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Modulo 3- Processo de avaliação e alfabetização e letramento 
1-Avaliação na alfabetização: o contexto do letramento
Apresentação
As práticas avaliativas que ocorrem durante a alfabetização devem ter caráter processual e formativo, entendendo que o processo de alfabetização requer tanto o desenvolvimento de conhecimentos e procedimentos quanto a aquisição de habilidades motoras e cognitivas por parte dos estudantes. Cabe ao professor a compreensão de que a alfabetização e o letramento devem ocorrer de forma conjunta e, portanto, se fazem necessárias ações diagnósticas para sondar em quais níveis de alfabetização os alunos se encontram, visando a propor intervenções pontuais.
Desafio
O período de alfabetização é fundamental para que os estudantes possam ter um bom início em sua escolarização, adquirindo as habilidades de escrita e leitura da Língua Portuguesa e compreendendo que o sistema de escrita já estava presente em suas vidas cotidianas mesmo antes da escola.
Tatiane, licenciada em Pedagogia e especialista em Educação Infantil, assumiu neste ano letivo uma turma de alfabetização, no segundo ano do Ensino Fundamental, pela primeira vez em sua carreira docente. Essa mudança a deixou feliz e, ao mesmo tempo, preocupada com as possibilidades de falhar em sua ação docente. 
​​​​​​​Considerando o conceito de alfabetização na educação, você agora deve se colocar no lugar da coordenadora pedagógica de Tatiane, mostrando como agiria junto à professora perante essa frustração.
 Padrão de resposta esperado
Tatiane está agindo de forma equivocada junto a seus alunos, que, durante o segundo ano do Ensino Fundamental, ainda estão completando seu ciclo de alfabetização. Dessa forma, nem todos devem estar no nível alfabético. Devo deixar claro para Tatiane que a avaliação durante a alfabetização não é um fim em si mesma e sim atividade diagnóstica e formativa, que fornece ao professor formas de ajustar seu planejamento pedagógico, e que os estudantes têm ritmos diversos e desenvolvem suas habilidades e progridem também de forma diferente. Contudo, pelo resultado das sondagens, todos já haviam progredido durante o ano letivo. Cabe à coordenação pedagógica instruir Tatiane quanto aos objetivos de avaliar nesse período e como converter essas práticas avaliativas em intervenções que ajudem a melhorar o processo de desenvolvimento das habilidades requeridas para a escrita e leitura.
Durante o período de alfabetização devem ser realizadas sondagens individuais, que servem como práticas de avaliação diagnóstica para que o professor perceba os níveis de alfabetização em que seus alunos se encontram e possa, assim, realizar as intervenções pedagógicas necessárias para que continuem progredindo.
​​​​​​​​​​​
Dica do professor 
Ao avaliar durante o período de alfabetização e letramento, o professor alfabetizador deve ter em mente que as práticas avaliativas servem, principalmente, como forma de diagnóstico e como norteadoras das intervenções necessárias para que os estudantes continuem progredindo entre os níveis da alfabetização. 
Uso do portifólio na alfabetização e letramento 
Ferramenta avaliativa muito útil na fase de escolarização inicial. A avaliação durante a alfabetização deve ser realizada ao longo de todo o processo, logo possui caráter formativo, servindo para que os docentes possam intervir quando necessário e ajudando assim, os alunos a continuarem progredindo nos níveis de alfabetização, em que precisam se tornar hábeis. 
O que é portifólio?
- Concretiza as ações avaliativas de observação, registro e documentação 
- Coleção de produções realizadas pelo estudante em um período determinado 
O que há em um portifólio?
- Atividades variadas que retratem modalidades diferentes de expressão 
- Periodicamente se analisa o portifólio para discursão dos processos do estudante 
- Serve de diagnostico para ampliar as habilidades dos alunos por meio de novos desafios 
Qual a função do portifólio?
- Facilitar a reconstrução e a reelaboração do processo ao longo de um curso ou de um período de ensino 
- Por meio do portifólio é possível perceber como se realizam as intervenções e os ajustes nas práticas pedagógicas 
Portifólio como espaço de comunicação 
O portifólio pode criar espaços para ações como:
- Comentários dos pais 
- Fotográfica 
- Autoavaliação 
- Transcrições de entrevistas com os alunos 
- Participação de colegas 
- Avaliação diagnosticas 
Outros benefícios do portifólio 
- Interações e brincadeiras podem ser feitas por meio do portifólio 
- Verificar os avanços gere autoestima e confiança no estudante 
Materiais de produção
- O material deve ser resistente ao manuseio 
- Deve apresentar tamanho adequado
- Deve utilizar linguagem clara que favoreça a comunicação 
Exercícios
1. 
