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Epidemiologia - Resumão 1 Bimestre

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RESUMÃO – EPIDEMIOLOGIA 1º BIMESTRE 
 
HISTÓRIA DA EPIDEMIOLOGIA E IMPORTÂNCIA PARA SAÚDE PÚBLICA 
* epidemiologia etimologicamente 
 - a ciência do que ocorre com o povo 
* “estudo da distribuição ds doenças nas populações e os fatores que influenciam ou determinam essa distribuição.” 
 
DEFINIÇÃO DE EPIDEMIOLOGIA 
“Estudo da distribuição das doenças nas coletividades humanas e dos fatores determinantes responsáveis por essa distribuição” 
- relações entre os fatores ambientais, do agente e do hospedeiro. 
- fatores socioeconômicos e culturais juntamente com outros fatores causais para a eclosão em massa das doenças 
 
EPIDEMIOLOGIA SOCIAL 
“Um conjunto de conceitos e métodos e formas de ação prática que se aplicam ao conhecimento e à transformação do processo saúde-doença na dimensão coletiva ou social” 
- fatores de risco individuais + fatores socioeconômicos e ambientais 
- estudo ecológico de analise multinivel 
 
CLÍNICO x EPIDEMIOLOGICO 
Principais diferenças entre abordagens clinicas e epidemiológicas 
 
CLÍNICO 
- Tipos de diagnóstico: individual 
- Objetivo: curar e prevenir a doença da pessoa 
- Informação Necessária: história clinica; exame físico; exames complementares 
- Ações: tratamento; reabilitação 
- Monitoramento no tempo: acompanhamento clínico (evitar doenças, melhoras, curar a pessoa) 
 
EPIDEMIOLÓGICO 
- tipos de diagnósticos: comunitário/populacional 
- objetivo: melhorar o nível de saúde da comunidade/identificar fatores de risco 
- informações necessárias: dados populacionais; dados com referencia de tempo e espaço geográfico de causas de morte, serviços de saúde, incapacidade, fatores de risco 
- ações: programas de saúde/promoção 
- monitoramento no tempo: mudanças no estado de saúde da população bem como diminuição das taxas de mortalidade, incidneica de doenças. 
 
HIPÓCRATES 
* pai da medicina 
* Doenças eram produto da relação complexa entre a constituição do indivíduo e o ambiente 
* Lançou as bases para a procura das causalidades 
- criador do termo epidemia 
* tratado dos ares, das aguas e dos lugares 
- influencia do ambiente na saúde 
- malária no sul da europa 
* tratado do prognostico e aforismos 
- evolução de uma doença 
 
GALENO 
* 16 aos 20 anos 
- atendente no templo de Aclépios 
* Roma 
- cirurgia ocular e cerebral (médico de celebridades) 
* criou alguns conceitos fundamentais para a época: 
- faculdades mentais 
- “pneuma” 
- cérebro: faculdades racionais 
- coração e fígado: faculdades emocionais 
 
MEDICINA ÁRABE 
* Avicena (980-1037) 
- higiene e saúde publica 
- dados demográficos e sanitários com sistema de vigilância 
* o Cânon da Medicina 
- abordagem do numero de ocorrência de doenças 
 
NO IMPERIO ROMANO 
No império Romano muitas benfeitorias foram feitas pensando em melhorar a situação de saúde da população. 
* Construção de aqueduto: espécie de ponte que traz água para a cidade, aumentando as condições de higiene da população. 
* Cloaca máxima: construção na qual passava um pequeno leito de água debaixo das casas das pessoas mais ricas. Com isso, houve diminuição das doenças pela melhoria da condição de saneamento 
básico. Os dejetos agora são descartados por fossa e antes eram descartados na rua. 
* Censo: a contagem de pessoas servia para saber do tamanho e poderio militar do exército e quanto o governo conseguiria arrecadar de impostos. Hoje em dia o censo é muito importante para a 
avaliação da saúde da população e para o desenvolvimento de ações em saúde. 
* Nascimentos e óbitos: monitoravam a relação de nascimentos e óbitos, avaliando o crescimento populacional também para saber o tamanho do exército e o lucro com os impostos. 
 
EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA 
CLAUDE BERNARD (1813-1878) 
- função glicogenica do fígado 
- reflexões teóricas sobre fisiologia experimental, das ciências e do saber humano 
 
* LOUIS PASTEUR (1828-1895) 
- fermentação alcoolica pela presença de leveduras 
- bicho da seda, curbunculo do gado e a cólera aviaria 
- infecção operatória  fenol como antisséptico  redução de óbitos 
 
ROBERT KOCH (1843-1910) 
* Agente causador da tuberculose 
- Isolamento em cultura pura 
- Agente causador único da doença 
- Reproduzir a doença em animais de experimentação 
- Recuperação nos animais nos quais a doença fosse produzida 
* Base para descobrir a febre tifóide, hanseníase, malária, tuberculose, mormo, cólera, difteria, pneumonia 
 
JOHN GRAUNT (1620-1674) 
* pioneiro na criação da epidemiologia como disciplina 
* relacionou pela primeira vez o numero de óbitos ocorriam em relação a uma população 
* pioneiro na utilização de estatísticas de mortalidade 
- nascimentos e óbitos semanais 
- padrão de doenças londrina 
 
WILLIAN FARR (1807-1883) 
* Britânico, um dos primeiros estatísticos a analisar as estatísticas de morte e atribuir causalidade. 
- mortalidades e epidemia 
* epidemia de varíola 
- as epidemias tem ascensão e queda seguindo um formato de sino 
- “os mais mortais morrem” = mais proteção 
 
PIERRE-CHARLES ALEXANDRE LOUIS (1787-1872) 
• Investigou as características de doentes equivalentes 
- Novas entidades nosológicas como a febre tifoide 
- Sangria não era tão eficaz para o tratamento da febre tifoide 
• Introduziu estatística na investigação clínica da doença 
• Fundador da epidemiologia clínica. 
 
