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Alinne Copy - atendimento@comunicatto.com.br - IP: 200.188.236.102
BASES PARA 
UMA MUDANÇA 
EQUILIBRADA 
 
 
 
Alinne Copy - atendimento@comunicatto.com.br - IP: 200.188.236.102
Autora: 
Angela B. Xavier 
 
Conselho Editorial: 
Angela B. Xavier e Sônia S. Silva 
 
Revisão técnica: 
Leonardo Muller 
 
Editoração Eletrônica: 
Pencimagico Design 
Gráfica e Editora Planalto 
 
Pencimagico Design: 
agencia@pencimagico.design 
 
Diretor executivo _________ Kevin Alves 
 
Projeto gráfico e capa: 
Direção de arte __________ Thiago Lucas 
 
Marcos Bautitz EIRELI: 
contato@marcosbautitz.com.br 
 
Marketing e Distribuição: 
Diretor de marketing _____ Marcos Bautitz 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação 
(CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 
 
 
DO ARTIFICIAL PARA O NATURAL 
 
Angela B. Xavier 
Bibliografia 
ISBN 85-905742-1-0 
 
1. Medicina Natural 
2. Alimentação Natural 
3. Naturalismo CDD-610 
 
 
 
Todos os direitos desta edição reservados à autora. 
Angela Bento Xavier 
Goiânia-GO 
Fones: (62) 9 8202-2152 
E-mail: contato@angelaxavier.com
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mailto:doartificialparaonatural@bol.com.br
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 Aos meus pais, Gumercinda Maria Xavier (in memoriam) e 
Antenor Bento Xavier (in memoriam), que me fizeram herdeira de 
sua genética e me conduziram pelo caminho da honestidade, da 
justiça e do amor ao próximo. 
 
A eles todo o meu carinho, consideração e respeito.
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AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
A Deus, que faz a “semente tirar força do solo, que dá a chuva a 
seu tempo para umedecer os campos sedentos, o sol que 
comunica calor e energia aos frutos”. 
“Primeiro a erva, depois a espiga, por último o grão cheio 
na espiga” (Marcos 4:28). A Ele por Sua sabedoria e amor ao 
preparar para nós as variadas frutas e hortaliças, mesmo antes 
de formar-nos (Gênesis 1:29). 
Ao meu esposo, Antônio Alves, que muitas vezes 
assumiu parte do meu trabalho para que eu tivesse tempo de 
dedicar a estes estudos. 
Aos meus filhos, Álvaro Lúcio e João Pedro, pela 
compreensão e ajuda com o computador. 
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PREFÁCIO 
 
 É um imenso privilégio poder ver e recomendar, entre tantas propostas de 
saúde, uma obra reflexiva e prática que direciona as mentes com objetividade para as 
questões que, de fato, fazem a diferença entre uma vida com qualidade ou não. 
 
Dr.ª Ângela traz informações atuais, que apontam para princípios de saúde 
avaliados sob bases científicas, apresentadas aqui com clareza e de fácil compreensão. 
 
Certamente trará prazer ao leitor das gerações anteriores, ver a ciência e a 
história epidemiológica confirmarem alguns hábitos antigos que se perderam na vida 
moderna e, assim, encontrar motivação para retomá-los e reafirmá-los junto aos seus 
descendentes. Bem como convida intelectualmente os jovens acadêmicos a refletirem 
sobre a responsabilidade de experimentarem não só as receitas, mas viverem e propa- 
garem propostas que contemplam o bem-estar individual e mundial. 
 
O resumo das leis de proteção à vida deixado pelo Criador para nós é: “Ame ao 
seu próximo como a si mesmo”. O Próximo tem que ser considerado por nós, hoje, mais 
do que nunca o que viver nas gerações vindouras, assim como as outras criaturas, sejam 
os animais, os vegetais, a água, a terra, o ar, pois ao respeitarmos essa harmonia, nós 
seremos os maiores beneficiados. 
 
O diferencial e o indicativo de uma proposta, como a deste livro, adequados 
ao momento em que vivemos é: que faça bem a nós, a todos e a tudo. Poderá requerer 
um sacrifício vivo para cada um, mas certamente será, também, santo e agradável, pois 
leva a renovação da nossa mente ao descobrirmos qual é o plano do Criador para essa 
geração. 
 
Considerando o labor incessante da educadora em saúde e amiga Ângela e 
as renúncias comuns aos familiares dos idealistas, sei que sentirão que valeu a pena, 
se ao menos um leitor você escolher hoje, algo mais natural do que artificial. 
 
 Com sincera alegria por este trabalho, Drª Bárbara Magalhães Barros Arco 
Verde ClínicaGeral em Medicina Integrada.
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O PORQUÊ DO LIVRO 
 
 O pensamento de fazer um livro me ocorria algumas vezes, mas logo era descartado. Eu 
não me via com capacidade para tanto apesar de saber que Deus escolhe as coisas simples ou as 
pessoas aparentemente incapazes, para que, por meio delas, possa realizar Sua vontade. Há dois 
anos tive a oportunidade de fazer um curso de pós-graduação em nutrição. 
Quando chegou o momento de escolher o tema da monografia, senti o desejo de fazer um 
trabalho sobre vegetarianismo, pois queria saber mais sobre o assunto e estava certa de que seria 
útil para outros. Persisti no tema também por ter sofrido duras críticas por parte dos colegas e 
até de alguns professores do curso de pós-graduação. 
Procurei o professor mais acessível ao tema e dei início às pesquisas; fiquei surpresa com tanto 
material sobre o assunto, empolguei-me. Eram necessárias 40 páginas, fiz 200. 
 “Vegetarianismo, um novo estilo de vida”, estava pronto. Ao defender a monografia, 
tive a oportunidade de mostrar quão científico é esse estilo de vida e, sem dúvidas, um estilo ideal 
para todas as pessoas. Com todo esse material nas mãos, o pensamento de escrever um livro 
voltou. Porém como colocar um jeitinho literário? Senti necessidade de ajuda, então recorri a 
Deus; se Ele providenciasse os meios, eu iria tentar. Orei e esqueci. Seis meses se passaram e no 
dia 12 de abril de 2005 Ele resolveu me surpreender: uma amiga me ligou marcando uma consulta 
para uma pessoa que, sob orientação médica, teria que mudar seus hábitos. O médico não sabia 
como ajudá-la, nem onde ela poderia buscar ajuda. Ela saiu do consultório desanimada e pediu a 
Deus que lhe desse uma direção, que mandasse alguém bater à sua porta ou quem sabe um 
telefonema. Quando terminou a oração, o telefone tocou. Ao atender viu que era engano. Ela 
quis saber quem era a pessoa do outro lado da linha, cer- tificou-se de que era uma senhora de 
72 anos, que logo começou a falar sobre Jesus. Sandra percebeu que o engano era providência 
divina, era a resposta da oração. 
 Dias antes do telefonema, uma conhecida vegetariana lhe emprestou livros sobre o 
assunto. Ao lê-los, ficou mais convicta ainda de suas necessidades e continuou precisando de 
ajuda. Essa pessoa falou a ela a meu respeito e que eu poderia auxiliá-la naquela mudança. E ali 
estava ela diante de mim. Sandra começou a contar seus problemas e num dado momento me 
surpreendeu com a frase: “Estou aqui para te ajudar a escrever um livro. Eu não sei se Deus já 
colocou no seu coração esse desejo. Se não, ainda vai colocar, porque eu estou aqui para isso.” 
Não preciso dizer o quanto eu estava emocionada, as lágrimas vieram, a voz em- bargou, respirei 
fundo e então disse: Assim como eu sou a resposta para suas orações, você é para as minhas. Não 
só tenho o desejo como todo o material, mas me faltava ajuda, o tempo certo e a comprovação 
de Deus. 
 Na madrugada daquela noite acordei inquieta. Levantei-me e comecei a escrever alguns 
títulos. Estava diante de 20 possíveis títulos, mas qual era o ideal? Novamente pedi ajuda de Deus: 
Tu que sabes todas as coisas, mostra-me qual é o título, se ele está aqui; se não, onde ele está? 
Abri uma leitura meditativa e lá estava ele: “Do Artificial para o Natural”. E aqui está o livro em 
suas mãos; foi por você que ele veio a existir. Deus o ama e quer o seu melhor. Dê a Ele uma 
resposta de amor lendo e seguindo estas orientações.
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INTRODUÇÃO 
O tempo passou e com ele vieram as transformações. O progresso foi aceito 
como algo positivo, resultante da evolução. Mas após praticamente 6.000 anos, per- 
cebemosque as mudanças não foram tão benéficas. O planeta está em convulsão, 
em estado de tetania, os valores foram invertidos, o ganho desregrado passou a falar 
mais alto do que a própria vida. 
O estilo de vida moderno nos tornou totalmente artificializados, o que levou o 
homem para longe da natureza, a ponto de ele ser visto como um amontoado de partes 
não relacionadas, quando, na verdade, ele é um ser total. Embora possua um físico visí- 
vel com peso e medidas, o homem é muito mais. Ele é um ser mental, social e espiritual. 
Essas dimensões estão interligadas e são mantidas em equilíbrio, quando respeitamos 
as leis naturais impressas em nossa genética por Aquele que nos criou com o propósito 
de termos uma vida integral. 
Talvez tenhamos ido longe demais, e muitos, em nome do progresso, preferem 
permanecer no estado de desequilíbrio, infelizes e doentes, ao invés de admitirem que 
precisam de um retorno ao plano original de Deus. Seria possível alcançar tão elevado 
propósito? Quero dizer a você, querido leitor, que, sozinho, assim como eu, não 
podemos mudar o mundo, mas, com certeza, podemos fazer algo por nós, pelos nossos 
queridos ou por aqueles que estão mais próximos de nós. Foi por acreditar nisso que 
este livro aconteceu. 
O estilo de vida proposto pelo Criador traz mais vigor físico, mais disposição 
mental, melhores relacionamentos, e um estado de espírito que todos desejamos. A 
certeza disso está no depoimento daqueles que experimentaram a mudança. Se 
alguém alcançou esse ideal de vida, você poderá alcançar também. Não crie 
obstáculos, desfaça os que aparecerão! Não será fácil. Mudar hábitos antigos é difícil, 
porém não impossível, pois podemos contar com a ajuda dos elementos da natureza e 
com Aquele que colocou em nossos corações esse elevado ideal. Em sua palavra 
encontramos força e Vida. 
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Sumário 
 