Para que as práticas avaliativas realizadas durante o período de alfabetização de fato contemplem suas principais finalidades, os professores alfabetizadores devem ter claro entendimento dos conceitos de alfabetização e letramento. Sobre a avaliação durante o período de alfabetização, analise as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:
I – A alfabetização é um processo que exige o desenvolvimento de capacidades motoras e cognitivas dos estudantes, que precisam ser diagnosticadas ao longo deste para que os professores intervenham quando necessário. Além dessas habilidades a desenvolver, deve-se considerar o letramento.
PORQUE
II – As crianças, antes de entrarem na escola, já se encontram vivenciando ambientes sociais onde percebem a escrita e seu impacto na vida cotidiana. Além disso, o letramento contribui para a construção de significados sobre as palavras e os textos produzidos ou lidos pelos estudantes.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:
As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I.
O professor alfabetizador deve entender que a alfabetização e o letramento devem andar juntos, uma vez que, muito antes de entrarem na Educação Infantil, os estudantes já estão imersos em práticas sociais que evidenciam a importância do uso da escrita em suas vidas. Dessa forma, avaliar deve considerar o conjunto de conhecimentos e procedimentos adotados nesse período pelo professor para mapear os níveis de evolução tanto da alfabetização quanto do letramento que esses alunos estão apresentando ao longo desse ciclo.
2. 
Para que possa ser desenvolvida a alfabetização com os estudantes no primeiro e segundo anos do Ensino Fundamental, os professores optam por métodos sintéticos ou analíticos. Para avaliar os níveis de alfabetização em que os estudantes se encontram nesses métodos, os professores desenvolvem as tarefas de observação, registro e documentação.
Analise as afirmativas abaixo e marque aquela que apresenta uma correta relação entre uma dessas ações e sua descrição.
Observar é fundamental para o professor alfabetizador, pois assim consegue verificar o nível em que o aluno se encontra para poder intervir.
Independente do método escolhido para a alfabetização, seja ele analítico ou sintético, o professor precisa realizar seus diagnósticos; para isso, utiliza ações de observação, registro e documentação. A observação é o ato de visualizar como cada aluno se encontra progredindo nos níveis esperados para alfabetizar-se. Após observar, o professor deve registrar os detalhes que coletou, o que pode fazer em seu plano de aula, ou mesmo no diário de classe. O documentar exige a utilização de um portfólio, dossiê ou arquivo biográfico do aluno, onde serão colecionadas algumas de suas produções, sondagens e diagnósticos realizados, entre outros itens que contribuam para uma visão processual de sua alfabetização.
3. 
Lopes, Abreu e Mattos (2010) definiram alguns fatores que contribuem para a alfabetização e o letramento dos estudantes; entre eles, o diagnóstico.
Sobre o diagnóstico, podemos afirmar que:
é uma prática avaliativa importante para que o professor possa perceber em qual nível de alfabetização o estudante se encontra e, então, intervir.
Lopes,Abreu e Mattos (2010) apontaram fatores que contribuem para a alfabetização e o letramento dos alunos. São eles:
Diagnóstico – quando o professor verifica de forma individual o nível de alfabetização em que o aluno se encontra.
Intervenções – atos realizados pelo professor junto ao aluno, após constatar no diagnóstico o nível em que este se encontra, visando ao seu progresso.
Ambiente alfabetizador – caracterizado pela oferta de múltiplas formas de materiais escritos e estímulos para a aquisição da escrita e leitura.
Autoestima – ações do professor para que o aluno perceba que está avançando em seu processo e adquira mais confiança.
Atividades significativas – atividades em que o estudante percebe a relação da escrita em sua vida social (letramento).
4. 
“A avaliação é sempre uma via de mão dupla: ao mesmo tempo em que informa o quanto cada estudante está conseguindo alcançar ou mesmo qual a situação em que estamos vivendo, também reflete se o que estamos planejando ou executando (modo ou conteúdo da ação profissional) alcança os objetivos pretendidos ou definidos. Por isso a avaliação é a guardiã dos objetivos; um processo e nunca uma atividade isolada.” (DIAS, 2016, p. 285)
A partir da citação do autor e de seus estudos da unidade de aprendizagem sobre as avaliações da alfabetização realizadas pelo SAEB, pode-se afirmar que: 
as avaliações da alfabetização do SAEB servem para a construção de indicadores e políticas públicas para a alfabetização no sistema educacional brasileiro. 
Fazendo uma relação entre a citação e as avaliações do SAEB para a alfabetização, podemos entender que essas provas têm como finalidade medir como os estudantes estão progredindo em relação aos objetivos traçados para o sistema educacional brasileiro, podendo, a partir da construção de seus indicadores, monitorar as existentes e propor novas políticas públicas educacionais para essa área. Também possuem implicação pedagógica, servindo de meio para que os professores ajustem suas práticas em busca da melhoria das habilidades cognitivas requeridas aos seus alunos. Embora possam apresentar aspectos classificatórios e medição de desempenho, também são diagnósticas e se alinham com a BNCC, constituindo modelos e referências para os professores alfabetizadores.
5. 