IGNAZ SEMMELWEISS (1818-1865) 
Início do século 19 • 25% de taxa de mortalidade entre mulheres 
• Médicos e estudantes de medicina 
• Autópsias nas mulheres mortas + parto 
• Parteiras 
- Parto 
 
EDWAR JENNER e a VARÍOLA (1729-1823) 
• 400.000 pessoas morriam de varíola no final do século 18 
• Técnica de prevenção: variolização 
• Domésticas que ordenhavam vacas: varíola bovina 
- Forma mais branda da varíola e ficavam imunizadas a varíola humana 
• Não sabia nada sobre a doença e operou com dados observacionais 
 
JOHN SNOW (1813-1858) 
• Epidemia de cólera em Londres (1848) - John Snow 
- Farr: Hipótese nuvem na superfície terrestre 
- Menores altitudes  maiores mortalidades 
• Snow  água contaminada do rio Tâmisa 
- Ciclo oral-fecal 
- Pesquisa para saber qual companhia fornecia água 
• Primeiro estudo ecológico 
- Região que a água era fornecida por duas empresas de um poço na Board Street tinha um número de casos de cólera 14 vezes maior quando comparada a outra companhia 
 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E EPIDEMIOLOGIA 
Dinâmica Populacional: nascimentos e imigrantes  população  óbitos e emigrantes 
 
FASES DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
1. Pré-industrial ou primitiva 
Taxa de mortalidade: ↑↑ 
Taxa de natalidade: ↑↑ 
 
2. Fase intermediária com divergências de taxas 
Taxa de mortalidade:↓ 
Taxa de natalidade: ↑↑ 
 
3. FASE INTERMEDIÁRIA COM CONVERGENCIA DE TAXAS 
Taxa de mortalidade: ↓ 
Taxa de natalidade: ↑↑ 
 
4. Fase moderna, pós transição 
Taxa de mortalidade: ⊙ 
Taxa de natalidade: ⊙ 
 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
Taxas de mortalidade reduzem antes das taxas de natalidade 
• População cresce enquanto essa diferença existe 
• Taxa de natalidade caem diminuindo essa diferença 
• Taxas de mortalidade e natalidade se igualam è estabilidade demográfica 
 
 
 
 
 
DINAMICA POPULACIONAL 
Recenseamento demográfico realizado pelo IBGE 
• Domicílio 
• Pessoas que residem no domicílio 
Estatísticas de população 
• Interpolação e extrapolação de dados 
• Estatísticas de grandes áreas 
• Estatísticas de pequenas áreas 
• Fontes de dados para o conhecimento da dinâmica populacional 
 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA x IDADE 
Redução da mortalidade 
• Redução da mortalidade infantil 
• Aumento da esperança de vida Envelhecimento da população 
• Média ou mediana 
- 1991 – 21 anos à 2020 – 34 anos 
• Comparação dos grupos etários 
• Projeções 
 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL 
Redução: 
- mortalidade precoce 
- taxas de fecundidade 
Aumento: 
- expectativa de vida 
- população idosa 
 
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 
Mudanças que ocorrem ao longo do tempo na saúde e na doença da população 
• Renda 
- Por exemplo, paises desenvolvidos x países sub-desenvolvidos 
 
FASES DA TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA1. Pré-Industrial ou Primitiva: 
- doenças infecto-parasitárias, desnutrição 
- causas externas de lesões (acidentes, homicídios) 
- ma nutrição 
- pandemias 
- baixa expectativa de vida 
 
2. Fase Intermediária com Divergência de taxas: 
- desparecimento das pandemias 
 
3. Fase Intermediária com Convergência de taxas: 
- aparecimento das doenças crônico-degenerativas 
 
4. Fase Moderna, pós transição 
- transição nutricional 
- predominância das doenças crônico-degenerativas 
 
FATORES DE RISCO DCNT 
- tabaco, falta de atividade física, uso nocivo do álcool, dieta não saudável, PA elevada, excesso de peso e obesidade, colesterol aumentado 
 
SITUAÇÕES DE DESTAQUE 
Deterioração do meio ambiente 
• Doenças profissionais, acidentes, intoxicações, psicopatias 
Novas epidemias 
• AIDS e Tuberculose 
Morbidade em pessoas de baixa-renda 
• Doenças crônico-degenerativas 
Modificação da estrutura familiar 
• Familias sem marido 
• Mulheres trabalhando 
• Idosos desvalorizados 
 
MODELOS SAÚDE-DOENÇA 
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA 
“Modo específico que ocorre, nos grupos, o processo biológico de desgaste e reprodução (…) com consequências para o desenvolv imento regular das atividades cotidianas, isto é, o surgimento de 
doenças” 
 
DEFINIÇÃO DE SAÚDE (OMS) 
“Estado de completo bem-estar físico mental e social e não mera ausência de moléstia ou enfermidade” 
 
MODELOS EXPLICATIVOS DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA 
MODELO BIOMÉDICO (UNICAUSAL) 
* sempre existiria um mecanismo etiopatogenico 
* logica unicausal (determinação mecânica, unidirecional e progressiva explica a doença) 
 
 
 
 
 
 
MODELO MULTICAUSAL 
* historia natural da doença 
* determinantes sociais 
- Vertente Epidemiologica: período pré-patogenese 
- Vertente patológica: período de patogênese 
- Desenlace: morte; invalidez; cura 
 
PRÉ-PATOGENESE – FATORES SOCIAIS 
Fatores socioeconômicos 
• Associação inversa entre: capacidade econômica e adquirir doença 
Fatores sociopolíticos 
• Decisão política, valorização da cidadania e transparência das ações 
Fatores socioculturais 
•Crenças, comportamentos, preconceitos 
Fatores psicossociais 
• Falta de apoio, stress, carência, depressão 
 
PRÉ-PATOGENESE – FATORES AMBIENTAIS 
Fatores que entram em contato com o agente biológico ou o hospedeiro 
Agentes agressores 
• Naturais no ambiente 
• Pouco comum que por algum motivo se tornam perceptível 
•Agentes catastróficos 
Fatores ambientais físicos: clima, solo, situação geográfica 
• Uso exagerado de pesticidas? 
•Aditivos alimentares? 
• Condições de trabalho? 
 
