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TCC HUMANIZA DEOCENIRA

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INTITUTO HUMANIZA
CURSO DE GRADUAÇÃO DE BACHAREL EM TEOLOGIA
DEOCENIRA CORRÊA DA CONCEIÇÃO
AFETIVIDADE NA GESTÃO ECLESIÁSTICA
RIO DE JANEIRO
2018
DEOCENIRA CORRÊA DA CONCEIÇÃO
Monografia apresentada ao Instituto Humaniza, como requisito necessário para a obtenção do título de Graduação: Bacharel em Teologia.
Orientador: Professor Mestre – Eliezer Breves da Silva.
AFETIVIDADE NA GESTÃO ECLESIÁSTICA
RIO DE JANEIRO 
2018
EPÍGRAFE
	“Por que a afetividade? Porque é a base da vida.” 
(ROSSINI, 2004)
DEOCENIRA CORRÊA DA CONCEIÇÃO
AFETIVIDADE NA GESTÃO ECLESIÁSTICA
Monografia apresentada ao Instituto Humaniza, como requisito necessário para a obtenção do título Graduação: Bacharel em Teologia.
Orientador: Professor Mestre – Eliezer Breves da Silva.
 
 Rio de Janeiro _______ de _______________ de 2018.
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. 
________________________________________
Prof. 
________________________________________
Prof
RIO DE JANEIRO 
2018
DEOCENIRA CORRÊA DA CONCEIÇÃO
AFETIVIDADE NA GESTÃO ECLESIÁSTICA
Monografia apresentada ao Instituto Humaniza, como requisito necessário para a obtenção do título de Graduação: Bacharel em Teologia.
Orientador: Professor Mestre – Eliezer Breves da Silva.
FOLHA DE APROVAÇÃO
 TCC aprovado em _______ de_________________________ de 2018.
________________________________________
Prof. (Nome do orientador)
Afiliações
_______________________________________
Prof. (Nome do professor avaliador)
Afiliações
________________________________________
Prof. (Nome do professor avaliador)
Afiliações 
RIO DE JANEIRO 
2018
DEDICATÓRIA
A Deus, que me proporcionou a possibilidade de concluir o curso de Graduação em Teologia me permitindo conhecê-lo mais, refletir na tua Palavra e consequentemente me encorajou para questionar realidades е fazer proposições a fim de contribuir para um mundo de melhores possibilidades. A Deus toda glória e toda honra!
AGRADECIMENTOS
	Agradeço primeiramente a Deus por ter me concedido a oportunidade de realizar o curso, me dando ânimo para prosseguir nos momentos de dificuldades. Obrigada Senhor! Por tudo que tens feito por mim e por sua constante e linda presença em todos os momentos da minha vida. 
	Em especial ao meu esposo Geilson Laurentino, por todo apoio, paciência, companheirismo e colaboração em toda trajetória do curso.
	 Ao professor e coordenador do curso pastor Fabiano que contribuiu na mediação e construção do conhecimento e por todo carinho, apoio e compreensão prestados nos momentos mais difíceis dessa formação acadêmica.
	Aos meus filhos pelo apoio em diversas circunstâncias.
	Ao Instituto Humaniza pela oportunidade de realizar o curso.
	Aos colegas do corpo discente que direta ou indiretamente contribuíram e fizeram parte da minha formação.
	Enfim, obrigada a todos!
SUMÁRIO
 INTRODUÇÃO...................................................................................................11
1 AFERTIVIDADE.......................................................................................
1.1 ETMOLOGIA DA PALAVRA AFETIVIDADE.......................
1.2 SIGNIFICADO DO TERMO AFETIVIDADE..................................
1.3 AFETIVIDADE CONCEITO E CONSIDERAÇÕES....................
1.4 AFETIVIDADE UM CONCEITO MAIS PROFUNDO.........................
1.4.1 A Afetividade produz abnegação...............................................
1.4.2 A Afetividade causa efeito de doação........................................
1.4.3 Afetividade e livre-arbítrio.............................................
1.4.4 Afetividade e sua práxis social..................................................................
2 GESTÃO ECLESIÁSTICA......................................................
2.1 O QUE É GESTÃO?..............................................................................
2.2 GESTÃO MINISTERIAL................................................................
2.2.1 Gerir com eficiência os negócios do Reino de Deus.........
2.2.2 A Igreja .................................................................................
3 GESTÃO ECLESIÁSTICA VERSUS CONFLITO..............................
3.1 MEDIAÇÃO DE CONFLITOS...............................................................
4 A RELEVÂNCIA DA AFETIVIDADE NA GESTÃO ECLESIÁTICA..........
4.1 GESTÃO PROMISSORA............................................................
4.2 PROTEÇÃO DIVINA.......................................................................
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................
BIBLIOGRAFIA..................................................................................... 
RESUMO
	A afetividade é um tema de muita importância. É muito utilizado nas abordagens a respeito do processo de desenvolvimento da aprendizagem. O objetivo do presente trabalho é refletir sobre a relevância da afetividade na gestão, relacionando-a ao âmbito eclesiástico. Para tanto, foram realizadas pesquisas bibliográficas que oportunizaram descrever e conceituar afetividade e gestão eclesiástica de forma a enfatizar a importância da práxis da afetividade na vida do indivíduo e nas relações interpessoais na sociedade. Considerando que a igreja evangélica é “organismo” e também “organização” tendo sua liderança exercida pela papel do pastor, temos a configuração da gestão eclesiástica. A Igreja está inserida numa sociedade em constantes mudanças que por sua vez ocasionam conflitos. Qual a importância da Afetividade na Gestão Eclesiástica? Esse é o questionamento que permeia o trabalho. Ressaltando a obtenção de uma gestão promissora. 
Palvras-chaves: Afetividade, Gestão Eclesiástica, mediação de conflitos, gestão promissora.
ABSTRAT
	Affectivity is a subject of great importance. It is widely used in approaches to the learning development process. The purpose of the present work is to reflect on the relevance of affectivity in management, relating it to the ecclesiastical scope. In order to do so, bibliographical researches were carried out that allowed to describe and conceptualize affectivity and ecclesiastical management in order to emphasize the importance of the affectivity praxis in the life of the individual and in the interpersonal relations in the society. Considering that the evangelical church is "organism" and also "organization" having its leadership exercised by the role of the pastor, we have the configuration of ecclesiastical management. The Church is inserted in a society in constant changes that in turn cause conflicts. What is the importance of Affectivity in Ecclesiastical Management? This is the question that permeates the work. Emphasizing the achievement of a promising management.
Key words: Affectivity, Ecclesiastical Management, conflict mediation, promising management.
INTRODUÇÃO
	A sociedade moderna é centro de mudanças constantes, num mundo marcado por relações sociais conflituosas, onde os valores e princípios estão sendo descredibilizados. Nesse cenário está inserida a Igreja Evangélica tendo que conviver com as diferenças e fazer a “diferença” “Vós sois o sal da terra; ... ( Mateus 5.13),” num contexto que vai exigir do indivíduo evangélico uma postura condizente com o que se propõem nas Escrituras Sagradas.
	Ao se pensar sobre a afetividade nas relações, percebe-se o quanto essa temática passa despercebida ou até mesmo é ignorada ou ainda camuflada para viver de aparências. A afetividade é um tema de muita importância. É muito utilizado nas abordagens a respeito do processo de desenvolvimento da aprendizagem. Para falar um pouco sobre o assunto usamos algumas abordagens do educador francês Henri Wallon e outros, inclusive a pedagoga Rossini traz um questionamento: “Porque a afetividade?” Com essa indagação procurou-se compreender como a afetividadepoderia contribuir para a gestão eclesiástica? 
	O presente trabalho foi realizado através pesquisas bibliográficas que oportunizaram descrever e conceituar afetividade e gestão eclesiástica, de forma a enfatizar a importância da práxis da afetividade na vida do indivíduo e nas relações interpessoais na sociedade. Considerando que a igreja evangélica é “organismo” e também “organização” tendo sua liderança exercida pelo papel do pastor, temos a configuração da gestão eclesiástica. 
	Quero com esta pesquisa, demonstrar quanto a afetividade pode interferir de maneira positiva e como pode contribuir de formam significativa para a vida das pessoas e da gestão eclesiástica. Igreja está inserida numa sociedade e em constantes mudanças que por sua vez ocasionam conflitos os quais muitas vezes o pastor precisa fazer o papel de mediador. 
 	Qual a importância da Afetividade na Gestão Eclesiástica? Esse é o questionamento que permeia o trabalho. Procuramos entender e refletir a afetividade na gestão eclesiástica num conceito mais abrangente, como algo que produz abnegação, que causa efeito de doação e para seu exercício, o indivíduo possui livre-arbítrio.
	 Na gestão ministerial, o líder deve primar por gerir com eficiência os negócios do Reino de Deus, ser exemplo para os fiéis, motivar as pessoas à prática e obediência a Palavra de Deus, objetivando a obtenção de uma gestão promissora.
	A escolha por este tema se deu por acreditar que as relações afetivas ou a falta delas, influenciam todos os ambientes, não seria diferente na igreja. 
	É possível acreditar numa gestão ministerial que proporcione um espaço de reflexão, onde as relações humanas contribuam para o desenvolvimento da obra de Deus e receba a proteção divina em meio as dificuldades? “Como é precioso o teu amor, ó Deus! Os homens encontram refúgio à sombra das tuas asas (Salmos 36.7).”
1 AFETIVIDADE
1.1 ETIMOLOGIA DA PALAVRA AFETIVIDADE
Latim afficere, afectum produzir impressão. Composto da partícula ad = em, para; e facere = fazer, operar, agir, produzir. (cfr. etimologia de afeto).
Latim affectus particípio passado do verbo afficere. Tocar, comover o espírito e, por extensão, unir, fixar (it. attaccare), também no sentido de "adoecer".
Afetividade, Afecção, do Latim afficere ad actio, onde o sujeito se fixa, onde o sujeito se liga.
1.2 SIGNIFICADO DO TERMO AFETIVIDADE
	Afetividade é: “Qualidade ou caráter afetivo em quem tem afeto, afeição, amizade, amor” (AURÉLIO, 2001, p.20). É um termo que deriva da palavra afetivo e afeto que significa afeição (vinda de afeto). O afeto que por sua vez constitui-se no elemento básico da afetividade humana
	Conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre de impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou de tristeza. (CODO & GAZZOTTI, 1999).
1.3 AFETIVIDADE CONCEITO E CONSIDERAÇÕES 
	
