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apostila farmacobotânica 1

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 
CAMPUS UFRJ MACAÉ – PROFESSOR ALOÍSIO TEIXEIRA 
Professor Gilberto Dolejal Zanetti 
Farmacobotânica 
DISCIPLINA: FARMACOBOTÂNICA 
CARGA HORÁRIA: 60 horas-aula 
CARACTERÍSTICAS DO CURSO: Teórico-prático 
AVALIAÇÃO: média de 3 provas teórico-práticas (10,0 cada). Prova final (média 5). 
PROVAS ATRASADAS: realizar até a prova final com toda a matéria da disciplina. 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
1. Farmacopéia Brasileira . 5ª Ed. Atheneu. 2010. 
2. Oliveira F, Akisue G e Akisue MK. Farmacognosia. Ed. Atheneu. 
3. Oliveira F e Akisue G. Fundamentos de Farmacobotânica. Ed. Atheneu. 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
1. Di Stasi LC. Plantas medicinais: Arte e ciência. Ed. UNESP. 
2. Glória BA e Guerreiro SMC. Anatomia Vegetal. Ed. UFV. 
3. Gonçalves EG e Lorenzi H. 2007. Morfologia Vegetal – Organografia e dicionário ilustrado 
de morfologia das plantas vasculares. Instituto Plantarum. 
4. Gattuso MA e Gattuso SJ. Manual de procedimentos para analisis de drogas em polvo. 
Ed. Universidade Nacional de Rosário. 
5. Judd et al. Sistemática vegetal. Um enfoque filogenético. 
6. Souza VC e Lorenzi H. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias 
de Angiospermas da flora brasileira. Instituto Plantarum. 
Errata 
Destaca-se que neste material tem-se escrito, por vezes, pelos e parênquima lacunoso e no 
entanto é usual as denominações tricoma e parênquima esponjoso, respectivamente. 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
SEMANA AULAS TEÓRICAS 
1 Introdução: Bases do trabalho em farmacobotânica 
2 
Identificação de plantas x autenticidade de drogas vegetais 
Plantas como insumos farmacêuticos: cultivo, colheita e pós-colheita 
3 
Determinação de características organolépticas de drogas vegetais 
Determinação de características macroscópicas da droga em pó 
4 
Caracterização macroscópica da folha 
Prova 1 
5 
Caracterização microscópica da folha: secção paradérmica e célula vegetal 
Caracterização microscópica da folha: secção transversal – epiderme e mesofilo (parênquima) 
6 
Caracterização microscópica da folha: secção transversal – colênquima, esclerênquima e 
estruturas secretoras 
7 Caracterização microscópica da folha: secção transversal – feixes vasculares 
8 Caracterização da raiz e do caule: cascas 
9 Caracterização da raiz e do caule: lenho 
10 
Prova 2 
Caracterização farmacobotânica da flor: introdução e verticilos externos 
11 Caracterização farmacobotânica da flor: verticilos internos 
12 Caracterização farmacobotânica do fruto 
13 Caracterização farmacobotânica da semente 
14 Prova 3 e segunda chamada 
15 Prova final 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
SEMANA AULAS PRÁTICAS 
1 Introdução: amostragem e montagem de exsicata 
2 Plantas medicinais: categorias taxonômicas e táxons 
3 A célula vegetal: lâmina temporária de grão de amido 
4 Prova 1 
5 
Caracterização microscópica da folha: lâmina temporária de secção paradérmica e o 
estudo da epiderme 
6 
Caracterização microscópica da folha: lâmina permanente de secção transversal e o 
estudo da epiderme e do parênquima (mesofilo) 
7 
Caracterização microscópica da folha: lâmina permanente de secção transversal e o 
estudo do colênquima, xilema e feixes vasculares 
8 
Caracterização microscópica da folha: lâmina permanente de secção transversal e o 
estudo de xilema, floema e estruturas glandulares 
9 Caracterização microscópica de folhas, raiz e caule em pó 
10 Prova 2 
11 Caracterização farmacobotânica flor em pó 
12 Caracterização farmacobotânica do fruto 
13 Caracterização farmacobotânica da semente 
14 Prova 3 e segunda chamada 
15 Prova final 
1. Botânico 
2. Físico-químico 
3. Biológico 
4. Microbiológico 
Farmacobotânica 
Planta Medicinal: Toda a planta que contém substâncias ativas com propriedades 
terapêuticas, profiláticas ou paliativas. 
 
