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Material de apoio Professor: Lucas Goulart Consulmagno Prata Apresentação Docente: REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: • Marlon Tomazette. Curso de Direito Empresarial. Vol. 2 e 3. Editora Saraiva • André Santa Cruz. Direito Empresarial Volume Único. Editora Método/Gen • Fabio Ulhoa Coelho. Curso de Direito Comercial. Volume que trata de títulos de crédito, contratos e recuperação judicial e falência. RT CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: PROVA: 8,0 TRABALHO ORAL: 2,0 (ENTREGA 15/09/2021) – TEMA: UNIDADE V (grupos) 5. Contratos Empresariais 5.1. Contrato de Franquia: 5.2. Contrato Bancário: 5.2.1. Contrato de Depósito; 5.2.2. Contrato de Mútuo; 5.2.3. Contrato de Desconto; 5.2.4. Contrato de Abertura de Crédito. 5.3. Contrato de Arrendamento Mercantil 5.4. Contrato de Cartão de Crédito • Semana AV1 – 06/10/2021 – Segundo calendário acadêmico • Semana AV2 – 24/11/2021 – Segundo calendário acadêmico • Semana AV3 – 08/12/2021 – Segundo calendário acadêmico • Graduado em Direito pelas Faculdades Integradas Vianna Junior Juiz de Fora – MG; • Pós-graduação Stricto Sensu: Mestrado em Direito pela Universidade Católica de Petrópolis – UCP, cuja linha de pesquisa é Processo e efetivação da Justiça; • Foi Procurador Geral do Município de Belmiro Braga – MG; • Foi advogado, durante quatro anos, no escritório Bittencourt e Bissoli Advogados Associados em Juiz de Fora – MG, atuando especificamente na defesa dos interesses de grandes empresas e também pessoas físicas; • Atualmente é advogado com experiência e ênfase no Direito do Consumidor; Direito Civil, Direito Processual Civil, Direito Empresarial e Direito Tributário. • É professor de Direito Processual Civil, Direito Empresarial, Direito Tributário e Prática Processual Civil, no Centro Universitário Estácio, campus de Juiz de Fora – MG. Foi professor orientador do núcleo de prática jurídica do Centro Universitário Estácio, campus de Juiz de Fora – MG. • Foi professor da Pós-graduação lato sensu da PUC - MG • Publicou artigos em livros e revistas e organizou livro com múltiplos autores. • FREQUÊNCIA: Diária ao final da aula (resumo 1 semana após falta: lucasconsulmagno@hotmail.com) SALA DE AULA VIRTUAL: https://estudante.estacio.br/login METODOLOGIA AULA: https://www.youtube.com/watch?v=LCRNEbhne-0 (Propósito: Construção Conhecimento e conhecimento como via de mão dupla) https://estudante.estacio.br/login UNIDADE I – TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO INTRODUÇÃO E CONCEITO: ➔ Os títulos de crédito são, em síntese, instrumento de circulação de riqueza, e a sua principal função é justamente permitir que essa circulação se dê de forma rápida e segura, o que só é possível, por conta do conjunto de regas e princípios, que formam o regime jurídico cambial (direito cambiário). (André Santa Cruz). ➔ O crédito se funda em uma relação de confiança entre dois sujeitos: O que concede (credor) e o que dele se beneficia (devedor). Trata-se de mecanismo de enorme importância a economia, permitindo dinamicidade nas relações entre pessoas com reflexos econômicos, com maior circulação das riquezas. (permitindo compra e venda de mercadoria com prazo para pagamento entre fabricante e fornecedor até chegar ao consumidor final). ➔ Título de crédito (cheque, duplicata, nota promissória) é o documento necessário para o exercício do direito, literal (só vale o que está escrito) e autônomo (a invalidade de uma obrigação não invalida outra, se houver) , nele mencionado. (Cesare Vivante por Fabio Ulhoa Coelho). ➔ Título de crédito é um documento, que se reporta a um fato, ele diz que alguma coisa existe. Em outros termos, o título prova a existência de uma relação jurídica. Constitui prova de que certa pessoa é credora de outra; Se alguém assina um cheque e o entrega para outra pessoa, o título documenta que esta outra pessoa é credora da que lhe forneceu. (Fabio Ulhoa) OBS: O título de crédito é objetivo, não se documenta nele nenhuma outra obrigação (como fazer, dar, não fazer. O que se costumeiramente faz por meio de contrato), mas tão somente uma relação de crédito. Ex: Quando se emite um cheque, em regra, o que se documenta é que uma pessoa deve X a outra pessoa, em virtude de uma relação jurídica precedente. OBS: O título de crédito possui característica marcante de ser considerado pela lei processual, como título executivo extrajudicial, o que facilita sua cobrança em juízo (por meio de ação de