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Clínica de Pequenos IV (Affecções Respiratória)

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Clínica de Pequenos animais IV dia 09/08/21
Síndrome do Braquicefálico 
· Estenosede narina
· Prongamento de palato
· Anomalias broquiais, laríngeas e traqueais (hipoplasia)
· Doenças gastroesofágicas associadas
São secundarias as alterações do braquiocefalicos – o que está em preto, o que está em vermelho acontece pelo o animal ser braquiocefalico
O que é?
•Alterações anatômicas específicas em cães braquicefálicos quelevam
à angústia respiratória
Palato duro – região que tem osso
Palato mole – região que não tem mais osso
Raças mais acometidas: buldogues inglês e francês, pugs
Particularidades anatômicas dos braquicefálicos
•Crânio mais curto e mais largo
Sinais/Sintomas (quando estão em crise)
•Dificuldade para trocar calor
•Ofegação
•Stress (por não conseguir respirar)
•Intolerância ao exercício (por não conseguir trocar calor e nem respirar direito)
•Dispnéia inspiratória (porque esse animal tem dificuldade na inspiração)
•Ronco
•Cianose (de acordo com a gravidade dos quadros)
•Síncope (de acordo com a gravidade dos quadros)
Pugs
•Rotação dorsal do maxilar
•Sinus frontal minúsculo ou ausente
•Proporção cranio-facial menor que buldogueinglês e francês
Menor proporção facial – crânio fgrande e um sinos frontal quase nulo
Estenose de narina (fechamento da aleta nasal)
•Aletas nasais fechadas dificultando a entrada de ar pelas narinas
• Congênita (é uma alteração congênita)
•Mais comum em Shitzu, bulldogue Francês
•Animal apresenta dispnéia inspiratória
•Diagnóstico pela inspeção direta
Palato mole atrapalha a respirar pela boca 
Tratamento cirúrgico – plastia de narina 
Tira um triangulo mais rostral na narina paa deixar mais aberto
Ou tira um triangulo na lateral da narina para deixar a narina mais aberta (para ter uma abertura maior)
Nylon 5-0 para realizar a sutura
Prolongamento de palato (é mais grave)
É secundaria, por causa do prolongamento do palato; 
•Hiperplasia do palato mole (prolongamento do palato);
•Durante a inspiração o palato mole obstrui a entrada de ar da glote, 
gerando um efeito de vácuo nas vias aéreas (vai gerar um ronco);
•Este vácuo pode causar alterações em vias aéreas superiores levando
à eversão de sacos laríngeos e vias inferiores, como colabamento de 
brônquios;
•Buldogue Inglês, pug, buldogue Francês, Cavalier King Charles Spaniel (esse cachorro não é braquiocefalico mas pode ter prolongamento de palato mole)
Sinais sintomas
•Ruídos respiratórios – roncos
•Dispnéia inspiratória
•Intolerância ao exercício
•Dificuldade para trocar calor – heat stroke
•Síncope em casos mais graves
Diagnóstico
•Inspeção direta (Abrindo a poca e observando o excesso de pele no palato)
•Tomografia computadorizada
•Endoscopia (essa é a escolha para fechar o diagnóstico, para ter imagens, para dar uma ideia de prognóstico para o tutor, pq o animal pode ter até uma laringo malacea associada ao prolongamento de palato mole, e mesmo fazendo cirurgia o animal não vai conseguir respirar muito depois);
•Radiografias torácicas são indicadas para avaliar eventuais alterações
pulmonares secundárias, podendo ter também até edema;
Tratamento Estafilectomia
Posicionamento para cirurgia:
Remove o excesso de pele do palato mole e suturar.
(por sangrar bastante (principalmente quando está muito inflamado) é importante para hemostasia ter algum tipo de bisturi elétrico).