PRÉ-PATOGENESE – FATORES AMBIENTAIS 
Fatores Ambientais Humanos 
• medicamentos 
Fatores Ambientais Biológicos 
• estado nutricional 
Fatores Geneticos 
• hereditariedade 
 
PRÉ-PATOGENESE – MULTIFATORIALIDADE 
Processo de interação de multiplos fatores para desenvolvimento e manuntenção da doença 
• Sinergia = Fatores estruturados aumentam o risco da doença mais que a soma 
Triade ecológica 
• Agente, sucetível e meio ambiente 
Modelo multicausal 
• Processo complexo, dinâmico e multidimensional que engloba fatores biológicos, psicológicos, socioculturais, econômicas, ambientais e políticas 
 
RELACIONANDO COM O CASO DISPARADOR - DIARREIA: 
Agentes patôgênicos 
• Exemplos: fatores nutricionais 
Fatores ambientais 
• Exemplos: água contaminada, falta de esgotos 
Fatores culturais 
• Exemplos: hábitos alimentares, superstições 
Fatores políticos e socioecônomicos 
• Exemplos: habitação insalubre, falta de estímulo agrícola, pobreza, falta de escolas 
 
DETERMINANTES DE SAUDE 
Fatores que podem afetar a saúde das pessoas em conjunto 
• Ambiente social - - Discriminação, condição socio-econômica, nível educacional 
Fatores biológicos e genéticos 
- Genêro 
• Ambiente físico 
- Residência, urbanização 
• Serviços de saúde 
•Comportamento individual 
 
COMPORTAMENTO E CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS 
* comportamento pessoal: nível de atividade física; fumo; consumo de álcool e drogas ilícitas 
 
FATORES RELACIONADOS A SERVIÇOS DE SAUDE 
Falta de disponibilidade; altos custos; falta de convenio; sem entendimento da linguagem 
 
PERIODO DE PATOGENESE E DESENLACE 
• Interação estímulo-suscetível 
- Fatores responsáveis pela ocorrência da doença 
• Alterações bioquímicas histológicas e fisiológicas 
- Com a doença no organismo, alterações a nível histológico 
- Exames clínicos ou laboratoriais 
• Sinais e sintomas - Estágio clínico com alterações funcionais 
- Desenlace: cronicidade, cura, morte, invalidez 
• Cronicidade 
- Incapacidade física por tempo variável 
 
 
 
INDICADORES DE MORBIDADE 
 
INDICADORES DE SAÚDE 
Medidas críticas para orientar a tomada de decisão com informação de qualidade sobre a saúde da população ou a performance dos serviços de saúde 
 
TIPOS DE INDICADORES DE SAÚDE: 
• Indicadores de morbidade e mortalidade 
• Indicadores de status nutricional 
• Indicadores de realização de serviços de saúde 
• Indicadores ambientais 
• Indicadores de política de saúde 
• Indicadores de qualidade de vida 
 
AVALIAR INDICADORES 
Reprodutibilidade ou confiabilidade 
• Medidas repetidas com resultados semelhantes = alta confiabilidade 
Validade 
• Indicador mede ou representa o que se quer medir = alta validade 
Representatividade 
• Maior cobertura de dados = maior representatividade Ética 
• Medidas sem riscos 
Técnico administrativo 
• Simplicidade, flexibilidade, facilidade de obtenção, custo operacional 
 
FONTES DE ESTATISTICAS DE MORBIDADE 
• Registros de doenças – registros de câncer 
• Dados de seguradoras e planos de saúde 
• Assistência pública fiscal e de financimanto e planos de cuidados médicos 
• Hospitais e clínicas • Registros de absenteísmo 
• Exames físicos pré-admissionais 
• Programas de investigação de casos 
• Registros de pessoal militar 
• Pesquisas em morbidade em amostras populacionais 
 
MEDIDAS DE FREQUENCIA 
Razão: 
- compara duas medidas distintas 
Proporções: 
- fração da população total que pode estar afetada 
Taxa: 
- eventos em uma população em um determinado período 
 
FREQUENCIA ABSOLUTA x FREQUENCIA RELATIVA 
ABSOLUTA: 
- valor sem referencias 
EX: “um paciente foi internado na UTI devido a complicações do COVID-19” 
 
RELATIVA: 
- razão entre o valor absoluto e a frequência 
População – em risco 
Presidente Prudente – 1/21 = 4,8% 
Pontal – 1/21 = 50% 
 
COEFICIENTES/TAXAS 
Número de casos/população sob risco X constante 
Onde: 
* Numero de casos: 
- diz respeito a doença, óbitos, incapacidade 
- se atentar ao intervalo de tempo e o tamanho amostral 
* População sob risco: 
- população geral no período ou uma população especifica 
* Constante: 
- multiplo de 10 para facilitar a forma de expressar resultado 
 
INDICADORES DE MORBIDADE/GRAVIDADE/INCAPACIDADE 
• Avaliação do nível de saúde e para guiar o desenvolvimento de ações 
- Escolha das melhores estratégias para controle de doenças ou agravos á vida 
• Prevalência 
• Incidência 
• Taxa de ataque 
• Taxa de incidência pessoa-tempo 
 
PREVALÊNCIA 
• Frequência de casos de uma determinada doença 
- Quantos casos da doença temos agora? 
• Não estima o risco, pois mostra um corte de quem teve a doença 
- Força que as doenças existem na comunidade 
 
FÓRMULA 
Prevalência = número de casos da doença/população x 10n 
 
 
 
TIPOS DE PREVALENCIA 
• Prevalência instântanea ou pontual pode considerar o tempo 
- Pontual: naquele momento você tem a doença? 
- Dia, mês ou o ano: naquele período você teve a doença? 
• Prevalências pontuais, “prevalência no último mês” ou “no último ano” 
- Point-prevalence, 1-month prevalence, annual prevalence 
 
NA PRÁTICA: 
1) Um estudo com um total de 1000 pessoas encontrou que: 
• 50 pessoas estavam com dor de cabeça no momento 
- Prevalência pontual = 5% 
• 100 pessoas tiveram dor de cabeça no último mês 
- Prevalência no último mês = 10% 
• 300 pessoas tiveram dor de cabeça no último ano 
- Prevalência anual = 30% 
• 500 pessoas tiveram dor de cabeça na vida 
- Prevalência ao longo davida = 50% 
 
INCIDÊNCIA 
* estimativa de risco 
- novos casos em um determinado intervalo de tempo 
 
FÓRMULA: 
Número de NOVOS casos da doença em um intervalo de tempo/número de pessoas suscetíveis a doença e expostos a doença no mesmo intervalo de tempo x 10n 
 