 
 
1● Estilo de vida moderna ................................................................. 12 
Integrais x industrializados ............................................................................................. 13 
Xantinas: alcalóides ladrões de nutrientes ..................................................................... 15 
Efeitos da cafeína .......................................................................................................... 15 
Efeitos da teobromina .................................................................................................... 18 
Açúcar ............................................................................................................................ 18 
Efeitos do açúcar ........................................................................................................... 19 
Aditivos químicos ........................................................................................................... 23 
Vinagre ........................................................................................................................... 24 
Sal .................................................................................................................................. 24 
Leite ............................................................................................................................... 24 
Ovos ............................................................................................................................... 26 
Queijos ........................................................................................................................... 27 
Cozimento ...................................................................................................................... 28 
Carne ............................................................................................................................. 28 
Efeito do uso da carne ................................................................................................... 29 
2 ● Vegetarianismo: ciência ou religião? ............................................ 47 
Aspectos históricos ........................................................................................................ 48 
Tipos de vegetarianismo ................................................................................................ 49 
Anatomia em contraste ................................................................................................ 50 
Mitos mais comuns sobre o vegetarianismo .................................................................. 53 
Mito do cálcio ................................................................................................................. 57 
Mito do ferro ................................................................................................................... 61 
Mito da vitamina B12 .................................................................................................... 63 
Mito do ácido fítico e ácido oxálico .............................................................................. 66 
Benefícios da dieta vegetariana.................................................................................. 67 
Vegetarianismo e saúde do coração ............................................................................. 69 
3 ● Mudar! Uma necessidade .............................................................. 74 
Mudar para prevenir doenças ....................................................................................... 75 
Mudar porque o alimento animal coloca a vida em risco ............................................... 77 
Mudar para melhorar a relação LDL e HDL ................................................................ 79 
Mudar para diminuir os níveis de homocisteína .......................................................... 85 
Mudar para ter mais produtividade:................................................................................ 87 
Mudar para viver mais .................................................................................................. 88 
Mudar porque cereais integrais e leguminosas são protetores .................................. 92 
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Mudar porque vegetais são ricos em fitoquímicos antioxidantes ............................... 92 
Mudar porque o mundo vegetal é colorido ................................................................. 97 
Mudar porque o vegetal é alimento funcional ............................................................. 98 
Mudar porque frutas e hortaliças são excelentes para a saúde ................................. 99 
Mudar porque a proteína vegetal é de melhor qualidade ......................................... 101 
Mudar porque vegetais são ricos em fibras .............................................................. 104 
Mudar para não ingerir micro-organismos de putrefação ........................................ 107 
Mudar porque a dieta afeta a saúde do planeta ................................................... 108 
Mudar para não contribuir com o sofrimento dos animais ........................................ 110 
Mudar para evitar o uso de drogas (remédios) ...................................................... 112 
Mudar para defender o corpo dos agrotóxicos, pesticidas e dos transgênicos ............ 113 
Mudar para não desperdiçar ...................................................................................... 116 
Mudar para economizar .............................................................................................. 116 
4 ● Do artificial para o natural .......................................................... 122 
Considerações iniciais ................................................................................................ 123 
Diário de um estômago ............................................................................................. 125 
O Dilema do Estômago ..............................................................................................127 
Classificação dos alimentos ........................................................................................ 131 
Vantagens da alimentação natural para os bebês ............................................... 135 
Dieta para crianças ..................................................................................................... 136 
Cardápio vegetariano semanal .................................................................................. 138 
5 ● Os elementos da natureza cooperam com você ......................... 140 
Ar puro ......................................................................................................................... 141 
Luz solar ...................................................................................................................... 142 
Água ............................................................................................................................. 147 
Exercício físico ............................................................................................................ 148 
Abstinência / jejum ..................................................................................................... 150 
Repouso ....................................................................................................................... 154 
O poder da fé .............................................................................................................. 159 
6 ● Estes experimentaram a mudança .............................................. 164 
7 ● Bibliografia ................................................................................... 169 
●Anotações .................................................................................................................. 174 
 
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 12 
 
 
1● ESTILO 
DE VIDA 
MODERNA 
 
 
 
 
 
 Grande parte das doenças atuais não constitui um problema médico, 
e sim de estilo de vida, do qual você mesmo pode e deve se encarregar. 
O processo de industrialização verificado nos últimos 40 anos fez com 
que a modernidade exibisse uma face sombria. As pessoas estão mais gordas, 
inativas e estressadas, por disporem de inúmeros confortos no cotidiano e 
trabalharem num ritmo alucinante. 
As doenças infecciosas ligadas às condições de país de terceiro mundo 
estão matando cada vez menos. Em 1950 elas correspondiam a 36% do total de 
óbitos no Brasil. Hoje, essa cifra gira em torno de apenas 6%. Nas grandes cidades, a 
maioria das pessoas, principalmente, morre de complicações cardíacas, de câncer, 
diabetes e outras enfermidades que traduzem o estilo de vida atual.
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 13 
INTEGRAIS X INDUSTRIALIZADOS 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2002-2006) encerr ou seu primeiro 
discurso como presidente eleito com uma frase que repercutiu muito: “Se, ao final do 
meu governo, cada brasileiro puder fazer três refeições ao dia, terei cumprido a 
missão da minha vida”. 
Esse é um alvo oportuno e extremamente necessário. A questão da fome é 
crítica em todo o mundo, o que mostra o interesse das autoridades internacionais 
sobre o projeto “Fome Zero” do nosso presidente. Há, no entanto, algo vital a ser 
incluído no plano: a substituição do arroz branco pelo integral, do açúcar branco pelo 
açúcar mascavo ou rapadura. 
É razoável prever que a presença desses elementos nos hábitos alimentares 
das classes menos favorecidas alterará substancialmente os índices de mortalidade 
infantil, crescimento, desenvolvimento físico e mental hoje vigente. Maiores benefícios 
com menores custos, por se tratarem de produtos menos industrializados. Se forem 
instituídos incentivos à produção, o ganho de escala diminuirá os valores desses 
alimentos ao nível dos refinados. Promovendo o uso dos alimentos integrais, o projeto 
fome zero passará de auxílio de sobrevivência para fator de saúde, desenvolvimento 
da infância, juventude e qualidade de vida. 
A natureza apresenta os alimentos como um conjunto harmônico e 
balanceado, contendo eles mesmos os elementos indispensáveis ao seu metabolismo. 
É esse equilíbrio que proporciona nutrição ao corpo. O mamão, por exemplo, contém 
basicamente vitamina A, B1, B2 e C, cálcio, ferro, fósforo, proteínas e gorduras. Sua 
enzima, a papaína, é um fermento acelerador da digestão das proteínas e um 
maravilhoso estimulador do peristaltismo. 
O jornalista William Dufty relata em seu livro, “Sugar Blues”, um episódio 
interessante relacionado com o arroz polido e o arroz integral. Segundo o relato, no 
princípio da II Guerra Mundial, a colônia britânica de Cingapura, foi ameaçada com uma 
crise de alimentos. Na Malásia e em Cingapura não se cultivava o arroz necessário e as 
importações estavam prestes a ser drasticamente reduzidas. O oficial médico britânico 
de Cingapura, Dr. Scharff decidiu proibir, por decreto militar, o uso de arroz refinado. 
Somente o arroz integral poderia ser vendido. 
1
8 7
6
5
4
32
53%
10%
17%
20%
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 14 
As autoridades britânicas foram influenciadas por um único fator, ou seja, 
suprimentos inadequados. A qualidade não importava. Eles simplesmente não 
desejavam distúrbios por causa de alimentos. Acontece que 100 toneladas de arroz 
integral representavam 100 toneladas de alimento. O refinado, por outro lado, reduziu 
aquelas 100 toneladas de arroz integral a 70 toneladas de arroz branco polido. 
O resultado foi surpreendente. Scharff fora transferido para Cingapura com a 
incumbência de reduzir a mortalidade infantil por malária (420 em cada mil 
nascimentos). Em uma década, o programa havia reduzido a taxa de mortalidade 
infantil para 160 em mil. Contudo, apenas um ano após a introdução da dieta de arroz 
integral houve uma mudança radical nas estatísticas médicas. Em vez de 160 
crianças morrendo em seus primeiros anos de vida, apenas 80 em cada mil íam a óbito, 
reduzindo pela metade a mortalidade, sem esforços médicos. 
O refinamento leva a perdas assustadoras dos nutrientes, dificultando a 
digestão e levando as pessoas a comerem maiores quantidades em busca dos 
nutrientes perdidos. 
Veja Tabelas abaixo: 
 
 
O Brasil está se tornando muito semelhante aos países desenvolvidos, não só 
na distribuição de renda ou nos serviços sociais, mas nos hábitos alimentares. O 
tradicional prato feito de 10 a 20 anos atrás: arroz, feijão, carne, ovo e verduras, deu lugar 
a variações menos saudáveis, como salgadinhos, tortas, biscoitos, frituras, empanados 
e sanduíches. As porções de produtos com muita gordura ou açúcar também aumen- 
taram, afirma a Nutricionista Ana Maria Lutemberg, do Hospital das Clínicas, em São 
Paulo. O saquinho de pipoca da porta do cinema se transformou em um enorme balde e 
as garrafas de refrigerantes dobraram de tamanho. Em São Paulo, a dieta é composta 
de 40% de gordura, semelhante à dos Estados Unidos. 
“O brasileiro trocou o arroz e o feijão, que equilibra as proteínas de origem 
vegetal e é uma boa fonte de fibras, minerais e outros nutrientes, por carboidratos 
simples e gorduras”, afirma a engenheira agronômica Elizabeth Torres, da Universidade 
de São Paulo (USP). A troca pode até ser mais saborosa, porém, assim como as 
comidas, a barriga do brasileiro também ficou mais adiposa. 
“Estamos em fase de transição da desnutrição para a obesidade”, afirma Ana 
Maria Lotemberg. 
1.05 2.51 2.06
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 15 
Vegetarianos geralmente consomem mais castanhas, amendoim, cereais 
integrais, frutas, vegetais verdes e amarelos que contêm grandes quantidades de 
antioxidantes, fenólicos, fibras e outros fitoquímicos que têm sido considerados 
protetores contra doenças crônicas, câncer, doenças cardíacase baixo 
funcionamento intestinal encontrado, em altas incidências, em países industrializados, 
cuja dieta é rica em prote- ína animal, grãos refinados e alto consumo de açúcar. 
Os alimentos industrializados são nocivos não apenas porque carecem de 
elementos vitais, mas porque consomem as vitaminas e minerais que deveriam estar 
disponíveis para o metabolismo dos demais nutrientes. Por exemplo, o açúcar branco 
rouba a vitamina B1, ferro e cálcio, o que causa múltiplos distúrbios metabólicos. 
 