Sutura
•Complicações em sutura simples contínua (pode ter um hematoma/coleção de sangue, e pode facilmente virar um abscesso)
•Ponto simples separado (se tive um absesso, ele vai ter espaço para ser expelido)
•Nylon (não absorvível) , Poliglecaprone, (Monocryl ®- é monofilamentar) - absorvível (é melhor pq não precisa sedar para tirar os pontos)
Vicril- é multifilamentar 
É importante o fio ser monofilamentar – não é composto por fios entrelaçados, e nesse caso é melhor usar o monofilamentar, porque os multifilamentar, eles possuem capilaridade significando que o fio consegue transportar conteúdo da cavidade oral de um ponto para o outro (As bactérias podem atravessar da cavidade oral para cavidade submucosa) 
Pós operatório de prolongamento de palato
•Antibioticoterapia – Stomorgyl, ou Metronidazol associado com Cefalexina (antibiótico de amplo espectro);
•Antinflamatório pode ser AINE ou AIE (Fica a critério do cirurgião, avaliar se o animal pode ou não com corticoide);
•Analgesia;
•Jejum (Dar comida não tão dura e não tão pastosa, para não traumatizar muito o palato, não pode ser muito pastosa porque eles comeram a vida toda deles com uma estrutura no ‘’céu da boca’’ e eles podem fazer falsa via), joga um azeite/ água na ração;
Hipoplasia de traquéia
•Buldogue inglês
Vai ter resistência na hora de puxar o ar e o pulmão 
Não tem tratamento, e tem manejo, no calor deixar no ar condicionado por exemplo
Eversão de sacos laríngeos
É secundário 
•Eversão da mucosa que revesteas 
criptas laringeanas
•Primeiro estágio de colabamento laringeano
•Ocorredevido à altra pressão negativa gerada nas vias respiratórias secundária à síndrome do braquicefálico
Sacos laríngeos normal não é visível 
Sinais e sintomas
•Dispnéia leve à intensa
•Ruídos respiratórios
•Esforçorespiratório e ofegação constante
•Tutor relata alterações/ ausência no latido (por causa da inflamação na região da garganta)
Diagnóstico
•Inspeção direta com animal anestesiado (é difícil de o animal tiver prolongamento de palato)
•Endoscopia (ESSE AQUI QUE FAZ O DIAGNOSTICO)
•Radiografias torácicas
Tratamento
Com antiinflamatorio e tratar a causa de base
Opera quando não for secundário ao prolongamento de palato, quando tiver tumor (visto no endoscópio quando é um tumor: mudança de cor, bem avermelhada e edemaciada, mas não tem nada a ver com a síndrome do braquiocefalico, sendo um diagnostico diferencial);
Pós operatório
•Antibioticoterapia
•Antinflamatório
•Analgesia
Turbinados nasais aberrantes
 Turbinados (são estruturas que ficam nas coanas), que aquecem o ar quando ele entra pelas cavidade nasal e vai até o pulmão
septo
Rinoscopia retrógrada (é o que está sendo feito na imagem): são visualizados turbinados aberrantes (comum em pugs): o ar quase não consegue passar
Essa rinoscopia retrógrada não são feitas no brasil
•Cirurgia à laser: os turbinados aberrantes são retirados através de cirurgia a laser 
•Recidiva (maioria dos casos, não valendo muito a pena fazer a cirurgia)
•Termorregulação
Alterações gastroesofágicas associadas
· DisfagiaSecundários as alterações de vias áreas, tendo muito refluxo, alguns buldogues fazem hérnia de hiato
· Vômito 
Regurgitação:
· Quando ocorre muita regurgitação eles ficam propensos a fazer falsa via, além do que o conteúdo regurgitado é rico em suco gástrico, o que vai irritar mais ainda a via aérea e faringe (por ser rico em ácido clorídrico, sendo extremamente ácido)
· A pressão negativa torácica das excessiva decorrente do esforço
respiratório contribui para o animal ter refluxo esofágico, que contribui com a inflamação da laringe – mais frequente em Buldogues
Franceses
Colapso de Traquéia
É achatamento dorso ventral (Sempre vai ser dorso ventral) da traqueia de Degeneração progressiva da cartilagem traqueal (condromalácia – toda degeneração da traqueia);
•Degeneração progressiva da cartilagem traqueal (condromalácia) 
acompanhada de frouxidão do músculo traqueal dorsal, resultando
em achatamento dorso-ventral da traquéia. 							
•Etiologia desconhecida – componente genético.
