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AO JUÍZO DE DIREITO DA XX° VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE PORTO ALEGRE/RS JUCA SOUZA SILVA, menor absolutamente incapaz, representado por sua mãe MÔNICA BERNADETE SOUZA SILVA, brasileira, viúva, auxiliar de produção., RG n.ºXXXX e CPF n.ºXXXXXXXXX,email:monicasouza@yahoo.com.br ,residentes e domiciliados no endereço Rua Maria Andrade n°19 – bairro : São Lázaro,CEP 69073-000, pela advogada constituída, conforme procuração anexa(doc 1), que receberá as intimações no endereço Rua Vicente Reis n°20, Cep 69073-000, vem respeitosamente a Vossa Excelência ajuizar a presente AÇÃO DE ALIMENTOS, COM PEDIDOS DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS, com fundamento nos artigos 1.694 e seguintes, do Código Civil e Lei nº 5.478/1968, em face de ALICE SILVA, brasileira, aposentada, viúva, RG n.ºXXXXXXX e CPF n.ºXXXXXXXXX,email:alicesilva@gmail.com residente em Manaus/AM e domiciliada na Rua B, nº07, BairroParque 10, Cep 69073-000 , Manaus/AM, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: DA JUSTIÇA GRATUITA Preliminarmente, reque a concessão do benefício da justiça gratuita, haja vista o autor e a sua representante não terem condições econômicas e/ou financeiras de arcar com as custas processuais e demais despesas aplicadas à espécie, honorários advocatícios, sem prejuízo próprio ou de sua família, pois o autor e sua representante são de baixa renda na acepção jurídica do termo (doc 2), de acordo com o artigo 1.º, §§ 2.º a 4.º, Lei 5.478/1968 e dos artigos 98 e seguintes, do Código de Processo Civil. DOS FATOS O autor vive com a sua mãe, e é fruto do casamento desta com Alfredo José Silva, seu pai(doc 3). No dia 20 de setembro de 2015, seus pais se divorciaram, ficando firmado em acordo o pagamento, pelo pai do autor, de pensão alimentícia(doc 4) ao autor no valor de R$ 800,00 (oitocentos reais), o que foi feito até a sua morte, no dia 10 de março de 2022.(doc 5) Com a morte do pai e tendo em vista a asituação economica de sua mãe,que recebe apenas um sálario minimo por mês o que é insuficiente para arcar com as necessidades do autor,tornou-se demasidamente insustentavel a atual situação de sua mãe de arcar sozinha com a manutenção e educação, evidenciando, assim, a necessidade da fixação de alimentos em favor do autor. É imperioso destacar, também, que todos demais avós já faleceram, restando vive apenas a requerida,sua avó materna,que desfruta de uma confortável situação financeira e dispoe de renda mensal no va lor de R$ 8.200,00 (oito mil e duzendtos reias),verificando -se,dessa forma ,a possibilidade de suportar tal obrigação.(doc 6) DO DIREITO O art. 1.694 do Código Civil reconhece ser dever dos parentes prestar alimentos, de modo a arcar com as necessidades dos demais. Outrossim, o § 1º do mesmo artigo é claro ao afirmar que os alimentos devem ser fixados em face do binômio necessidade/possibilidade, sendo este verificado à luz da proporcionalidade, in verbis: “Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. § 1 o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.” Ademais, Segundo o art. 2º da Lei 5.478/68, o credor exporá suas necessidades provando apenas o parentesco/a obrigação alimentar do devedor e indicando, além dos dados, quanto o devedor ganha aproximadamente ou os recursos de que dispõe. Faz-se oportuno ressaltar que as necessidades do autor foram claramente expostas. sendo que a sua genitora percebe mensalmente o valor de um salário-mínimo, bem como, também, a possibilidade econômica da ré resta claramente configurada, uma vez que esta dispõe de uma confortável situação econômica, recebendo mensalmente a importância de R$ 8.200,00 (oito mil e duzentos Reais). Ressalta-se, ainda, o caráter subsidiário da obrigação de prestar alimentos, restando clara, portanto, a obrigação da ré de prestar alimentos, conforme o artigo 1.696, do Diploma Civil, abaixo transcrito: “Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.” DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS Nas ações de alimentos, é cabível a fixação de alimentos provisórios, nos temos do art. 4º da Lei 5.478/68: “Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.” No vertente caso, em razão das dificuldades financeiras por que passa a genitora do menor, mister se faz a fixação, como tutela de urgência. DOS PEDIDOS Por todo o exposto, requer-se: a) a concessão da gratuidade processual ao alimentando, já que pessoa pobre na acepção jurídica do termo, direito assegurado pelo artigo 1.º, §§ 2.º a 4.º, Lei 5.478/1968 e dos artigos 98 e seguintes, do Código de Processo Civil; b) a intimação do membro do Ministério Público para acompanhar a presente demanda; c) o deferimento dos alimentos provisórios no percentual de 30% (trinta por cento) dos vencimentos mensais, deduzidos os descontos obrigatórios e verbas indenizatórias; d) a citação da ré para comparecimento em audiência de conciliação, instrução e julgamento, na qual poderá apresentar a defesa que entender cabível e ouvir até três testemunhas; e) O recebimento da presente ação e, ato contínuo, a fixação liminar de alimentos provisórios no percentual de 30% (trinta por cento) dos vencimentos mensais, equivalente a R$ 2.460,00 (dois mil quatrocentos e sessenta reais), deduzidos os descontos obrigatórios e verbas indenizatórias, a ser depositado na Conta Poupança nº xxxx – Agência. xxxxx, banco Caixa Econômica Federal, conforme os artigos 300 do CPC e 4º da Lei nº 5.478/68; f) produção de todas as provas em direito admitidas, em especial de prova oral com oitiva de testemunhas, depoimento pessoal da ré. DO VALOR DA CAUSA Dá à causa o valor de R$ 29.500,00 (vinte e nove mil quinhentos e vinte reais), nos termos do artigo 292, III, do CPC. Termos em que pede deferimento. Porto Alegre - RS, 04 de março de 2022 Elizangela de Lima Souza Advogada OAB nº 0000 Prova realizada de forma individual Aluna: Elizangela de Lima Souza – 7° Noturno
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