XANTINAS: ALCALÓIDES LADRÕES DE 
NUTRIENTES 
A cafeína e a teobromina são dois alcalóides, estritamente relacionados, 
encontrados em plantas largamente distribuídas por todo o mundo. 
As bebidas mais populares contendo xantinas são: café, chá preto e mate, cho- 
colate, refrigerantes, chimarrão e outras. 
O conteúdo nas folhas do chá (2%) é maior do que dos grãos de café (0,7 a 
2,0%), mas as bebidas preparadas com ambos contêm aproximadamente 
quantidades iguais do alcalóide. Uma garrafa de refrigerante (360 ml) à base de cola 
tem de 35 a 55 mg de cafeína. Em uma xícara de café, podemos ter entre 100 a150 mg, 
próximo de uma dose terapêutica. O café descafeínado preserva de 1 a 6 mg por xícara 
de cafeína. 
 
EFEITOS DA CAFEÍNA 
 
Sistema circulatório - Todas as partes do sistema circulatório são afetadas de 
alguma forma pelas xantinas. 
 
Coração - Estimulante direto do miocárdio (músculos do coração). 
 
Vasos sangüíneos - Efeito vasodilatador dos vasos coronarianos, pulmonares e 
sistê- micos por ação direta sobre a musculatura vascular, pode também provocar uma 
vaso constrição por estimulação do centro vasomotor bulbar. 
 
Circulação cerebral - Segundo Wechsher (1950) & Mayer (1952) Apud Gilmam, ao 
contrário do efeito dilatador direto sobre os vasos sangüíneos sistêmicos, as xantinas 
causam um aumento acentuado da resistência vascular cerebral, que é acompanhado 
de uma diminuição do fluxo sangüíneo e da tensão de oxigênio cerebral. 
 
Pressão arterial - Pelos efeitos já mencionados, fica claro que as xantinas aumentam a 
pressão arterial, causam câimbras nos pés e em outras partes do corpo. 
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 16 
Colesterol - A cafeína procede de maneira análoga com as gorduras, impedindo a libe- 
ração de ácidos gordurosos provenientes das reservas do corpo, aumentando a taxa 
de gordura no sangue e os riscos de ataques cardíacos. 
 
Glicose - Um grupo de pesquisadores descobriu que 2 xícaras de café elevam 
considera- velmente a taxa de açúcar no sangue. 
Segundo Durval Stockler, a cafeína pode provocar diabetes por causar uma pro- 
dução inútil de insulina levando o pâncreas a uma estafa. 
 
Secreção gástrica - No homem, basta doses moderadas de cafeína para determinar 
um aumento prolongado da secreção gástrica (Roth e Ivy, 1944 Gilmam). Além disso, 
alguns investigadores dizem que a administração de cafeína em animais, seja em gran- 
des doses únicas, ou em doses menores repetidas diariamente, ou ainda em injeção 
intramuscular em veículo de cera de abelha, resultam em modificações patológicas no 
tubo gastrintestinal e na formação de úlcera péptica. Essa resposta secretora ocorre em 
pessoas normais ou com úlceras gástrica e duodenal. Sobrecarrega o fígado com 
excesso de gorduras e açúcar. 
 
Sistema nervoso - A cafeína pode “enganar” o sistema nervoso e fazer o cérebro 
pensar que o organismo apresenta uma anormal falta de açúcar resultando em 
sintomas de hipoglicemia como: suores frios, irritabilidade e dores de cabeça. 
Ela também rouba a lecitina do sistema nervoso, deixando as fibras 
desprotegidas, causando excitação e nervosismo. 
Não existe dúvida de que certo grau de tolerância (Colton, 1968 Gilmam) e 
dependência psíquica se desenvolvem em relação às bebidas xânticas. Isso 
acontece, provavelmente, mesmo nos indivíduos que não bebem em excesso. 
Mulheres gestantes, ao consumirem grandes quantidades de cafeína, 
podem colocar em risco a saúde do bebê. O efeito vasoconstrictor (é possível um 
fechamento de até 35% dos vasos sangüíneos) da cafeína impede o livre acesso de 
nutrientes, causando, então, perda de peso do bebê. Quem afirma são pesquisadores 
da Universidade de Belgrado, na Iugoslávia. 
A cafeína inibe a absorção do ferro e cálcio (alta quantidade de ácido oxálico) e 
provoca nervosismo, ansiedade, insônia, tremores e pode agravar os casos de 
glaucoma. O chá concentrado em cafeína tem sido acusado de ter substâncias que 
induzem ao câncer (fenóis). 
 
Efeito (congênito e mutagênico) - Um estudo feito na Bélgica em 1980, por Lechat, 
Gilmar e colaboradores com 377 mulheres demonstrou que havia uma corre- lação 
entre a quantidade de cafeína usada e o número de defeitos congênitos em seus 
filhos. A cafeína induz a quebra dos cromossomos em drosófilas, em plantas superiores 
e numa variedade de microorganismos. Efeitos similares foram vistos no ser humano, 
por exemplo, câncer de mama e útero. 
Quando uma médica de 29 anos apareceu no consultório do cirurgião 
oncologista, Dr. John P. Minton, com uma doença fibro-cística da mama, ele 
recomendou 
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 17 
que ela deixasse de beber café, chá, chocolates e refrigerantes à base de cola. A jovem, 
na ocasião, estava ingerindo 1300mg/dia de cafeína, teofilina e teobromina. Durante 
a primeira semana de abstinência da cafeína, ela sofreu fortes cefaléias (síndrome de 
abstinência). Depois, no período de um mês, os nódulos começaram a desaparecer. No 
fim do segundo mês, a doença benigna da mama tinha desaparecido totalmente. Essa 
paciente foi incluída em um grupo de 47 outras que foram observadas durante três anos 
na Ohio State University, em Columbus, EUA, onde o doutor Minton é professor asso- 
ciado de cirurgia. Todas apresentaram nódulos de longa duração na mama, 
classificados como benignos pela mamografia. O consumo de xantinas era de 190mg, o 
equivalente a duas xícaras grandes de café/dia. Com o abandono das bebidas xânticas, 
das 20 que eliminaram o uso totalmente, 13 (65%) tiveram o desaparecimento dos 
nódulos. Das 27 que não abandonaram as xantinas, apenas uma teve regressão dos 
nódulos. Por efeito semelhante, os homens poderão ter desenvolvimento de tumores 
de próstata pelo uso das xantinas. A relação de doença fibrocística e câncer de mama é 
de quatro vezes maior em mulheres que usam xantinas do que em mulheres normais. 
Em um estudo epidemiológico envolvendo dados de 20 países foram referidas 
as correlações entre o consumo de chá e de café e o aparecimento de câncer em diferen- 
tes locais do corpo. O chá foi relacionado com câncer de intestino em ambos os sexos, 
laringe, pulmão e mama nas mulheres. Com relação ao café, houve uma grande ligação 
com câncer do pâncreas, próstata, de ovários e leucemia em ambos os sexos. 
A cafeína foi também relacionada com a alta taxa de mortalidade de câncer 
do ovário, na Suécia. Esse país tem sido um dos maiores consumidores de cafeína per 
capita do mundo. 
Calcula-se que mais de 50% dos casos de câncer do pâncreas podem ser atribu- 
ídos ao consumo de café. 
Uma das mais recentes e, provavelmente, mais difundidas das pesquisas 
sobre a relação entre café e câncer foi publicada em 1981 por MacMahoins e seus 
colaboradores. Encontraram um alto risco de desenvolver câncer de pâncreas naqueles 
que bebiam três ou mais xícaras de café por dia. Os mesmos pesquisadores 
encontraram menos incidência desse câncer entre mórmons e adventistas, os quais 
se abstêm do cigarro e do café. 
Outra pesquisa envolvendo 22 países mostrou que o café e o consumo de gor- 
duras saturadas estavam positivamente relacionados com a mortalidade por câncer do 
pâncreas. 
O café tem sido associado ao desenvolvimento do câncer tanto de bexiga como 
de rins em vários estudos, apesar de haver outros contribuintes como o caso do cigarro, 
e determinados produtos químicos. 
Uma pesquisa com 24.000 pessoas na Califórnia com estilo de vidaregular e 
verificou que o consumo de duas ou mais xícaras de café por dia, possibilita duas vezes 
mais o desenvolvimento de câncer de bexiga. O mesmo estudo mostrou aumento da 
incidência de câncer fatal de cólon com o mesmo número de consumo. 
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Cafeína e síndrome pré-menstrual - As mulheres que consomem grande quantidade 
de café estão mais sujeitas a sofrer de síndrome pré-menstrual. Um estudo da Universi- 
dade de Tufts, em Massachusets, com 295 estudantes jovens, verificou que a prevalên- 
cia da síndrome pré-menstrual, particularmente com sintomas severos ou moderados, 
aumentava com o consumo elevado de bebidas com cafeína. Das 61% mulheres que 
tomavam quatro e meia a quinze bebidas por dia (com cafeína) sentiam moderados ou 
severos sintomas pré-menstruais. Somente 16% das mulheres que não tomavam 
essas bebidas apresentavam sintomas moderados e severos. Todos os sintomas 
analisados estavam fortemente associados ao consumo de cafeína. 
 