	Estudiosos, como Jean Piaget (1896-1980) e Lev Vygotsky (1896-1934), atribuíam importância à afetividade no processo evolutivo, no entanto foi o educador francês Henri Wallon (1879-1962) que se aprofundou na questão. 	Wallon ao realizar estudos sobre a criança, ele não classifica a inteligência como o principal componente do desenvolvimento, porém defende que a vida psíquica é formada por três dimensões: motora, afetiva e cognitiva, que existem simultaneamente e operam de maneira integrada.
	Percebemos que nessa perspectiva ele ressalta que o indivíduo em seu processo evolutivo depende tanto da capacidade biológica quanto do ambiente que o afeta de alguma forma. O meio influenciará no desenvolvimento das potencialidades. De maneira mais abrangente, na concepção de Wallon a afetividade é como a chave para o crescimento e a formação da personalidade do indivíduo.
 Em conformidade com a concepção supracitada Vygotsky afirma que:
 	O homem não é um ser pré-concebido, pronto, acabado, mas constrói-se na e com a cultura, na relação com o outro, num processo histórico e em suas experiências individuais neste contexto. Existe sim, uma máquina biológica, mas esta não determina onipotente o desenvolvimento e difere-se sensivelmente dos demais organismos animais por apresentar muito menos comportamentos típicos da espécie (humana) do que de outras. (VYGOTSKY, 1998, p. 73). 
	Nas diferentes fases da vida se faz necessário fatores que motivem o indivíduo a prosseguir, que o impulsione a se desenvolver, porque o homem está em constante aprendizado, a afetividade tem esse papel de energizar o comportamento humano e por conseguinte não pode ser desagregada das funções cognitivas.
	Os diferentes meios em que vivem os indivíduos oportunizam mecanismos de aprendizagem, que independentemente do âmbito de interação há o fator educativo o qual se faz eficaz se houver afeto, pois conforme Freire não existe educação sem amor. “Ama-se na medida em que se busca comunicação, integração a partir da comunicação com os demais” (FREIRE, 1983, p 29). Com esse pensamento Freire está em Harmonia com o apóstolo Paulo que escreve aos Romanos 12:9-10. “O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, servindo ao Senhor.” As pessoas precisam ter um olhar voltado para o outro, de forma a potencializar os aspectos positivos nos diferentes âmbitos das relações.
	A esfera eclesiástica também é um ambiente de inter-relações e aprendizagens, onde é essencial a presença da afetividade. Quando menciono esfera eclesiástica, contudo não quero nomenclaturar as instituições evangélicas, mas sim correlacionar um pensamento de forma a refletir a ação humana nos diferentes meios e contextos. Henri Wallon no trecho do livro Do Ato ao Pensamento, traz uma apresentação bastante produtiva a esse fim: 	"O espaço não é primitivamente uma ordem entre as coisas, é antes uma qualidade das coisas em relação a nós próprios, e nessa relação é grande o papel da afetividade, da pertença, do aproximar ou do evitar, da proximidade ou do afastamento."  
	Constantemente no cotidiano o indivíduo se depara com circunstâncias em que exigem que se expresse seu comportamento, de certa forma negativa ou positivamente, pois o meio em que se vive é heterogêneo onde acontece as relações sociais e consequentemente as divergências de pensamentos. Porque o seres humanos são diferentes, concordam, discordam, se aproximam e se evitam, entre outros, no entanto precisam conviver em sociedade. O espaço permite a aproximação ou o retraimento em relação a sensações de bem-estar ou mal-estar. Sendo assim é natural que existam as relações conflituosas na interatividade dos indivíduos nesse mundo, entretanto as pessoas não devem acomodar-se em suas próprias concupiscências.
	Na Carta aos Romanos das Escrituras Sagradas o apóstolo Paulo pede com veemência: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2)
	A pedagoga Rossini traz uma consideração muito pertinente ao fazer o seguinte questionamento:
	Por que a afetividade? Porque é a base da vida. Se o ser humano não está bem afetivamente, sua ação como ser social estará comprometido, sem expressão, sem força, sem vitalidade. Isto vale para qualquer área da atividade humana, independentemente de idade, sexo, cultura. (ROSSINI, 2004, p 16).
 Se faz necessário a presença da afetividade nos diferentes aspectos e meios de vida dos indivíduos, pois se o mesmo não estiver com sua vida afetiva resolvida enquanto ser social, também não estará bem no seu individual. 
 O afeto pode ser considerado o caminho que leva a pessoa a agir de determinada forma. O indivíduo mesmo que não consiga expressar, deseja ser amado. Afetividade conceito mais profundo, interage de modo a demonstrar seu estado emocional com intuito de ser aceito pelooutro para obter êxito em suas ações. Na reciprocidade das relações encontrará bons e maus resultados.
 
