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Atividade Contextualizada- Estágio Supervisionado I- Farmácia. Nome: Anelise Ramos da Silva Matricula: 28294272 Polo: Univeritas – Flamengo 1. Para começar, leia o texto abaixo para, em seguida, responder os questionamentos feitos no item 2. Durante o expediente da Farmácia “Sem Remédio”, um cliente (J.P.S., sexo masculino, 33 anos), ao ser atendido por um farmacêutico, solicitou um medicamento para dor de cabeça devido a uma sinusite recorrente, cuja composição é a seguinte: paracetamol 500mg + cloridrato de pseudoefedrina 30mg. Neste mesmo momento, ele também solicitou um antigripal, indicado pela vizinha, cuja composição é a seguinte: cloridrato de fenilefrina 20mg + maleato de carbinoxamina 4mg + paracetamol 800mg. A princípio, J.P.S faria uso do medicamento para dor de cabeça, e antigripal era para a irmã de J.P.S, que apresentou sinais gripais. Mas, ao chegar em casa, J.P.S decidiu fazer uso também do antigripal, a fim de “prevenir” a gripe. No mesmo dia, mais tarde, J.P.S. foi ao aniversário de um amigo, onde fez uso de bebida alcoólica. Alguns dias depois, o farmacêutico atende a vizinha de J.P.S., que reclama sobre o perigo uso de medicamentos e comenta do seu vizinho (J.P.S) que estava internado com hepatite aguda. 2. Analisando a situação detalhada acima, e com base nos conhecimentos adquiridos ao longo do curso, você deverá elaborar o seu texto argumentativo-dissertativo respondendo aos seguintes questionamentos: • Identifique no caso acima o que pode ter levado ao desenvolvimento da hepatite aguda de J.P.S. • Cite quais foram as atitudes que contribuíram para que isso acontecesse; • Cite e discuta sobre as principais causas de intoxicação no Brasil, e como preveni-las; • Discuta sobre o problema da automedicação e como o profissional farmacêutico poderia intervir neste caso. A automedicação é uma questão de saúde pública mundial. Problemas relacionados ao uso indiscriminado de medicamentos tem aumentando a cada dia, juntamente com ocorrências de eventos adversos a eles, havendo internações hospitalares e até óbitos. No caso de J.P.S, o que pode ter levado ao desenvolvimento da hepatite aguda, foi o uso de duas medicações que continham os mesmos componentes, no caso, o paracetamol, que ao ser ingerido em altas doses e com o uso concomitante de bebida alcoólica pode ter agravado o caso, já que tanto o álcool quanto o paracetamol são metabolizadas pelo fígado sobrecarregando-o. O paracetamol é rapidamente absorvido pelo nosso organismo, os de liberação prolongada pode alcançar o ápice em 1 a 2 horas, a absorção pode perdurar por até 12 horas em doses terapêuticas, e por um tempo maior no caso de uma overdose. A dose toxica do paracetamol em um adulto é de 7,5 a 10 g, ele é metabolizado pelo fígado, e tem sua eliminação via renal, com meia vida de 1 a 3 horas, no caso de overdose pode aumentar para 12 horas. A hábito de fazer uso de medicações sem receita ou aval médico especializado, a debilidade do sistema de saúde e a falta de informação, são uma das causas da automedicação indiscriminada da população. Existem vários perigos com a automedicação, como a: intoxicação, alergias, dependência, interação medicamentosa e resistências de microrganismos. Um sistema de informação, fiscalização e legislação eficiente ajudariam na diminuição de casos de hepatite medicamentosa. Um modo de intervenção para a melhoria da qualidade de vida do paciente é a atenção farmacêutica, que visa alcançar respostas terapêuticas as prescrições médicas, orientando para o uso racional da medicação. O farmacêutico poderia intervir no caso do J.P.S. inicialmente pedindo uma prescrição médica, caso não houvesse considerar o relato do paciente com ocorrência de indicação medica, e informando que as duas medicações tinham em seu componente o paracetamol e que o uso máximo por dia para adultos é de 4g, alertando-o sobre a overdose. É de grande importância a orientação do farmacêutico sobre a prescrição para diminuição de ocorrências que podem causar descontroles da doença ou prejuízo a saúde do paciente. REFERÊNCIAS Naves, Janeth de oliveira silva et al. Automedicação: uma abordagem qualitativa de suas motivações. Cadernos de Saúde Pública [online]. 2008. Disponível em: https://scielosp.org/article/csc/2010.v15suppl1/1751- 1762/#ModalArticles Acesso 15 mar. 2022. Taís f. Galvão et al. Antídotos e medicamentos utilizados para tratar intoxicações no brasil: necessidades, disponibilidade e oportunidades. Cad. 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