Droga: planta ou suas partes, após processo de coleta, estabilização e secagem, para a 
utilização terapêutica. 
 conforme as resoluções da ANVISA 
1. INTRODUÇÃO: BASES DO TRABALHO EM FARMACOBOTÂNICA 
Palavra derivada do grego 
droga, medicamento, remédio, veneno 
P h a r m a k o n B o t a n e 
planta, vegetal 
trata da autenticidade de drogas vegetais 
visando o controle de qualidade. 
F a r m a c o b o t â n i c a 
Morfologia 
Anatomia 
Testes organolépticos 
droga inteira, rasurada, triturada ou em pó 
Características macroscópica 
Características microscópicas 
Características organolépticas 
exsicata 
Lâmina histológica 
Droga em pó 
Laudo técnico e contra-prova 
Métodos de trabalho em Farmacobotânica 
Outros instrumentos que podem ser utilizados: Perfil cromatográfico (cromatogramas) e perfil 
eletroforético (eletroferograma), utilizando a quimiotaxonomia e a determinação de genes com 
a biologia molecular. 
- Fazer quarteamento, amostra final de no máximo 100 g 
- É permitido até 2% de mistura desde que não prejudicial à saúde. 
Caracterização dos ensaios em farmacobotânica 
As análises fornecem subsídios que contribuem na padronização dos 
insumos farmacêuticos, permitindo a diferenciação inclusive entre espécies 
botanicamente muito próximas. 
• Baixo custo do material 
 
• Tempo reduzido de análise 
 
• Alto grau de reprodutibilidade dos dados 
2. Identificação de plantas x autenticidade de drogas vegetais 
 
Plantas farmacopéicas x Plantas não farmacopéicas 
 
Camomila 
Carqueja 
Espineira-santa 
Marcela 
Pata-de-vaca 
Pitangueira 
baleeira 
baldrame 
Erva-de-bicho 
Ginco 
mulungu 
Tansagem 
sistemática 
Trata de regrar as práticas na 
classificação de um organismo. 
Trata da teoria para ordenar a 
classificação dos organismos. 
taxonomia 
taxis + namus 
= arranjar + regras 
sys + histanai 
= junto + colocar 
Espécie 
população 
indivíduos 
 
 
 
* Categoria taxonômica lineana 
Categorias taxonômicas Táxons 
Domínio = império 
 
Reino * 
 
Divisão (filo) 
 
Classe * 
 
Ordem * 
 
Família 
 
Tribo 
 
Gênero * 
 
Espécie* 
Eukaria 
 
Plantae 
 
Angiospermae 
 
Magnoliopsida 
 
Celastrales 
 
Celastraceae 
 
------ 
 
Maytenus 
 
Maytenus ilicifolia 
CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA BOTÂNICA 
 
 
 
 nome genérico + epíteto específico + autoria 
 
 
 Vitis vinifera L. 
 
 
 
Cuidar A diferença entre autor e determinador. 
 A sinonímia botânica de uma espécie. 
 Uso de artigo definido antes do NC. 
 Uso de letras maiúsculas e minúsculas. 
 Linneu 
Nome científico da espécie 
Observações 
 
1. Luehea divaricata Mart. et Zucc. 
 Et ou &: Usa-se no caso de 2autorias 
 
2. Tillandsia tomentelii De Luca et al. 
 et al. ou & al.: usa-se no caso de mais de 2 autores. 
 
3a. Maytenus ilicifolia (Schrad.) Planch. 
 Uso de nomes entre parenteses: (Schrad.) é o autor do táxon que sofreu alteração e 
Planch. é o autor que fez alteração. 
 
3b. Maytenus ilicifolia Martius ex. Reissek 
 2 autores: o segundo tornou válido a citação do primeiro. 
 
