência detectada na fase pré-clínica - Custos totais do programa - Proporção de pessoas com rastreameno positivo que receberam diagnóstico final e o tratamento • Benefícios do tratamento e da detecção, quando - A doença possui uma fase pré clínica detectável • Todos ou a maioria dos casos em fase pré-clínica progride para a fase clínica FALTA DE BENEFÍCIOS COM O RASTREAMENTO • História natural da doença • Não tem uma fase pré-clínica detectável • A eficácia do tratamento independe da fase implementada • Abordagem inadequada de pacientes que testam positivo CUSTO BENEFÍCIO DO RASTREAMENTO • Custo dos testes para - Realização - No paciente - Detectar a doença Exemplo: • 10.000 mulheres à 6 vão se beneficiar de uma diminuição no risco de CA ENTAO, 9994 não terão qualquer beneficio EXEMPLO de questão: qual é a consequencia imediata do inicio de programa de rastreamento de cancer de colo de utero, num determinado município? AUMENTO DE INCIDENCIA ALOCAÇÃO DE RECURSOS DE SAÚDE * definir recursos de acordo com critérios pre estabelecidos * eficiência * equidade AVALIAÇAO ECONOMICA • Avaliação para guiar a tomada de decisão e reduzir incertezas de aplicação dos recursos distribuídos - ACEITAR ESCOLHAS DIFÍCEIS NO CURTO PRAZO EM FAVOR DO LONGO PRAZO • Avalia e compara os custos com os tratamentos, assim como, e as consequências deles. AVALIAÇÃO ECONOMICA NA AREA DA SAUDE • Avaliação de minimização de custo - Terapias com mesma eficiência • Análise de custo-efetividade - Estudo avalia a relação entre o custo da terapia e os resultados produzidos por ela. • Análise de custo-utilidade - Estudo avalia a relação entre o custo da terapia e a duração e a qualidade da sobrevida obtida pela terapia (QALY – anos de vida ajustado com qualidade) • Análise de custo-benefício - Avaliação com programas que possuem resultados diferentes ANÁLISES • Definição do ponto de vista da análise - Para quem? A sociedade? Financiador? - Sociedade – Custos diretos, sociais, indiretos. • Análises de sensibilidade ou das incertezas - Investigar possíveis fatores que podem influenciar nos resultados do estudo • Ajustamento ou atualização econômica - Valores no presente e no futuro ALOCAÇÕES DE RECURSOS • Problemas - Avaliação econômica - Conceito de necessidade • Soluções - Decisões racionais com modifações ao longo do processo - Diálogo aberto em que os conflitos possam ser explorados CUSTOS DE UMA INTERVENÇÃO OU PROGRAMA • Capital: Local que será realizado • Equipe: Profissionais • Consumo: Medicamentos • Custos não relacionados com pacientes: Administrativos • Custos não relacionados com o setor de saúde: Serviços sociais • Custos relacionados com o paciente: Transporte CUSTOS DE UMA INTERVENÇÃO • Fixos - Não varia com a escala do programa (por exemplo, local) • Variáveis - Varia com a escala do programa • Totais - Fixos + Variáveis - Expresso em custo médio ou marginal (isto é, custo adicional quando se incrementa algo relacionado a consequência da intervenção) PRIORIZAÇÃO ADEQUADA DEVE CONSIDERAR • Uma análise de situação considerando todos os aspectos - Incluindo a opinião de quem vai receber • Um orçamento realista • Critérios bem definidos para locação de recursos • Planos e orçamentos considerando a modalidade implementação QUEM DEVERIA ESTAR ENVOLVID? • Desenvolvedores de políticas públicas • Autoridades administrativas • Profissionais de saúde • Representantes da comunidade (pacientes) CRITÉRIOS NA PRIORIZAÇÃO • Impacto das doenças • Magnitude, severidade (DALY), urgência, percepção • Efetividade das intervenções • Custo da intervenção • Aceitabilidade da intervenção • Equidade EPIDEMIOLOGIA NA AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAUDE • Momentos de avaliação - Antes: Viabilidade; Análise da situação; Possíveis custos • Implementação - Investigar se está tudo ocorrendo como planejar - Identificar barreiras - Mudanças na estratégia de implementação - Monitoramento • Avaliação após - Verificar se os objetivos foram atendidos • Realizações (processos), desfechos (benefícios) e impactos (indicadores) DONABEDIAN (1978) • Desempenho técnico do profissional - Aplicação do conhecimento médico e de tecnologias • Relação pessoal do profissional com o paciente DONABEDIAN (1980) • Estrutura-processo-desfecho • Estrutura – Condições relacionadas a infra-estrutura, força de trabalho, etc - Tem o minímo para desevolver os cuidados adequados e obter os resultados favoráveis? • Processo – Investigar