Graduação
Grau I (mais brando) a IV (mais severo)
 medido na quantidade de luz traqueal perdida
Grau III e Grau IV são os mais graves
Grau III com sintomas importantes
Incidência 
Incidência
•Cães de meia idade/idosos
•Raças miniaturas e toys
•Spitz Alemão, Chiuaua, Pug, Poodle, Maltês, Yorkshire
•Rara em gatos
•Não há predileção sexual
Manifestações clínicas
•Tosse intermitente
•Respiração ruidosa
•Em casos mais graves síncopes (por obstruir completamente a passagem de ar) e sinais de obstrução
Exame físico
•Apresentam-se sistemicamente saudáveis
•Obesos são mais frequentes (importante eles emagrecerem para diminuir as crises);
•Auscultaçãopode haver respiração ruidosa (então fica difícil de auscultar);
•Em casos mais graves o animal pode apresentar cianose
•Piora em momentos de excitação e exercício
Diagnóstico
•Radiografia cervical e torácica (raio x é difícil de dar dignostico)
•Endoscopia
É difícil um colapso ocorrer na região cervical ou torácica, 95% ocorrem em região cervico torácica (na transição)
Endoscopia (Dignostico defintivo) – traqueoscopia 
Tratamento conservador (Grau I, II e III que não tenha sintomas muito graves)
•Emagrecimento
•Corticóides
•Antitussígenos
•Antibióticos (infecções secundárias – pneumonia bacteriana secundaria) 
Tratamento cirúrgico – Stent Traqueal (intraluminal)
Stent é uma malha de lixionol, é maleável, e vai por dentro da traqueia na luz traqueal
Mensura a traqwueia em diâmetro e compriemtno para escolher o tamaho do stent
Não pode ser muito longo Para não estimular o fosseo o tempo todo
Coloca uma sonda endotraqueial e infla com o ambu para a traqueia ficar bem inflamada e faz um raio x;
Complicações 
· Os cílios da traqueia não conseguem fazer bem a sua função de empurrar a sujeira para fora
· Células endoteliais – vão estar sempre secretando muco por causa do corpo estranho, então vai ter bastante muco
· Vai estimular muita tosse								
· Migrar
· Fraturar - o que vai ter que por outro stent por dentro dele, não da para tirar, uma vez colocado não da para tirar
· Malposicionamento (próximo à Carina) – vai ter tosse crônica por estimulo
· Reação inflamatória
Prótese extraluminal (vai por fora da luz luminal)
Espiral de caderno – enrolam na traqueia, não precisa suturar, e a traqueia não colapsa por ser dorso ventral, para ela colapsar ela precisaria aumentar de tamanho na lateral e a espiral não deixa.
Só que não tem como colocar nenhuma espiral de caderno para baixo da curvatura, então essa espiral de caderno não funciona além de poder gerar muitas complicações, e outra espiral de caderno não é material cirúrgico.
Se o tutor não tem como pagar colocar o stent, é indicado eutanásia.
Paralisia de Laringe
O que é?
· Déficit neuromuscular de diferentes gradientes, e, portanto, com gravidade clínica variável, que acomete a inervação laringeana comprometendo especialmente o tônus das aritenóides e cordas vocais.
· Distúrbios de deglutição e complicações pulmonares secundárias podem estar presentes.
A laringe
· Compartimento intermediário das vias aéreas, estrutura-se como CAIXA CARTILAGÍNEA composta por peças articuladas entre sí
· Detém INTRINCADO MECANISMO NEUROMUSCULAR de funcionamento, que garante as complexas funções de VOCALIZAÇÃO, DEGLUTIÇÃO e VENTILAÇÃO.
Anatomia
· 5 peças cartilagíneas: EPIGLOTE, 
ARITENÓIDES (2), CRICÓIDE e 
TIREÓIDE
· Articulam-se entre si por articulações fibrosas ou sinoviais
Musculatura
Mobilizada por músculos intrínsecos e extrínsecos que modulam tamanho, forma e posição da glote, bem como diâmetro luminal da via aérea.
Inervação
•Todos os músculos intrínsecos são inervados pelo N. LARINGEANO
CAUDAL, exceto o músculo cricotireoideo que é inervado pelo N.
LARINGEANO CRANIAL;
•Tal inervação é segmento terminal do N. LARINGEO RECORRENTE.
Motricidade laringeana
· A entrada laringeana é denominada rima glottidis;
· Em situação de repouso, a rima glottidis apresenta-se fechada;
· Sob demanda ventilatória, as cartilagens aritenoides são rotacionadas lateralmente, especialmente por ação do m.cricoaritenoideo dorsal, aumentando o diâmetro da rimaglottidis.
· Para o processo de deglutição, a rima glottidis é “comprimida” para seu fechamento pela ação combinada dos músculos cricoaritenoideu lateral,
tiroaritenoideu, ventricular e aritenoideu transverso;
· Concomitantemente o hióide e a faringe são trazidos rostralmente para
comprimirem-se contra a epiglote
· O comprometimento neuropático da laringe, em muito associado à inervação do n. laringeano caudal, impacta amplamente a musculatura intrínseca da laringe;
· As disfunções motoras tanto comprometem a ventilação inspiratória, quanto o intrincado processo de deglutição.
Epidemiologia
· Acomete cães de raças grandes e gigantes;
· Os Retrievers são particularmente susceptíveis;
· O paciente típico é o Labrador macho de meia idade;
· Raramente acomete gatos.