EFEITOS DA TEOBROMINA 
O chocolate provoca diarréia, acne, alergias, cáries, etc. Cientistas do Instituto 
de Neurociências de San Diego, na Califórnia, descobriram que componentes do 
chocolate estimulam o sistema nervoso central nos mesmos sítios, ativados pela 
maconha. Segundo estudos, tais componentes químicos imitam o princípio ativo da 
maconha, o tetrahidrocarbinol ou THC. 
Além desses efeitos, as xantinas são consideradas como verdadeiras ladras de 
vitaminas e minerais (A, B1, B2, B3, ácido pantotênico, B6, B12, biotina, colina, ácido 
fólico, inositol, PABA -ácido paraminobenzóico, cálcio e ferro). 
 
AÇÚCAR 
O açúcar é um alimento quase ideal; barato, limpo, portável, imperecível, 
inadulterável, completamente solúvel, totalmente digerível, não requer cozimento e 
não deixa resíduo. Seu único defeito é sua pureza. É tão puro que o homem não pode 
viver dele. 
A indústria de açúcar usa produtos químicos como: soda, detergente, ácido 
sulfúrico e cal para clareá-lo e refiná-lo. 
 Não precisamos de açúcar. Se alguém disser que precisamos, não importa 
quem o diga nem o diploma que possua, ele está mal informado ou mal-intencionado. A 
maior parte dos habitantes do nosso mundo viveu quase 6.000 anos sem conhecer ou 
sem usar açúcar. E todos nós sabemos que nossos antepassados gozavam melhor 
saúde do que nós, usando apenas um pouco de mel, ocasionalmente, além das frutas e 
hortaliças cruas que tinham. Mas também sabemos que eles não conheciam o diabetes, 
a esquizofrenia, a insônia e outras doenças tão comuns em nossos dias. 
 Podemos obter todo açúcar de que precisamos ou que queremos das frutas 
maduras como bananas, uvas, tâmaras, figos ou do mel. Há pessoas que nunca usam 
açúcar da cana e jamais sentem dele falta alguma. 
 O açúcar não supre coisa alguma à nutrição senão calorias (vazias), e as 
vitaminas providas por outros alimentos são erosadas por ele para liberar suas calorias. 
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EFEITOS DO AÇÚCAR 
No cérebro - O cérebro é o órgão mais sensível do corpo. Ele é o primeiro a registrar a 
presença do açúcar no sangue. Se o sangue já está com uma certa taxa de glicose, o 
cére- bro comanda a função da cápsula supra-renal, a qual produz hormônios que 
conduzem todas as reservas químicas para enfrentar o açúcar. A insulina das ilhotas 
do pâncreas tem a função de controlar o nível de glicose no sangue, num antagonismo 
complementar aos hormônios supra-renais ocupados em mantê-lo elevado. 
A sacarina, o açúcar comum em excesso é a causa de diversas doenças físicas 
e de um grande número de depressão, estados de ansiedade, alcoolismo e outras. 
Hábitos saudáveis com eliminação de alguns inimigos da saúde previnem a 
ocorrência de “episódios psicológicos”, principalmente em pessoas que experimentam 
uma queda “normal” e ocasional nos níveis de açúcar no sangue por não terem comido 
por um longo período de tempo (mais de 5 horas). 
“Elimine o cigarro, a cafeína, o açúcar, o álcool e outras substâncias que 
causam dependências”, diz Pat Lazarus em seu livro: “A Cura da Mente Através da 
Terapia Nutricional”. 
Slagle (apud Pat Lazarus) diz, em seu livro, que existem evidências “esmagado- 
ras” de que o “açúcar é um dos alimentos comuns mais fortes, capazes de afetar a mente 
e o humor”. Alguns médicos ortomoleculares referem-se ao açúcar como “o alimento da 
raiva”, sendo causa de tristeza “inexplicável”. 
Rimland (apud Pat Lazarus) pediu aos pais para comparar a modificação 
comportamental, à psicoterapia e várias outras técnicas, eliminando três fatores 
alimentares, aos quais as pessoas normalmente são intolerantes: 83% observaram 
que a modificação do comportamento ajudou seus filhos. A segunda melhor medida foi a 
eliminação do açúcar da dieta: 52% julgaram que seus filhos melhoraram. Em seguida, a 
eliminação do leite: 46% dos pais observaram resultados positivos. A psicoterapia ficou 
em último lugar como fator de melhora: 35% relatou melhorar e 6% relatou que houve 
piora. 
O açúcar pode causar o desejo de consumir drogas, ao afetar as substâncias 
químicas do cérebro que influem no comportamento. 
Hoffer (apud Pat Lazarus) afirmou que “a retirada do açúcar pode gerar tanto 
sintomas de abstinência abrupta quanto a abstinência de heroína”. 
O açúcar pode ser um controlador tão poderoso do comportamento que foi 
chamado de “a mãe das dependências”. 
No final de 1979, o New York City Bcard of Education iniciou o que poderia ser 
chamado de “experimento em massa” sobre os efeitos do açúcar e outros fatores alimen- 
tares na capacidade de aprendizado. O conselho ordenou uma redução na 
quantidade de açúcar no programa de merenda escolar e proibiu o uso de dois 
corantes artificiais. Seis meses depois, a pontuação da cidade no California 
Achievement Test, um teste nacional de progresso escolar, subiu para 47%. Um ano 
antes, a cidade de New York tinha ficado em 39%, praticamente a mesma classificação 
que teve ao longo da década de 70. Em “Improving your Child’s” Behaviors Chemistry (p. 
164), Lendon H. Smith, 
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 20 
M.D. (apud Pat Lazarus) sugere um teste simples que pode ser realizado em casa, 
sobre os efeitos do açúcar no comportamento das crianças: “observe como um 
estresse insignificante... coloca a criança para baixo se ocorrer 2 h após a ingestão de 
uma rosca, um sorvete ou até mesmo um chiclete. O mesmo estresse... 2h após a 
ingestão de 30 g de proteína será enfrentado com calma ou com desdém”. 
 Karl E. Humiston M. D. (apud Pat Lazarus) declarou que “a hiperatividade 
devese, antes de tudo, ao açúcar e depois à intolerância alimentar e química”. 
 
Sobre os minerais - O açúcar refinado é letal quando ingerido pelos seres humanos 
porque fornece apenas uma caloria nua, vazia. Além disso, o açúcar é pior do que nada, 
porque drena e consome, gradativamente, as preciosas vitaminas e minerais do corpo, 
pelas exigências que sua digestão e eliminação fazem ao sistema humano no momento 
de seu metabolismo. 
O equilíbrio é tão essencial ao nosso corpo que possuímos diversas alternati- 
vas para enfrentar o repentino choque provocado por uma maciça ingestão de açúcar. 
Minerais tais como: sódio, potássio e magnésio (dos vegetais) e cálcio (dos ossos) são 
mobilizados e utilizados em transmutações químicas; ácidos neutros são produzidos 
para tentar fazer o equilíbrio do fator ácido-alcalino do sangue. A ingestão diária de 
açúcar produz uma condição continuamente superácida e mais e mais minerais são re- 
quisitados da profundeza do corpo na tentativa de promover o equilíbrio. Finalmente, 
para proteger nosso sangue, tanto cálcio é retirado dos ossos e dentes que tem início 
as cáries e um enfraquecimento generalizado. 
 
Açúcar e obesidade - Com o passar do tempo, o excesso de açúcar afeta cada órgão 
do corpo. Inicialmente, ele é estocado no fígado, sob a forma de glicose (glicogênio);como a capacidade do fígado é limitada, o excesso retorna ao sangue sob a forma de 
ácidos gordurosos. Estes são, por sua vez, levados por todo o corpo e estocado 
naquelas células mais inativas; as células gordurosas da barriga, nádegas, os seios e 
as coxas. Quando esses locais encontram-se completamente cheios, os ácidos 
gordurosos são então distribuídos entre os órgãos ativos, tais como o coração e os rins, 
que começam a ter problemas com suas atividades e finalmente degeneram e se 
transformam em gordura. O corpo todo é afetado pela habilidade reduzida e surge uma 
pressão sangüínea anormal. Além disso, o açúcar aumenta os triglicérides. 
 
Açúcar e fermentação - Quando o açúcar é ingerido com outros alimentos, talvez a 
carne e o pão num sanduíche, por um certo tempo ele fica parado esperando que a pro- 
teína e o pão sejam digeridos e, assim, ele fermenta. Um sanduíche com refrigerante é 
suficiente para transformar seu estômago numa usina de álcool, ácido acético e dióxido 
de carbono, substâncias venenosas. 
 
No sistema imunológico - O uso de açúcar em grandes quantidades reduz 
sensivel- mente a ação dos glóbulos brancos: 
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 21 
Uma pesquisa mostrou a capacidade dos glóbulos brancos de destruírem 
microorganismos e cada leucócito é capaz de destruir 14 bactérias. Isso na ausência 
do açúcar. À medida que o açúcar foi aumentado na dieta, essas células diminuíram 
suas atividades: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É interessante verificar que é necessário um metro de cana para obter uma 
colher de chá de açúcar. Quanto mais açúcar usarmos, maior a quantidade de cana 
utilizada. Por exemplo: em 3 bolas de sorvete ingerimos 24 metros de cana, somados 
a corantes, conservantes, sabor artificial, gorduras, etc. 
Para prevenir esses problemas comece deixando o açúcar branco. Substitua-o 
por açúcar mascavo e mel, se você não é diabético. Porém use-os com moderação. 
O ideal é usar o açúcar das frutas e ter um bom consumo de cereais integrais. 
A comunidade médica elegeu o diabetes como o mal do Século XXI, um inimigo 
silencioso que tem a ver com o uso de açúcar e descontroles na dieta. Segundo a 
Organização Mundial de Saúde (OMS), no ano 2000, o diabetes atingiu 160 milhões de 
pessoas e, ao longo do próximo milênio, essa proporção chegará a um entre cada cinco 
habitantes do planeta. Para diminuir 50% dos riscos dessa doença, basta controlar a 
obesidade mudando o que se come e bebe. 
 