execução). CPC Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; OBS: O título de crédito possui facilidade negocial do direito nele mencionado (crédito), em virtude da autonomia, enquanto sua característica (a relação jurídica cambial, de crédito exarada no título, é autônoma face a relação jurídica contratual que lhe deu causa). Ex: Se eu sou detentor de uma nota promissória, ou de um cheque pós datado (exceção), no valor de R$ 500,00, posso ir até o banco que possuo conta, e caso ele aceite, entrego o título a ele, antes do vencimento, ele me antecipa parte do valor contido no título (R$ 300,00), e no vencimento o banco desconta a totalidade do valor contido no título. OBS: Relação cambial x Relação civil: As relações cambiárias são regidas pelo direito cambiário e as relações civis são regidas pelo direito civil. Ex: Cessão de crédito é regida pelo Direito Civil, portanto, trata-se de uma relação civil e não cambiaria, onde uma pessoa cede a um terceiro, um crédito que eventualmente tenha. Endosso de título de crédito (instrumento de circulação do título entre pessoas) é regida pelo regime jurídico cambial (relação cambial). Perceba que a questão de fundo é parecida, transferência de crédito, mas a primeira é regida pelo direito civil e a segunda pelo direito cambiário (a diferença resulta na maior segurança e facilidade para receber, negociar quando se trata de regime cambiário) ➔ PRINCÍPIOS DO DIREITO CAMBIÁRIO: - Cartularidade (documentalidade): Código Civil Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. Para André Santa Cruz, o princípio da cartularidade, dispõe que “o exercício de qualquer direito representado no título pressupõe a sua posse legítima. A posse do título (cartula) é imprescindível para a comprovação da própria existência do crédito e de sua exigibilidade. Pode-se afirmar, que em razão de tal princípio que o direito de crédito mencionado na cártula não existe sem ela, não pode ser transmitido sem sua tradição e não pode ser exigido sem sua apresentação.” OBS: A expressão cartularidade advém do latim chartula (papel pequeno, pedaço de papel, escrito de pouca extensão), que remonta a ideia de papel, no sentido de que a apresentação do documento seria essencial para o exercício do direito. OBS: O princípio da cartularidade envolve as seguintes ideias e suas consequências: a) O crédito deve estar materializado (coisificado) em um documento escrito (título); b) Não há que se falar em título de crédito verbal; c) A materialização do documento não afasta a possibilidade de título de crédito emitido a partir dos caracteres de computador ou meio técnico equivalente (eletrônico ou virtual) – CCB/02 - Art. 889, § 3º Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente. § 3º O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo. d) A posse do título pelo devedor presumeo pagamento do título, pois a entrega da cártula ao devedor presume a quitação; e) Só é possível protestar o título (meio de coerção ao pagamento) apresentando-o; f) Só é possível executar o título apresentando-o, não suprindo a sua ausência nem mesmo a apresentação de cópia autenticada, segundo André Santa Cruz. Há controvérsia mencionada posteriormente. OBS: Para a transferência do crédito, é necessária a transferência material do título; a) Não se admite transferência parcial do título de crédito – CC/02 - Art. 912, parágrafo único. CC Art. 912 Parágrafo único. É nulo o endosso parcial. OBS: Clausula proibitiva de endosso (transferência). Código Civil Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações. COMO ISSO FOI COBRADO EM PROVA: Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto A aposição de cláusula proibitiva de endosso no título de crédito é considerada pelo Código Civil como A) nula de pleno direito. B) não escrita. C) anulável. D) válida, se aceita expressamente pelo tomador. E) inexistente, se dada no anverso do título. RESPOSTA: B OBS: Não há que se falar em exigibilidade do crédito sem a apresentação do documento. a) Os títulos de créditos são de apresentação necessária ao credor; b) Em regra, cópia autenticada do título de crédito não supre a apresentação do original (Fabio Ulhôa, sustenta que ao se admitir, não se pode assegurar que quem está com a cópia, não tenha feito circular o original). Há entendimento jurisprudencial em sentido diverso; TJMG Relator(a): Des.