TAXA DE ATAQUE 
Incidência em: 
• População específica 
• Grupo bem definido de pessoas 
• Situação específica – (por exemplo: intoxicação alimentar) 
• Área restrita 
 
FÓRMULA: 
Numero de pessoas acometidas/numero de pessoas expostas a situação 
 
TAXA DE ATAQUE SECUNDÁRIO 
Numero de casos novos a partir do contato com o primeiro caso/numero total de contatos com o primeiro caso 
 
TAXA DE INCIDENCIA ou TAXA INDIVIDUO-TEMPO 
* novos casos em um determinado intervalo de tempo considerando o tempo que essa população esteve em risco 
 
FÓRMULA: 
Taxa de Incidência = número de NOVOS casos da doença em um intervalo de tempo/tempo que cada pessoa foi acompanhada, totalizada para todas as pessoas x 10n 
 
Sendo: 
* numero de novos casos da doença em um intervalo de tempo = similar ao coeficiente de incidência 
* tempo que cada pessoa foi acompanhada, totalizada para todas as pessoas = soma do tempo-individuo para cada pessoa do estudo  perda no acompanhamento = +1/2 ano  a pessoa tende a 
ficar saudável por 6 meses  ex: pessoa participou do estudo no primeiro ano mas abandonou depois = 1.5 pessoa-ano 
 
COMO INTERPRETAR? 
2,5 a cada 1000 pessoa-anos = 2,5 a cada 1000 pessoas por ano 
 
COMO CALCULAR? 
* numerador = numero de novos casos 
* a cada um ano participando do estudo = 1 pessoa-anos 
- 1 pessoa participou dos 5 anos do estudo = 5 pessoas-ano 
- pessoas participaram de um estudo de 1 ano = 5 pessoas- ano 
* diagnosticado ou saiu do estudo = ½ pessoa-ano 
 
RESUMINDO !!!!! 
TAXA DE INCIDENCIA 
Numerador: numero de novos casos durante o tempo especificado 
Denominador: população de risco no inicio do tempo especificado 
 
TAXA DE ATAQUE 
Numerador: numero de casos novos 
Denominador: numero de pessoas expostas a situação 
 
TAXA DE ATAQUE SECUNDÁRIA 
Numerador: numero de novos casos a partir do primeiro caso 
Denominador: numero de contatos com o primeiro caso 
 
TAXA DE INCIDENCIA PESSOA-TEMPO 
Numerador: numero de novos casos durante o tempo especificado 
Denominador: soma de pessoa-tempo observada ou média da duração do intervalo de tempo 
 
PREVALÊNCIA PONTUAL 
Numerador: casos em um ponto especifico de tempo 
Denominador: população naquele ponto especifico de tempo 
 
PREVALENCIA PELO TEMPO 
Numerador: numero de casos em um tempo especifico 
Denominador: população na coleta ou população no meio do período 
TAXA DE INCIDENCIA ou TAXA DE PESSOA-TEMPO 
 
COMO CALCULAR 
1) determinar o numerador: numero de casos novos 
2) denominador: numero total de participantes do estudo 
3) denominador: diminuir do numero total de participantes aqueles que: 
- foram diagnosticados com a doença 
- não completaram a avaliação daquele ano 
4) denominador: multiplicar por 0,5 o numero total de pessoas que: 
- foram diagnosticadas com a doença 
- não completaram a avaliação daquele ano 
5) total denominador (1 ano): somar o valor do passo 3 com o valor total do passo 4 
EX 1: 
Estudo de 1 ano com 30 pessoas, 5 novos casos e 5 pessoas desistindo no estudo 
Numerador: 5 
Denominador: (30 – 5 – 5) = 20 (5 *0,5) + (5*0,5) = 5 Denominador total = 25 Taxa de incidência pessoa-ano = 5/25 = 0,2 ou 200 novos casos a cada 1000 pessoas por ano. 
CONTINUANDO OS PASSOS: 
6) denominador: caso haja um segundo ano de estudo, considerar o restante dos participantes após o primeiro ano 
- total de participantes após 1 ano 
7) denominador: diminuir do numero de participantes restante após o primeiro aqueles que: 
- foram diagnosticados com a doença 
- não completaram a avaliação daquele ano 
8) denominador: multiplicar por 0,5 o numero total de pessoas que: 
- foram diagnosticados com a doença 
- não completaram a avaliação daquele ano 
9) total denominador (2 anos): somar o valor do passo 7 com o valor do passo 8 
10) total denominador (1 e 2 anos): somar o total do denominador 1 ano (passo 5) e 2 anos (passo 9) 
EX 2: 
Estudo de 2 anos com 50 pessoas sendo que: 
• 1 ano - 5 novos casos e 5 pessoas desistindo no estudo no primero ano 
• 2 ano – 5 novos casos e 5 pessoas desistindo no estudo no primero ano 
Numerador: 10 
Denominador: 
- 1 ano: (50 – 5 – 5) = 40 (5 *0,5) + (5*0,5) = 5 (40) + (5) = 45 
- 2 ano: (40 – 5 - 5) = 30 (5 *0,5) + (5*0,5) = 5 30 + (5) = 35 
Denominador total: (1 ano + 2 anos) = 35 + 45 = 80 
• Taxa de incidência = 10/80 = 0,125 ou 125 novos casos por 1000 pessoas por ano 
 
INDICADORES DE MORTALIDADE 
Porque avaliar a mortalidade? 
• Gravidade de uma doença 
- Tratamento se tornou mais efetivo ou não 
• Indicador de risco de uma doença 
- Comparação entre subgrupos ou localização geográfica 
 
TAXA DE MORTALIDADE GERAL: 
Risco de morrer que uma população tem independente da causa 
 
FÓRMULA: 
Número de óbitos em determinada localidade e ano/população da mesma área e ano x 1000 (ou 100.000) 
 
MORTALIDADE INFANTIL 
Coeficiente de mortalidade infantil 
- óbitos ocorridos em crianças menores de 1 ano 
- normalmente utiliza-se na base de 1000 
 
FÓRMULA: 
Número de óbitos ocorridos antes do primeiro ano de vida/número de nascidos vivos ocorridos em determinada área e ano 
 
