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Projetos e Práticas de Ação Pedagógica

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Projetos e Práticas de Ação Pedagógica 
 1.Conceitos antigos e modernos de Projeto Pedagógico 
 Os projetos podem ser considerados como uma prática educativa que teve 
reconhecimento em diferentes períodos do século XX. O termo “projeto” surgiu pela primeira 
vez na literatura educacional em 1904 num artigo do educador C. Richards que orientava 
futuros professores de trabalhos manuais e considerava útil que eles desenvolvessem projetos 
suscitados, por problemas e tarefas práticas. No entanto, foi através do pensamento de Jhon 
Dewey (1859-1952) e outros representantes da chamada “Pedagogia Ativa”, que surgiram as 
primeiras referências ao trabalho com projetos como meio pedagógico. 
 
Jhon Dewey, filósofo, psicólogo e pedagogo liberal norte – americano, exerceu forte influencia 
sobre toda a pedagogia contemporânea. Ele foi o defensor da “Escola Ativa” que propunha a 
aprendizagem do aluno através da atividade pessoal. 
 
 A escola nova destaca o principio da aprendizagem por descobertas e estabelece que 
atitude de aprendizagem parte do interesse dos alunos, que por sua vez, aprendem 
fundamentalmente pela experiência, pelo que descobrem por si mesmas. O professor é visto, 
então como facilitador no processo de busca no conhecimento que deve partir do aluno. Cabe 
a ele organizar e coordenar as situações de aprendizagem, adaptando suas ações às 
características individuais dos alunos para desenvolver suas capacidades e habilidades. 
 
 Willian H. Kilpatrick (1871-1965), professor de Educação da Universidade de Columbia 
em Nova York, foi o iniciados da reflexão sobre o trabalho de projeto enquanto método 
educativo e levou, em 1919, para a sala de aula, algumas concepções de Dewey. Este método 
de ensino tinha como objetivo trabalhar com os alunos as possibilidades de desenvolver o 
espírito de pesquisa, envolvendo a utilização de várias disciplinas ao mesmo tempo. Trata-se 
de um método ativo, que permitiria a contextualização e a significação do mesmo. 
 
 Para Jean Piaget (1969), psicólogo francês, a Escola Ativa tinha o mérito de envolver, 
no processo de ensino aprendizagem, o interesse do aluno, sua ação e reflexão, sem excluir o 
esforço do mesmo. 
 
 Os projetos aparecem então como denominação de um conceito que procura unificar 
vários aspectos importantes relativos ao processo de aprendizagem: a ação, e de preferência a 
ação realizada com empenho pessoal, a intencionalidade desta ação, isto é, a existência de um 
objetivo, e sua inserção num contexto social. 
 
Kilpatrick (1919) afirma que sua proposta de que os projetos ocupam um lugar central nas 
práticas escolares, tem a ver com a perspectiva de que basear a educação em projetos e 
identificara educação coma própria vida. 
 
 No Brasil, o “Método de Projetos” tornou-se conhecido a partir da divulgação da 
“Escola Nova”, que, se colocava contra os princípios e métodos da escola tradicional. As ideias 
de educadores como Kilpatrick, Decroly, Freinet, entre outros foram disseminados no Brasil 
por Anísio Teixeira e Lourenço Filho. 
 
 Este meio de atuação foi construído e sistematizado, tendo como preocupação central 
a complexidade do aprender, a importância de se integrar o ser humano no momento da 
aprendizagem e na importância do significado nesse processo. É uma forma de atuação que se 
iniciou coma intenção de unidade, do todo, que pressupõe uma forma de pensar interacionista 
e construtivista. 
 
 “Os projetos de trabalho supõem, um enfoque do ensino que trata de ressuscitar a 
concepção e as práticas educativas na Escola, para dar respostas (não “a resposta”) às 
mudanças sociais que se produzem nos meninos, meninas e adolescentes e na função da 
educação e não simplesmente readaptar uma proposta do passado e atualiza-la” (Hernandez, 
1998, p 64). 
 