(a) Vicente de Oliveira Silva Data de Julgamento: 08/10/2019 Data da publicação da súmula: 18/10/2019 Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO. EXIBIÇÃO DE CÓPIA AUTÊNTICADA. APRESENTAÇÃO DA VIA ORIGINAL DO CONTRATO. PRESCINDIBILIDADE. SENTENÇA CASSADA. I - Consoante prevê o art. 798, I, do atual CPC, incumbe ao credor instruir a petição inicial da execução com o título executivo extrajudicial. II - Tratando-se de execução pautada em cópia autenticada de cédula de crédito bancário promovida pelo credor originário, acompanhada de detalhamento do crédito, desnecessária se mostra a exigência formal de via original, sobretudo em se tratando de título que não é passível de circulação. III - Recurso conhecido e provido. Trecho do voto do relator: Ao analisar as folhas da aludida cédula de crédito bancário (fls. 32/37), nota-se que elas foram devidamente autenticadas pelo tabelião do 28º Ofício de Notas da Comarca do Rio de Janeiro/RJ, o que somente foi possível em razão da apresentação do original. Assim, contrariamente o entendimento externado na sentença combatida, entendo que não há de se falar em obrigatoriedade de juntada do original do contrato, se o exequente juntou a cópia autenticada da Cédula de Crédito Bancário. STJ "PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL. TÍTULOS QUE SE APRESENTAM POR CÓPIA. ADMISSIBILIDADE. I - A execução pode excepcionalmente ser instruída por cópia reprográfica do título extrajudicial em que fundamentada, prescindindo da apresentação do documento original. II - Tal conclusão ainda mais se apresenta quando não há dúvida quanto à existência do título e do débito e quando comprovado que não circulou. Recurso Especial não conhecido". (REsp 820121/ES, Rel. Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, Rel. p/ Acórdão Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 10/08/2010, DJe 05/10/2010). c) Sem apresentação do título de crédito o devedor não está obrigado ao pagamento (devendo o credor ajuizar ação de conhecimento). d) Se o credor perder o título de crédito (extravio ou deterioração) ou for injustamente desapossado (esbulho) pode pedir em juízo a substituição do título de crédito ou impedir que o pagamento seja feito a terceiros. CC Art. 908. O possuidor de título dilacerado, porém identificável, tem direito a obter do emitente a substituição do anterior, mediante a restituição do primeiro e o pagamento das despesas. Art. 909. O proprietário, que perder ou extraviar título, ou for injustamente desapossado dele, poderá obter novo título em juízo, bem como impedir sejam pagos a outrem capital e rendimentos. - Literalidade: É a característica segundo a qual somente produzem efeitos jurídico-cambiais os atos lançados no próprio título de crédito, nem mais nem menos. “A literalidade, é o princípio que assegura as partes da relação cambial a exata correspondência entre o teor do título e o direito que ele representa. Por um lado, o credor pode exigir tudo o que está expresso na cártula, não devendo se contentar com menos. Por outro lado. O devedor também tem o direito de pagar só o que está expresso no título. Assim, uma quitação parcial, deve ser feita no próprio título, pois, caso contrário, poderá ser contestada. O mesmo ocorre com o aval e o endosso”. André Santa Cruz SÚMULA 387 STF A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto. Ex.: a) aval deve ser dado no próprio título, senão não vale como aval; b) quitação do pagamento deve constar do próprio título. OBS: Quem paga parcialmente, deve exigir o escrito do pagamento parcial no título. Aqui vale a máxima de “quem paga errado paga até aprender a pagar certo”. - Autonomia (abstração e independência): OBS: Mais importantes dos princípios do direito cambial, que é a autonomia das obrigações documentadas no título. Quando um único título documenta mais de uma obrigação, eventual invalidade de uma não prejudica das demais (são autônomas). OBS: André Santa Cruz diz: “Pelo princípio da autonomia entende-se, que o título de crédito configura documento constitutivo de direito novo, autônomo, originário e completamente desvinculado da relação que lhe deu origem. O legitimo (de boa-fé) portador do título pode exercer seu direito e crédito sem depender das demais relações que o antecederam, estando imune a eventuais vícios anteriores.” TRATA- SE DE REGRA DE DIREITO CAMBIÁRIO PARA GARANTIR SEGURANÇA NA CIRCULAÇÃO DO CRÉDITO. Ex: Antônio vende a Maria o seu carro usado, aceitando receber metade do preço no prazo de 60 dias. Neste caso emite-se uma nota promissória, obrigando o comprador a pagar o valor no prazo. Percebe-se que se desenvolveu uma relação jurídica (primeira) de compra e venda precedente, documentado pelo título de crédito. Imagine