4. Tabebuia avellanedae Lorentz ex Criseb. 
 
5. Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 
 
 
 
Nome legitimo 
Nome ilegitimo 
Nome legitimo 
Nome aceito 
• Maytenus cf. ilicifolia (Schrad.) Planch. - Espécie com determinação a conferir 
• Maytenus sp. - Uma espécie 
• Maytenus spp. - Várias espécies 
Na teoria tem-se uma grande discussão 
sobre os conceitos de espécie. 
Conceitos horizomtais (atemporais): Biológico, ecológico, fenético (morfológico). 
 Conceitos verticais (temporais): evolutivo, cladístico, filogenético . 
E S P É C I E 
do latim: tipo 
Na prática as espécies são reconhecidas 
por suas diversas características fenéticas. 
A unidade básica conceitual de espécie é a população, com as variações 
intrapopulacionais dado o dimorfismo, idade, sazonalidade,raças geográficas e 
químicas. 
Cada espécie apresenta uma faixa limitada de variação em seus caracteres 
Viabiliza o conhecimento dos limites da diversidade intraespecífica 
Possibilita a diagnose das espécies e, consequentemente, a sua classificação 
taxonômica, que se baseia na descontinuidade da variabilidade dos caracteres. 
 
 
 
1. Variedade (Var.) 
 
Grupo de indivíduos de uma espécie que 
apresenta característica(s) constante(s), 
herdadas geneticamente, que as passam 
de geração para geração. 
Brassica olracea L. var. acephala DC. 
 
2. Clone (cl.) 
 
Conjunto de indivíduos obtidos vegetativamente, e, 
por isto mesmo, geneticamente igual ao seu 
antecessor. 
3. Híbrido 
 
Indivíduo que resulta do entrecruzamento de individos 
de espécies diferentes. ex: orquídeas, hortelãs, 
cactos, palmeiras, coqueiros e manjericões. 
PRINCIPAIS CATEGORIAS INFRA-ESPECÍFICAS 
A determinação botânica de uma espécie, ou seja, sua identificação, deve ser 
realizada por um especialista e o trabalho resulta em um laudo técnico. A 
farmacobotânica se ocupa apenas da autenticidade de insumos farfmacêuticos 
de origem vegetal. 
Na determinação botânica o exemplar estudado é exsicatado e 
depositado em um herbário, como contra-prova e registro do trabalho 
técnico realizado. 
No laudo técnico deve constar o registro de tombamento da exsicata no herbário. 
3. PLANTAS COMO INSUMOS FARMACÊUTICOS 
Planta medicinal 
drogas 
medicamento 
• CULTIVO 
• COLHEITA 
• PÓS-COLHEITA 
• CONSERVAÇÃO DE DROGAS VEGETAIS 
• ANÁLISE DE DROGAS VEGETAIS 
• TECNOLOGIA FARMACÊUTICA 
• CONTROLE DE QUALIDADE 
CULTIVO DE PLANTAS MEDICINAIS 
mercadológico O cultivo deve ser realizado com 
plantas domesticadas e sob as 
mesmas condições preconizadas 
para se obter o maior percentual 
de substâncias ativas desejadas. 
Brasil: Culturas de clima subtropical e tropical 
COLHEITA DE INSUMOS VEGETAIS 
OBJETIVO 
obtenção de drogas com o máximo de S.A. de 
forma homogênea. 
• Constância da composição química, 
garantindo a uniformidade do produto final. 
 Ex: alcaçus - Glycyrrhiza glabra L. - cascas e 
rizomas - deve conter 4 % de ácido glicirrizínico. 
* Todo o coletor de plantas medicinais deve ser 
cadastrado no IBAMA desde 1998. 
QUESTÃO LEGAL 
• Observar a lei 9605/1998 e cadastrar-se junto ao IBAMA conforme portaria 113/1997 e lei 