Açúcar e ácido úrico - Açúcar aumenta a concentração de ácido úrico no sangue. 
 
Açúcare diabetes - O diabetes é verdadeiramente uma doença degenerativa 
designada como “uma doença degenerativa nutricional” e pode ser um acelerador do 
envelhecimento. 
Segundo a Revista Super Interessante (janeiro de 2000), o número de 
diabéticos dobrou nos últimos dez anos. Já existem 160 milhões de doentes, mais 
de 10 milhões em 2006 só no Brasil. 
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“O diabetes que surge em adultos tornou-se uma epidemia assustadora”, diz o 
endocrinologista Jorde Gross, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes. O Brasil 
é o 6º colocado no ranking mundial da doença. O primeiro é a Índia, com 50 milhões 
de diabéticos. Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), o total 
mundial dobrará até 2025. O que tem causado esse vasto aumento testemunhado 
pelo mundo ocidental na atualidade? Essa questão tem estimulado muitos estudos 
epidemiológicos em anos recentes dos quais citaremos alguns: 
Primeiro: Os índios Puna, em seu habitat normal, não tinham qualquer caso 
de diabetes conhecido. Desde que eles foram colocados em reservas e têm ingerido 
uma dieta com alto teor de açúcar e carboidratos refinados, 40 a 50% da tribo têm 
manifes- tado diabetes. Esse resultado deve-se tanto ao fato da mudança da dieta, 
como também ao fato de que se exercitam muito menos atualmente e são muito mais 
gordos agora do que em várias décadas anteriores. 
Segundo: Um médico israelita, em uma palestra perante a Sociedade Química 
Americana, incriminou o açúcar como sendo um dos maiores problemas da nossa 
sociedade atual. Na realidade, ele declarou que os governantes deveriam tornar 
obrigatória a exibição de um aviso de perigo em todos os pacotes que contenham 
açúcar, assim como é feito com o cigarro. Ele mencionou os judeus yemenita, entre os 
quais o diabetes era, virtualmente, desconhecido duas ou três décadas atrás. Porém 
atualmente um em cada cinco adultos yemenita vivendo em Israel, que tenham acima 
de trinta anos de idade, apresenta diabetes. A principal mudança em seu estilo de 
vida tem sido um aumento marcante de doces e açúcares. 
Terceiro: O estudo que melhor mostra os dados gráficos envolvem os 
esquimós. A revista “Nutrition Today” foi dedicada à nutrição no Canadá com um setor 
bem amplo descrevendo os esquimós. O artigo foi descrito por um médico que vivera 
e estudara esse povo, por duas ou três décadas. Um gráfico mostrava a média de 
ingestão de açúcar em todas as formas, libra por libra, entre 1959 e 1967. Em 1959, 
a média de inges- tão por ano, por pessoas entre os esquimós no Canadá, era de 26 
libras. Apenas oito anos mais tarde, 1967, ela atingiu 104,2 libras. A porcentagem da 
sua ingestão total de carboidratos não refinados caiu de 82% para 55%. Os esquimós 
têm sido notados através dos anos por seus dentes fortes e belos. Os dentes das 
mulheres mais idosas eram desgastados quase que até a gengiva, devido ao hábito de 
mascar pêlo de animais para produzir couro. Esses tocos de dentes antigamente 
estavam livres de cáries e em boas condições. Atualmente, em contraste, aqueles que 
vivem próximos aos postos de comércio têm dentes que estão completamente 
cariados, permanecem somente os ca- cos de dentes escurecidos. Ao invés de 
mastigar os couros de caribus, eles agora masti- gam caramelos e chocolates e tomam 
refrigerantes, começando na infância com o bico de mamadeira colocado em uma 
garrafa de refrigerante. Quando os primeiros dentes aparecem eles já estão com 
cáries. Além das doenças dentárias, outros problemas estão aparecendo. Alguns anos 
atrás, o diabetes era desconhecido entre os esquimós. Mais casos novos aparecem 
a cada dia. 
A ingestão de açúcar nos EUA tem sido calculada entre 55 a 65 quilos por 
pessoa, por ano, o equivalente a 35 a 40 colheres de chá por dia. Essa mudança tem 
sido 
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processada por mais de 80 a 100 anos, mas as mudanças nos esquimós ocorreram 
em menos de uma década. 
Evite os adoçantes que são produtos químicos (artificiais, industrializados), e 
muitos deles são cancerígenos. 
 
ADITIVOS QUÍMICOS 
Hipócrates ficaria tonto diante de um paciente moderno: simplesmente não 
conseguiria entender certos sintomas. Os médicos atuais estão tentando. Já sabem 
que aditivos químicos e metais tóxicos provenientes da poluição do ar, água e comida 
acumulam no organismo e causam deficiências e degenerações das células. 
Aqui está a grande diferença entre os produtos naturais e os industrializados. 
Estes, além de nunca serem frescos, caracterizam-se pela presença de aditivos. Alguns 
inofensivos, outros suspeitos e vários malditos. São eles que impedem o apodrecimen- 
to da carne, o ressecamento e o mofo dos pães de forma, o ranço da margarina, o mau 
cheiro dos laticínios, juntamente com um caldeirão mágico para dar cor, consistência, 
aroma, sabor, leveza, uniformidade, secura e, principalmente, longevidade aos produtos. 
Com eles qualquer bobagem pode se tornar um sucesso. Basta você misturar água, gás 
carbônico, corante, aromatizante, acidulante, cafeína, açúcar e completar a lista para 
mais de 80 outros ingredientes e você tem um refrigerante. Existem mais de agentes 
químicos em uso na produção comercial do ocidente, dos quais 65.000 são 
potencialmente perigosos à saúde. Novas 6.000 fórmulas são testadas cada semana e 
ninguém vai pararcom isso, porque isso é o progresso em marcha. Do ponto de vista 
das indústrias, a humanidade está num patamar de riqueza. 
Dispomos de 700 aditivos para a água, 3.000 para a comida, 10.000 para 
processamento industrial e conservação de alimentos. Isso nos livra da fome que sempre 
foi um dos maiores medos da humanidade? A radiação atômica também contribui para 
delícias e delírios da civilização, vem junto com aparelhos de TV, telas de computadores, 
fornos de microondas, radiografias, painéis fosforescentes, automóveis, rádios e 
relógios, redes de alta tensão, jazidas de urânio, frigideiras antiaderentes, cigarros e mil 
surpresinhas mais. Até laranjas e bananas podem ser radiadas para jamais 
apodrecerem. 
Os rótulos de alguns produtos alimentícios parecem mais com os misteriosos 
preparos de feiticeiras do que com o processamento de alimentos para consumo de 
humanos. 
Toda essa “evolução” tem nos levado cada vez mais longe da natureza, 
natureza esta, que também tem sido degradada cada dia. O preço pago está cada vez 
mais alto: enfermidades e mortes prematuras. 
Não vou colocar aqui esses venenos de forma específica com suas respectivas 
funções “benéficas” para a indústria e seus efeitos nefastos para o homem. Os aditivos 
químicos foram aqui mencionados para deixar claro que a mudança vale a pena por va- 
lorizar o natural e evitar a maioria desses aditivos, o que irá somar à qualidade de vida 
 
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VINAGRE 
O vinagre é uma mistura de ácido acético e água. Portanto, um produto 
químico corrosivo da mucosa gástrica que provoca fermentação, gases, gastrites e até 
mesmo úlceras. 
“As saladas preparadas com óleo e vinagre produzem fermentação no estômago 
e assim a comida não é digerida, mas decompõe-se ou apodrece. Em conseqüência, o 
sangue não é nutrido, mas fica cheio de impurezas, e surgem perturbações hepáticas 
e renais.” Ellen G. White 
 
SAL 
 
O sal comum é o cloreto de sódio puro e os produtos puros ou purificados 
devem ser evitados. 
Os males do sal são devido ao que parece de modo geral uma perturbação dos 
tecidos conjuntivos, numa série de enfermidades correntes e graves do coração, fígado 
e rins, assim como no edema da gravidez, cujos efeitos curativos aparecem com a su- 
pressão total do sal. 
Cada grama de sal precisa de uma proporção 20 vezes maior de água para 
manipulá-lo no organismo. O excesso compromete a desintoxicação das células, 
aumentando o peso, facilitando a hipertensão, dores de cabeça, gengivites, hemorróidas 
e inflamações 
Devemos substituir o sal puro por sal integral ou do mar (marinho) por conter 
18 minerais e procurar usar o mínimo possível. De preferência, nunca tê-lo à mesa. Seu 
uso não deve ultrapassar 6 gramas por dia. 
 