Ferreiro (2001) analisou aspectos psicolinguísticos relacionados durante a aquisição da língua escrita, desenvolvendo quatro níveis de evolução da escrita apresentados pelos estudantes: pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético. O professor deve conhecer bem esses níveis para que possa realizar suas atividades diagnósticas. Analise os níveis de evolução da escrita apresentados e associe a primeira e a segunda colunas, de forma a estabelecer a correta relação entre elas:
I – pré-silábico;
II – silábico;
III – silábico-alfabético;
IV – alfabético.
(   ) A criança ainda se vale do desenho para representar as palavras, pois não diferencia letras e números.
(   ) É o momento em que o estudante já consegue realizar plenamente a correspondência entre os fonemas e grafemas.
(   ) O aluno compreende que, ao escrever, está representando os pares sonoros da fala, normalmente utilizando uma letra para cada par.
(   ) Fase de transição em que o estudante percebe que precisa adicionar mais letras às sílabas que representou ao escrever.
A alternativa que responde adequadamente a sequência correta é:
I; IV; II; III.
A pesquisadora Emilia Ferreiro desenvolveu quatro níveis apresentados pelos alunos para a apropriação do sistema de escrita. São eles:
Pré-silábico – inicial, em que o estudante ainda não diferencia letras, números e símbolos e costuma desenhar ao representar a palavra.
Silábico – é uma evolução do primeiro, em que as crianças se valem de letras para representar as sílabas que compõem as palavras.
Silábico-alfabético –os estudantes entendem que somente uma letra por sílaba não é suficiente para escrever as palavras e começam a acrescentar mais letras, sendo uma transição importante para a fase final.
Alfabético –conclui o processo de alfabetização, sendo que os estudantes se apropriaram do sistema de escrita, conseguindo realizar a correspondência dos fonemas a partir dos grafemas que produzem. Claro que ainda com questões de ortografia a serem trabalhadas pelos professores.
O Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), costuma aplicar avaliações em larga escala que têm como foco a alfabetização dos estudantes que compõem o sistema educacional brasileiro. Essas avaliações que compõem o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), além de servirem como ferramentas de gestão educacional, auxiliam os professores alfabetizadores em suas práticas pedagógicas.
Neste Na Prática, você irá acompanhar a professora Tatiane, percebendo como ela se utiliza dos modelos de avaliação do SAEB para conduzir suas atividades em sala de aula.
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2- A Avaliação na Alfabetização
TS
Apresentação
A avaliação na alfabetização e a eficácia de suas práticas costumam provocar intensas discussões, que envolvem estudiosos, professores, gestores, famílias e seus sujeitos principais, as crianças.
A BNCC (Base Nacional Comum Curricular), homologada em 2017, passou a ocupar as mentes dos educadores brasileiros e trouxe muitas reflexões à luz da sua publicação. A partir desse momento, tornou-se necessário repensar os tempos e os modos de alfabetizar. A Base aponta que as crianças brasileiras devem ser alfabetizadas até o fim do 2.º ano do Ensino Fundamental, o que representou a mudança do 3.º para o 2.º ano do Ensino Fundamental como limite para a criança se alfabetizar. Quanto aos modos de ensinar, são sugeridos alguns apontamentos na BNCC que poderão contribuir para a elaboração (ou revisão) dos currículos nas escolas. Assim, a BNCC pode colaborar no cotidiano escolar e na reconsideração constante das diversas formas de aprendizagem infantil e processos de avaliação na importante fase da alfabetização.
Desafio
Talvez a avaliação na alfabetização seja um tema bem recuado na sua memória escolar. Faça um esforço para pensar na realidade de crianças inseridas no processo alfabetizador e na heterogeneidade das salas de aula num país tão diversificado quanto o Brasil.
Pense na situação concreta de uma sala de aula com crianças de seis anos de idade vivenciando o processo alfabetizador preconizado na BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
Numa escola da região central de São Paulo, você recebe;no primeiro ano do Ensino Fundamental, uma turma composta por 25 crianças. Na primeira semana de aula, você passa a conhecer seus alunos, bem como a experiência deles com relação à leitura e à escrita. Cinco alunos já leem e escrevem, quinze alunos reconhecem as letras e elaboram hipóteses sobre leitura e escrita, e os cinco restantes conhecem apenas as letras do seu próprio nome.
Nesse contexto, surge o questionamento: Em um grupo tão heterogêneo, como você irá avaliar os alunos, oportunizando a todos as condições para que evoluam no processo de aquisição da leitura e da escrita?
Padrão de resposta esperado
Não podem ser exigidas avaliações idênticas em um grupo tão heterogêneo, pois estas não possibilitariam que as crianças se desenvolvessem de acordo com suas hipóteses sobre leitura e escrita.
As avaliações feitas servirão como referência para o seu planejamento, que será fundamental para criar melhores e mais potentes condições ou estratégias de aprendizagem, de acordo com o conhecimento de cada criança.
Infográfico
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