6938/1981, com redação dada pela lei 7804/1989 – artigo 17. 
Parte da planta Época de colheita 
 Raiz e caule Outono /inverno – processos vegetativos estacionados 
 Folha Antes da florada 
 Flor 
Em botões florais: alfazema e cravo-da-índia 
Em plena florada: marcela, calêndula, camomila 
 Fruto Antes da maturação: anis-estrelado, abacateito, macieira 
 Semente madura e antes da deiscência do fruto 
PÓS-COLHEITA 
1. TRATAMENTO INICIAL 
• eliminação de elementos estranhos e indesejáveis. 
• lavagem rápida – para eliminar massa de terra aderente. 
• utilização de água hipoclorada ou ozonizada (< a contaminação). 
• mondagem – retirada da camada externa de qualquer órgão, para eliminação de impurezas. 
• partes volumosas são cortadas em pedaços para facilitar a secagem. 
Agente desinfectante 
Concentração 
(%) 
Facilidade 
de remoção 
Tratamento 
(min) 
Eficácia 
Hipoclorito de calico 9-10 +++ 5-30 ++++ 
Hipoclorito de sódio 2 +++ 5-30 ++++ 
Peróxido de hidrogênio 10-12 +++++ 5-15 +++ 
Água de bromo 1-2 +++ 2-10 ++++ 
Nitrato de prata 1 + 5-30 +++ 
Cloreto mercúrico 0,1-1 + 2-10 ++ 
2. DESINFECÇÂO 
Visa a inativação de enzimas 
• Consiste em submeter rapidamente o insumo a altas temperaturas, no vácuo ou não, antes 
da secagem. 
• Utiliza-se autoclave: 70-110 ºC e pressão controlada. 
 Em regra: 80 ºC (15-30 min). 
 Ex: Brassica nigra (L.) Koch. 
3. ESTABILIZAÇÃO EM PLANTAS MEDICINAIS 
• É importante em drogas cardiotônicas, pois enzimas desdobram a cadeia glicosídica 
reduzindo a atividade farmacológica. 
• Digitalis lanata (0,165 % de digoxina e 0,097 % de digitoxina) 
• Digitalis purpurea (0,123 % de digitoxina) 
 103 ºC por 3 min. e secagem subseqüente a 40 ºC. 
• Visa eliminar água da planta: Evita contaminação e promove a redução de volume do mesmo. 
4. SECAGEM DE PLANTAS MEDICINAIS 
SECAGEM NATURAL 
•Processo brando permitido em regiões ou estações com baixa umidade 
relativa no ar. 
• Secagem na sombra: a secagem é lenta. 
• Secagem no sol: evaporação de componentes voláteis ou destruição de 
termolábeis. Pode alterar, por oxidação, certos tipos de S. A. 
•Secagem mista: leva-se primeiro ao sol por algumas horas e passa-se à 
sombra. 
• Partes lenhificadas: podem ser secas diretamente no sol 
• Partes não lenhificadas: devem ser secas na sombra ou a meia-sombra 
• Espalha-se o material em camadas finas: 3 cm para folhas 
 15-20 cm para flores 
• Permitir a circulação de ar para proporcionar uma secagem uniforme 
• Revolve-se de 3 em 3 horas 
SECAGEM ARTIFICIAL 
• Emprega-se comumente estufas com ar circulante. 
• Este processo é recomendado em escala comercial ou 
de pesquisas e também para locais frios e chuvosos, bem 
como para órgãos carnosos e suculentos. 
• A temperatura máxima geralmente fica entre 38 a 40 ºC. 
• As embalagens aconselhadas são as porosas ou 
frascos de vidros escuros. 
• Manter hermeticamente fechados. 
• Primar pela identificação do material. 
• Embalagens metálicas podem reagir com ác. 
Orgânicos. 
• Óleos voláteis e fixos, atacam embalagens 
plásticas. 
• Gomas e resinas devem ser armazenadas em barris 
ou caixas de madeira. 
 