Etiologia
· Congênita
· Reconhecida em Bouviers des Flandres, Huskies, Dálmatas,
Staffordshire bull terriers e Rottweilers.
· Adquirida
· Idiopatica (fator genético racial, origem desconhecida);
Secundária a POLINEURITE ou endocrinopatia, especialmente HIPOTIREOIDISMO;
· TRAUMA, IATROGENIA (cirurgias cervicais e torácicas),
NEOPLASIAS e INFECÇÃO LOCO REGIONAL.
Alterações:
Sistêmica- bilitarel (paralisa dos dois lados – só opera nesse caso)
Localizada- unilateral (paralisia de um lado só)
Sala de atendimento, quando suspeitar?
•Grande parte da coleta de informações que levam ao diagnóstico da
PARALISIA DE LARINGE pode ser obtida na ANAMNESE e 
OBSERVAÇÃO DO PACIENTE;
•O diagnóstico definitivo se dá pela INSPEÇÃO DIRETA ou INDIRETA (através da endoscopia) da LARINGE SOB ESTÍMULO FUNCIONAL.
Distúrbio Ventilatório
· O distúrbio ventilatório inspiratório se manifesta
em diferentes gradientes, podendo manifestar- se desde a INTOLERÂNCIA AO EXERCÍCIO à DISTRIÇÃO SEVERA:
· MUDANÇA COMPORTAMENTAL,
· INTOLERÂNCIA AO EXERCÍCIO,
· DISTRIÇÃO EVENTUAL,
· SÍNCOPES,
· ASFIXIA GRAVE.
(o som parece que estão cerrando uma madeira – é pior para entrar em cirurgia)
Respiração 
•A respiração pode mostrar-se intermitentemente ou constantemente
ruidosa (é melhor em cirurgia nesse caso)
Disfonia 
· A hipotonia ou atonia da musculatura intrínseca impede o 
tensionamento das pregas vocais:
· Relato de alterações graduais no timbre do latido;
· Animal afônico.
Tosse
•TRAQUEÍTE ou TRAQUEOBRONQUITE:
•PROCESSOS ASPIRATIVOS já que também o mecanismo de deglutição é 
comprometido pela hipotonia dos diversos músculos intrínsecos,
•Fechamento incompleto da rima glottidis,
•Mecanismo de esforço inspiratório crônico.
•Pode haver agravo desta condição na presença de regurgitação por
MEGAESÔFAGO
Diagnóstico Diferencial
•Demais condições causadoras de distrição respiratória alta (síndrome
do braquicefálico e colapso traqueal),
•Neoplasias do segmento orofaríngeo e laríngeo,
•Pneumopatias primárias
•Pneumo cardiopatias
Diagnóstico Definitivo
•INSPEÇÃO INDIRETA – LARINGOSCOPIA:
Soma a possibilidade do diagnóstico de distúrbio
morfofuncionais dos demais segmentos das vias
aéreas:
•Laringites,
•Colapsos traqueais,
•Colapsos bronquicos,
•Documentação medica.
Diagnóstico Definitivo: Laringoscopia
Diagnóstico
Diagnóstico Definitivo
•A condição adequada de SEDAÇÃO/ANESTESIA para a INSPEÇÃO DA MECÂNICA LARÍNGEA exige a adoção de protocolos NÃO INIBITÓRIOS DO REFLEXO DE PROTEÇÃO LARÍNGEO.
•Protocolos combinados de ACEPROMAZINA + PROPOFOL e QUETAMINA + DIAZEPAN INIBEM A MOTILIDADE LARÍNGEA em 50% dos casos.
•Entre os protocolos recomendados pode-se considerar ao uso de acepromazina + opióide e indução por máscara de isofluorano.
Diagnóstico da causa de base
•As endocrinopatias e especialmente o hipotireoidismos devem ser 
confirmados por triagem de perfil laboratorial metabólico,
•Exame neurológico amplo deve ser aplicado de maneira seriada para
diagnóstico de polineurite.
Diagnósticos Correlatos 
•O exame radiográfico de tórax deve buscar eventual 
pneumonia aspirativa;
•Desde que a função de deglutição não traga risco de 
aspiração, o esofagograma deve fazer parte da 
aplicação diagnóstica.
Diagnóstico Correlatos
•O padrão pulmonar radiográfico deve buscar sinais de sensibilização
inflamatória pulmonar por padrão crônico de esforço inspiratório;
•A distrição inspiratória somada a comportamento paradoxal da 
laringe (contração da rima glottidis na inspiração) pode ser 
catastrófica na geração de vácuo inspiratório
Efeito de bomba de vácuo pulmonar
Sensibilização pulmonar para processos de edema intersticial por
efeito de bomba de vácuo.