1.4 AFETIVIDADE UM CONCEITO MAIS PROFUNDO
	Nos diferentes espaços assim como também no meio eclesiástico os indivíduos são direcionados por suas emoções consequentemente evidenciando as cargas negativas e positivas que já possuem e as que recebem. Cada indivíduo, no meio em que foi inserido tem o seu modo próprio de relacionar-se com as pessoas. Por isso não podemos confundir as emoções e sentimentos com a afetividade. Na obra de Wallon, segundo Galvão (1999, p. 61): 
	As emoções, assim como os sentimentos e os desejos, são manifestações da vida afetiva. Na linguagem comum costuma-se substituir emoção por afetividade, tratando os termos como sinônimos. Todavia não o são. A afetividade é um conceito mais abrangente no qual se inserem várias manifestações. (GALVÃO 1999, P. 61): 
	As condições socioeconômicas e culturais inatas a pessoa humana, por herança familiar, expressam a sua vivência. Salientamos que gestos de carinho ou a emoção por algo realizado que se julga de cunho bom no cotidiano ainda não conseguem exprimir o princípio da afetividade, que conforme Wallon “é um conceito mais abrangente no qual se inserem várias manifestações.” Como já antes mencionado o afeto constitui-se no elemento básico da afetividade humana. Em 2 Coríntios 7:15 observa-se que Paulo em sua fala para com Tito seu amigo menciona o afeto como algo que “entranha”. “E o entranhável afeto para convosco é mais abundante, ...” Percebe-se que vai além de afetar, de tocar, é mais profundo, arraigado.” É “amor, sentimento de apreciação por alguém, acompanhado do desejo de lhe fazer o bem... Cristo é a maior expressão e prova do amor de Deus pela humanidade (Dicionário da Bíblia de Almeida, 2005)” 
	Não existe ser humano perfeito, nas convivências afetivas há a compreensão por parte do indivíduo de que a existência de certos valores torna-o mais completo em sua dignidade de pessoa humana, percebendo-se e enxergando-se como cidadão e isso as vezes acontece a longo prazo.
1.4.1 A afetividade produz abnegação
	O amor é a mais elevada qualidade cristã, devendo nortear todas as relações da vida com o próximo e com Deus (Dicionário da Bíblia de Almeida, 2005)” 
	Um exemplo sobre a importância de olhar a necessidade da afetividade nas diretrizes da vida, vemos no texto bíblico sobre o julgamento de Salomão, no qual, diante da possibilidade de dividir o corpo da criança para contemplar as pretensões adversas das prostitutas litigantes, a verdade eclodiu do amor que sobrepujou no coração de uma das mesmas.
	Então, vieram duas mulheres prostitutas ao rei e se puseram perante ele.
	E disse-lhe uma das mulheres: Ah! Senhor meu, eu e esta mulher moramos numa casa; e tive um filho, morando com ela naquela casa. 
	E sucedeu que, ao terceiro dia depois do meu parto, também esta mulher teve um filho; estávamos juntas, estranho nenhum estava conosco na casa, senão nós ambas naquela casa.
	E de noite morreu o filho desta mulher; porquanto se deitara sobre ele. 
	E levantou-se à meia-noite, e me tirou a meu filho do meu lado, dormindo a tua serva, e o deitou no seu seio, e a seu filho morto deitou no meu seio.
	E, levantando-me pela manhã para dar de mamar a meu filho, eis que estava morto; mas, atentando pela manhã para ele, eis que não era o filho que eu havia tido
	Então, disse a oura mulher: Não, mas o vivo é meu filho, e teu filho o morto. Porém esta disse: Não, por certo o morto é teu filho; e meu filho o vivo. Assim falaram perante o rei.
	Então, disse o rei: Esta diz: Este que vive é meu filho, e teu filho, o morto; e esta outra diz: Não, por certo; o morto é teu filho, e meu filho, o vivo.
	Disse mais o rei: Trazei-me uma espada. E trouxeram uma espada diante do rei.
	E disse o rei: Dividi em duas partes o menino vivo: e dai metade a uma e metade a outra. 
	Mas a mulher cujo filho era o vivo falou ao rei (porque o seu coração se lhe enterneceu por seu filho) e disse; Ah! Senhor meu, dai-lhe o menino vivo e por modo nenhum o mateis. Porém a outra dizia: Nem teu, nem meu seja; dividi-o antes.
	Então, respondeu o rei e disse: Dai a esta o menino vivo e de maneira nenhuma o mateis, porque esta é sua mãe.
	E todo o Israel ouviu a sentença que dera o rei e temeu ao rei, porque viram que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer justiça. (I REIS 3, 16-28 – Julgamento de Salomão). 
	No texto supracitado percebe-se o princípio da afetividade na demostrado na atitude de uma das prostitutas litigantes, um afeto tão pleno que foi capaz de fazê-la abdicar do seu próprio direito de genitora por causa do bem esta daquele a quem ela amava.
1.4.2 A afetividade causa efeito de doação
	A Bíblia Sagrada é repleta de exemplos que enfatizam o amor, no entanto no Evangelho segundo escreveu João, fala do amor como algo fundamental, sublime, que produz efeito de doação. “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos (JOÃO 15:13).” Assim fez Jesus Cristo ao se entregar a morte de cruz por amor à humanidade. “Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele 1 JOÃO 4:9).” Por conseguinte podem ocorrer pensamentos advindo do pressuposto que: “Deus é Deus! Ele é Todo Poderoso! Seu amor é eterno!”, na tentativa de justificar a fraqueza da natureza humano.
	 Porém, sabemos que Jesus se fez homem e conviveu entre nós. “E o verbo se fez carne e habitou entre nós... (JOÃO 1:14).” Assim como em determinados momentos de nossas vidas sentimos angústias e aflições, não foi diferente com Jesus enquanto vivia na Terra, para tanto chegou suplicar ao Pai “dizendo: Pai, se quiseres, passa de mim este cálice; contudo não se faça a minha vontade, e sim a tua (LUCAS 22:42).”	
	Procurar entender o amor de Deus é imprescindível para que aconteça uma interação sadia nas relações nos diferentes contextos e espaços.
	Quando entendemos e internalizamos esse amor, compreendemos o quanto Ele nos ama, assim nos entregamos com mais intensidade, isso produz segurança e liberdade de ação. 
 