OUTROS INDICES 
MORTALIDADE PERINATAL: 
* mortalidade em menores de 5 anos 
* 0-6 dias de vida (neonatal precoce) 
* mortalidade: 
- neonatal tardia: 7 a 27 dias 
- pós neonatal: 28 dias a 1 ano 
 
MORTALIDADE MATERNA 
* coeficiente de mortalidade maternal 
* óbitos associados com a gravidez 
* normalmente utiliza-se a base de 100.000 
FÓRMULA: 
Número de óbitos devido causas relacionadas a gravidez em um determinado tempo/número de nascidos vivos ocorridos durante o mesmo determinado tempo 
 
MORTALIDADE POR CAUSA ESPECÍFICA 
* número de óbitos devido a uma causa especifica 
FÓRMULA 
Número de óbitos por câncer de colorretal em um ano/população geral no meio do ano-periodo X 100.000 
 
MORTALIDADE PROPORCIONAL 
* qual a proporção de mortes causada por uma doença especifica 
FÓRMULA: 
Número de óbitos devido a uma causa especifica em terminado ano/total de mortes no ano X 100 
TAXA DE LETALIDADE 
Qual percentual de pessoas diagnosticadas com a doença e morrem em determinado tempo depois do diagnostico? 
 
FÓRMULA: 
Número de óbitos durante um período especifico após o diagnostico ou inicio da doença/número de pessoas afetadas pela doença X 100 
 
DIFERENÇA ENTRE TAXA DE MORTALIDADE E LETALIDADE 
Em uma população de 100.000 pessoas, 4700 pessoas possuem a doença e após um ano, 120 destes morrem por causa da doença 
* taxa de mortalidade: 120/100.000 = 0,0012 ou 0,12% 
* taxa de letalidade: 120/4700 = 0,025 ou 2,5% 
 
RELAÇÃO MORTE/CASO 
Número de mortes devido a uma doença em um período dividido pelo desenvolvimento de novos casos da doença no mesmo período. 
FÓRMULA 
Número de óbitos durante um período especifico devido a uma causa especifica/numero de novos casos da doença no mesmo período X 100 
EX 1: 
Em 23 de fevereiro uma população de 216 milhões de pessoas, 62 mil novos casos foram diagnosticados sendo que 1386 morreram no mesmo dia por causa da doença! 
* taxa de mortalidade: 1386/216 milhooes = 0,0000064 ou 0,00064% 
* razão morte/caso = 1386/62 mil = 0,022 ou 2,2% 
 
PROBLEMAS COM DADOS DE MORTALIDADE 
- CID e suas revisões 
- definições das doenças 
- mesmo princípios relacionados ao numerador e denominador mencionados para morbidade 
 
OUTROS INDICADORES 
OMS e Banco Mundial 
* YLL 
 
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 
 
DINAMICA DE TRANSMISSÃO 
DIRETA: pessoa para pessoa 
 
INDIRETA: veiculo comum; contaminação atmosférica, abastecimento de agua, mosquito. 
* aerossóis primários = suspensões de micropartículas no ar atmosférico 
* aerossóis secundários = gotículas envolvidas por poeira que protege o liquido 
Processo: 
Reservatório  Agente  Porta de Saíde  Modo de Transmissão  Porta de Entrada  Hospedeiro 
Sendo: 
 
RESERVATÓRIO: 
* humano:de humano para humano sem intermediários 
* animal: raiva 
* ambiente: agua, plantas 
 
PORTA DE SAIDA: 
* trato respiratório; fezes; urina; pele; placenta 
 
SUBSTRATO DE ELIMINAÇAÕ 
- eliminação natural; extração mecânica; morte dos infectados 
 
ACESSO AO HOSPEDEIRO 
• Do indivíduo da mesma espécie infectado - gonorréia 
• Da mãe para o feto – sífilis 
• De indivíduos de outra espécie – raiva 
• Por um vetor biológico infectado – doença de Chagas 
• Substrato contaminado por um vetor mecânico - tracoma endêmico 
• Por um elemento não vivo – infecção por um instrumento infectado 
 
MECANIMOS DE PENETRAÇÃO 
• Ingestão – bactérias entéricas 
• Inalação através das vias respiratórias superiores – lepra 
• Placenta – toxoplasmose 
• Mucosas – gonorréia 
• Pele – feridas cirúrgicas 
• Propagação localizada – fungos 
• Sobrevivência do biogênico patogênico – sarna 
• Perfurações por outros objetos – infecções 
• Picadas de inseto ou mordidas de animais – malária, leishmaniose 
• Ingestão com o tecido animal - teníase 
 
CONCEITOS IMPORTANTES 
INFECTIVIDADE: 
Capacidade de certo organismo de penetrar e se desenvolver ou se multiplicar no novo hospedeiro 
 
PATOGENICIDADE: 
Qualidade que tem o agente infeccioso de uma vez instalado no organismo do ser humano e de outros animais, produzir sintomas em maior ou menor proporção dentre os hospedeiros infectados 
 
VIRULÊNCIA: 
Capacidade de um bioagente produzir casos graves ou fatais 
 
DOSE INFECTANTE: 
Quantidade do agente etiológico necessária para iniciar uma infecção 
 
PODER INVASIVO 
Capacidade do parasito de se difundir através dos tecidos do hospedeiro 
 
TRANSMISSÃO DIRETA IMEDIATA 
Transmissões sem passagem pelo meio ambiente de um individuo infectado para um sucetível 
 
DOENÇAS EMERGENTES 
Surgiram em uma população ou que ameaçam expandir-se em futuro próximo. 
• Resistentes a agentes antimicrobianos (malária, tuberculose) 
• Incidência ou em área geográfica (cólera na América) 
Fatores para emergência e reemergência: 
• Patógeno viral em uma nova espécie de hospedeiro 
• Adaptação do patógeno ao novo hospedeiro 
• Disseminação do patógeno para desencadear surtos, epidemias ou pandemias 
 
MECANISMO BIOLOGICO DE DOENÇAS EMERGENTES 
Mutações; recombinação; rearranjos 
 
EXEMPLOS DE DOENÇAS INFECCIOSAS EMERGENTES 
• Febre amarela: Condições que favorecem o mosquito vetor 
• HIV: Transfusões, seringas e agulhas contaminadas, transmissão vertical de mãe para filha 
• Hepatites B e C: Truanfusões, transplante de órgãos 
• Cólera: Falta de cloração da água 
• Malária: Viagens e migração 
 
DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS 
* Não passam de pessoa para pessoa; 
* longa duração e progressão lenta 
* maior problema de saúde global 
 
PRINCIPAIS GRUPOS DE DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS 
Câncer; Doenças cardiovasculares; Doenças digestivas; Doenças respiratórias; Desordens musculoesquelética; Desordens neurológicas; Desordens mentais; Desordens na pele e subcutâneas; Desordens 
renais e diabetes; Desordens associadas ao uso de substância; Desordens em orgãos sensitivos 
 
MODELOS EXPLICATIVOS DA CAUSALIDADE DAS DCNT 
Biologia humana; ambiente; estilo de vida; atenção à saúde 
 
FATORES DE RISCO DCNT 
Tabaco; inatividade física; uso nocivo do álcool; dieta não saudável; PA elevada; excesso de peso e obesidade; colesterol alto 
 
ENDEMIA E EPIDEMIA 
ENDEMIA: 
Presença usual de uma doença em determinada área 
 
EPIDEMIA: 
Casos de uma doença em uma comunidade ou região acima da expectativa normal 
 
PANDEMIA: 
Epidemia em diversos países, dimensão mundial 
 
QUANDO OCORRE? 
• Aumento na quantidade ou virulência do agente 
• Introdução recente de um agente 
• Um modo de transmissão diferenciado 
• Mudança na suscetibilidade do hospedeiro 
• Aumento da exposição do hospedeiro 
• Aumento das portas de entrada 
 
VEÍCULO COMUM DE EXPOSIÇÃO 
* surtos explosivos 
* casos limitados para quem compartilha a mesma exposição 
* casos secundários são raros 
 
EPIDEMIA DE FONTE COMUM 
Transmissão por uma fonte comum 
EX: bomba de Hiroshima e os casos de leucemia 
 
EPIDEMIA PROPAGADA 
De pessoa para pessoa 
 
EPIDEMIA MISTA 
Epidemia causada por fonte comum e transmissão de pessoa para pessoa 
 
QUANDO INVESTIGAR? 
Numero de casos; fonte dos casos; severidade da doença; existe uma medida de controle; pode afetar outros independente da medida de controle 
 
IMUNIDDE 
Equilíbrio entre pessoas sucetiveis e imunes; imunidade coletiva 
 
 
IMUNIDADE COLETIVA 
• Resistência de um grupo de pessoas para determinada doença com uma proporção alta de pessoas imunizadas 
• Quando tem uma alta taxa de imunizados 
- Contato entre as pessoas raramente serão entre duas pessoas não imunizadas 
 
CRITÉRIOS PARA IMUNIDADE COLETIVA 
• Hospedeiro de espécie única 
• Imunidade sólida Importante: Precisa ter uma estratégia considerando a probabilidade de encontrar alguém não imunizado 
 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO – ISOLAMENTO 
• Epidemia de peste negra - Viajantes foram isolados por 30 dias, contudo… 
- Não foi suficiente e aumentaram para 40 dias - quarentena 
• Pessoa clinicamente doente = potencial de infectividade 
• Contudo, quando sabemos que uma pessoa está realmente infectada? 
 
EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA 
O que?  problema de saúde 
Quem?  população 
Onde?  local 
Quando?  tempo 
Porque?  causas e fatores de risco 
 
VARIÁVEIS RELACIONADAS AO TEMPO 
• Intervalo de tempo 
- Período de tempo separando dois eventos 
- Dois anos, cinco meses, quatro dias. 
• Intervalo cronológico 
- Progressão pelos anos numerados sequencialmente 
- Por exemplo: casos no 2019-2021 
- Triênio, quadriênio, quinquênio 
• Período 
- Partes de tempo delimitadas cronologicamente e especificadas 
- Por exemplo: casos no mês de março 
 
DISTRIBUIÇÃO CRONOLÓGICA 
Ação da doença; mostrar a variação; manifestar o caráter endêmico ou epidêmico; evolução da incidência de um evento 
 
VARIAÇÃO ATÍPICA 
• Alterações inusitadas 
- Surto ou processo epidêmico 
• Variação cíclica 
- Doenças suscetíveis na população (ex: sarampo, rubeola) 
• Variação sazonal - Fenômeno periódico e repete-se sempre na mesma estação do ano. 
- Exemplo?? 
 
VARIÁVEIS RELACIONADAS AO ESPAÇO 
• Variáveis político-administrativas 
• Variáveis geográficas 
- Espaço geográfico 
- Físico, químicos e morfológicos 
- Flora e fauna 
- Necessidades sociais e econômicas 
 
VARIAÇÃO LOCAL E ANALISE ESPACIAL 
• Variação local 
- Concentração de casos da doença em espaços distintos 
•Geoprocessamento 
- Conjunto de tecnologias direcionadas a coleta de tratamento e informações por meio de sistemas de informação 
 
VARIÁVEIS RELACIONADAS AO ESPAÇO 
Comparações entre 
• Países, estados e cidades 
• Area urbana e rural 
• Renda per capita 
• Bairros, ruas 
 
VARIÁVEIS RELACIONADAS AS PESSOAS 
• Características gerais 
• Características familiares 
• Características étnicas 
• Características endógenas 
• Nivel socioeconômico 
• Ocorrências durante a vida uterina 
• Ocorrências acidentais 
• Hábitos e atividades 
IDADE: 
• Grupo etário – faixas de idade que se encontram as pessoas 
• OMS – 0 a 14 anos, 15 a 64 anos e 65 ou mais anos 
• IBGE – 0 a 4 anos, 5 a 9 anos (…) 90 a 94 anos, 95 a 99 anos, 100 ou mais anos 
 
 
 
 
ESTRATEGIAS DE PREVENÇÃO 
• Medicina preventiva individualizada 
- Ciência e patologia 
• Medicina preventiva de saúde pública 
- Ciência e epidemiologia 
• Epidemiologia avalia os métodos e processos utilizados pela saúde pública para previnir a doença 
 
PREVENÇÃO 
• Ação preventiva 
- Decisão técnica, ação direta e ação educativa 
• Deve ser empregado nos períodos de pré-patogênese e patogênese 
 