LEITE 
Está cada vez mais claro para os pesquisadores que o leite é um produto para 
bebês e cada bebê deve mamar na sua própria mãe, enquanto o leite é necessário 
para ele, ou melhor, até 1 ano de idade. Para os animais mamíferos, esse período é 
ainda menor. 
Preocupados com o crescimento das alergias e sem entender por que um 
alimento próprio dos mamíferos estaria causando tantos danos, pesquisadores 
verificaram os efeitos alérgenos do leite, notando que humanos estão desenvolvendo 
alergias a um produto de outra espécie, preparado com gorduras, açúcares, minerais, 
vitaminas, anticorpos e hormônios para os seus filhotes no caso da vaca, para o 
bezerro (criar chifre, couro, rabo e casco). 
Esse leite contém hormônios do crescimento que servem para transformar um 
bezerro de dezoito quilos em uma vaca ou touro de 300 a 450 quilos. “Isso é excelente 
para uma vaca, mas não para um gatinho”, observou um veterinário. Obviamente, esses 
hormônios não são bons para nossos filhos. 
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Mandell (apud Pat Lazarus) afirma, em uma série de testes alimentares 
realizados com crianças com sensibilidades, que 50% eram alérgicas ao leite de vaca. 
Em outra pesquisa, diz-se que o leite é o problema número um das crianças, sendo 
a causa de muitas doenças mentais, físicas e psicossomáticas. Quantas crianças 
estão nos fazendo sofrer e estão sofrendo elas mesmas, desnecessariamente, 
devido à antiga crença de que leite é bom para todas as crianças. 
A digestão do leite não é simples. Tanto a proteína quanto o carboidrato 
(lactose) do leite necessitam de agentes digestivos especiais: renina para digestão da 
proteína e a lactase para a digestão da lactose; essas duas poderosas substâncias 
estão presentes nos líquidos digestivos apenas de bebês, ou crianças até 5 anos. As 
pessoas do grupo étnico do norte europeu, 45% não possuem essas enzimas na 
idade adulta. Os norte americanos, segundo pesquisas, indicam ter uma deficiência de 
16 a 55%, sendo que a maiores incidências ocorre nos negros. 
A lactose atinge o cólon sem ser digerida e vai servir de alimento às bactérias. 
A fermentação resultante produz ácidos e gases que causam desconforto, 
anuviamento mental, dores de cabeça, mau hálito e muitos outros sintomas. A renina 
coagula o leite em bebês. Depois que a produção de renina termina, por volta de 2 
anos de idade, o ácido clorídrico assume a função de coagular o leite, mas o faz com 
menos eficiência que a renina. Por essa razão, a digestão do leite é bem mais difícil 
nos adultos do que em bebês. 
“Seja progressiva a mudança dos hábitos alimentares. È necessário aprender 
a preparar o alimento sem o uso de leite ou manteiga. Em breve virá o tempo em que 
não haverá segurança no uso de ovos, leite, creme ou manteiga, pelo motivo de as 
doenças nos animais estarem aumentando na mesma proporção do aumento da 
impiedade entre os homens”, diz Ellen White. 
“A luz que me foi dada é que não tardará muito e teremos de abandonar o uso 
de alimento animal. Mesmo o leite terá de ser rejeitado. Acumulam-se rapidamente as 
doenças. Acha-se breve na terra a maldição de Deus, porquanto os homens a 
arruinaram”. Ellen G. White. 
Na cidade de Matão, interior de São Paulo, a mortalidade infantil caiu 50% com 
a substituição do leite de vaca pelo leite de soja. 
O leite e derivados são os maiores causadores de alergias alimentares, 
ocasionando problemas de pele, cefaléias (dores de cabeça), rinites (secreção nasal), 
sinusites, bronquites, cólicas e outros. A maioria das pessoas não está ciente de que 
seja o leite o causador de tantos problemas. 
Os produtos lácteos são pobres em ferro e por isso podem estar na base das 
anemias da primeira infância ou de dietas que valorizam esse alimento. 
Algumas pesquisas têm ligado o uso de leite e derivados ao câncer de ovário. 
Uma vez que a lactose é quebrada pela lactase em glicose e galactose, a galactose 
será quebrada por outra enzima, a galactase, para ser utilizada pelo organismo. 
Quando o consumo de produtos lácteos ultrapassa a capacidade enzimática da 
galactase, ocorre um aumento de galactose no sangue, o que parece afetar os 
ovários. 
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 26 
Essa mesma galactose pode acumular em grandes quantidades nos olhos, 
mais especificamente na lente, desencadeando processos oxidativos responsáveis 
pela opacificação da lente (cataratas); é claro que este não é o único fator. Outros 
fatores tais como: radiação ultravioleta e carência de substâncias antioxidantes 
também podem causar catarata. 
Leite e derivados são ricos em colesterol, principalmente os sorvetes. O menos 
gorduroso contém 50% de suas calorias na forma de gordura. Já vimos que ingestão de 
gordura implica em doenças cardiovasculares e cânceres. 
 
OVOS 
 
Depois do leite materno, a proteína do ovo é considerada a mais perfeita que 
existe. O pivô da polêmica é a concentração de colesterol existente na gema. A clara, por 
outro lado, não tem colesterol e é considerada uma proteína padrão. “Um ovo de galinha 
equivale a 50 gramas de carne, vale por um bifinho”, diz CelesteViggiano, nutricionista 
de São Paulo. 
Um ovo contém: 50g de peso, 75 calorias, 6g de proteína, 36,5mg de cálcio, 
112mg de fósforo, 213mg de colesterol, 265mcg de Vitamina A e 0,2 mcg de Vitamina 
B12. Vemos que a composição preocupante é o colesterol, que se apresenta acima do 
normal com relação ao colesterol circulante do sangue de uma pessoa. Numa 
alimentação moderna, o problema se agrava, quando não só o ovo contribui para o 
acréscimo do colesterol. É possível observar a presença de até sete produtos de origem 
animal, ricos em colesterol, em um simples sanduíche. Em alguns casos, a questão 
talvez seja a redução do consumo de ovos, não ultrapassando dois por semana, 
considerando os preparados que levem ovos. Outra medida seria a diminuição de ovos 
nas receitas, restringindo também o uso da gema, dando preferência para os ovos 
caipiras, pois os ovos de granja estão impregnados dos produtos químicos (hormônios, 
antibióticos, agrotóxicos), além de contribuir com o sofrimento desses animais que são 
usados como máquinas de produção de ovos e vivem aprisionados em gaiolas, sem o 
direito de dormirem para que possam produzir noite e dia. 
Marshall Mandell, (apud Pat Lazarus) registrou a seguinte história em “Day 
Allergy Relief System”. Um rapaz de 19 anos era esquizofrênico com tendência à 
violência e “apesar do tratamento psiquiátrico, continuava a ter impulsos violentos, 
inclusive agressões físicas que aterrorizavam e feriam sua mãe. Desesperada, a Sra. W. 
procuroume na esperança de que fosse possível ajudá-la, o suficiente para que ele 
permanecesse em casa sem deixá-la com medo que ele a agredisse”. 
“Uma série de testes alimentares começou a revelar quais alimentos influen- 
ciavam sua esquizofrenia e seu comportamento violento. Depois de meia hora comendo 
vários ovos, esse já agradável e cooperativo rapaz transformou-se em um animal 
selvagem furioso e incontrolável... Cinco membros da equipe psiquiátrica tiveram que 
impedi-lo de machucar outros e a si mesmo, através de uma camisa de força até que os 
efeitos diminuíssem”.
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QUEIJOS 
 
 Pfeifer (apud Pat Lazarus) afirma em seu livro: “hoje, sabemos que uma dieta 
com baixo teor de proteína animal, mais baixo teor de carboidratos complexos, 
proporciona consistentemente melhores resultados no tratamento da esquizofrenia, 
através de um controle da hipoglicemia (possível causadora de alguns casos de 
esquizofrenia)”. 
A possibilidade de as pessoas apresentarem alergias aos produtos de origem 
animal é maior e mais freqüente. 
Não há suficientes provas científicas contra o uso do queijo, senão algumas 
referências. Entretanto, há evidências incontestáveis contra ele, que só elas seriam 
o bastante. 
Há alguns anos, se verificou que o queijo causava uma imediata elevação da 
pressão arterial: até mesmo uma fatiazinha de 20 gramas era o suficiente. 
Então se descobriu que o perturbador oculto era a tiramina encontrada em 
certos tipos de queijo. 
Um dos mais notáveis prejuízos do queijo é o fato de que ele causa prisão de 
ventre. O uso regular do mesmo, e embora algumas pessoas não o percebam, atrasa a 
eliminação completa dos dejetos intestinais. 
Ellen G. White escreveu em 1868: “O queijo jamais deveria ser introduzido no 
estômago”. E mais tarde em seu livro Ministry Healing, p. 302: “O queijo é muito mais 
objetável, ele é totalmente impróprio para o alimento”. 
Nas páginas 368-370 de “Conselhos Sobre o Regime Alimentar”, ela faz mais 
oito referências ao queijo, condenando até mesmo o queijo fresco, o tipo “queijo-de-mi- 
nas”. Numa das passagens ela diz: “O efeito do queijo é deletério”. E na última delas, fala 
de experiência pessoal: “Nunca pensamos em fazer do queijo artigo de alimentação”. 
O fato de que o queijo é curado por bactérias e que essa atividade bacteriológica 
é essencial para a produção do odor (bactéria do chulé) e sabor característicos do 
produto final, não remove o estigma de podre e estragado de um produto no qual a 
indesejável atividade bacteriana desenvolveu cheiro, paladar e textura anormais. 
Muitos produtos desse tipo são constantemente observados e classificados 
apropriadamente como podres e estragados e não deveriam ser permitidos no 
mercado mais do que tomates ou peixes podres. 
Durante a cura do queijo, vários tipos de bactérias e fungos de mofo operam 
nas proteínas, gorduras e carboidratos do coalho, através de processos de fermentação 
e decomposição. Quanto mais velho o queijo, maior o grau de decomposição e mais 
forte o sabor. Os produtos desenvolvidos durante o envelhecimento matam a maioria 
das bactérias patogênicas. Os possíveis efeitos resultantes disso na saúde humana 
não são conhecidos até ao presente. 
Um grama de queijo fresco contém de 90 mil a 140 mil bactérias; um queijo de 
25 dias contém pelo menos 1.200.000 bactérias por grama; e um queijo de 45 dias, mais 
de 2.000.000 por grama. 
“Não obstante as pessoas continuarão a engolir milhões de microorganismos 
numa refeição, admirar-se-ão por que sofrem de acidez estomacal, azia com queimação, 
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flatulência, biliosidade e uma variedade de outros sintomas devido aos germes.” (The 
Monitor of Health, p. 131-132). Ellen G. White 
O queijo contém produtos estranhos para o organismo, que são produzidos 
pela ação das bactérias sobre as proteínas. Essa ação se chama putrefação. Os 
produ- tos estranhos resultantes levam o sistema imunológico a reagir 
constantemente, e tal freqüência de reação o desgasta. Para compensar essa 
fraqueza, ele reage fortemente a qualquer agressor, grande ou pequeno (alergias). 
 