EMBALAGEM DE DROGAS VEGETAIS 
TEMPO MÁXIMO PERMITIDO DE ARMAZENAMENTO DE DROGAS VEGETAIS 
As farmacopéias proíbem o uso de drogas armazenadas por mais de um ano. 
2 anos: uso de plástico e papel krafft duplo. 
ESTOCAGEM DE DROGAS VEGETAIS 
AMBIENTE: TEMPERATURA, UMIDADE E LUMINOSIDADE 
• Ambiente seco e temperatura entre 5-15 ºC. 
• depósitos de alvenaria e cerâmica. 
• pé direito alto: boa ventilação. 
• Iluminação mínima. 
• colocar sobre estrado ou em varais. 
desinfecção e desinfestação periódica: 
vapores tóxicos de p-diclorobenzeno e de brometo de metila. 
= Sensorial, que sensibiliza os sentidos. 
são características importantes na avaliação do estado de conservação e 
também na autenticidade de drogas vegetais. 
4. Determinação de características organolépticas 
As propriedades organolépticas advêm de características percebidas pelos 
sentidos humanos, como a cor, o paladar, o odor e a textura. 
 Cor 
 Sabor 
 Odor 
 Textura 
Designação de cores 
Branco, brancacento ou esbranquiçado, azul, alaranjado, rósea, marrom, vermelho, 
cinza, verde, amarelo, etc. 
 Descrição de cores 
A cor dominante deve ser colocada em primeiro lugar numa descrição da droga. Ex: azul-
esverdeado, verde-azulado, vermelho-violáceo, violeta-avermelhado, vermelho-
amarronzado, marrom-avermelhado, etc 
 número de cores presentes na droga 
Discolor ou bicolor; concolor 
 Brilho presente na droga 
Opaca; luzidia 
 Adjetivos usados para complementar a descrição de cores 
ligeiramente (ex. ligeiramente amarelado), fluorescente (ex. amarelo fluorescente), 
intenso (ex. amarelo intenso), pálido (ex. amarelo pálido), escuro (ex. verde escuro), 
maculada, variegata, etc 
Quando as cores apresentam-se com nuances diferentes ao padrão de uma droga tem-
se um indicativo de mau processamento, contaminação ou indícios de deterioração. 
As drogas apresentam nuances de cores que são singulares e que por isso mesmo 
podem ser comparadas com um padrão específico. 
C O R 
 Sistema de cores 
Alguns métodos de nomear cores mais 
conhecidos são os métodos Munsell, ISCCou NBS, HSI ou HSV, Pantone. 
Sistema de cores Munsell 
 Todas as cores estão organizadas tridimensionalmente conforme a 
luminosidade (claridade), tonalidade (matiz) e croma (saturação). Desta forma, 
cada cor tem uma notação específica. 
 Usando a nomenclatura Munsell H V/C (Tonalidade 
Luminosidade/Saturação), o azul-vivo teria a notação 5R 6/14. 5R = tonalidade 
ou matiz (azul), 6 = valor da luminosidade (moderadamente clara) e 14 = 
saturação 
 Azedo: gosto causado pela ação dos ácidos, Em 
que a intensidade da sensação gustativa depende da 
concentração do íon hidrogênio. 
 