PREVENÇÃO PRIMÁRIA 
• Promoção de saúde 
- Atividade física; Moradia adequada; Saneamento básico; Educação em saúde; Proteção específica; Imunização 
• Proteção contra acidentes 
- Uso de preservativos e seringas descartáveis 
 
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA 
• Diagnóstico precoce 
- Inquérito; Exames periódicos; Isolamento; Tratamento para evitar progressão 
• Limitação da incapacidade- Evitar futuras complicações 
- Evitar sequelas 
- Evitar o risco de transmissão da doença 
 
PREVENÇÃO TERCIÁRIA 
• Reabilitação; Fisioterapia; Terapia ocupacional; Redução da dependência; Melhora da qualidade de vida 
 
INTEGRAÇÃO DA PREVENÇÃO DE TRATAMENTO 
• Tratamentos e prevenção podem andar juntos 
- Quando trata, você está previnindo: Complicações, incapacidades, futuros sintomas 
 
EPIDEMIOLOGIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS 
• Determinantes de suscetibilidade à exposição 
- Fatores genéticos, ambientais e sociais 
• Exposição macro e microambiental 
- Macroambiental – afeta uma comunidade inteira (poluição) 
- Microambiental – referem-se ao indivíduo (hábitos de vida) 
 
ABORDAGENS POPULACIONAIS x ALTO RISCO 
• Abordagens similares combinando a população geral com alto risco 
- Exemplo: controle da pressão arterial 
• Abordagens distintas 
- Exemplo: procedimentos mais caros para pessoas de alto risco 
- Exemplo: prevenção para população procedimentos mais baratos 
 
EPIDEMIOLOGIA NAS POLÍTICAS DE RASTREAMENTO 
• Detecção precoce da doença 
- Identificar a doença em um estagio anterior quando comparado a prática clínica 
- Estágio pré-sintomático 
• Tratamento disponível para quando a doença for diagnosticada 
• Avaliação por desfechos 
- Número de pessoas rastreadas 
- Proporção da população-alvo rastreada 
- Prevalência detectada na fase pré-clínica 
- Custos totais do programa 
- Proporção de pessoas com rastreameno positivo que receberam diagnóstico final e o tratamento 
• Benefícios do tratamento e da detecção, quando 
- A doença possui uma fase pré clínica detectável • Todos ou a maioria dos casos em fase pré-clínica progride para a fase clínica 
 
FALTA DE BENEFÍCIOS COM O RASTREAMENTO 
• História natural da doença 
• Não tem uma fase pré-clínica detectável 
• A eficácia do tratamento independe da fase implementada 
• Abordagem inadequada de pacientes que testam positivo 
 
CUSTO BENEFÍCIO DO RASTREAMENTO 
• Custo dos testes para 
- Realização 
- No paciente 
- Detectar a doença 
Exemplo: 
• 10.000 mulheres à 6 vão se beneficiar de uma diminuição no risco de CA 
ENTAO, 9994 não terão qualquer beneficio 
EXEMPLO de questão: 
qual é a consequencia imediata do inicio de programa de rastreamento de cancer de colo de utero, num determinado município? 
AUMENTO DE INCIDENCIA 
 
ALOCAÇÃO DE RECURSOS DE SAÚDE 
* definir recursos de acordo com critérios pre estabelecidos 
* eficiência 
* equidade 
AVALIAÇAO ECONOMICA 
• Avaliação para guiar a tomada de decisão e reduzir incertezas de aplicação dos recursos distribuídos 
- ACEITAR ESCOLHAS DIFÍCEIS NO CURTO PRAZO EM FAVOR DO LONGO PRAZO 
• Avalia e compara os custos com os tratamentos, assim como, e as consequências deles. 
 
AVALIAÇÃO ECONOMICA NA AREA DA SAUDE 
• Avaliação de minimização de custo 
- Terapias com mesma eficiência 
• Análise de custo-efetividade 
- Estudo avalia a relação entre o custo da terapia e os resultados produzidos por ela. 
• Análise de custo-utilidade 
- Estudo avalia a relação entre o custo da terapia e a duração e a qualidade da sobrevida obtida pela terapia (QALY – anos de vida ajustado com qualidade) 
• Análise de custo-benefício 
- Avaliação com programas que possuem resultados diferentes 
 
ANÁLISES 
• Definição do ponto de vista da análise 
- Para quem? A sociedade? Financiador? 
- Sociedade – Custos diretos, sociais, indiretos. 
• Análises de sensibilidade ou das incertezas 
- Investigar possíveis fatores que podem influenciar nos resultados do estudo 
• Ajustamento ou atualização econômica 
- Valores no presente e no futuro 
 
ALOCAÇÕES DE RECURSOS 
• Problemas 
- Avaliação econômica 
- Conceito de necessidade 
• Soluções 
- Decisões racionais com modifações ao longo do processo 
- Diálogo aberto em que os conflitos possam ser explorados 
 
CUSTOS DE UMA INTERVENÇÃO OU PROGRAMA 
• Capital: Local que será realizado 
• Equipe: Profissionais 
• Consumo: Medicamentos 
• Custos não relacionados com pacientes: Administrativos 
• Custos não relacionados com o setor de saúde: Serviços sociais 
• Custos relacionados com o paciente: Transporte 
 
CUSTOS DE UMA INTERVENÇÃO 
• Fixos 
- Não varia com a escala do programa (por exemplo, local) 
• Variáveis 
- Varia com a escala do programa 
• Totais 
- Fixos + Variáveis 
- Expresso em custo médio ou marginal (isto é, custo adicional quando se incrementa algo relacionado a consequência da intervenção) 
 
PRIORIZAÇÃO ADEQUADA DEVE CONSIDERAR 
• Uma análise de situação considerando todos os aspectos 
- Incluindo a opinião de quem vai receber 
• Um orçamento realista 
• Critérios bem definidos para locação de recursos 
• Planos e orçamentos considerando a modalidade implementação 
 
QUEM DEVERIA ESTAR ENVOLVID? 
• Desenvolvedores de políticas públicas 
• Autoridades administrativas 
• Profissionais de saúde 
• Representantes da comunidade (pacientes) 
 