1.4.3 Afetividade e livre arbítrio 	
	O filósofo e teólogo “Agostinho sustenta que, o Livre-Arbítrio significa ter acesso ao poder de decisão ou opção (AGOSTINHO, livro I, da obra o Livre-Arbítrio)”
	Agostinho argumenta que o livre-arbítrio é um bem, que oportuniza ao homem a capacidade de escolha de forma voluntária e consequentemente no âmbito espiritual se aproxima mais de Deus. “Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás (GÊNESIS 4:7). Deus deu ao homem o poder sobre suas escolhas.
	Uma demonstração de que Deus deu ao homem o direito de escolha é relatada nas Escrituras Sagradas, quando Deus colocou o homem no Jardim do Éden e deu a ordem para que o mesmo não comesse da árvore da ciência do bem e do mal. O homem poderia alimentar-se de todas as árvores existentes naquele jardim, porém na árvore que Deus ordenara jamais poderia toca, pois o mesmo morreria se assim o fizesse. (GENESIS 2:15-16). No entanto, a mulher olhando que a árvore era viçosa, desejando entendimento, ela preferiu comer do fruto daquela árvore e ainda ofereceu ao seu marido que também comeu (GENESIS 3:6). 
	É facilmente perceptível no parágrafo supracitado, que o homem optou por não obedecer a uma ordem dada por Deus, escolhendo comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal e que essa atitude trouxe consequências, “...porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás (GÊNESIS 2:16).” As escolhas realizadas pelo homem, sejam elas boas ou ruins, terão suas respectivas consequências.
	Há questionamentos a respeito do que se supõe ser um enigma quando dizem: Por que Deus concedeu ao homem o livre-arbítrio? Porque se assim não o fizesse, o homem não pecaria. Nesse sentido sendo o livre-arbítrio um bem de Deus, Agostinho traz como que uma interrogação de Deus em sua argumentação:
	Porque é quenão usaste da vontade livre para o fim para que eu te dei, isto é, para proceder honestamente? Por outro lado, como existiria essa bondade, com que a mesma justiça se enaltece ao condenar os pecados, e dignificar as boas ações, se o homem estivesse privado do livre-arbítrio da vontade? Com efeito, o que não se faria por própria vontade livre, tanto seria injusto o castigo como o prêmio. Ora, não podia deixar de haver justiça, tanto na pena como no prêmio, pois esse é um dos bens que procedem de Deus. Deus devia, pois dar ao homem a vontade livre (AGOSTINHO, 1990).
1.4..4 Afetividade e sua práxis social
Wallon argumenta que a afetividade apresenta uma evolução progressiva, das quais as manifestações vão criando distância das bases orgânicas, esse argumento é visto em suas teorias do desenvolvimento e das emoções, que possibilitaram demonstrar o social como origem da afetividade. 
A relação recíproca no meio social impede qualquer tipo de determinismo no desenvolvimento humano, dessa forma
 … a constituição biológica da criança ao nascer não será a lei única do seu futuro destino. Os seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias sociais da sua existência, onde a escolha individual não está ausente. (WALLON, 1959, p. 288).
	No decurso do desenvolvimento do indivíduo, os fatores orgânicos e o sociais em suas interações recíprocas alteram as fontes de onde procedem as manifestações afetivas, quanto as suas formas de expressão. Assim a afetividade é um domínio funcional. Nesse entendimento percebe-se que o indivíduo tem livre arbítrio para exercer ou não a afetividade. 
	A pessoa humana na sua individualidade demonstra suas ações e tem o seu modo próprio de relacionar-se com os indivíduos, no meio em que foi inserido.
	Podemos observar um exemplo bastante significativo do entendimento referente a afetividade no contexto social, ao lermos a famosa Parábola do Bom Samaritano do Novo Testamento, que aparece apenas em Lucas 10:25-37. Jesus usava as parábolas com o objetivo de transmitir uma mensagem ou ensinar uma lição. A Parábola do Bom Samaritano foi usada por Jesus Cristo para explicar o ensinamento de como amar o próximo. A parábola relata o ato de escolha daquele homem, evidenciando a presença da afetividade na ação efetuada ao seu próximo.
	E eis que se levantou um certo doutor na lei, tentando-o e dizendo: "Mestre, o que farei para herdar a vida eterna?
	E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como a lês?"
	E respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor, teu Deus de todo o seu coração, e toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo.
	E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso e viverá.
	Ele porém, querendo justificar-se, a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?
	E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos de salteadores, o despojaram e, espancando-o, se retirara, deixando-o meio morto.
	E, ocasionalmente, descia pela mesmo caminho um certo sacerdote: Quando viu o homem, passou pelo outro lado.
	E, vendo-o, passou de largo.
	E, de igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou de largo.
	Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão.
	E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, aplicando-lhe azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.
	E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuide dele, e tudo que de mais gastares eu to pagarei, quando voltar.
	Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
	E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai e faze da mesma maneira (LUCAS 10:25-37).
O amor é algo prático, não se trata simplesmente de palavras bonitas e hipócritas. Devemos amar a todos, sem exceções ou preconceitos e isso faz parte de uma escolha individual. 
	“Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus; ... (1 JOÃO 4:7)”, amar ao próximo é o segundo mandamento que Deus deixou: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo (MARCOS 12:31)” Assim sendo, se alguém disser que ama o próximo mas a suas práticas não condizem, engana-se a si mesmo. 
Como já fora mencionado o exercício da afetividade diz respeito a uma escolha por parte do indivíduo “... não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade (1 JOÃO 3:18)”. Com base em questões desta ordem é que se encontra a importância de fatores na vida do homem que não seriam palpáveis ou mesmo visíveis.
A afetividade permeia a vida das pessoas, para tanto há que se atentar para sua real essência na práxis das interrelações, em meio aos diferentes contextos sociais.
É preciso levar em consideração a afetividade como parte intrínseca do convívio das pessoas, tendo em vista que os aspectos socioculturais influenciam em suas ações para com o outro. 
Os aspectos relacionados a afetividade sempre foram muito direcionados para o âmbito educacional, no tocante as questões referentes ao desenvolvimento da aprendizagem. No entanto, atualmente o assunto já não é mais alvo de estupefação. Como por exemplo já se fala da influência da afetividade no ambiente de trabalho, proporcionando a valorização do indivíduo em relação ao seu trabalho, no desenvolvimento do clima de bem-estar no ambiente.
	A práxis da afetividade se dá no meio social, no qual existem grupos de indivíduos que são destacados na sociedade e buscam pra si mesmo ou interagem para o próprio grupo ideias, costumes, valores e normas. Nessa perspectiva as demonstrações da contribuição da afetividade são evidenciadas. 	Um exemplo bastante claro das ocorrências dessas demonstrações acontecem nas instituições religiosas, evidentemente que não é algo generalizado.
	A afetividade contribui grandemente no desenvolvimento das relações das pessoas independentemente de contextos socias, “[...] enxergar as coisas maiores ou menores do que são, mais coloridas ou mais cinzentas, mais distorcidas ou fora de foco. Tratar da Afetividade significa regular os óculos através dos quais vemos nosso mundo” (SANTOS; RUBIO, 2012, p.3). Nessa abordagem a afetividade é comparada com óculos, com o objetivo de que com os tais o indivíduo possa enxergar melhor o mundo, mensurar realidades de diferentes modos.
	Nos registros subsequentes a afetividade será abordada nas atividades eclesiásticas, levando em consideração sua relevância na gestão das instituições evangélicas; haja vista as mudanças que a modernidade tem causado nos indivíduos levando muitos a viverem como espectadores e não como protagonistas de suas histórias.
2 GESTÃO ECLESIÁSTICA
	Nas Escrituras Sagradas, o primeiro capítulo do livro de Gênesis, relata sobre: “A criação dos céus e da terra e de tudo o que neles há.” Apresenta Deus agindo minunciosamente de maneira organizada e planejada na obra da criação, o que permite a compreensão de que a gestão ou administração não é uma coisa nova ou simplesmente mera organização do homem e também existem na Bíblia Sagrada, muitos registros de pessoas que Deus levantou como líder, homem ou mulher na incumbência do seu propósito.
	Falar de gestão eclesiástica ainda para muitos parece ser um enigma, pois buscam espiritualizar tudo que se diz respeito a igreja e por isso ver na figura do pastor também um administrador ainda causa certa estranheza, no entanto precisamos entender que as igrejas são organizações onde existem aglomerações de pessoas que interagem em prol de seus objetivos e que se faz necessária a presença de um líder. 
	Chagas (2010), faz algumas ponderações bastantes pertinentes ao assunto, quando diz:
	Partirei, portanto, do pressuposto de que a Igreja Evangélica também é organização e que o pastor é, também, de alguma maneira, um administrador e deve planejar, certo?
	Parte considerável da liderança evangélica ainda defende o conceito de que pastor não é administrador; alega-se que a função do líder é apascentar,não administrar; que um homem de Deus deve se preocupar com a espiritualidade da igreja ao invés de teorias administrativas, etc. Isso explica porque algumas denominações cristãs não crescem, não tem decência, ordem, organização. Outra parte da liderança pensa e se comporte de maneira oposta: pastor é mero gestor, igreja é empresa, crente é cliente, adorador é consumidor, sacerdote é negócio, vocação é profissão, salvação é mercadoria, templo é mercado...
	Mas espiritualidade realmente é incompatível com excelência administrativa? Competência gerencial pode andar em harmonia com fidelidade? Saber gerencial e espiritualidade, no ministério complementam-se! É possível, sim, ser espiritual e eficiente. O líder evangélico pode ser espiritual, eficiente e eficaz e ainda fazer uma gestão ministerial significativa (Chagas, 2010).
 Entendemos que em maior ou menor intensidade o pastor está envolvido em questões administrativas e que para tal necessita estar preparado. 
2.1 O QUE É GESTÃO?	
 
	No dicionário gestão significa ação ou efeito de gerir, administração. Conforme Maximiano (2007), administrar é uma função em que os indivíduos procuram realizar seus objetivos próprios ou de terceiros com o propósito de atingirem as metas traçadas. Desses objetivos as decisões são partes integrantes que formam a base do ato de administrar e são as essenciais a esse fim.
O termo gestão deriva do latim gestione e significa gerir, gerência, administração. Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar recursos, visando atingir determinado objetivo. Gerir é fazer as coisas acontecerem e conduzir a organização para seus objetivos. Portanto, gestão é o ato de conduzir para a obtenção dos resultados desejados. (OLIVEIRA; PEREZ JR.; SILVA, 2002, p.136)
	A administração normalmente está ligada a processos burocráticos, enquanto que a gestão relaciona-se com uma proximidade maior entre líderes e liderados, interagindo para maior cooperação nas decisões e resultados, porém administração e gestão devem caminhar unidas, complementando-as mutuamente.
	 Administrar pessoas não é uma tarefa fácil e simples de ser executada. Por isso a gestão de pessoas atualmente vem buscando novas formas de melhorar a vida dos colaboradores dentro das organizações, com um olhar mais humano. Para tanto, de acordo com Maximiano (2007), são consideradas decisões e funções fundamentais na administração o planejamento, a organização, a liderança, a execução e o controle sem as quais o ato de administrar estaria incompleto. administração é a conquista das metas estabelecidas dentro do grupo de maneira eficiente e eficaz através do planejamento, da organização, da liderança e do controle dos recursos organizacionais.
 