COZIMENTO 
Os alimentos cozidos podem perder até 90% do conteúdo vitamínico original. 
Porém muitos alimentos precisam ser cozidos para ser melhores digeridos. Por 
exemplo: as leguminosas, ou seja, os feijões, que quando comidos crus, liberam 
antinutrientes que interferem na absorção de alguns minerais. 
Procure ingerir uma maior quantidade de vegetais crus e os cozidos faça-os com 
pouca água em fogo baixo e panela tampada. 
 
CARNE 
“Os que se alimentam de carne estão comendo cereais e verduras em 
segunda mão. A carne nunca foi o alimento melhor; seu uso agora é, todavia, 
duplamente objetável, devido às moléstias nos animais estarem crescendo com tanta 
rapidez. Os que comem alimento cárneo mal sabem o que estão ingerindo. 
Freqüentemente, se pudes- sem ver os animais ainda vivos e saberem que espécies de 
carne estão comendo, repeli-la-iam enojados”. (Ellen G. White). 
“Alguns animais levados ao matadouro parecem entender, pelo instinto, o que 
vai acontecer, e tornam-se furiosos, literalmente loucos. São mortos enquanto se acham 
nesse estado e sua carne é preparada para o mercado. Essa carne é tóxica, e tem 
produzido, nos seus consumidores, câimbras, convulsões, apoplexia (problemas orgâni- 
cos gerais) e morte súbita” (Conselhos sobre Regime Alimentar, Ellen White pág.386). 
Quando o animal morre, existem nele muitas toxinas em processo de expulsão, 
principalmente pela urina. Estas toxinas permanecem na carne e são ingeridas pelos que 
se alimentam dela. É evidente que isto não deve ser saudável. Cada quilo de carne 
bovina tem 2g de ácido úrico, o que é uma dose bastante elevada. Quando a carne é co- 
zida, os resíduos se apresentam na forma de caldo que, analisado, assemelha-se à urina. 
Cada bife de 100 gramas contém mais de um bilhão de germes e se essa carne 
não for devidamente esterilizada pelo calor, grandes quantidades de micróbios ativos 
serão ingeridos. Mas, além da carne ser uma grande transmissora de micróbios, ela dei- 
xa o organismo sem resistência às invasões de germes de outras fontes. 
Segundo Elmer V. Mc Collun (“Food, Nutrition and Health”, p. 84) (apud Durval 
Stockler): “Um consumo elevado de carne e ovos aumenta a putrefação no cólon. Se não 
sofrermos imediatamente as conseqüências da putrefação,não é porque as toxinas 
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sejam benignas, mas devido ao maravilhoso poder restaurador do organismo. Pelo 
menos enquanto o corpo ainda tem certa quantidade de resistência”. 
 
EFEITO DO USO DA CARNE 
Carne e câncer - Há poucas enfermidades que sejam tão temidas como esta. Ela é 
hoje, em todo o mundo, a segunda doença que mais mata. Nos Estados Unidos, as 
possibilidades de a pessoa contrair uma das várias formas de câncer é de 1 em 4. 
Para nossa surpresa, essa enfermidade que tanto apavora e traz sofrimento e morte, 
na maioria dos casos é prevenível. “Os pesquisadores responsáveis estimam que 
poderíamos prevenir até 80% de todos os cânceres, simplesmente fazendo algumas 
alterações no estilo de vida e dispensando vigilante atenção ao que comemos”. 
(Schaffenberg, JÁ. 1988). 
Dados epidemiológicos apontam para a prevenção através de uma dieta de 
baixa gordura que previne especialmente câncer de mama e traz benefícios também 
ao coração. (Revista Brasileira de Mastologia, Março, nº 1, 2000, pág. 25). 
O cozimento da carne forma aminas que aumentam o risco de câncer de cólon, 
seios, próstata e pâncreas. A carne vermelha é pior. 
Experiências recentes associam a carne vermelha à pelo menos seis tipos de 
tumores. Três mil especialistas reunidos no Rio de Janeiro em 1998, alertaram para ter 
cuidado com ela. 
De acordo com o julgamento das maiores autoridades do planeta no combate 
ao câncer, só o cigarro pode ser mais perigoso do que uma picanha na brasa. Daqui para 
frente, o rodízio e outros cultos da carne passam a ser o inimigo número um do público 
, segundo a bancada de juízes reunidos no 17º Congresso Mundial do Câncer. Segundo 
os médicos, 35% de todas as mortes por câncer se devem, em boa parte, ao consumo 
de filés, lombos e lingüiças. 
Quem come 140g de carne por dia deveria pensar em reduzir a cota. 
A lista de doenças atribuídas ao bife não é apenas impressionante. Ela está 
crescendo. Nos anos 90, a preocupação médica concentrava nos males da gordura 
ani- mal para o coração. Como a proteína vermelha tem muita gordura, ela aumenta as 
taxas de colesterol, um entupidor de artérias. Doenças como ataques cardíacos, 
hipertensão e arteriosclerose continuam na lista, mas a essas soma-se o temido 
câncer e outras doenças. 
Na década de 1990, apenas um tipo de câncer havia sido relacionado ao açou- 
gue, o terceiro que mais mata no mundo. Mas, de lá para cá, apareceram os de boca, 
faringe e estômago, os campeões de mortes no Brasil. E agora estão revelando 
ataques a mais dois órgãos, seio e próstata. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, 
os tumo- res do estômago terão sido responsáveis pela morte de 13.200 brasileiros, 
em 1998. Isso faz dele o mais letal do país (o segundo colocado é o que ataca os 
pulmões-12.700 mortos). 
 
Gases vigilantes - Cientistas ingleses criaram uma forma de detectar os gases 
produzidos por bactérias intestinais, após ingestão de carne vermelha. 
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Um voluntário fica numa sala lacrada, onde o ar entra e sai por tubos dotados 
de válvulas. Controlando o tubo de saída, sabe-se quais são os gases produzidos pelo 
sistema digestivo da cobaia. Os cientistas deram ao cidadão uma dieta de carne ver- 
melha que contém enxofre e hidrogênio, e esperam. Mais tarde, durante a checagem, 
encontra este último entre os gases gerados na sala. No final da experiência, entretanto, 
acham muito pouco hidrogênio e passam a desconfiar que ele poderia estar sendo 
consumido dentro do intestino do voluntário. Decidem procurar quem é o ladrão de 
gases. Exames revelam bactérias chamadas dissulforíbrium, capazes de combinar 
hidrogênio e enxofre, em um composto cancerígeno. 
“Outras substâncias perigosas contrabandeadas para dentro do organismo 
são as aminas heterocíclicas que, apesar de não existirem na carne crua, formam-
se pela ação do calor da grelha, dando aquele pretinho crocante dos churrascos e das 
frituras. As aminas chegam ao interior das células, onde se ligam ao DNA (estrutura 
genética da célula), provocando mutações cancerígenas, diz Barbara Pence, da 
Universidade Técnica do Texas. Estes compostos atacam o intestino e o estômago, mas 
estão também ligados ao câncer de seio”. 
“As duas últimas substâncias incriminadas são o alcatrão, o mesmo do cigarro 
contido na fumaça que sobe da picanha na brasa, e o sal que cobre a tradicional carne 
seca. O sal sozinho é inofensivo, mas associado ao N-nitrosamida (formado pela fer- 
mentação da carne ao sol) se transforma numa toxina cancerígena. Diante de um quin- 
teto como este (dióxido de enxofre, aminas heterocíclicas, proteína vermelha, alcatrão 
e N-nitrosamida) fica difícil ignorar os riscos da carne vermelha.” (Super Interessante, 
dezembro, 1998, pág. 50-55). 
Uma outra substância, também presente no cigarro, e na carne assada na 
brasa, é o benzopireno (agente estimulante do câncer). Experiências com ratos 
confirmam o efeito cancerígeno dessa substância. Dosando-se a quantidade de 
benzopireno no cigarro e na carne chega-se a conclusão de que um quilo de carne 
assada contém o benzopireno de 600 cigarros. Alguns poderiam pensar: Basta não 
comer a carne assada. Mas saiba você que existem outras substâncias cancerígenas na 
carne. Por exemplo, o metilcolantreno que, ministrado a animais de pequeno porte e em 
grande quantidade, estes contraem câncer. Mas e se não fossem usadas doses tão 
altas? Uma única dose em camundongos foi insuficiente para causar câncer em si 
mesmo. Quando, porém, foi dado um segundo estimulante de câncer, em quantidades 
insuficientes para sozinho produzir câncer, os ratos contraíram essa enfermidade. Vemos 
que pequenas doses de mitilcolantreno deixam o organismo sensível a outros agentes 
produtores de câncer. (Vida e Saúde Especial: Vegetarianismo, pág. 24). 
Estudos epidemiológicos têm mostrado uma relação entre dieta e câncer, e o 
que se tem visto é um efeito positivo da substituição de uma dieta comum para uma 
dieta vegetariana mista e balanceada. 
Vinte pessoas de peso normal, não fumantes, onívoras saudáveis de 44 anos, 
que não usavam tratamentos médicos, mudaram de uma dieta mista para uma dieta 
ovo-lacto-vegetariana. Fezes e urinas foram coletadas antes e após três meses de 
substituição da dieta para uma dieta mais rica em carboidratos e fibras. Houve uma 
pequena 
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excreção de ácidos graxos urinários e fecais, com aumento do peso fecal. Os ácidos 
graxos solúveis (ácido desoxicólico, B-glucoronidase, B-glucosidase, sulfatase) 
diminuíram nas fezes e substâncias mutagênicas decresceram na urina. A diminuição 
desses ácidos graxos pode, em parte, ser explicada pelo aumento fecal, com a 
substituição da dieta associada ao aumento de água. 
A conclusão dos estudos indica que a mudança da dieta mista para uma cha- 
mada de baixo risco para câncer de cólon diminuiu também os riscos de vários tipos de 
câncer. 
A carne contém a maioria dos fatores que usualmente se encontram implicados 
na promoção do câncer, ao passo que os alimentos vegetais contêm, pelo menos, vinte 
grandes classes de fitoquímicos que ajudam a preveni-lo. 
A falta de fibras incrementa o risco de câncer do cólon. Carnes e outros produ- 
tos comuns da dieta não vegetariana contêm pouca ou nenhuma fibra. Frutas 
completas em lugar de sucos de frutas, grãos integrais em lugar de massa e arroz 
branco ou pão branco; verduras e nozes ou sementes, provêm-nos das necessárias 
fibras. 
As gorduras promovem o desenvolvimento do câncer. Produtos animais são 
ricos em gorduras, ao passo que os vegetais são pobres nas mesmas, à exceção de 
nozes, abacates e azeitonas. Estudos mostram que as gorduras vegetais não se 
correlacionam com o câncer de mama ao redor do mundo, ao passo que para as 
gorduras animais a correlação é positiva. Estudos demonstram que os linfomas se 
correlacionampositivamente com a proteína animal na dieta, mas revelam correlação 
negativa com proteínas vegetais. 
 