 O trabalho com projetos tem como função principal tornar a aprendizagem real e 
atrativa para o educando, inserindo a educação em um plano de trabalho agradável, sem 
impor os conteúdos programáticos de forma autoritária. 
2.Os diferentes tipos de Projetos pedagógicos 
 Projetos de Desenvolvimento (ou de Produto) 
 Projetos de Ensino. 
 Projetos de Trabalho (ou de Aprendizagem) 
As etapas de elaboração de um projeto pedagógico podem assim ser definidas: Cronograma 
de trabalho e definição da divisão de tarefas: definição da periodicidade e das tarefas para a 
elaboração do projeto pedagógico. Definir um prazo faz com que haja organização e 
compromisso com o trabalho de elaboração. 
A finalidade de um planejamento escolar é definir o que será ensinado e por quais motivos, 
seguindo, claro, as normas municipais e estaduais, além das diretrizes da BNCC e o Projeto 
Político Pedagógico da instituição. Além disso, a escola tem o livre arbítrio para acrescentar 
seus próprios projetos e conteúdo. 
Consideramos que a proposta pedagógica é o plano orientador das ações práticas da 
instituição, aquele em que se definem as metas e os objetivos que se almeja atingir, as 
aprendizagens que se pretende promover nas crianças que são educadas e cuidadas nas 
instituições de Educação Infantil. 
Seu principal objetivo é promover nos pequenos estudantes o desenvolvimento dos aspectos 
físico, motor, cognitivo, social e emocional, além de fomentar a exploração, as descobertas e a 
experimentação. 
3. A estrutura macro dos Projetos Pedagógicos 
Os projetos pedagógicos é um documento flexível adaptável sendo assim um documento 
norteador para a escola, onde a escola pode ter uma visão geral das necessidades educacional 
tendo em vista a necessidade social, cultural e econômica. Com a ajuda da comunidade escola 
os projetos pedagógicos tem a finalidade de serem um guia na transformação da realidade dos 
alunos, pais, professores, funcionários e gestores determinando suas propostas curriculares, 
diretrizes e as formas de serem mais bem executadas para a evolução dos alunos. O 
documento é apontado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, 
dando a escola a responsabilidade de criar e executar seus projetos pedagógicos com o auxílio 
dos profissionais da educação e conselhos. 
A elaboração dos projetos políticos pedagógicos é de extrema importância e atenção, pois 
essas diretrizes podem advir outras diretrizes positivas para alunos, pais, professores, gestores 
e comunidade devido a sua flexibilidade observando os fatores. 
4. Os Projetos Pedagógicos e suas responsabilidades enquanto meio de formação cidadã. 
Papel da escola é socializar o conhecimento seu dever é atuar na formação moral dos alunos, é 
essa soma de esforço que promove o pleno desenvolvimento o indivíduo como cidadão. A 
escola é o lugar onde a criança deverá encontrar os meios de se prepara para realizar seus 
projetos de vida, a qualidade de ensino é, portanto, condição necessária tanto na sua 
formação intelectual quanto moral, sem formação de qualidade a criança poderá ver seus 
projetos frustrados no futuro. 
Os professores e toda a comunidade escolar, a forma de avaliação são transmissores de 
normas e valores que norteiam e preparam o indivíduo para viver coletividade. Assim, é 
importante que as questões de vida em sociedade faça parte, com clareza, da organização 
curricular, levando a ética ao centro de reflexão e do exercício da cidadania. 
A convivência deve ser organizada de modo que os conceitos como justiça, respeito e 
solidariedade que sejam compreendidos, assimilados e vividos, com esse proposto à escola se 
desafiam a instalar uma atitude crítica, que levará o aluno a identificar possibilidades de 
reconhecer seus limites nas ações e nos relacionamentos a partir dos valores que os orientam. 
Podemos então observar que os Parâmetros Curriculares Nacionais elaborados pela secretaria 
de Educação Fundamental do Ministério da Educação (MEC), em 1998, ressaltam tudo isso do 
seguinte modo: são objetivos do ensino fundamental que os alunos sejam capazes de: 
• compreendera cidadania como participação social e política, assim como exercício de 
direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, 
cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito; 
• posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, 
utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas; 
• conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais 
como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o 