CRITÉRIOS NA PRIORIZAÇÃO 
• Impacto das doenças 
• Magnitude, severidade (DALY), urgência, percepção 
• Efetividade das intervenções 
• Custo da intervenção 
• Aceitabilidade da intervenção 
• Equidade 
 
EPIDEMIOLOGIA NA AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAUDE 
• Momentos de avaliação 
- Antes: Viabilidade; Análise da situação; Possíveis custos 
• Implementação 
- Investigar se está tudo ocorrendo como planejar 
- Identificar barreiras 
- Mudanças na estratégia de implementação 
- Monitoramento 
• Avaliação após 
- Verificar se os objetivos foram atendidos 
• Realizações (processos), desfechos (benefícios) e impactos (indicadores) 
 
 
DONABEDIAN (1978) 
• Desempenho técnico do profissional 
- Aplicação do conhecimento médico e de tecnologias 
• Relação pessoal do profissional com o paciente 
 
DONABEDIAN (1980) 
• Estrutura-processo-desfecho 
• Estrutura – Condições relacionadas a infra-estrutura, força de trabalho, etc 
- Tem o minímo para desevolver os cuidados adequados e obter os resultados favoráveis? 
• Processo – Investigar as técnicas e procedimentos empregadas para tal condição 
- As técnicas e procedimentos empregados estão de acordo com o conhecimento disponível? 
- Auditoria clínica 
• Desfecho – Resultados obtidos com os processos implementados 
- Com a infra-estrutura adequada, os procedimentos apropriados, quais foram os resultados alcançados pelo serviço de saúde. 
 
MEDIDAS DE DESFECHO 
• Avaliação da qualidade do serviço pelos: 
- Usuários; Profissionais; Gerencial 
• Quantitativa 
• Fácil de ser utilizada e interpretada 
• Adequada considerando o propósito 
• População de risco para aquela condição 
 
SETE PILARES DA SAUDE 
Eficácia; efetividade; eficiência; otimização; aceitabilidade; legitimidade; equidade. 
 
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 
• Relevância – é relevante para a população? 
• Efetividade – produz melhores resultados? 
• Eficiência – melhores resultados com o mesmo custo? 
• Acessibilidade – garante um cuidado apropirado para tal necessidade? 
• Aceitabilidade – é aceitável entre população e profissionais? 
• Humanização – respeita a cultura e as necessidades individuais? 
• Qualidade – qual a qualidade do serviço? 
 
DIAGNOSTICO DE SAUDE: MORBIDADE 
 
5 PRINCIPAIS MORBIDADE HOSPITALAR EM 2017: 
BRASIL 
- Gravidez parto e puerpério 
- doenças do aparelho respiratório 
- lesões de causas externas 
- doenças do aparelho circulatório 
- doenças do aparelho digestino 
 
SÃO PAULO 
- gravidez, parto e puerpério 
- doenças do aparelho circulatório 
- doenças do aparelho digestivo 
- doenças do aparelho respiratório 
- lesões de causas externas 
 
EPIDEMIOLOGIA – MORTALIDADE 
É um dos mais importantes indicadores de saúde, expressa: 
- Final do processo vital; 
- Falha completa do sistema de saúde (falha na rede de assistência em todos os momentos ao longo da vida do indivíduo); 
- Qualidade da saúde pública. 
No Brasil, para o estudo da mortalidade: 
- Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), que tem como principal documento a Declaração de Óbito. 
 
TAXA DE MORTALIDADE GERAL 
- Mede o risco de mortepara o total da população, independente de sexo, idade ou causa de óbito. 
- É um indicador muito influenciado pela distribuição etária da população. Populações muito envelhecidas podem ter altas taxas de mortalidade, pois espera-se que os indivíduos morram em idades 
avançadas. Por outro lado, populações muito jovens também apresentam alta mortalidade geral devido a um mortalidade infantil quase sempre muito alta. 
 
FÓRMULA: 
TMG = número de óbitos/população total X 1000 
 
TAXA DE MORTALIDADE ESPECIFICA 
Mede o risco de morte para uma fração da população, considerando sexo, faixa etária e causa de óbito. 
 
SEXO 
Número de óvbitos de um sexo/população total desse sexo X 1000 
 
CAUSA 
Número de óbitos pela causa/população sob o risco para a causa X 1000 
 
IDADE 
Número de óbitos de uma faixa etária/população total dessa faixa etária X 1000 
 
 
 
 
MORTALIDADE PROPORCIONAL 
É a distribuição proporcional dos óbitos em relação a algumas variáveis de interesse, principalmente idade e causa do óbito. 
1. Índice de Swaroop-Uemura 
2. Mortalidade proporcional por causa 
3. Curva de Nelson Moraes 
 
ÍNDICE DE SWAROOP-UEMURA 
- É a mortalidade proporcional de 50 anos ou mais, ou seja, a proporção de óbitos ocorridos em indivíduos de 50 anos ou mais. 
- Óbitos abaixo de 50 anos são considerados evitáveis; dessa forma, quanto maior a proporção de óbitos de adultos maduros e idosos, melhor é a condição de vida e saúde da população 
 
FÓRMULA: 
ISU = óbitos 50 anos e +/total de óbitos X 100 
 
1º nível (RMP =75%): 
Países ou regiões onde 75% ou mais da população morre com 50 anos ou mais, padrão típico de países desenvolvidos; 
2º nível (RMP entre 50% e 74%): 
Países com certo desenvolvimento econômico e regular organização dos serviços de saúde; 
3º nível (RMP entre 25% e 49%): países em estágio atrasado de desenvolvimento das questões econômicas e de saúde; e 
4º nível (RMP< 25%): 
Países ou regiões onde 75% ou mais dos óbitos ocorrem em pessoas HTML com menos de 50 anos, característico de alto grau de subdesenvolvimento. 
 
RAZAÇÃO DE MORTALIDADE PROPORCIONAL 
É a proporção de óbitos ocorridos por um grupo de causas 
 
FÓRMULA 
RMP = óbitos por variável/total de óbitos X 100 
 
CURVA DE NELSON DE MORAES 
É uma representação gráfica da mortalidade proporcional por idade. 
A CNM pode assumir as seguintes formas: 
Curva tipo 1: N invertido; 
Curva tipo 2: L (ou J invertido); 
Curva tipo 3: V (ou U); 
Curva tipo 4: J

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