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— DIREITO EMPRESARIAL— PROVA TÍTULOS DE CRÉDITOS: - É um documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo, nele mencionado. - documento representativo de obrigações pecuniárias. - só produz efeito quando preenchidos os requisitos da lei - Art 887 CC - coisa móvel, documento que representa crédito em face de determinada pessoa. - Leis que tratam o Título de crédito: - Decreto 57663/66 - Letra de câmbio e notas promissórias - Lei n° 5474/68 - duplicatas - Lei n° 7357/85 - Cheque - Negociabilidade: Possibilidade conferida ao credor de transferir seu direito de crédito para a obtenção de valores. O credor, para obter recursos, pode transferir o crédito aos seus credores ou garantir com o crédito determinada obrigação. - o título não precisa ficar ligado à representação do credor originário. O pagamento do devedor será realizado a qualquer apresentante do título na data de vencimento, seja ele, o credor originário ou terceiro a quem o título foi transferido - permite que o crédito circule independentemente do vencimento da obrigação do devedor. - Executividade: Aumenta a rapidez e a segurança do adimplemento das obrigações constantes ao título. A cobrança dos títulos de crédito prescinde de processo de conhecimento e permite a pronta execução da obrigação, pois os títulos de crédito são reconhecidos pela Lei Processual Civil como títulos executivos extrajudiciais (art. 784, I, do CPC) PRINCÍPIOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO: - Princípio da Cartularidade: - O título de crédito é um documento necessário ao exercício de um direito pelo credor, em face do devedor, para cobrar, protestar ou executar o credor, devendo ser apresentado o título original (cártula), não sendo válida a apresentação de cópias ainda que autenticadas. - O direito de crédito mencionado na cártula não existe sem ela, não pode ser transmitido sem sua tradição e ser exigido sem sua apresentação. - Desmaterialização do título: - O título de crédito se desmaterializou com a aceitação do título por via eletrônica. - O princípio de desmaterialização do título é uma consequência natural do desenvolvimento do comércio eletrônico, que exige que repensemos o conceito de documento, o qual não pode ser mais visto apenas como algo materializado no papel. - Art. 887 § 3° - O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo. - Apenas substitui a forma pela qual o título se apresenta, modernizando-o. - Jornada do D civil - 462 ● Uma exceção da Materialização do título de crédito é a Duplicata, uma vez que a lei permite o protesto mediante a apresentação da duplicata, triplicata, ou ainda por simples indicações do portador, na falta da representação do título. - Lei: 5.474/68 - Art 13 - Literalidade: - O título de crédito vale pelo que literalmente consta em seu texto. Todos os direitos e obrigações cambiais, tais como endosso, aval, quitação e protesto, devem ser lançados na própria cártula e não em documentos separados, ainda que seja documento público. - Somente os atos que são devidamente lançados no próprio título produzem efeitos jurídicos perante o seu legítimo portador. - o credor pode exigir tudo que está na cártula, não devendo contentar com menos. - O devedor tem o direito de só pagar o que está expresso na cártula, não se admitindo que lhe seja exigido nada mais. - ● Possui exceção na possibilidade de quitação da duplicata em documento separado, conforme o art 9°, §1, Lei 5.464/68. - Autonomia: - Os direitos e obrigações dos títulos de crédito são autônomos entre si, de modo que, a nulidade de uma obrigação não representa a nulidade de outra. EX: Se um incapaz endossar um título, apenas tal endosso será nulo, mas não toda a obrigação do título. >> subprincípios da Autonomia: 1. Abstenção: Se o título for transferido, ocorre a sua desvinculação em relação à causa original, que levou a sua emissão, por isso, aquele que recebeu o título é o novo credor, logo, tem o direito de cobrar, protestar ou executar o devedor, mesmo que tenha ocorrido alguns defeitos no negócio original. - Quando o título circula, ele se desvincula da relação original - Obtenção significa a total desvinculação do título em relação à causa que o originou. 2. Inoponibilidade das exceções pessoais ao portador de boa-fé: - Se o título circular, aquele que o possuir de boa-fé poderá cobrar o devedor e este não poderá opor exceção pessoal que tinha com o credor originário. - poderá apenas opor exceção fundada em direito pessoal ou nulidade da obrigação. Art. 906 CC - não poderá opor o vício existente na relação originária, travada entre ele e o endossante. Com efeito, os vícios relativos à relação que originou o título são oponíveis apenas contra o endossante, mas não contra o endossatário, terceiro de boa-fé que recebeu o título legitimamente. ● Leis: Art. 17 da LUG e art. 916 do CC - Se não houver circulação do título, ou seja, se ele não for transferido para um terceiro, não há o que se falar em autonomia . - só há autonomia se ele for transferido SÃO CARACTERÍSTICAS DOS TÍTULOS DE CRÉDITOS: 1. Cartularidade: título original. 2. literalidade: deve se cobrar o que tá escrito. 