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19/04/2022 15:35 arq_urb_I_u1_s3_wa https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=85156 1/4 Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Ele possibilita diversas formas de interação com o conteúdo, a qualquer hora e de qualquer lugar. Mas na versão impressa, alguns conteúdos interativos são perdidos, por isso, fique atento! Sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! A percepção do espaço construído, em especial dos interiores, é muito importante para o sucesso de um projeto e essa percepção se dá através de nossos sentidos, como a visão, a audição e o tato. Um ambiente pode parecer maior, menor, aconchegante ou frio dependendo da cor, da luz e das texturas que percebemos. De acordo com Gibbs (2017), a cor é uma ferramenta importante para criar atmosferas e efeitos visuais em ambientes e transmitir sensações a seus usuários, que, mesmo não tendo conhecimento sobre o esquema cromático utilizado, dirão que o ambiente é acolhedor, limpo ou amplo, por exemplo. Historicamente, a cor foi objeto de muitos estudos e teorias por parte de cientistas e artistas devido à sua complexidade e amplitude, pois pode ter caráter simbólico, psicológico ou místico. Para iniciarmos o estudo sobre as cores, temos que entender alguns conceitos e que há, basicamente, dois tipos de cor: a cor-luz e a cor-pigmento. O sistema de cor-luz é organizado por três cores que darão origem às demais, ao qual denominamos de sistema RGB (red, green and blue - vermelho, verde e azul. Este é o sistema utilizado em telas de TV, microcomputadores e celulares, sendo denominado de sistema aditivo, pois à medida que adicionamos uma cor à outra, elas se tornam mais claras, até atingir o branco. Sistema aditivo – RGB Fonte: Rocha (2011, p. 6). A ferramenta essencial para fazer combinações de cores é o que conhecemos como círculo cromático. Para Grimley (2016), Johannes Itten, Professor da Escola Bauhaus nos anos 1920, criou o círculo que utilizamos atualmente baseado nas cores primárias, cujas duas misturas sucessivas resultam nas secundárias e terciárias formando doze cores, a partir das quais é possível obter centenas de combinações. Círculo cromático Arquitetura e Urbanismo I Conforto ambiental em interiores: cor, luz e som Unidade 1 - Seção 3 19/04/2022 15:35 arq_urb_I_u1_s3_wa https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=85156 2/4 Fonte: iStock. A partir deste momento, e para fins didáticos relacionados à arquitetura de interiores, tomaremos como base o círculo cromático para definir as propriedades das cores. Pedrosa (2010) afirma que podemos classificar as cores de acordo com suas características e manifestações, a seguir veremos essa classificação. Cores primárias – São as cores indecomponíveis que misturadas, e de acordo com a proporção, irão formar todas as cores do espectro; são o vermelho, o amarelo e o azul. Através do uso da cor podemos destacar elementos de design ou até mesmo modificar as proporções de um ambiente: pintar uma parede com uma outra cor até determinada altura ou mudar seu brilho e textura em partes mais altas pode alterar a percepção do espaço criando efeitos especiais que farão o ambiente parecer maior ou menor diante do olhar do usuário. Na figura podemos notar que a faixa pintada na parte inferior da parede do ambiente cria uma demarcação para elementos como móveis e obras de arte. Pintura na parte inferior Fonte: Grimley (2016, p. 153). Por outro lado, ao pintarmos a parte superior de um espaço com uma cor mais escura que o restante do ambiente podemos alterar a percepção de sua altura, que parecerá menor do que realmente é. Pintura na parte superior 19/04/2022 15:35 arq_urb_I_u1_s3_wa https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=85156 3/4 Fonte: Grimley (2016, p. 153). Podemos concluir que a cor é um fator determinante na concepção da atmosfera dos ambientes interiores, mas há um outro elemento sem o qual nada disso poderia acontecer: a luz. A luz que os ambientes recebem pode ser natural, artificial ou até mesmo de ambas as fontes, pois tudo irá depender de como o projeto de arquitetura foi pensado, sua orientação em relação ao sol, a dimensão de suas aberturas e eventuais proteções como beirais, brises ou cobogós, além das interferências do entorno, como outras edificações ou a vegetação, por exemplo. Fonte: iStock. Após a invenção da lâmpada elétrica ou incandescente no século XIX e sua popularização no século XX, a iluminação artificial assumiu papel importante na concepção de espaços interiores proporcionando condições para a realização de tarefas e criando ambiências de acordo com a função, o uso do espaço ou mesmo a intenção que queremos atribuir a ele: aconchegante, formal, romântico, etc. Para compreendermos como manipular esta ferramenta poderosa de transformação em arquitetura de interiores temos que entender alguns conceitos básicos relativos à luz artificial, que se dividem em quantitativos e qualitativos. De acordo com Grimley (2016) existem muitos tipos de lâmpadas disponíveis com características específicas em relação à TCC, ao IRC, tamanho, consumo de energia e vida útil; vejamos as principais. Lâmpadas incandescentes comuns Possuem um ótimo IRC (100), mas com baixa eficiência energética, sendo banidas do mercado nacional em 2015. Lâmpadas halógenas Lâmpadas �uorescentes Lâmpadas de LED 19/04/2022 15:35 arq_urb_I_u1_s3_wa https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=85156 4/4 Além do cuidado com a luz natural e artificial, outro aspecto que merece atenção é o conforto acústico em arquitetura de interiores. O som se propaga em ondas e em meio físico, pois é um fenômeno mecânico, possui frequência, velocidade, comprimento de onda, sendo que sua intensidade ou volume é denominada de Nível de Pressão Sonora e pode ser medida em decibel (dB ou dBA). Fonte: iStock. Locais onde o nível de ruído é baixo são cada vez mais raros em qualquer cidade e se a opção for habitar um apartamento, isso significa estar rodeado de vizinhos em todas as direções, além dos ruídos provenientes da rua. Saiba Mais O desempenho acústico das edificações depende, basicamente, de dois fenômenos: a absorção sonora - determinante da qualidade acústica interna do local, cuja fonte e receptor encontram-se no mesmo ambiente, e a transmissão sonora - determinante do nível de ruído transmitido através de esquadrias, paredes, lajes e forros e cuja fonte e receptor encontram-se em diferentes ambientes. Para realizar o isolamento acústico, isola-se inicialmente o ruído aéreo, que se propaga pelo ar, com elementos verticais, tais como paredes e esquadrias com ou sem vidros duplos, e o ruído estrutural, que se propaga através da própria estrutura, com elementos horizontais, como pisos, lajes e forros. Deve-se considerar os projetos hidrossanitário, elétrico e de ventilação ou climatização, verificando o desenho das instalações, dutos e fixações. Para o isolamento acústico da parede deve-se aumentar a sua massa (espessura) ou criar outra parede (que pode ser de drywall, deixando uma câmara de ar entre elas). A instalação de material fonoabsorvente na superfície da parede ajuda a controlar a parcela de energia refletida evitando seu retorno para o próprio ambiente (reverberação ou eco). Em relação aos pisos, carpetes são ótimos para absorver o som de passos e do movimento de móveis, reduzindo a transmissão de ruídos ao pavimento inferior. Nesta webaula conhecemos fatores importantes na arquitetura e urbanismo, estudamos como as cores influenciam um ambiente, assim como a influência de ruídos e do conforto acústico. Para visualizar o vídeo, acesse seu material digital.
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