que Antônio (vendeu o carro para Maria) é devedor de Carlos, e caso este concorde, o débito de Antônio poderá ser pago a Carlos com a transferência do crédito em razão da nota promissória da primeira relação jurídica com Maria. Realiza-se então o endosso da nota, de Antônio para Carlos (segunda) . Nesta hipótese, o título que representava somente a obrigação de Maria pagar Antônio, passou a representar outras duas relações, a de Antônio pagando Carlos e a de Maria pagar o título a Carlos (terceira). Vende 1ª relação jurídica Antônio (Proprietário do carro) Maria (compradora carro) Nota promissória para pagamento em 60 dias (Título de crédito – Devedor Maria) Endosso do título de Antônio para Carlos 2ª rel. jurídica Antônio (possuidor do título) deve Carlos (credor de Antônio) 3ª rel. jurídica Maria (devedora originária de Antônio) passa a dever Carlos CONCLUSÃO: Se o automóvel adquirido por Maria possuir algum vício, isso não a exonera de pagar Carlos (ela que vá discutir via ação própria contra Antônio), em virtude de seruma relação cambial. OBS: A autonomia é garantia de efetiva circulação do título de crédito, garantindo um mínimo de segurança para o terceiro alheio a relação jurídica que originou o título. - Abstração: Segundo parte da doutrina, trata-se de subprincípio derivado da autonomia, onde o título de crédito, quando posto em circulação (via endosso), se desvincula (abstrai-se) da relação fundamental que lhe deu origem. (Fabio Ulhoa) Fran Martins diz que os direitos decorrentes do título de crédito são abstratos, não são dependentes do negócio que deu lugar ao nascimento do título. OBS: abstratos seriam os direitos (de crédito), uma vez que o título de crédito emitido liberta-se da sua causa (o contrato) que não poderá futuramente ser alegado para invalidar as obrigações decorrentes do título de crédito. Este passa a conter direitos (de crédito) abstratos (separados), não cabendo a exigência de contraprestação para poder ser satisfeita a obrigação. Apresentou o título, tem direto ao crédito, em regra; OBS: Trata-se de regra de direito cambiário, o que em mais um ponto se diferencia do tratamento das regras de direito civil puramente. Pressuposto da abstração é a circulação do título, de modo que não circulou o título está vinculado a relação originária. OBS: Cada pessoa que se obriga no título de crédito assume uma obrigação nova (autônoma). A autonomia comumente referida na teoria cambiária é a autonomia entre os diversos atos cambiários praticados no título. Uma vez emitido, o título pode circular independentemente do destino ou resultado do negócio jurídico originário, pois cada obrigação consubstanciada no título de crédito tem existência própria e autônoma (independente) das demais. CC Art. 905. O possuidor de título ao portador (sem indicação do nome da pessoa que vai levantar, não é nominal) tem direito à prestação nele indicada, mediante a sua simples apresentação ao devedor. OBS: Após a circulação do título de crédito, a pessoa que recebe o documento passa a ser titular de um direito autônomo, independente da validade da relação jurídica anterior existentes entre os possuidores. - Inoponibilidade das exceções (defesas) pessoais ao credor de boa-fé: Segundo aprte da doutrina trata-se de subprincípio da autonomia, que traz uma consequência processual, pois limita as matérias de defesa que poderão ser alegados por um devedor quando demandado em uma ação de execução de título extrajudicial. OBS: Tendo o título de crédito circulado, o devedor de um título não pode recusar o pagamento ao portador, de boa-fé (terceiro que não emitiu) simplesmente alegando relações pessoais com quem emitiu o título. Somente podem exercer o direito de defesa sobre título em si (alguma formalidade não observada, por exemplo). Ex: No exemplo anterior de Antônio, Maria e Carlos. Em uma ação de execução de título extrajudicial proposta por Carlos em face de Maria (devedora originária de Antônio), esta somente pode utilizar de matérias de defesa com relação a Carlos, e não a Antônio (Ex: prescrição do título; nulidade do título). Não podem ser levantadas nos embargos de Maria, questões relativas ao vício do automóvel adquirido de Antônio, pois essas são defesas pessoais contra o vendedor do bem e Carlos não pode ser prejudicado. OBS: Atenção ao sujeito de má-fé. Se Carlos sabe que Maria, no prazo legal, notificou Antônio de sua intenção de rescindir a compra do automóvel, em razão de vício, e mesmo assim concorda em receber a nota promissória, sujeita-se a