 Salgado: Gosto provocado por sais ionizados. Os 
ânions também participam dessa sensação. 
 
 Doce: Gosto causado por algumas categorias de 
substância químicas como os çúcares, álcoois, 
aldeídos, cetonas, amidas, ésteres e aminoácidos. 
 
 Amargo: Gosto causado por várias substâncias 
quase que inteiramente orgânicas. 
 
Umami (do japonês: saboroso). Gosto identificado por 
receptores específicos espalhados pela língua, os 
TmGluR4, provocado pelo aminoácido glutamato 
monossódico que intensifica o sabor dos alimentos. 
O sabor é uma propriedade percebida com o paladar. 
Os estímulos conhecidos como paladar são misturas de quatro sabores básicos: 
S A B O R 
Designações usuais do sabor 
 
 Adstringente 
 Oleoso 
 Mucilaginoso 
 Acre (picante) 
 Ardido 
 Doce 
 Sui generis 
 Inespecífico 
O odor é uma propriedade percebida pelo olfato. As drogas podem ser classificadas 
basicamente em dois grandes grupos: 
 
 Droga inodora 
 Droga odorífera (odorante) - cheiro 
 - aroma 
O D O R 
 Penetrante 
 Leve ou suave 
 Nauseoso 
 Adocicado 
 Inespecífico 
 Fétido 
 Sui generis 
 Odor de putrefação 
 Lembra mentol, etc. 
 Denominações usuais para designar o odor 
A textura é uma propriedade percebida pelo tato e nos oferece características singulares 
para cada droga vegetal. 
T E X T U R A 
 Glabra (lisa) 
 Pubescente 
 Tomentosa 
 Sedosa 
 Lanosa 
 Hirsuta (híspita, áspera, escabrosa) 
 espinescente 
 Verrucosa 
 Estriada 
 Ondulada 
 Maculada 
 Lenticelado 
Denominações usuais para designar a textura 
5. DETERMINAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS DA DROGA EM PÓ 
Ensaios: - Qualitativos 
 - Semi-quantitativos 
 - Quantitativos 
5. DETERMINAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS DA DROGA EM PÓ 
Caracterização macroscópica de pós Caracterização organoléptica 
Tamanho Forma ângulo Bordos Consistência Textura Cor Odor Sabor 
CARACTERIZAÇÃO MACROSCÓPICA DA DROGA EM PÓ 
Granulometria 
1. Tamanho 
 homogêneo ou heterogêneo 
 seguir a tabela OMS para a granulometria 
CARACTERIZAÇÃO MACROSCÓPICA DA DROGA EM PÓ 
• Tamanho 
 homogêneo ou heterogêneo 
 seguir a tabela OMS para a granulometria 
• Consistência 
 Coriácea, membranácea, papirácea, herbácea, lenhosa, fibrosa, fistuloso (oco), etc. 
• Fratura 
 Forma: aquadradada, retangular, triangular, arredondada, etc. 
 Ângulo: citar o ângulo das fraturas 30º, 35º, 90º, etc. 
 Bordos: retas, sinuosas, reta com poucas reentrancias, etc. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 
CAMPUS UFRJ MACAÉ – PROFESSOR ALOÍSIO TEIXEIRA 
AULAS PRÁTICAS DE FARMACOBOTÂNICA 
Aula prática 1 
Montagem de exsicatas, tomada de amostragem de drogas vegetais 
Exercício nº 1 
Prepare o material vegetal fresco recebido para a montagem de uma exsicata a ser entregue em um herbário e responda: 
• Quais as medidas das cartolinas utilizadas na montagem de uma exsicata? 
• Qual a cor da cartolina aceita para as exsicatas de material coletado no Brasil? 
• Quais as posições indicadas para a acomodação do material botânico em uma exsicata? 
• Onde as etiquetas devem estar afixadas em uma exsicata? 
• Quais as informações que uma etiqueta de exsicata deve conter? 
• Os Herbários em geral recebem exsicatas em unicata, duplicata ou triplicata? 
• De que é composto o registro de uma exsicata em um Herbário? 
Exercício nº 2 
Supondo que você receberá 40 embalagens totalizando 2000 kg de inflorescências de Achirocline satureoides em uma 
Indústria farmacêutica, responda: 
• Quantas embalagens você deve retirar material para análise? 
Qual o peso total da amostra que você deverá retirar das embalagens? 
Exercício nº 3 
Considerando que durante um ano a indústria em que você trabalha recebeu seis vezes (uma vez a cada 2 meses) 3000 kg 
de inflorescências de Achirocline satureioides e que após a tomada de amostragem e quarteamento foi verificado que a 
porcentagem de material estranho a droga recebida foi de: Janeiro de 2010 – 1,99 % de material estranho; Março de 2010 – 
0,098 % de material estranho; Maio de 2010 – 2,53 % de material estranho; Julho de 2010 – 1,26 % de material estranho; 
Setembro de 2010 – 25,67 % de material estranho; Outubro de 2010 – 9,42 % de material estranho; Dezembro de 2010 – 
1,17 % de material estranho. Pergunta-se: em quais das seis vezes o material não pode ser considerada de boa qualidade 
para a produção de medicamentos? Qual o procedimento a ser tomado quando uma droga recebida na Indústria em que você 
trabalha como técnico apresenta-se, conforme sua análise, com qualidade inferior a explicitada no laudo técnico recebido pelo 
fornecedor. 
Exercício nº 4 
Quais as partes que compõem um laudo técnico? 
Exercício nº 5 
Qual o primeiro passo a ser realizado com a amostragem de uma droga vegetal para se realizar uma análise microscópica? 
Exercício nº 6 
No que consiste a prova e a contra prova de um ensaio em farmacobotânica? 
 
 Coleta – cadastro no IBAMA 
 Prensagem – dobrar em V, N ou M. Troca de papéis a cada 24 h. 
 Limpeza e triagem do material 
 Secagem – desidratar a temperatura de 40-60 ºC. 
 Montagem –Estender, costurar e rotular em papel kraft ou cartolina branca. 
 Incorporação ao acervo de um herbário– registro e arquivamento. 
EXSICATAS 
Métodos de trabalho: caracterização macroscópica 
Curador do herbário 
Rede Brasileira de Herbários 
Index Herbariorum - Missouri Botanical Garden 
Regras do herbário: exemplo material florido, somente duplicata e não unicatas. 
Receber o registro da exsicata - composta do acrônimo do Herbário e números. 
O material vegetal foi coletado na cidade de Macaé, RJ, Brasil, e devidamente identificada, 
sendo depositada no Herbário da Universidade Federal do Rio de Janeiro-Campus Macaé, 
conforme exsicata HMDB 58385. 
Exsicata 
 Blusa: 42 x 29,5 cm – com a planta e a etiqueta ao pé direito. 
 Saia: 42 x 59 cm – capa protetora com a etiqueta centralizada. 
Prensar em V, N ou M 
Blusa 
 