sentimento de pertinência ao país; 
• conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos 
socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação 
baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras 
características individuais e sociais; 
• perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando 
seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio 
ambiente; 
• desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas 
capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção 
social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania; 
• conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um 
dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua 
saúde e à saúde coletiva; 
• utilizar as diferentes linguagens - verbais, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal - 
como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das 
produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e 
situações de comunicação; 
• saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e 
construir conhecimentos; 
• questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para 
isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, 
selecionando procedimentos e verificando sua adequação. 
5. Novos espaços educacionais e seus desafios práticos. 
O imperativo de um novo pensar sobre a educação tem sido levantado nas últimas décadas. 
Construir um pensamento crítico constitui a sagacidade teórica da educação. A sociedade 
encontra-se na era da informação e do conhecimento, onde se apresentam os mais diversos 
recursos e meios de comunicação, que de maneira geral transforma a vida social, psicológica e 
interacional das pessoas. Por este motivo, cabe à escola proporcionar à população escolar, 
oportunidades para a construção de um conjunto de saberes e habilidades, através de novas 
estratégias que incluam os meios de comunicação na aprendizagem, a fim de integrar as 
técnicas cognitivas e emocionais dos educandos motivados pelo tempo digital, e vincular os 
professores ao mundo dos alunos. 
Busca-se hoje, através do ensino aprendizagem, que os alunos adquiram uma atitude de 
protagonista da ação educativa, ativa, participativa e reflexiva, diante do conhecimento 
histórico, e que se atrevam a declarar posturas diante das contradições que se lhes 
apresentam; enfim, que sejam críticos. 
Um trabalho sério em educação tem de dialogar diretamente com seus professores em 
interação com os estudantes. Por isso a educação necessita desenvolver projetos educacionais 
tornando os recursos tecnológicos e audiovisuais ambientes abertos para crianças e jovens, 
permitindo que contribuam e participem criticamente das informações recebidas. A educação 
também se transforma em uma atmosfera de intercâmbio de experiências de comunicação e 
educação. Devemos aprender a repensar um novo espaço e uma nova perspectiva educativa. 
Uma das principais características do mundo atual consiste no fato de que diferentes espaços 
se complementam e se interagem. 
Assim, os recursos tecnológicos e audiovisuais na escola significam, não apenas mais um dos 
expedientes pedagógicos, mas, principalmente novas alternativas educativas de estabelecer 
essa escola no mundo, abrindo novos espaços e novos horizontes ainda não totalmente 
explorados. Praticamente todos os temas podem ser abordados pelos recursos tecnológicos e 
audiovisuais, que passam a ser constituídos pelos espaços do conhecimento humano. É 
principalmente por meio das imagens e de sons, que podem ser registrados por aparelhos 
tecnológicos e audiovisuais que se configura a sociedade globalizada. 
6. Elaboração de um registro dos conceitos identificados a partir de suas atividades práticas. 
Observar as crianças na educação infantil e registrar o seu desenvolvimento, ajuda a identificar 
os avanços e desafios dos alunos. Além disso, os registros auxiliam no planejamento 
pedagógico a na avaliação. 
A observação e o registro das atividades e do desenvolvimento das crianças é fundamental 
para a avaliação e planejamento na educação infantil. Além disso, documentar a aprendizagem 
dos alunos estimula o aprendizado e o desenvolvimento dos mesmos. 
Observar as crianças em sala de aula e registrar o seu progresso é importante, pois o papel do 
educador na educação infantil não é apenas ensinar, mas explorar, aprender e observar as 
brincadeiras dos seus alunos. O registro dessas observações ajuda a conhecer melhor cada 
criança, suas habilidades, dificuldades e necessidades.

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