	Planejamento é a mais básica de todas as funções gerenciais, e a habilidade com que esta função está sendo desempenhada determina o sucesso de todas as operações. Planejamento pode ser definido como processo de reflexão que precede a ação e é dirigido para a tomada de decisão agora com vistas no futuro. (CATELLI, 2002, p.43)
	
	Embora administração e gestão no dicionário sejam palavras sinônimas, contudo elas são mecanismos complementares, pois os processos de gerenciamentos que alcançam êxito estão intimamente relacionados a bons procedimentos de administração, no qual a habilidade em planejar as ações é a função primordial para que se obtenha o resultado esperado.
2.2 GESTÃO MINISTERIAL
	Falar de gestão ministerial envolve o conceito de gestão que fora supracitado, acrescido de que: “Partindo do pressuposto de que a Igreja é organismo e organização, e o pastor de certa maneira, é um gestor (tendo em vista que deve administrar com espiritualidade e competência a comunidade de fé segundo as diretrizes bíblicas)” (CHAGAS, 2010).
	A gestão ministerial e concretizada na figura do pastor da igreja, ser um pastor não é algo fácil, é uma vocação que precisa ser levada a sério e entender que administrar e pastorear são funções inerentes ao seu papel de pastor.
Administrar é gerenciar, ou seja, aplicar determinados recursos para atingir objetivos cuidadosamente articulados. É, antes de tudo, uma questão de organização e de intelecto. Pastorear, por sua vez, é educar, uma função que envolve cuidado, que exige tanto força quanto mansidão e nasce de um profundo amor pelo bem-estar do rebanho (SITEMA, 2004).
 	O trabalho do pastor no que tange a sua função de líder espiritual e administrador engloba um conceito muito amplo, no qual se faz necessário amplitude na visão de liderança, de forma a influenciar positivamente os indivíduos, agindo cuidadosamente em prol do bem-estar. “O bom pastor dá a vida pelas ovelhas (JOÃO10:11). Nesse versículo bíblico, Jesus nos faz compreender que o trabalho de um pastor é árduo, que é preciso muito amor para que se consiga desenvolver a função com eficiência.
2.2.1 Gerir com eficiência os negócios do Reino de Deus 
	Atualmente vemos muitos pastores sendo frustrados por não ponderarem suas ações, tomando atitudes que não são empreenderas para o Reino de Deus, exemplo disso é quando se recusam a delegar poderes, concentrando em si todas as ações. Hans Finzel, 1997 relata algumas razões para agirem de tal forma:
Medo de perder a autoridade.
Medo de que o trabalho seja feito precariamente.
Medo de que o trabalho seja melhor.
Indisposição de gastar o tempo necessário.
Medo de depender de outros.
Falta de treinamento de experiência positiva.
	Em se tratando de que o propósito é expandir o Reino de Deus, o pastor com essa postura mencionada acima dificilmente alcançará êxito. É imprescindível que ajam esforços para que se desenvolva um trabalho mais participativo, trabalho de equipe. Nesse sentido Finzel também aponta importantes instruções:
Escolha pessoas qualificadas.
Demonstre confiança.
Torne claro os deveres delas.
Delegue a autoridade adequada.
Não lhes diga como fazer o trabalho.
Estabeleça pontos de responsabilidades.
Supervisione de acordo com o estilo desconfortável delas.
Dê-lhe espaço para falar de vez em quando.
Dê elogios e crédito para o trabalho bem feito.
	Realizando uma liderança mais participativa o pastor poderá ocupar-se de maneira mais abrangente do controle de qualidade, dos recursos financeiros e físicos da instituição, da gestão de pessoas, do planejamento de atividades, da elaboração de projetos e outras atividades de maneira a não se desgastar tanto. 
	Nas Escrituras Sagradas temos muitos exemplos de princípios administrativos, um dos que enfatizam bastante o que está sendo falado acima e a linha de autoridade estabelecida por Moisés em atenção ao conselho de seu sogro Jetro, no livro de Êxodo 18:13-24.
	No dia seguinte, assentou-se Moisés para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até ao pôr do sol.
	Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto que fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até ao pôr do sol?
	Respondeu Moisés a seu sogro: E porque o povo me vem a mim para consultar a Deus; quando tem alguma questão, vem a mim, para que eu julgue entre um e outro e lhes declare os estatutos de Deus e as suas leis.
	O sogro de Moisés, porém, lhe disse; Não é bom o que fazes.
	Sem dúvida, desfalecerás, tanto tu como este povo que está contigo; pois isto é pesado demais para ti; tu só não o podes fazer. 
	Ouve, pois, as minhas palavras; eu te aconselharei, e Deus seja contigo; representa o povo perante Deus, leva as suas causas a Deus, ensina-lhes os estatutos e as leis faze-lhes saber o caminho em que devem andar e a obra que devem fazer.
	Procura dentre o povo homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; põe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinquenta e chefes de dez; para que julguem este povo em todo tempo. Toda causa grave trarão a ti, mas toda causa pequena eles mesmos julgarão; será assim mais fácil para ti, e eles levarão a carga contigo.
	Se isso fizeres, e assim deus to mandar, poderásentão suportar; e assim também todo este tornará em paz ao seu lugar.
	Moisés atendeu as palavras de seu sogro e fez tudo quanto este lhe dissera. 
	Com base no texto bíblico explicitado podemos observar que uma característica bastante evidente é a humildade que foi demonstrada pela atitude de Moisés em reconhecer que estava agindo erroneamente sendo humilde para ouvir e aceitar as sugestões do seu sogro. Um grande equívoco da liderança é não estar tão aberta ao diálogo, saber ouvir e ter a humildade de aceitar sugestões que contribuam para a melhoria individual e coletiva.
	Ainda em relação ao exemplo do conselho de Jetro a Moisés, percebemos que foi feito um diagnóstico da problemática e assim analisou-se possíveis soluções estratégicas. Estes quesitos precisam estar presentes na gestão ministerial, é fundamental que o pastor tenha uma visão ampla para agir em prol do bem-estar de todos. 
	Infelizmente ainda existem muitos líderes de igrejas que centralizam o poder e não são capazes de parar para refletirem sobre suas ações, no entanto um líder visionário compromete-se em tudo o que faz para gerir com eficiência os negócios do Reino de Deus, demonstra aquilo em que acredita tanto através das suas palavras como das suas ações, de forma a influenciar as pessoas positivamente, a fim de que os objetivos sejam alcançados.
	Nessa perspectiva podemos definir a liderança como “o processo de motivar, mobilizar, dar recursos e dirigir as pessoas a buscar, de modo entusiástico e estratégico a visão de Deus que um grupo adota em conjunto.” (BARNA, 199).
	 O pastor deve primar por manter os assuntos relacionados a instituição evangélica de maneira organizada, sob o propósito do Reino de Deus, com respaldo nas Escrituras Sagradas e de acordo com a legislação vigente. Chagas 2010, traz ponderações bastante pertinente em relação a igreja dizendo: 
	Sem liderança eficiente e eficaz a comunidade de fé atrofia, perde o senso de propósito e destino não desempenha suas tarefas cruciais: adoração, evangelização, edificação, ação social... Pior ainda: se o líder não tiver motivação correta e santa, ainda corre o risco de, em nome da vil lucratividade e do poder, transformar igreja em empresa, salvação em mercadoria, púlpito em balcão, crente em cliente, VERBO em verba, pastor em guru, vocação em profissão, e assim por diante.
	Há que se ter muito cuidado para que a gestão ministerial não caia nos engodos que muitas vezes desvirtuam o líder do real objetivo do Evangelho.
	Nos tempos hodiernos vemos muitas pessoas se intitularem como líderes de igrejas evangélicas, abrindo sua própria “igreja” sem passar por nenhum preparo ou critério, causando até mesmo vergonha aos que levam o Evangelho a sério. Isso traz uma grande preocupação, pois de certa forma causa banalização ao Evangelho. Agindo assim, o homem está em contradição com as Escrituras que diz: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade (2 TIMÓTEO 2:15).” 
	A obra de Deus não pode ser feita de qualquer maneira. “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem (1 CORÍNTIOS 14:40)”. A obra de Deus tem que ser realizada com amor, de todo o coração, não para se apresentar as pessoas mas sim a Deus, sabendo que a recompensa virá do Senhor e que estamos servindo a Jesus Cristo. (COLOSSENSES 4:24,25). Quando há verdadeiramente amor por parte do indivíduo à obra de Deus, os esforços são voltados para a realização da mesma de maneira geral com ordem e decência, tendo a preocupação de não causar escândalos e sim ser exemplo numa geração tão corrompida.
2.2.2 A Igreja
	A Igreja é um fenômeno sobrenatural; seu surgimento e sua sustentação através da história não se devem a fatores psicossociais, culturais, políticos ou econômicos. 
	A igreja é uma instituição humana, mas como organismo é uma criação de Deus. A Igreja como organização é uma instituição humana, mas isso, não quer dizer que Deus não se envolveu na sua criação, como organização ela é visível, local, humana, imperfeita e temporária. Enquanto, que como organismo ela é invisível, universal, divina, perfeita e perpétua. (MASTO, 1997).
 