discussão em juízo da existência ou não do vício, ampliando o limite das exceções (defesas) a serem alegadas pelo devedor. COMO ISSO FOI COBRADO EM PROVA: São princípios basilares dos títulos de crédito: a) A dependência, a cartularidade e a literalidade b) A autonomia; a cartularidade e a literalidade c) A autonomia, a fungibilidade e a intrasmissibilidade d) A dependência, a fungibilidade e a abstração e) A abstração, a cartularidade e a intransmissibilidade. GABARITO: B • INFORMÁTICA E O FUTURO DO DIREITO CAMBIÁRIO - Princípios do direito cambiário e sua relação com o avanço tecnológico. OBS: Fabio Ulhôa vem dizendo que os títulos de crédito surgiram na Idade Média como instrumentos de facilitação da circulação do crédito comercial. Ocorre que o mundo está em constante evolução e com a tecnologia não é diferente, que alteram substancialmente algumas regras dos títulos de crédito, especialmente quanto aos princípios da cartularidade e literalidade. • Quanto a cartularidade, com o avanço da tecnologia, o título sequer será emitido em via física, não havendo sentido em se condicionar a cobrança do crédito à posse de um papel inexistente. • Já a literalidade haverá também por ser ferida, na medida em que não existirá mais o papel, podendo-se falar em uma adaptação a tal postulado, de modo que o que não está no arquivo eletrônico, não está no mundo. Ulhôa propõe uma reelaboração do conceito de Vivante sobre títulos de crédito, elaborado a quase um século atrás, no sentido de ser conceituado como “documento, cartular ou eletrônico, que contempla cláusula cambial, pela qual os coobrigados expressam a concordância com a circulação do crédito nele mencionado de modo literal e autônomo.” Ex: Decisão do STJ reconhecendo como titulo executivo extrajudicial contrato com assinatura digital, dispensando a presença de duas testemunhas, tendo em vista que o processo de certificação para assinatura do contrato traz a segurança necessária. Adequação do direito ao contexto social ➔ NATUREZA DA OBRIGAÇÃO CAMBIAL: OBS: Fabio Ulhôa afirma que a natureza da obrigação cambial lembra a solidariedade passiva do direito civil (possiblidade de cobrança da dívida por inteiro, de qualquer um dos devedores, o que é permitido quando se fala em título de crédito com mais de um devedor), mas não pode com ela ser confundida em razão de alguns aspectos: 1) Nem todos os devedores solidários têm direito de regresso ao pagar uma obrigação cambial, o que difere da solidariedade civil. Ex: Quem subscreve uma nota promissória (devedor principal, não tem a quem regredir), após pagar não pode exigir dos demais devedores coobrigados. Na solidariedade civil entre três devedores originários, caso um pague pode regressar sua quota parte. <- Devedor principal – coobrigado 1 – coobrigado 2 – coobrigado 3 – portador do título (credor) / cadeia de endosso. CASO O PORTADOR COBRE DO DEVEDOR PRINCIPAL E ELE PAGUE, NÃO HÁ REGRESSO. 2) Nem todos os codevedores respondem regressivamente perante os demais. Os devedores anteriores respondem perante os posteriores, mas os posteriores não podem ser acionados pelos devedores anteriores Ex: Em uma cadeia de endossos (transferências), podem existir vários devedores, de modo que os anteriores respondem pelos posteriores, mas o inverso não de admite. O devedor nessa cadeia de endosso que paga libera os posteriores, mas se torna credor dos anteriores. A (devedor emitente do título) em favor de B (credor) – B (para pagar uma dívida com C) endossa a C que endossa a D que endossa a E que endossa F que endossa G que endossa a H (PORTADOR DO TÍTULO). Caso H cobre de D e este pague, D somente terá regresso em desfavor dos anteriores (C, B, A), podendo exigir a integralidade da dívida (e não somente eventual quota parte como na solidariedade civil), estando os posteriores (E, F e G), desobrigados. 3) Em regra, o regresso cambial se exerce pela totalidade e não somente pela quota parte. OBS: Percebe-se que há uma hierarquia entre devedores de um mesmo título de crédito, própria do regime cambiário (devedores obrigados anteriores não podem cobrar dos posteriores). OBS: A depender do título a lei elegerá um devedor principal, reservando os demais o lugar de codevedores. Assim no cheque e na nota promissória, por exemplo,o devedor principal é o emitente (quem emite), podendo serem os demais, endossantes e avalistas que são classificados como codevedores. CONCLUSÃO Há traços de uma responsabilidade solidária no regresso cambial, com peculiaridades. • CARACTERÍSTICAS DO TÍTULO DE CRÉDITO: - Formalismo: Os títulos de créditos são considerados formais em decorrência do princípio da legalidade ou tipicidade estrita, no sentido de que as pessoas não dispõem de liberdade de inventar títulos de créditos e dar ao invento efeitos jurídicos reservados por lei aos títulos de créditos em sentido estrito. São aqueles formalmente previstos em lei e com regras próprias. - Bens móveis: São considerados bens móveis. - Efeito pro solvendo (a solver; a ser pago); Essa característica significa apenas que a simples emissão e entrega do título ao credor, não significa que houve efetivação do pagamento. A simples emissão título de crédito não significa que houve novação. Representará, tão somente, uma quantia em dinheiro que o credor receberá em momento futuro, ou seja, para pagamento futuro. Se e quando este ocorrer, aí sim, haverá a extinção da obrigação correspondente. - Negociabilidade: É um bem suscetível de ser negociado como qualquer outro bem com valoração econômica (dada sua autonomia, abstração da relação jurídica que originou), como um diamante, um automóvel, por exemplo. Portanto, o direito de crédito se materializa no título e ambos, o documento e o crédito mencionado no título, podem ser colocados em circulação como consequência de um negócio realizado. Ex: É possível começar a construir um empreendimento a ser colocada a venda, na planta, sem ter dinheiro em caixa. Realiza-se a venda na planta e recebendo o valor das unidades imobiliárias a serem vendidas em títulos de crédito (30, 60, 90 dias), a construtora vai antecipando os valores junto ao banco (com pequeno desconto), e com isso o papel (titulo) vai virando dinheiro. - Certeza e liquidez da obrigação; A obrigação contida nos títulos de créditos é considerada líquida por ser certa, quanto à sua existência, e determinada, quanto ao seu objeto. Essa modalidade é expressa por uma cifra, por um algarismo, quando se trata de dívida em dinheiro. São considerados títulos executivos extrajudiciais. (art. 784 CPC) - Consagram obrigações quesíveis (quérable): Cabe ao credor, em regra, dirigir-se ao devedor para receber a importância devida. • CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Com relação a causa: Causais: São causais aqueles que somente podem ser emitidos nas hipóteses em que a causa esteja expressamente autorizada por lei. Ex: a duplicata mercantil somente pode ser gerada para a documentação de crédito oriundo de compra e venda mercantil, sendo esta (a compra e venda mercantil), a causa que justifica sua emissão. Não causais/abstratos: Pode ser criado em qualquer hipótese, sem causa especifica que faculte sua criação. Ex: Cheque e nota promissória Quanto a circulação: Ao portador (a quem porta): Quando o título não ostenta o nome do credor, e podem circular por mera tradição. Sendo assim, qualquer pessoa que esteja com a simples posse do título é considerada titular do crédito nele mencionado, sendo que a mera tradição opera a transferência. Ex: Cheque sem nominar. Quem portar o título pode descontar ou depositar. CC Do Título ao Portador Art. 904. A transferência de título ao portador se faz por simples tradição. Art. 905. O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante a sua simples apresentação ao devedor. Parágrafo único. A prestação é devida ainda que o título tenha entrado em circulação contra a vontade do emitente. Art. 906. O devedor só poderá opor ao portador exceção fundada em direito pessoal, ou em nulidade de sua obrigação. Art. 907. É nulo o título ao portador emitido sem autorização de lei especial. Art. 908. O possuidor de título dilacerado, porém identificável, tem direito a obter do emitente a substituição do anterior, mediante a restituição do primeiro e o pagamento das despesas. Art. 909. O proprietário, que perder ou extraviar título, ou for injustamente desapossado dele, poderá obter novo título em juízo, bem como impedir sejam pagos a outrem capital e rendimentos. Parágrafo único. O pagamento, feito antes de ter ciência da ação referida neste artigo, exonera o devedor, salvo se se provar que ele tinha conhecimento do fato. Nominativos: São os que identificam o seu credor e sua transferência. A transferência da titularidade, nestes casos, não depende da mera entrega do documento: é preciso, praticar um ato formal que opere a transferência de titularidade (endosso, tipicamente cambial, nos títulos nominais à ordem, e cessão civil nos títulos nominais não a ordem, que são outros documentos que representem dívida, mas não se enquadram na definição de