saia 
Aula prática 2 
Categorias taxonômicas e táxons de plantas medicinais 
Exercício nº 1 
Enquadre em categorias taxonômicas e seus respectivos táxons as seguintes plantas medicinais, 
assinalando as que constam em monografias da Farmacopéia Brasileira: 
1. Ginco 
2. Erva-baleeira 
3. Cancorosa ou espinheira santa 
4. Pata-de-vaca 
5. Babosa 
6. Digilatis 
7. Estévia 
8. Erva-de-bicho 
9. Malva 
10.Pfáfia 
11. alcachofra 
12.Camomila 
13.Café 
14.Guaraná 
15. japecanga 
Exercício nº 2 
Determine a granulometria do guaraná em pó (Farmacopeia Brasileira V ed.) 
Exercício nº 3 
Esquematize ensaios qualitativos, quantitativos e semi quantitativos com o uso de padrões e branco 
Exercício nº 4 
Determine o Índice de intumescência da Malva em pó (Farmacopeia Brasileira V ed.) 
Exercício nº 5 
Determine o Índice de amargor da carqueja em pó (Farmacopeia brasileira V ed.) 
Aula prática 3 
Substâncias ergásticas e a célula vegetal: lâmina temporária de grão de amido 
Exercício nº 1 
Monte lâminas temporárias com farinha de berinjela, tapioca e maizena, observe ao microscópio de menor a 
maior aumento e descreva os grãos de amido. 
 
Exercício nº 2 
Diferenciecorte paradérmico de corte transversal: 
 
Exercício nº 3 
Observe tipos diversos de células vegetais em uma lâmina permanente de Baccharis trimera (figura abaixo) 
e enquadre em uma classificação os tecidos vegetais, utilizando para tanto o desenvolvimento da 
espessura da parede celular das células que os compõem: 
 
 
Secções histológicas quanto a orientação 
Célula vegetal 
• Sistema de membranas e reforços externos (parede celular) 
• Sistema energético 
 - mitocôndrias 
 - plastídeos 
• Sistema genético 
 - cromossomas 
 - ribossomas 
• Sistema contractil e citoesqueleto 
 - microfilamentos 
 - microtúbulos 
• Substâncias ergásticas 
 - amido e cristais de sais de cálcio 
 
 
Tecidos vegetais 
 
• Meristemas apicais 
• Protoderme = dermatogêneo 
• Periblema = meristema fundamental 
• Procâmbio = pleroma 
• Coifa = caliptra 
• Meristemas laterais 
• Felogênio 
• câmbio 
 
• Tecidos de revestimento 
• Epiderme 
• Periderme 
• Tecidos de preenchimento 
• Parênquimas 
• Tecidos de sustentação 
• Colênquima 
• Esclerênquima 
• Tecidos de condução 
• Xilema 
• Floema 
• Tecidos permanentes 
• Tecidos meristemáticos 
IDIOBLASTOS AMILÍFEROS: GRÃOS DE AMIDO 
Aula prática 4 
Objetivo: montar lâmina temporária com secção paradérmica para explorar estruturas da epiderme 
vegetal 
 
Exercício 
1. Qual o procedimento inicial no laboratório para se fazer uma lâmina histológica de uma droga vegetal? 
2. Monte uma lâmina temporária com secção paradérmica das folhas de boldinho-africano (gênero 
Plectranthus) e com guaco (Mikania glomerata) tanto da face adaxial como da face abaxial e preencha 
a tabela abaixo: 
Estruturas Guaco 
face adaxial 
Guaco 
face abaxial 
Boldinho 
Face adaxial 
Boldinho 
Face abaxial 
Células epidérmicas 
Estômatos 
Tricomas tectores 
Tricomas 
glandulares 
observações 
Aula prática 5 
Objetivo: analisar lâmina permanente com secção transversal de folha para explorar estruturas da 
epiderme e parênquima vegetal, caracterizando o aspecto geral do mesofilo. 
 