“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (MATEUS 16:18).” “Para que, pela Igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais.” (EFÉSIOS 3.10).
	A igreja aqui na terra vai além das quatro paredes feitas de tijolos e concreto, Jesus Cristo a tomou sobre si como sua própria obra, edificar sua igreja, tendo a si mesmo como o fundamento da mesma, assim, ele outorgou seus apóstolos para atuarem sob ele e com ele, no prosseguimento desta obra até a perfeição foi a partir de Jesus Cristo que os apóstolos receberam revelações que diziam respeito a este estado de igreja, e o que deveria ser estabelecido nela.
	As regras e políticas da igreja são todas de instituição Divina, a Palavra de Deus é a sua base, porém isso não justifica as imprudências que tem acontecido atualmente, como por exemplo a abertura de igrejas realizadas sem nenhum critério. A igreja precisa reconhecer que existe uma legislação que regulamenta o país e que a mesma está sujeita às leis desse país.
	 De acordo com a lei as entidades religiosas são obrigadas se tornarem “pessoa jurídica”, para poderem exercer suas atividades, com o objetivo de que sejam legalmente reconhecidas, para isso precisa ter um estatuto, que é um documento oficial que corporifica a igreja, contendo normas e princípios, onde se fixam seus direitos e deveres em relação ao que se refere. Ele rege a organização eclesiástica na sociedade. Sem o estatuto a igreja não pode ser representada juridicamente e isso pode acarretar em muitas complicações como dificuldades de abertura de contas bancárias, aquisição de imóveis e veículos em seu nome, lavratura de atas em cartórios, entre outros, porque muitas atividades necessitam do CNPJ, que é um número único que identifica um pessoa jurídica, além de correr o risco de ficar sujeita aos devaneios de lideranças mal-informada e até mesmo mal-intencionada.
	A documentação da igreja deve ser completa e conter todas as suas normas bem esclarecidas, uma vez que a igreja como organização é sujeita às leis, no entanto a primazia da igreja precisa ser pela instituição Divina, a Palavra de Deus. Como vivemos numa sociedade onde por vezes as situações vão em contradição com os dogmas das instituições religiosas, faz-se necessário registro fiel de seu estatuto em lei, para que não venha ter que se submeter a decisões da sociedade que estejam em desacordo com a Palavra de Deus.
	 Além do estatuto, a igreja tem outros documentos como o Regimento Interno, que não deve ser um registro oficial em cartório, mas que terá valor jurídico se for previsto no estatuto. Este documento pode conter: Organizações da igreja; Particularidades sobre o culto; Métodos de trabalho; Especificações sobre o modo de recebimento ou afastamento de membros; Afirmação de caráter doutrinário; etc. Também tem o Livro Ata, ele tem valor legal, é onde são registradas as ocorrências durante as reuniões e o Livro de Casamento Religioso com Efeito Civil, etc.
	Podemos perceber que o pastor de uma igreja precisa estar sempre atento as questões relacionadas a mesma, tanto no que tange a ela como organização quanto como organismo, para estar em harmonia com os desígnios de Deus, “pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, ... (1 PEDRO 5:2,3)
3 GESTÃO ECLESIÁSTICA VERSUS CONFLITOS
	Os padrões referências, códigos sociais e culturais, tem sido descredibilizados, dissolvidos na sociedade moderna, uma “modernidade líquida”, onde os valores se desfazem com rapidez, não há uma preocupação por parte dos indivíduos em construir suas vidas inserindo-se nas condições de cidadãos,com padrões e referenciais sólidos. 
	O “derretimento dos sólidos”, traço permanente da modernidade, adquiriu, portanto, um novo sentido, e, mais que tudo, foi redirecionado a um novo alvo, e um dos principais efeitos desse redirecionamento foi a dissolução das forças que poderiam ter mantido a questão da ordem e do sistema na agenda política. Os sólidos que estão
para ser lançados no cadinho e os que estão derretendo neste momento, o momento da modernidade fluida, são os elos que entrelaçam as escolhas individuais em projetos e ações coletivas – os padrões de comunicação e coordenação entre as políticas de vida conduzidas individualmente, de um lado, e as ações políticas de coletividades humanas, de outro (BAUMAN, 2001, p. 12).
	A dinamicidade na sociedade moderna tem provocado mudanças nas relações comportamentais das pessoas e das famílias. As transformações tem causado introversão nos indivíduos independentemente da faixa etária, por vezes trazendo a ausência do diálogo em seu ambiente de convivência. A preocupação maior é com seus próprios problemas, a empatia tem sido atrofiada nas relações e com isso acontecem o surgimento de conflitos diversos. Novaes fala das mudanças de comportamento dos indivíduos:
	Quanto aos desdobramentos na família pós-moderna, sujeita a tantas transformações advinda da mudança do pater poder, da independência feminina, da concepção planejada dos filhos, muitas vezes tardia, da multiplicidade de parceiros, estão provocando relações vazias, descartáveis e momentâneas (NOVAES, 2008, p. 216).
	A Igreja está inserida na sociedade, não acreditar que que essas mudanças refletem na igreja seria pura ingenuidade. Refletem sim. Por isso o líder da instituição evangélica precisa ser alguém que tenha o dom para pastorear e saber lidar com o outro fazendo as devidas mediações, para fazer a diferença.
	 “E a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo. E ele mesmo concedeu uns para apóstolo, ... e outros para pastores e mestres (EFÉSIOS 4:7,11).” Vemos pela palavra de Deus que não é qualquer indivíduo que se intitular pastor, está apto para ter uma função ministerial, é preciso ter dom para pastorear, “ com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agindo de um lado para o outro e levados ao redor por todo vento de doutrina (EFÉSIOS 4:12,14).” 
3.1 MEDIAÇÃO DE CONFLITOS
	É perceptível a ocorrência de conflitos em todos os relacionamentos humanos e em todas as sociedades, porque as pessoas são diferente e consequentemente os pontos de vista não são iguais, podendo acontecer nas áreas pessoais, trabalhistas ou comerciais, sendo constituídas por múltiplos participantes e múltiplos critérios, Os diferentes pontos de vista ocorrem entre pessoas de uma mesma família, vizinhos, grupos religiosos, organizações e cidadãos, dentre outros,
	Os indivíduos vivem numa sociedade altamente evoluída do ponto de vista social e tecnológico, mas concomitantemente, precária em termos de habilidades para negociações, para o diálogo, não se está tendo mais o cuidado de agir com cautela com o próximo, o que tornam as coisas muito supérfluas, fazendo com desencadeiem as relações conflituosas em diferentes ambientes.
	 Para tanto precisamos entender o conceito de mediação de conflitos: 
	A mediação é um procedimento consensual de solução de conflitos por meio do qual uma terceira pessoa imparcial – escolhida ou aceita pelas partes – age no sentido de encorajar e facilitar a resolução de uma divergência. As pessoas envolvidas nesse conflito são as responsáveis pela decisão que melhor as satisfaça. A mediação representa assim um mecanismo de solução de conflitos pelas próprias partes que, movidas pelo diálogo, encontram uma alternativa ponderada, eficaz e satisfatória, sendo o mediador a pessoa que auxilia na construção desse diálogo (SALES, 2004, p. 21).
	