Terapêutica de Suporte
· Abordagem antinflamatória baseada em uso de CORTICÓIDES;
· Sedação: contrapor o efeito de bomba de vácuo pulmonar;
· Medidas de combate à situaçãode EDEMA PULMONAR;
· OXIGENIOTERAPIA.
Na Sala de emergência 
Se o animal não estabilizar tem que entubar
Protocolo de tomada de decisão 
Cirurgia
Lateralização aritenoide (pexia)
Criocaritenoidepexia
•Unilateral,
•Fio não absorvível,
•Acesso anatômico exato
· Prognostico 
A cirurgia é efetiva? É extremamente efetiva, só que tem variantes de complicações. Exemplo do trabalho feito abaixo: 
•Resultado cirúrgico favorável 12 meses após a cirurgia em 91% dos 
casos (n=61). O estudo excluiu pacientes com quadro aspirativo ou
polineuropatia.
Quais as complicações cirúrgicas?
· Incidência de 31 casos de pneumonia aspirativa em 104 casos
operados (28% de complicações)
Prognóstico: considere a evolução da etiologia de base
· (6) de (11) cães eutanasiados 15 meses após o diagnóstico de 
paralisia de laringe, devido a progressão da polineuropatia (animais com uma causa de base de polineuropatia, o prognostico é reservado por conta da evolução da doença).
· Pneumonia aspirativa: ocorre em 8 a 19 % dos casos, meses a anos após a cirurgia:
· “’água, não leite”, (Obs.: Não dar nenhum liquido a não ser água, tem que comer devagar (dar rações para raças gigantes que vai obrigar o animal a mastigar, não dar alimentação pastosa para não aspirar)
· Orientar observação constante pelos proprietários;
· Persistência da tosse ou engasgos ocorre em 16 a 28% dos casos:
· O uso de antitussígenos pode ser considerado;
· Persistência da intolerância a exercícios em 23% dos casos;
· Falha cirúrgica em 0 a 8% dos casos: pode ter situação onde o fio cirúrgico arrebenta, ou situação em que a cartilagem rasgou (se rasgou não tenta abordar esse lado novamente, vai para o outro lado da cartilagem para fazer outra abordagem). 
Aula dia 16/08
Sistema Respiratório Inferior 
Cavidade Torácica
· Pressão negativa – vácuo 
· Expansão da cavidade torácica no movimento respiratório
· Auscultação clara
· Percussão- som claro
· Bulhas cardíacas normofonéticas 
· Pleura Parietal reveste a cavidade torácica
· Pleura Visceral reveste o pulmão
Entre as pleuras é vácuo – permitindo o pulmão expandir, se tiver ar entre as pleuras = pneumotórax, impedindo o pulmão de expandir, vai ter silencio respiratório (não se houve a entrada e saída de ar), vai ter um som timpânico (parece um som de tambor).
Consegue diagnosticar o pneumotórax só com a percussão (Coloca o dedo no tórax e percute) – em casos de emergência.
Trauma Torácico
· Contuso – é uma pancada
· Perfurante – perfuração de parede torácica 
A física por trás do trauma (é bom saber para vida mesmo. Não só para prova)
· Conceito onda de choque: contusão ocorre edema (inchaço de local) por conta da transmissão de energia/onda de choque, e não necessariamente a pancada precisa ser naquele local para acometer aquele osso.
Exemplo: cachorro atropelado/briga, machucou a asa do ílio a pancada por conta da onda de choque que foi transmitida para todos os órgãos abdominais por serem sensíveis acabam fazendo contusão (contusão não é só o órgão edemaciar e aumentar de tamanho, pode ter hemorragia)
· Conceito massa X dissipação: um gato se levar uma pancada vai sofrer mais que um boxer por exemplo porque o boxer tem muito mais massa para dissipação da contusão do que o gato.
Obs: quando tem um trauma importante: monitorar a respiração, radiografia de tórax para ver se tem contusão pulmonar, e faz o fast abdominal (ultrassom abdominal chamado de fast é um ultrassom abdominal que visa apenas procurar liquido livre, liquido ou ar entre as pleuras)
Fast abd: foccused assessment sonography for trauma
Contusões 
· Cardíacas: 
· Alterações de condução
· Tamponamento cardíaco (há sangramento do coração para dentro do saco pericárdico, por uma contusão ou por um tumor) – coração vai ficar apertado e não vai conseguir fazer diástole para encher de sangue e espalhar para o corpo, e ele tampinha. Tem que fazer uma pericardiocentese puncionamento do pericárdio para esvaziar o conteúdo de dentro do saco pericárdico e o coração voltar a bater.