títulos de crédito, aplicando-se o regime civil). Nominativos à ordem – Circulam mediante tradição, acompanhada de endosso (assinatura no verso ou anverso do título); Nominativos não à ordem - Circulam mediante tradição acompanhada da cessão de créditos (regime civil) COMO FOI COBRADO EM PROVA: A cláusula “não à ordem” Impede a circulação mediante endosso. CERTO ou ERRADO? CERTO: Neste caso, circula mediante cessão civil e não endosso. CC Do Título Nominativo Art. 921. É título nominativo o emitido em favor de pessoa cujo nome conste no registro do emitente. Art. 922. Transfere-se o título nominativo mediante termo, em registro do emitente, assinado pelo proprietário e pelo adquirente. Art. 923. O título nominativo também pode ser transferido por endosso que contenha o nome do endossatário. § 1º A transferência mediante endosso só tem eficácia perante o emitente, uma vez feita a competente averbação em seu registro, podendo o emitente exigir do endossatário que comprove a autenticidade da assinatura do endossante. § 2º O endossatário, legitimado por série regular e ininterrupta de endossos, tem o direito de obter a averbação no registro do emitente, comprovada a autenticidade das assinaturas de todos os endossantes. § 3º Caso o título original contenha o nome do primitivo proprietário, tem direito o adquirente a obter do emitente novo título, em seu nome, devendo a emissão do novo título constar no registro do emitente. Art. 924. Ressalvada proibição legal, pode o título nominativo ser transformado em à ordem ou ao portador, a pedido do proprietário e à sua custa. Art. 925. Fica desonerado de responsabilidade o emitente que de boa-fé fizer a transferência pelos modos indicados nos artigos antecedentes. Art. 926. Qualquer negócio ou medida judicial, que tenha por objeto o título, só produz efeito perante o emitente ou terceiros, uma vez feita a competente averbação no registro do emitente. Quanto à estrutura Os títulos pode ser uma ordem de pagamento ou promessa de pagamento. Título de crédito com ordem de pagamento (letra de cambio, cheque, duplicata): São aqueles em que o emitente (sacador) da ordem de pagamento, em regra, não assume diretamente a obrigação para o pagamento. O emitente apenas dá uma ordem para terceiro (sacado) pague a quantia ao beneficiário/tomador; Ex: Cheque. Emitido por A (correntista do banco) para que o banco B pague ao credor C Títulos de créditos que envolvem uma promessa de pagamento (nota promissória): Próprio emitente quem assume a obrigação para o pagamento ao beneficiário. Ex: Nota promissória. O próprio emitente assume a promessa de pagar ao beneficiário/tomador. Quanto ao modelo: Vinculados: Somente produzem efeitos cambiais (sem prejuízos dos civis) os títulos que atendem ao padrão exigidos (há uma vinculação ao padrão). Ex: Cheque. O emitente não é livre para escolher a disposição formal dos elementos essenciais à criaçãodo título. Deve necessariamente usar o papel fornecido pelo banco, por exemplo. Livres: Não existe padrão de utilização obrigatória. Ex: Nota promissória. Qualquer papel serve, desde com as informações previstas em lei • DISPOSITIVOS DO CÓDIGO CIVIL SOBRE O TEMA: Dos Títulos de Crédito Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente. § 1º É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. § 2º Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente. § 3º O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo. Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações. Art. 891. O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de conformidade com os ajustes realizados. Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes previstos neste artigo pelos que deles participaram, não constitui motivo de oposição ao terceiro portador, salvo se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé. Art. 892. Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua assinatura em título de crédito, como mandatário ou representante de outrem, fica pessoalmente obrigado, e, pagando o título, tem ele os mesmos direitos que teria o suposto mandante ou representado. Art. 893. A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes. Art. 894. O portador de título representativo de mercadoria tem o direito de transferi-lo, de conformidade com as normas que regulam a sua circulação, ou de receber aquela independentemente de quaisquer formalidades, além da entrega do título devidamente quitado. Art. 895. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos ou mercadorias que representa. Art. 896. O título de crédito não pode ser reivindicado do portador que o adquiriu de boa-fé e na conformidade das normas que disciplinam a sua circulação. Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval. Parágrafo único. É vedado o aval parcial. Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título. § 1º Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura do avalista. § 2º Considera-se não escrito o aval cancelado. Art. 899. O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emitente ou devedor final. § 1° Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o seu avalizado e demais coobrigados anteriores. § 2º Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem se equipara, a menos que a nulidade decorra de vício de forma. Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado. Art. 901. Fica validamente desonerado o devedor que paga título de crédito ao legítimo portador, no vencimento, sem oposição, salvo se agiu de má-fé. Parágrafo único. Pagando, pode o devedor exigir do credor, além da entrega do título, quitação regular. Art. 902. Não é o credor obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título, e aquele que o paga, antes do vencimento, fica responsável pela validade do pagamento. § 1º No vencimento, não pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial. § 2º No caso de pagamento parcial, em que se não opera a tradição do título, além da quitação em separado, outra deverá ser firmada no próprio título. Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código. Do Título À Ordem Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título. § 1º Pode o endossante designar o endossatário, e para validade do endosso, dado no verso do título, é suficiente a simples assinatura do endossante. § 2º A transferência por endosso completa-se com a tradição do título. § 3º Considera-se não escrito o endosso cancelado, total ou parcialmente. Art. 911. Considera-se legítimo possuidor o portador do título à ordem com série regular e ininterrupta de endossos, ainda que o último seja em branco. Parágrafo único. Aquele que paga o título está obrigado a verificar a regularidade da série de endossos, mas não a autenticidade das assinaturas. Art. 912. Considera-se não escrita no endosso qualquer condição a que o subordine o endossante. Parágrafo único. É nulo o endosso parcial. Art. 913. O endossatário de endosso em branco pode mudá-lo para endosso em preto, completando-o com o seu nome ou de terceiro; pode endossar novamente o título, em branco ou em preto; ou pode transferi-lo sem novo endosso. Art. 914. Ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do endosso, não responde o endossante pelo cumprimento da prestação constante do título. § 1º Assumindo responsabilidade pelo pagamento, o endossante se torna devedor solidário. § 2º Pagando o título, tem o endossante ação de regresso contra os coobrigados anteriores. Art. 915. O devedor, além das exceções fundadas nas relações pessoais que tiver com o portador, só poderá opor a este as exceções relativas à forma do título e ao seu conteúdo literal, à falsidade da própria assinatura, a defeito de capacidade ou de representação no momento da subscrição, e à falta de requisito necessário ao exercício da ação. Art. 916. As exceções, fundadas em relação do devedor com os portadores precedentes, somente poderão ser por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé. Art. 917. A cláusula constitutiva de mandato, lançada no endosso, confere ao endossatário o exercício dos direitos inerentes ao título, salvo restrição expressamente estatuída. § 1º O endossatário de endosso-mandato só pode endossar novamente o título na qualidade de procurador, com os mesmos poderes que recebeu. § 2º Com a morte ou a superveniente incapacidade do endossante, não perde eficácia o endosso-mandato. § 3º Pode o devedor opor ao endossatário de endosso-mandato somente as exceções que tiver contra o endossante. Art. 918. A cláusula constitutiva de penhor, lançada no endosso, confere ao endossatário o exercício dos direitos inerentes ao título. § 1º O endossatário de endosso-penhor só pode endossar novamente o título na qualidade de procurador. § 2º Não pode o devedor opor ao endossatário de endosso-penhor as exceções que tinha contra o endossante, salvo se aquele tiver agido de má-fé. Art. 919. A aquisição de título à ordem, por meio diverso do endosso, tem efeito de cessão civil. Art. 920. O endosso posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anterior.
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