3. Autonomia: os títulos são autônomos entre si (se houver circulação) - Abstenção e a inoponibilidade das exceções pessoais ao portador da boa fé. _________________________________________________________________ >> AVAL: - É o ato cambial pelo qual uma pessoa física ou jurídica, chamada de avalista (ou dador da aval), se responsabiliza pelo pagamento de um título em favor de outrem, chamado avalizado. - O aval é um reforço do pagamento - O credor do título pode executar diretamente o avalista , pois não há benefício de ordem. - O avalista se responsabiliza pelo pagamento da obrigação constante do título. - Trata-se de garantia fidejussória. ● Art 30 da LUG e art 897 do CC. >> Formalidades do Aval: - O Aval deve ser escrito na própria letra de câmbio ou em uma folha anexa. - assinatura do avalista no anverso da letra ou, caso seja no verso, que contenha assinatura com expressão identificadora de que se trata de um aval. - Pagando-se o título, o avalista, tem-se ação de regresso contra o seu avalizado e demais coobrigados anteriores ( art. 899 CC). >> AVAL EM BRANCO X AVAL EM PRETO ● Aval em branco: Não identifica o endossatário - em benefício do sacador - considera-se que foi dado em favor de alguém - se for em letra de câmbio será em favor do sacador, por exemplo. ● aval em preto: o sacador é expressamente indicado. - Caso o sacado não aceite, o avalista não isentará a sua obrigação, obrigação autônoma, o avalista responde como se fosse sacado. - LUG 31 e 77, Art 899 do CC. >> AVAL SIMULTÂNEO X AVAL SUCESSIVOS ● Simultâneos ou coavais: quando duas pessoas ou mais avaliam um título conjuntamente. - garante as mesmas obrigações - são considerados uma só pessoa, eles dividem a dívida - Se somente um deles pagar integralmente o credor, terá direito a regresso do devedor principal, mas terá direito a regresso contra o outro avalista, em só metade da parte, ou seja, em relação à sua parte. ● Avais sucessivos: chamados aval do aval - Alguém avalize o avalista. - O avalista, caso pague a dívida total, terá regresso quando o outro avalista e o avalizado. - O direito de regresso será da parte total da dívida, não somente da parte dela. - >> AVAL X FIANÇA - O aval é uma declaração unilateral de vontade feita em títulos de crédito e se sujeita às regras e aos princípios do regime jurídico cambial, enquanto a fiança é um negócio jurídico bilateral feito em qualquer obrigação e se sujeita ao regime jurídico civil. - Pelo princípio da literalidade, o aval deve ser feito no próprio título, enquanto a fiança pode ser feita em qualquer documento, inclusive em ato separado. - Fiança: o fiador garante satisfazerao credor a obrigação assumida pelo devedor, caso esse não cumpra. (818 cc) ● Concordância do cônjuge: necessidade de outorga conjugal para que tais garantias sejam prestadas, salvo se o regime de bens for o da separação absoluta, tanto para aval, como para fiança. art. 1.647, inciso III - STJ decidiu que a regra do art. 1.647, III do CC só se aplica aos títulos de crédito atípicos/inominados. - se o avalista for casado, salvo no caso de regime de separação obrigatória de bens, o aval depende da concordância do cônjuge - arts. 1.642, IV e 1.647, III, do CC - . A mesma regra vale para a fiança - AVAL X ACESSORIEDADE: - Lug 32, art. 899 §2° ● Aval é uma obrigação autônoma em relação à dívida assumida pelo avalizado. - NÃO HÁ ACESSORIEDADE NO AVAL, POIS A OBRIGAÇÃO É AUTÔNOMA - Se a obrigação do avalizado for atingida por algum vício, não se transmite para a obrigação do avalista, que terá que cumprir mesmo assim. - O avalista é tem a mesma responsabilidade do avalizado - é coobrigado da obrigação - não poderá exigir a cobrança prioritária do avalizado ● Fiança: as obrigações nulas não são suscetíveis de fiança. - o fiador tem direito de exigir que primeiro seja executado os bens do devedor - É UMA OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA, POIS LEVA A SORTE DA OBRIGAÇÃO QUE ESTÁ RELACIONADA. - Artigos: Art 887 cc, art 837 AVAL X SUBSIDIARIEDADE: - O aval não admite benefício de ordem, ou seja, o avalista pode ser acionado juntamente com o avalizado, tendo então responsabilidade solidária. - Fiança o fiador só poderá ser acionado após o afiançado, logo, será subsidiária. - LUG 32, Art. 899 do cc >> AVAL PARCIAL: CC veda expressamente o aval parcial em casos atípicos e inominados. - art 897 cc. >> RESPONSABILIDADE DO AVALISTA: Conforme previsto tanto na LUG quanto no CC, o avalista assume a mesma responsabilidade avalizado. Assim, os detalhes da responsabilidade do avalista dependem da posição que o avalizado assumir na relação cambial (devedor principal ou codevedor), o que interfere, por exemplo, na necessidade protesto para sua execução e no prazo prescricional. >> POSTERIOR AO VENCIMENTO; - O avalista pode garantir o cumprimento da obrigação a qualquer tempo, mesmo após vencida a dívida. - Art 900 do CC e Lei 5.474/1968 art 12. >> PAGAMENTO: - Em razão dos princípios da cartularidade e da literalidade, a quitação deve ser lançada no próprio título. A dívida relativa ao título de crédito é quérable (quesível), ou seja, o credor deve procurar o devedor para o pagamento do título ___________________________________________________________________ PROTESTO - Ato extrajudicial que tem como objetivo instrumentalizar a falta de pagamento e de aceite. - Lei 9492/97 art. 1 - Se o título não for protestado oportunamente, por falta de pagamento, o credor tem direito de executar apenas o sacado, ou seu avalista, ou seja, não poderá executar o sacador, o endossante e os avalistas desses. - se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos - Como consequência do protesto, o nome do devedor ficará inscrito nos órgãos de proteção ao crédito. >> CARACTERÍSTICAS: - Solene - deve obedecer às formalidades legais; - público - ficará acessível, a informação, a todos; - extrajudicial: feito em cartório; - fora do título - na cártula não versará sobre; - não é propriamente um meio de cobrança - embora precise ser feito para execução de certos devedores e possa ser usado pelo credor como meio legítimo de constranger o devedor ao pagamento da dívida. >> ESPÉCIES - O fato relevante a ser comprovado pelo protesto pode ser 1. a falta de aceite do título; 2. a falta de devolução do título; 3. a falta de pagamento do título. - art. 21 Lei n. ° 9.492/97 RECUPERAÇÃO JUDICIAL:
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