· Pulmonares (pulmão não consegue fazer troca gasosa – pulmão está hepatizado de tanto hematoma e parece um fígado e não faz troca gasosa, tratado de forma conservadora para evitar inflamação, vai com o tempo melhorando então dar suporte ao paciente;
· Ruptura diafragmática (Por propagação de onda de choque);
· Ruptura de traqueia (Causando um pneumomediastino na traqueia torácica);
· Hemotórax (sangramento para dentro do tórax);
· Fratura de costelas (O grande perigo é elas virarem para dentro do tórax e podendo perfurar o pulmão);
Flail- chest (da certeza de fratura de costela)
· Respiração paradoxal: Oposto de uma respiração normal, expira – sai para fora, inspira – entra para dentro (a região acometida);
· Ocorre quando há fratura de costelas;
Estabilização das fraturas 
Fio de aço e cerclagem: e reconstrói a parede 
Pneumotórax 
· Acumulo de ar no espaço pleural;
· Perda de pressão negativa;
· Podendo ser fechado ou aberto;
Fechado (pneumotórax hipertensivo): 
· Acumulo de ar no espaço pleural sem abertura para drenagem
· Colabamento pulmonar
· Emergência!!!
· não pode ter nenhum tipo de ferida no tórax, porque o ar não vem do ambiente e sim da via área (Contusão pulmonar, fratura de costela que virou para dentro e perfurou o lobo pulmonar – laceração de via área, pode ser por arma de fogo porque não vai ter saída de ar para o ambiente).
· O ar vem para o pulmão e começa a acumular dentro do tórax, e começa aumentar a pressão dentro do tórax, fazendo com o que o pulmão não consiga expandir (o pulmão começa a colabar).
· É muito grave e tem que agir com muita rapidez, pois o animal vai óbito
· É chamado também de pneumotórax Hipertensivo (pela pressão do pulmão ser muito rápida e o pulmão colaba rapidamente)
· Então em emergência – tem que fazer toracocentese (puncionar o tórax) -para sair o ar e o animal voltar a expandir o tórax.
Por conta da alta pressão e o ar ocupando espaço, não da para ventilar o animal, não vai expandir o pulmão por conta do ar que está lá e o ar não vai ter área de saída como no pneumotórax aberto, ou seja, não adianta entubar. Se tiver uma lesão de via área vai piorar pois vai estar jogando mais ar, NÃO ENTUBA, faz TORACOCENTESE (pois se chegar na pressão negativa ele volta a respirar normalmente, se drenar e não chegar na pressão negativa porque provavelmente o animal tem uma lesão extensa de pulmão, e o animal deve entrar em cirurgia o mais rápido possível para tirar essa parte lacerada do pulmão (maioria das vezes) mas pode ser brônquio ou traqueia, antes de entrar em cirurgia coloca dreno torácico e fica drenando até o cirurgião chegar); 
Aberto: 
· tem ferida torácica (tem que ter abertura para dentro da cavidade torácica – o ar entra do meio ambiente para dentro do tórax); 
· Não é hipertensivo – a pressão não fica tão alta porque o pulmão demora mais para colabar;
· Perde a pressão negativa – o pulmão não consegue expandir de forma normal;
· Pode ter lesão de via área concomitante;
Se o animal estiver entubado dá para expandir pois o ar tem área de saída.
Pneumotórax Aberto
· Há perda da pressão negativa;
· Pulmão perde gradativamente a capacidade de expansão
· Colabamento
Apresentação Clínica 
· Dispneia/Taquipnéia
· Taquicardia
· Mucosas cianóticas
· Som timpânico à percussão
· Enfisema subcutâneo pode estar presente
· Auscultação – ausência de sons respiratórios 
Pneumotórax (Tipos)
· Aberto – ferimentos perfurantes, ocorre quando o ar entra do meio externo para a cavidade torácica;
· Fechado-lesão pulmonar/bronquiolar ou traqueal onde há escape de ar da via aérea para o espaço pleural;
· Traumático- atropelamento, brigas, queda etc... 
· Iatrogênico- Barotrauma (é uma lesão de alvéolo pulmonar por ventilação inadequada (ambu muito maior do que a complacência pulmonar, até explodir o pulmão), intubação traqueal, perfuração de lobo em toracocentese;
· Espontâneo – neoplasias, cistos, abscessos, granulomas...