Exercício: 
Analise as estruturas da epiderme tanto da face adaxial como da face abaxial das folhas de murta 
(Blepharocalix sp.) e também observe a construção do mesofilo no que se refere aos tipos de parênquimas 
que ocorrem nesta espécie e preencha a tabela abaixo: 
Estruturas Murta 
Células epidérmicas 
Estômatos 
Tricomas tectores 
Tricomas glandulares 
cutícula 
Formações epicuticulares 
mesofilo 
Células e camadas celulares do parênquima 
Espaços intercelulares do parênquima 
observações 
EPIDERME EM VISTA TRANSVERSAL 
Tecidos de preenchimento - parênquimas 
1. Parênquima clorofileano = clorênquima 
1. Paliçádico 
2. Esponjoso 
Outros tipos de parênquima: parênquima amilífero, aerênquima e parênquima aquífero 
Aula prática 6 
Objetivo: analisar lâmina permanente com secção transversal de folha para explorar 
estruturas de colênquima, esclerênquima e feixes vasculares. 
 
Exercício: 
Analise as estruturas da região central da folha de murta (Blepharocalix sp.) referente ao 
colênquima, esclerênquima e bainha vascular, xilema e floema. Em uma região lateral da folha 
nesta mesma secção observe a estrutura dos feixes vasculares de menor tamanho e 
preencha a tabela abaixo: 
Estruturas Murta 
Epiderme 
Parênquima 
Colênquima 
Esclerênquima 
Feixe vascular central 
Feixe vascular na região lateral 
observações 
• Tecidos de sustentação 
 
 
 Colênquima 
Esclerênquima 
colênquima 
 
 
 
 
 
 x x 
 x 
 x 
 x 
Tecidos de condução: xilema e floema 
Aula prática 7 
Objetivo: analisar lâmina permanente com secção transversal de folha para explorar estruturas 
glandulares e de feixe vascular, além de iniciar executar lâminas da droga em pó. 
 
Exercício 1: 
Analise as estruturas da região central da folha de murta (Blepharocalix sp.) referente ao feixe vascular e 
estruturas glandulares e preencha a tabela abaixo: 
Estruturas Murta 
Bainha vascular 
xilema 
floema 
Estruturas glandulares 
observações 
Exercício 2: 
Faça um texto com as anotações das tabelas referentes as folhas de Blepharocalix: epiderme, 
mesofilo, feixes vasculares 
Estruturas secretoras 
Origem: epidérmica ou parenquimática
 
• Idioblastos: cristaliníferos, amilíferos, mucilaginosos, etc. 
• Tricomas secretores 
• Cavidades e ductos 
Aula prática 8 
Objetivo: analisar lâmina temporária de raiz, caule e folha em pó ou características macroscópicas. 
 
Exercício 1: 
Monte e analise uma lâmina temporária das folhas do boldo-do-chile em pó, destacando em um texto as 
estruturas observadas 
Exercício 2: 
Monte e analise uma lâmina temporária da cúrcuma em pó, destacando em um texto as estruturas 
observadas 
Exercício 3: 
Faça a análise macroscópica das raízes da japecanga e de lótus, destacando em um texto as estruturas 
observadas 
Exercício 4: 
Analise a lâmina de Bacharis trimera 
 
 
 
Exercício 5: 
Analise a foto abaixo e enumere na mesma as regiões anatômicas desta secção: 
Aula prática 9 
Objetivo: analisar lâmina temporária de flores em pó. 
 
Exercício 1: 
Monte e analise uma lâmina temporária a partir de um sachê com as flores de camomila pulverizada, 
destacando em um texto as estruturas observadas. 
 
Exercício 2: 
Faça a análise macroscópica das flores de cravo-da-índia e de alfazema, destacando em um texto as 
estruturas observadas 
 
 
 
Aula prática 10 
Objetivo: analisar frutos em suas características macroscópicas. 
 
Exercício 1: 
Faça a análise macroscópica dos frutos de anis-estrelado, funcho, maça, buchinha-do-norte e tangerina, 
destacando em um texto as estruturas observadas: 
Exercício 2: 
Classifique os frutos que seguem: 
 
 
 
Aula prática 11 
Objetivo: analisar lâmina temporária de sementes em pó ou suas características macroscópicas. 
 
Exercício 1: 
Monte e analise uma lâmina temporária das sementes de urucum em pó, destacando em um texto as 
estruturas observadas: 
 
Exercício 2: 
Faça a análise macroscópica das sementes de café e da noz-moscada, destacando em um texto as 
estruturas observadas:

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