as técnicas e procedimentos empregadas para tal condição - As técnicas e procedimentos empregados estão de acordo com o conhecimento disponível? - Auditoria clínica • Desfecho – Resultados obtidos com os processos implementados - Com a infra-estrutura adequada, os procedimentos apropriados, quais foram os resultados alcançados pelo serviço de saúde. MEDIDAS DE DESFECHO • Avaliação da qualidade do serviço pelos: - Usuários; Profissionais; Gerencial • Quantitativa • Fácil de ser utilizada e interpretada • Adequada considerando o propósito • População de risco para aquela condição SETE PILARES DA SAUDE Eficácia; efetividade; eficiência; otimização; aceitabilidade; legitimidade; equidade. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO • Relevância – é relevante para a população? • Efetividade – produz melhores resultados? • Eficiência – melhores resultados com o mesmo custo? • Acessibilidade – garante um cuidado apropirado para tal necessidade? • Aceitabilidade – é aceitável entre população e profissionais? • Humanização – respeita a cultura e as necessidades individuais? • Qualidade – qual a qualidade do serviço? DIAGNOSTICO DE SAUDE: MORBIDADE 5 PRINCIPAIS MORBIDADE HOSPITALAR EM 2017: BRASIL - Gravidez parto e puerpério - doenças do aparelho respiratório - lesões de causas externas - doenças do aparelho circulatório - doenças do aparelho digestino SÃO PAULO - gravidez, parto e puerpério - doenças do aparelho circulatório - doenças do aparelho digestivo - doenças do aparelho respiratório - lesões de causas externas EPIDEMIOLOGIA – MORTALIDADE É um dos mais importantes indicadores de saúde, expressa: - Final do processo vital; - Falha completa do sistema de saúde (falha na rede de assistência em todos os momentos ao longo da vida do indivíduo); - Qualidade da saúde pública. No Brasil, para o estudo da mortalidade: - Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), que tem como principal documento a Declaração de Óbito. TAXA DE MORTALIDADE GERAL - Mede o risco de mortepara o total da população, independente de sexo, idade ou causa de óbito. - É um indicador muito influenciado pela distribuição etária da população. Populações muito envelhecidas podem ter altas taxas de mortalidade, pois espera-se que os indivíduos morram em idades avançadas. Por outro lado, populações muito jovens também apresentam alta mortalidade geral devido a um mortalidade infantil quase sempre muito alta. FÓRMULA: TMG = número de óbitos/população total X 1000 TAXA DE MORTALIDADE ESPECIFICA Mede o risco de morte para uma fração da população, considerando sexo, faixa etária e causa de óbito. SEXO Número de óvbitos de um sexo/população total desse sexo X 1000 CAUSA Número de óbitos pela causa/população sob o risco para a causa X 1000 IDADE Número de óbitos de uma faixa etária/população total dessa faixa etária X 1000 MORTALIDADE PROPORCIONAL É a distribuição proporcional dos óbitos em relação a algumas variáveis de interesse, principalmente idade e causa do óbito. 1. Índice de Swaroop-Uemura 2. Mortalidade proporcional por causa 3. Curva de Nelson Moraes ÍNDICE DE SWAROOP-UEMURA - É a mortalidade proporcional de 50 anos ou mais, ou seja, a proporção de óbitos ocorridos em indivíduos de 50 anos ou mais. - Óbitos abaixo de 50 anos são considerados evitáveis; dessa forma, quanto maior a proporção de óbitos de adultos maduros e idosos, melhor é a condição de vida e saúde da população FÓRMULA: ISU = óbitos 50 anos e +/total de óbitos X 100 1º nível (RMP =75%): Países ou regiões onde 75% ou mais da população morre com 50 anos ou mais, padrão típico de países desenvolvidos; 2º nível (RMP entre 50% e 74%): Países com certo desenvolvimento econômico e regular organização dos serviços de saúde; 3º nível (RMP entre 25% e 49%): países em estágio atrasado de desenvolvimento das questões econômicas e de saúde; e 4º nível (RMP< 25%): Países ou regiões onde 75% ou mais dos óbitos ocorrem em pessoas HTML com menos de 50 anos, característico de alto grau de subdesenvolvimento. RAZAÇÃO DE MORTALIDADE PROPORCIONAL É a proporção de óbitos ocorridos por um grupo de causas FÓRMULA RMP = óbitos por variável/total de óbitos X 100 CURVA DE NELSON DE MORAES É uma representação gráfica da mortalidade proporcional por idade. A CNM pode assumir as seguintes formas: Curva tipo 1: N invertido; Curva tipo 2: L (ou J invertido); Curva tipo 3: V (ou U); Curva tipo 4: J
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