Diagnostico rápido e estabilização do paciente
· Semiologia
· Toracocentese· T-Fast
· Radiografia/TC torácicas – paciente já tem que estar fora da crise
· Toracotomia exploratória
Ar por fora do pulmão (visto tudo preto ao redor), a posição do coração (o normal é a ponta do coração apoiada no externo);
Lobo esquerdo e direito começando a colapsar
Toracocentese 
· Cão tem 13 costelas, tendo 12 espaços intercostais – conta de trás para frente pois é melhor para contar (realizar a toracocentese no sétimo ou oitavo ou nono, espaço intercostal), dorsal porque o ar sobe, ventral se for liquido porque liquido desce. Vai entrar cranial a costela por causa, por conta do plexo de veias e artérias das costelas (melhor evitar eles para evitar sangramento).
· Pode ser feito entre o sétimo e nono EIC.
 
Obs.: Só entra com a agulha e fina na parte caudal quando o anestesista for anestesiar essa parte de plexo.
Para fazer a toracocentese precisa de:
· Torneira de três vias;
· Cateter calibroso;
· tricotomia e antissepsia;
· luva de preferência estéril;
· equipo para encher o baldinho de liquido (tem que registrar para saber se voltar se voltou mais ou menos;
· seringa se for ar;
· Se não der tempo de fazer a tricotomia, joga um clorexidina e faz.
Se drenou: 
150 mL: reestabeleci a pressão negativa, não vai indicar toracotomia (Cirurgia), e sim internação e observação, se passou uma hora e ele ficou desconfortável, drena de nono
110 mL: restabeleci a pressão negativa, não indico cirurgia, colocar dreno torácico, se passou uma hora, ele ficou desconfortável;
80 mL: não indica cirurgia porque ele está melhorando;
Se está diminuindo a quantidade drenada em um mesmo intervalo de tempo não tem porque indicar cirurgia porque quando a lesão é pequena (lobo pulmonar por ex, pequena), o organismo já começa a formular o reparo: a agregar plaquetas, coagular, malha de fibrina já começa a se formar.
Animal com uma grande lesão você não vai chegar na pressão negativa.
Dreno torácico 
Repetidas toracocenteses?
Quando precisa drenar o animal repetidas vezes.
Colocação do dreno: faz a tunelização: faz uma incisão de pele mais ou menos no decimo primeiro espaço intercostal, faz uma Divulsão de pele até o sétimo espaço intercostal e o dreno entra no tórax no sétimo espaço somente para não entrar ar do ambiente no tórax por esse motivo faz a incisão longe da entrada do tórax.
É usado a Sonda de foley que possui um cuff.- tem uma outra abertura pode acoplar uma válvula de heimlich ou uma torneira de três vias.
Sonda presa na pinça hemostática, com a ponta virada para baixo, empurra a sonda/ perfura o intercostal, abre a pinça, progride o dreno para dentro do torax e infla o cuff para a sonda não sair, e faz a sutura de bailarina.
Colocar a válvula de heimlich é unidirecional (porque o ar só passam em uma direção, ela não deixa o ar voltar para dentro do tórax) na ponta da sonda que ficou na parte de fora - a válvula funciona da seguinte forma:
Quando tem ar residual no tórax o animal inspira e o tórax se abrem e jogam o ar para fora. Usado também em pós cirúrgico de por ex: lobectomia pulmonar
Coloca a seringa puxa para ver se tem ar, pode ter um pouquinho, mas fecha a torneira de três vias, se deixa ao animal em observação, e se em 24 horas estiver tudo bem, desinfla o cuff e tira o dreno.
Selo d’água
Funciona mais em animais com mais de 10 kg
Conecta o dreno a um equipo e conecta no selo d’água 
O ar entra borbulha água e sai para o ambiente pelo o outro cano, usado em espera de cirurgia, o animal vai sendo ventilado e o ar que está se formando vai saindo para o ambiente.
A garrafa tem que estar no chão abaixo do animal – usada em casos de pneumotórax residual em pacientes pós cirúrgicos.
Obs.: Usado em casos de esperar a cirurgia de emergência, pneumotórax que não chega nunca na pressão negativa, coloca um dreno no animal, ventilação controlada, e coloca ele na sonda com o selo d’água, para o ar ir saindo para o ambiente. 