	Na gestão ministerial o pastor faz o papel de mediador de conflitos, unindo esforços para oportunizar soluções amigáveis as diversas situações de conflitos. ”Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos dê continuamente a paz em toda as circunstâncias... (2 TESSALONICENSES 3:16).” Contudo, o conflito não deve ser visto como uma demonização dos indivíduos ou sempre passível de ser evitado. Porque, afinal de quantas cada pessoa possui características próprias que, em certo momento podem esbarrar com interesses, pretensões e direitos do outro, que nem sempre vão estar em harmonia com os seus, surgindo assim uma divergência que até mesmo se torna capaz de polarizar uma relação anteriormente estabilizada.
	Christophe W. Moore, 1998 pondera que:
	Todas as sociedades, comunidades, organizações e relacionamentos interpessoais experimentam conflitos em um ou outro momento no processo diário de interação. O conflito não é necessariamente ruim, anormal ou disfuncional, é um fato da vida. 
	Entretanto, o conflito pode ir além do comportamento competitivo e adquirir o propósito adicional de infligir dano físico ou psicológico a um oponente, até mesmo a ponto de destruí-lo. É aí que a dinâmica negativa e prejudicial do conflito atinge seu custo máximo.
[...]
	Precisamos entender que o conflito em si não deve ser visto como um marcador desejável ou repudiável, uma vez que, simplesmente ele existe como a concretização das diversas fases e facetas que dispõe a humanidade, “..., pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro (EFÉSIOS 4:14).”
	É imperioso que se faça presente na vida do gestor ministerial uma destreza tal, que o faça ter um olhar amplo, de forma a agir com eficiência e amor, nas orientações mediadoras para a resolução de situações conflituosas. 
	Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor. (EFÉSIOS 4:15,16) 
	
	O pastor nesse processo de mediação precisa ser o pacificador. “Bem- aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus (MATEUS 5:9).” Ainda conforme o versículo supra referido, podemos perceber que ser um pacificador não é uma “missão” que compete exclusivamente ao pastor da igreja, mas de todo indivíduo que almeja viver em harmonia.
	As complexidades da vida de certa forma permitem aos indivíduos demonstrar a sua maneira de reação, se são capazes de tolerar, agir com afetividade, diante da adversidade ou não. Os obstáculos são desafios, que com um pouco de esforço são vencidos. “Ora, nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-nos a nós mesmos.” (ROMANOS 15:1).
4 A RELEVÂNCIA DA AFETIVIDADE NA GESTÃO ECLESIÁSTICA
	
	De modo geral, a construção de laços afetivos é extremamente importante para a vida das pessoas nos diferentes ambientes. Rossini fala que a afetividade é a base da vida, é de extrema relevância a presença da afetividade na gestão eclesiástica. 
	Valorizar a natureza dos vínculos estabelecidos no meio, atentando para os diferentes processos vivenciados pelos indivíduos no cotidiano da instituição religiosa. “Em qualquer caso, entretanto, reconhece-se o sucesso do encontro em seus resultados afetivos, sempre que os corpos em presença experimentarem afetos aumentativos de alegria e potência”. (TEIXEIRA, 2008, p. 9-10). Os afetos dão consistência aos vínculos criam os laços sociais pela confiança recíproca estabelecida, sendo essencial em uma gestão.
	 O objetivo de todo liderança é ser bem sucedida no que tange ao seu propósito. Na gestão eclesiástica a missão é direcionada ao céu, “prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (FILIPENSES 3:14).” Manter a visão de futuro é ter sempre presente onde quer chegar ao invés de se submergir nas demandas diárias e detalhes da vida que por sua vez acabam por inibir o foco de muitas lideranças. “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendeide mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.” (MATEUS 11:29). 
	É imperioso afirmar que a afetividade é fundamental para o bom andamento das relações interpessoais, mas principalmente no meio eclesiástico uma vez que o maior exemplo de amor Jesus Cristo deixou para a humanidade, quando se entregou na cruz do calvário, sofrendo morte de cruz, por amor a todos, passou por muita dor, humilhação e escárnio, mas não desistiu do seu objetivo, ofertar a salvação a humanidade. (MATEUS 27. “[...] Ameis uns aos outros assim como eu vos amei.”( JOÃO 15:12).
	A relevância do amor é tão grande que no capítulo 13 de 1 Coríntios, diz que mesmo que: a pessoa fale em línguas dos homens ou dos anjos; que tenha dom de profecia, que conheça todos os mistérios e ciências; tenha grande fé; entregue todos os bens a caridade; e, até mesmo entregar o seu próprio corpo para ser queimado; contudo se não houver amor nada disso terá aproveitamento.
	O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece; não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 
	O amor jamais acaba; ... (1 CORÍNTIOS 13:4-8)
4.1 GESTÃO PROMISSORA	
	O cotidiano da gestão ministerial exige do pastor atitudes que estejam de acordo com a sabedoria de Deus. 
	Você pode ser membro de uma igreja e ter uma experiência religiosa, mas, sem o conhecimento das leis de sucesso reveladas nas Escrituras, viverá contínuos períodos de frustação. A sabedoria de Deus é uma necessidade para as situações que surgem na vida diária. (MURDOCK, 2010)
	O líder deve primar por fazer a obra de Deus com amor, com a práxis da afetividade, precisa buscar por sabedoria divina. “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhe impropera; e ser-lhe-á concedida (TIAGO 1:5).” 
	Conforme Murdock “Sabedoria é a capacidade de interpretar uma situação aos olhos de Deus. Saberia é ver o que Deus vê. Entendimento e sabedoria são as chaves de ouro para vencer todas as batalhas da vida. E você os adquire por meio de estudos da Palavra.” “A revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples” (SALMOS 119:130). Além disso, acreditamos que para se obter uma gestão promissora, o indivíduo necessita de ter em sua vida o temor a Deus, porque nas Escrituras Sagradas “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam.” (SALMOS 111:10).
	Murdock em seu livro “Sabedoria para Vencer”, traz uma correlação de sete tópicos intitulados como “Segredos do sucesso pessoal” interagindo com versículos bíblicos que dão suporte a um embasamento, bastante pertinente à prática de uma gestão promissora:
1. Defina os objetivos que você quer alcançar. Concentre-se em uma prioridade por vez. Uma coisa faço e é que [...] prossigo para o alvo (Filipenses 3.13b, 14ª). Evite distrações. O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos (Tiago 1.8). Sempre tenha a certeza da aprovação de Deus.
2. Trace um mapa detalhado e estabeleça prazos. Escreva uma lista detalhada de atividades. Relacione os pontos a serem conferidos. Organize o seu tempo. Remindo o tempo, porquanto os dias são maus (Efésios 5.16).
3. Visualize-se constantemente conquistando seu objetivo. Aquilo que se passa em sua mente se transformará em realidade. Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama [...] nisso pensai (Filipenses 4.8). Declare sua vitória. E chama as coisas que não são como se já fossem (Romanos 4.17). Fale e pense por meio de “fotografias de sucesso”. 
4. Informe-se. Obtenha todas as informações importantes a respeito do seu objetivo. Os sábios escondem a sabedoria (Provérbios 10.14) O meu povo foi destruído porque le faltou o conhecimento (Oséias 4.6). Observe. Leia. Mantenha um “arquivo de informação” Utilize a experiência dos outros. Ande com os sábios e serás sábios (Provérbios 13.20).
5. Crie um clima de confiança em todas as circunstâncias. Fale sobre suas expectativas de sucesso e não sobre suas experiências de fracasso. A morte e a vida estão no poder da língua (Provérbios 18.21). Reveja conquistas anteriores em sua mente. Lembre-se de que sua suficiência vem de Deus. Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus (2 Coríntios 3.5). o qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele (Efésios 3.12). Sua posição de superioridade sobre as circunstâncias foi estabelecida quando você se tornou um filo de Deus. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filos de Deus. E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou (Romanos 8.16, 17,37).
6. Ajude outros a tornarem-se bem sucedidos. Auxilie outros a descobrirem seus dons, talentos e sonhos. Você cole aquilo que semeia. Meu lema pessoal veio do Espírito Santo há mais de 20 anos, no quinto dia de um jejum. Foi às 2h 30min da manhã, enquanto eu orava em minha pequena garagem/escritório, em Houston, Texas: o que você faz acontecer aos outros, Deus fará acontecer a você. Quando Jó orou por seus amigos, Deus mudou a sorte dele (veja Jó 42.10). Quando a pobre viúva alimentou o profeta, Deus a alimentou também (veja 1 Reis 17). O apóstolo Paulo entendeu isso como a lei dos acontecimentos. Sabendo que cada um receberá do SENHOR todo o bem que fizer (Efésios 6.8).
7. Valorize seu relacionamento com Deus. Reconheça o Senhor como o abençoador. Ele nunca trará desvantagens a você. Seu relacionamento com Ele será sempre um trunfo. Deus deseja que você seja bem-sucedido. O SENHOR [...] ama a prosperidade do seu servo (Salmos 35.27). Leia a Bíblia com o auxílio de um cronograma diário. Pratique o poder da oração. Faça Jesus Cristo Senhor da sua vida. Une-te pois, a Deus, e tem paz, e, assim, te sobrevirá o bem (Jó 22.21). nos dias em que buscou o Senhor, Deus fez prosperar (2 Crônicas 26.5b).
	“Mas, para mim, bom é aproximar-me de Deus; pus a minha confiança no Senhor Deus, para anunciar todas as tuas obras (SALMOS 73.28).” Todo indivíduo que preza por sua vida de cristão e tem como alvo a sua salvação, deve ter como primazia a prática da Palavra de Deus e consequentemente se aproximar mais dele. Porque o principal objetivo de todo evangélico deve ser buscar e lutar pela promessa de Deus. “E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna (1 JOÃO 2.25).”
	“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade (2 TIMÓTEO 2.15).”
4.2 PROTEÇÃO DIVINA
 O indivíduo não deve levar a sua vida de qualquer maneira dentro da Igreja.
	