Carne e câncer de esôfago e mama - Na Índia, por costumes religiosos, uma grande 
e seleta população de Hindus praticam o vegetarianismo evitando ovos, peixes e 
qualquer tipo de gordura animal. Comparações com não-vegetarianos foram 
realizadas e câncer de esôfago e mama foram observados. 
Um caso controle com 503 casos de câncer de esôfago em mulheres, e 634 
controles registrados no Tatan Memorial Hospital durante o período de 1980 a 1984, 
mostrando o câncer de esôfago em dois tipos de dieta praticada: vegetarianos e não 
vegetarianos. Os resultados mostraram uma maior proteção com a dieta vegetariana. 
Os cânceres de mama são considerados hormônio-dependentes e a dieta vege tariana 
mostra uma queda na produção noturna de prolactinas (40% menos). 
Phillips evidenciou em suas pesquisas, em 1975, uma certa proteção para cân- 
cer de seio em vegetarianos. Provavelmente devido à alta ingestão de fibra e baixa 
ingestão de gordura pelos praticantes desta dieta; menor taxa de hormônios 
circulantes talvez tenha efeito benéfico. Parece haver uma relação das fibras com a 
quantidade de estrógeno circulante. 
Estudos realizados com adolescentes, no período da menarca, mostram 
menor taxa de hormônio (estrógeno) em vegetarianos e isso parece protegê-las do 
câncer de seio, na idade adulta. É o que conclui Sabaté (1992). 
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Carne e câncer de próstata - O câncer de próstata é 3,6 vezes maior em grandes 
con- sumidores de carne, leite, ovos e queijo. Os não vegetarianos apresentam riscos 
de 41% maior de falecer por câncer de próstata e 66% de câncer de ovário. Esses riscos 
reduzem à metade, elevando a ingestão de frutas e verduras. As carnes incorporam 
todos os riscos dietéticos do câncer. 
 
Carne e câncer de cólon - Através de estudos, que duraram 6 anos, Pramil N. Singh, 
Gary E. Fraser (Center for Health Research, Loma Linda Univesity), examinaram a re- 
lação entre dieta e incidência de câncer de cólon em mais de 32.501 não hispânicos, 
membros do grupo de estudos de saúde Adventista. Essa população foi caracterizada 
por baixa prevalência (< 4%) de uso de cigarro ou álcool e 30% não comiam carne; os 
riscos de câncer de cólon e a regressão do mesmo foram proporcional à dieta. Na po- 
pulação total, houve uma relação positiva desse câncer com a carne considerando não 
vegetarianos e vegetarianos, e uma negativa associação com o consumo de 
legumes. Específicos tipos de carne, carne vermelha e carne branca (peixe e frango), 
e baixa ingestão de legumes, apresentaram alto risco de câncer de cólon para não 
vegetarianos versus vegetarianos estritos, e baixo risco para o aumento da ingestão de 
legumes e alto risco para a ingestão de carne para aqueles que comem carne mais 
de duas vezes por semana, em relação aos que comem carne menos que uma vez 
por semana. 
Os autores concluíram que tanto a carne vermelha quanto a branca apresenta- 
ram alto fator de risco para câncer de cólon e que essa condição pode ser mudada pelo 
aumento da ingestão de legumes. 
Segundo Phillips (1980), vegetarianos têm menos câncer de cólon do que não 
vegetarianos. 
O câncer de cólon tem sido largamente associado ao uso de carne. É o que diz 
Armstrong (1975). 
Willet (1990) (apud Stephan) estudou 88.000 mulheres de 34 a 59 anos. As que 
comiam carne regularmente tinham mais risco de desenvolver câncer de cólon do que 
as mulheres que comiam carne menos que uma vez por mês. 
A redução de câncer em vegetarianos talvez seja devido ao alto consumo de 
fibras (frutas e vegetais) e baixo consumo de gordura saturada. Tem sido sugerido que 
os ácidos biliares são cancerígenos, principalmente para câncer de cólon. Esses ácidos 
são resultantes do metabolismo e da produção hepática. Vegetarianos têm menor 
taxa de ácidos biliares do que os não vegetarianos. Possivelmente, a flora bacteriana de 
vegetarianos reduz a capacidade dos ácidos biliares se tornarem cancerígenos. 
As fibras na dieta vegetariana talvez sejam o maior fator de proteção. Em 1971, 
foi sugerido que alta incidência de câncer de cólon nos ocidentais estava ligada ao baixo 
consumo de fibra na dieta. Outros componentes da dieta junto com as fibras também 
têm sido considerados como tendo efeito protetor. 
Carne e sistema imunológico - O sistema imunológico, representado pelo sangue, 
é o centro de todos fenômenos vitais, seja a reparação de ferimentos, defesa contra 
microorganismos ou tumores. A saúde, portanto, depende da boa qualidade do 
sangue. O sistema imunológico é fortalecido por uma boa respiração, alimentação 
equilibrada, 
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exercícios físicos regulares, repouso adequado e atitude mental positiva. Os conceitos 
de um estilo de vida saudável são ratificados pela ciência moderna e se encontram na 
Bíblia e nos escritos de E. G. White. Constituem o denominador comum para a ciência e 
a verdadeira religião. 
 
Os fatores que deprimem o Sistema Imunológico são: 
 
• Falta de exercício ou excesso; 
• Gordura/carne 
• Deficiência de Ferro, Cobre, Cobalto, Zinco, Selênio, Magnésio e 
Vitamina E; 
• Depressão; 
• Álcool, fumo, drogas (remédios). 
 
Carne e doenças cardíacas crônicas (DCC) - Usuários de carne com a idade de 45 
anos apresentam incidência quatro vezes maior de DCC que homens vegetarianos. À 
idade de 55-60 anos, o risco é duas vezes maior. Sem o aporte de colesterol dietético é 
difícil produzir arteriosclerose em animais. Quanto mais baixo o colesterol ingerido, mais 
baixo o risco de infarto do miocárdio. 
 Gorduras saturadas de origem vegetal não danificam as artérias. Segundo John 
A. Scharffenberg, é difícil produzir arteriosclerose em animais a partir de gorduras 
vegetais saturadas, mesmo quando estas provêm de fontes como o óleo de coco. 
Babuínos alimentados durante dois anos com óleo de coco apresentaram níveis elevados 
de colesterol sérico, mas não se observou lesões em suas artérias, a não ser quando se 
associou colesterol à dieta. Entretanto, quando o colesterol dietético está presente, as 
gorduras saturadas se tornam o fator mais importante no desenvolvimento de 
arteriosclerose. A implicação de que o colesterol dietético é o mais importante fator para 
o problema da arteriosclerose e não as gorduras saturadas é que o frango é tão mau 
quanto a carne bovina. Uma vez que ambos contêm praticamente o mesmo nível de 
colesterol (69 a 70mg/100g). Também significa que o peixe não é tão bom, pois contém 
45 a 140mg de colesterol por 100g. 
 O colesterol puro não danifica as artérias, e sim a forma oxidada. Portanto, o 
colesterol produzido pelo corpo não causa problemas, e sim o colesterol contido em 
alimentos que foram expostos ao ar. O organismo produz LDL-colesterol que pode 
oxidarse no caso de haver deficiência de nutrientes antioxidantes, como as vitaminas 
A, E e C, motivo pelo qual os vegetarianos completos são mais protegidos de doenças 
crônicas cardíacas, não ingerem gordura (colesterol) e ainda comem muitas frutas e 
vegetais ricos em anti-oxidantes. 
Segundo pesquisa realizada pela J. Am. Med. Assoc. (1990), três grupos de 
indivíduos com obstruções de artérias coronárias foram submetidos a dietas pobres 
em gorduras saturadas (5% das calorias). Ao primeiro grupo foi permitida uma dieta 
con- tendo 200mg de colesterol ao dia, ao segundo grupo, 100mg/dia e ao terceiro 
grupo, apenas 12mg/dia. Uma gema de ovo contém 213mg de colesterol, e uma xícara 
de leite integral, 32mg. Um ano depois, os exames mostraram que as obstruções das 
coronárias 
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do primeiro grupo haviam piorado. No segundo grupo, 32% das artérias começaram a 
desobstruir-se, ao passo que no terceiro grupo observou-se 82% de reversão da 
arteriosclerose. Assim, quanto mais baixa a ingestão de colesterol, maior a chance

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