	Vós, servos, obedecei em tudo a vossos senhores segundo a carne, não servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas em simplicidade de coração, temendo a Deus.
	E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens,
	Sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis. (COLOSSENSES 3.22-24)
	
	“Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria, e não gemendo, porque isso não vos seria útil (HEBREUS 13.1).”
	A igreja de Jesus Cristo, é constituída por indivíduos pecadores, que se arrependeram dos seus pecados, porque creram em Jesus Cristo como o seu único e suficiente salvador pessoal. No entanto, os indivíduos ainda enfrentam lutas contra a velha natureza pecaminosa, diante das aflições advindas de um mundo repleto de problemas e tribulações. 
	Por isso, uma das tarefas da gestão ministerialé lidar com desvios e cuidar para que as pessoas que professaram a fé permaneçam saudáveis e protegidas de ataques internos e externos. Nesse sentido é muito importante a prática da leitura da Palavra de Deus, pois as Escrituras se encarregam de alertar os crentes dos perigos e pecados que os cercam.
	Todo cristão deve estar ciente de que Jesus não nos prometeu uma vida sem dificuldades, sem lutas e aflições: “Se alguém quiser vir após mim a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me (LUCAS 9.23).” Isso mostra que se faz necessário muito esforço por parte de cada um. “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo (JOÃO 16.33).” 
	As práticas do indivíduo evangélico devem convergir para uma vida condizente com os desígnios de Deus, de forma a superar dificuldades e diversos obstáculos como as lutas interiores, na qual lutamos contra nós mesmos cotidianamente. “Convém que ele cresça e que eu diminua (JOÃO 3.30).” É preciso entender que: “Todos os homens são passíveis de errar; e a maior parte deles é, em muitos aspectos, por paixão ou interesse tentado a fazê-lo (LOCKE, 1829).” Entretanto, a Palavra de Deus diz: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 JOÃO 1.9).” Em 1 João 1.8, diz que a pessoa engana a si mesma quando se acha incapaz de pecar.
	O único exemplo de quem não praticou nenhum tipo de pecado é o do Senhor Jesus Cristo. “O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano (1 PEDRO 3.22).” “Porque que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas, se fazendo o bem, sois afligidos e sofreis, isso é agradável a Deus (1 PEDRO 3.20).”
	“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo (JOÃO 1.33).” Só em Jesus encontramos a perfeita paz e harmonia, o refúgio nos momentos difíceis. “O Senhor é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam (NAUM 1.7).”
	“Alegrem-se, porém, todos os que se refugiam em ti; cantem sempre de alegria! Estende sobre eles a tua proteção. Em ti exultem os que amam o teu nome (SALMOS 5.11).” É necessário que crente seja esforçado na prática da fé, resistir as tentações, pelo fato de que satanás estar sempre querendo que o indivíduo volte a cometer erros superados, ou com argumentos para que se cometa pecado, para tal é preciso resistir ao diabo. “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós (TIAGO 4.7).” “O Senhor redime a vida dos seus servos; ninguém que nele se refugia será condenado (SALMOS 34.22).”
	A oração sacerdotal de Jesus em João 17.11-15, trata da proteção divina para os seus servos que estão no mundo, mostra o zelo e o amor de Jesus para conosco:
	Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste para que eles sejam um, assim como nós.
	Quando eu estava com eles, guardava-os em teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura.
	Mas, agora, vou para junto de ti e isto falo no mundo para que eles tenham o meu gozo completo em si mesmos.
	Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou.
	Não peço que os tires do mundo, e sim que os guarde do mal (João 17.11-15).”
“Tudo posso naquele que me fortalece.” (Filipenses 4.13). 
	Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (ROMANOS 8:38,39).
	A Igreja é alvo dos cuidados e proteção do Senhor, ela é comparada como a menina dos olhos de Deus. “ [...], porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho.” (ZACARIAS 2.8). ”Não toqueis nos meus ungidos e não maltrateis os meus profetas.” (SALMOS 105.14). “Protege-me como a menina dos teus olhos; esconde-me à sombra das tuas asas.” (SALMOS17.8).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Procurou-se através desse trabalho refletir sobre a relevância da afetividade na gestão eclesiástica. 
	De maneira mais abrangente, na concepção de Wallon a afetividade é como a chave para o crescimento e a formação da personalidade do indivíduo. Assim, nas diferentes fases da vida se faz necessário fatores que motivem o indivíduo a prosseguir, que o impulsione a se desenvolver, porque o homem está em constante aprendizado, a afetividade tem esse papel de energizar o comportamento humano, nas relações interpessoais na sociedade. 
	Entendemos que a sociedade moderna passa por mudanças constantes, num mundo marcado por relações sociais conflituosas, onde os valores e princípios estão sendo descredibilizados. Nesse cenário está inserida a Igreja Evangélica tendo que conviver com as diferenças e ser exemplo. Isso exige do indivíduo evangélico uma postura condizente com o que se propõem nas Escrituras Sagradas. 
	Compreendemos que a igreja evangélica é “organismo” e também “organização” tendo sua liderança exercida pelo papel do pastor, assim temos a configuração da gestão eclesiástica. Ao contrário do que muitos pensam, “o líder evangélico pode ser espiritual, eficiente e eficaz e ainda fazer uma gestão ministerial significativa.” (Chagas, 2010).
	A Igreja está inserida numa sociedade em constantes mudanças que por sua vez ocasionam relações conflituosas sendo necessária a presença de um mediador, esse papel é exercido pelo pastor que age na mediação de conflitos. Nas convivências os relacionamentos perpassam a constituição singular do ser humano, o afeto faz parte desta construção.
	 Qual a importância da Afetividade na Gestão Eclesiástica? Esse é um questionamento pessoal que permeiou o trabalho, proporcionando maior reflexão quanto a relevância da afetividade para a vida das pessoas, inclusive para a gestão eclesiástica. 
	Compreendemos que a afetividade é imprescindível para a vida, conforme diz Rossine: ”Por que a afetividade? Porque é a base da vida. [...] Isto vale para qualquer atividade humana independente de idade, sexo, cultura.” Todavia, o exercício da afetividade faz parte do livre-arbítrio do indivíduo.
	Podemos concluir que é imperioso que na gestão ministerial, o líder deva primar por gerir com eficiência os negócios do Reino de Deus, ser exemplo para os fiéis, motivar as pessoas à prática e obediência a Palavra de Deus, objetivando a obtenção de uma gestão promissora. As relações afetivas ou a falta delas, influenciam todos os ambientes, não seria diferente na igreja.
	É possível acreditar sim na existência de gestão ministerial que proporcione um espaço de reflexão e práxis da afetividade, onde as relações humanas contribuam para o desenvolvimento da obra de Deus e receba a proteção divina em meio as dificuldades. “Todos os vossos atos sejam feitos com amor.” (1 Coríntios 16.14).
	
	
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