Tratamento
· Sedação/analgesia: Por conta da dor (e quando te dor a respiração piora);
· Estabilização do paciente com toracocentese/ dreno torácico;
· Reconstrução cirúrgica da parede torácica se houver demanda - Analgesia, antes de entrar em cirurgia
· Toracotomia exploratória corretiva;
Teste de borracheiro: 
Para avaliar laceração de via área: Aquece soro fisiológico e preenche a cavidade torácica com ele, e procura se tem algum local borbulhando.
Caso Clínico 
· July, Yorkshire, fêmea, 3 anos;
· Tutor relataa trauma/mordedura
· Exame físico:
· Dor intensa, FR: 48 mrpm, Fc 140 bpm
· Mucosas normocoradas, temperatura 39,1, 
· pele íntegra
· Durante o exame físico, foi anotado grande quantidade de enfisema subcutâneo;
Suspeita: Flail chest – suspeita de fratura de costela
Optou -se por drenar o enfisema subcutâneo para conforto do paciente e melhor elucidação do caso.
Animal apresentou respiração paradoxal.
· No raio x – visto região extensa de torácico, o ar estava se acumulando no subcutâneo, e não na região do tórax (o coração está normal encostado no esterno), ele não tinha pneumotórax.
Nesse caso é fechado e não hipertensivo pois o animal estava respirando bem, o animal começava a ventilar mal quando estava com muito enfisema, e aumentava a pressão no tórax;
Diagnostico: Fratura de costela com provável perfuração de via área
Tratamento indicado: cirurgia-toracotomia exploratória para avaliar lesão de via área, e reconstruir a parede.
Teste de borracheiro positivo (borbulhou) – animal tem perfuração no lobo pulmonar – faz lobectomia parcial da ponta, e faz ligadura, depois testa de novo (fazer um novo teste do borracheiro) para ver se não está escapando ar.
A fratura da costela – foi reconstruída – faz um furo em cada costela e liga com o fio de cerclagem.
Depois coloca o dreno torácico – pega o dreno com um pinça e vai divulsionando o subcutâneo até chegar no sétimo espaço intercostal, e infla o cuff.
Quando está no final da cirurgia e está fechando o subcutâneo - Colocar uma sonda uretral – fica posicionada no subcutâneo ao longo da incisão e não dentro do torax – faz vários furinhos com uma agulha de insulina e coloca anestésico local (lidocaína), para diminuir a quantidade de opioides no pós operatório do animal, acelera muito o tratamento
Pós operatório: 72 horas de internação (obrigatoriamente);
Colocar roupa cirúrgica, e trocar o curativo, gaze e micropore (se ficar bem sequinho pode deixar só com a roupinha depois do terceiro dia);
Prescrição: analgésico, anti inflamatório, antibiótico;
Orientações ao tutor: observar se respira mal, se fica com a língua roxa se sim volta rapidamente para internação.
O animal vai embora para casa, sem a sonda e sem o dreno torácico.
Persistência do duto arterioso 
Duto Arterioso – Definição
•Derivado do 6º arco aórtico
•Conecta a artéria pulmonar à artéria aorta na vida fetal – desvia o sangue do pulmão;
•Se fecha completamente entre 7-10 dias após o nascimento, se não ocorrer isso é considerado persistente
•Além deste período é considerado patente–Persistência do Duto
Arterioso(PDA);
Circulação fetal (normal)
· O pulmão é subdesenvolvido então o sangue não passa por ele para ser oxigenado existe o foramen oval (é uma comunicação interatrial) – se fecha quando o animal nasce, e existe também o ducto arterioso
Obs.: Ducto arterioso e foramen oval devem se fechar depois do nascimento.
Circulação fetal normal, explicação:
O sangue chega pela veia cava, e é distribuído para o átrio esquerdo para o ventrículo direito, vai para a artéria pulmonar, desvia pelo ducto arterioso e vai para circulação sistêmica.
O sangue do átrio esquerdo, vai para o ventrículo esquerdo e via para a circulação sistêmica através da aorta.
Fisiopatologia
Ducto arterioso e foramen oval devem se fechar depois do nascimento.
Quando não se fecha, a circulação ocorre:
O sangue chega pela veia cava pelo átrio direito e vai para o ventrículo direito, vai para artéria pulmonar, vai para pulmão, esse sangue retorna para o átrio esquerdo, para o ventrículo esquerdo e vai para circulação sistêmica através da aorta.
Quando o ducto arterioso não fechou tem umdesvio desse sangue partindo da aorta para a artéria pulmonar, por que o sangue vai nesse sentido?
Porque a pressão da aorta é maior que artéria pulmonar, e quando o sangue é desviado pela artéria pulmonar, o animal não tem tantos prejuízos porque é um sangue já oxigenado que deveria ir para circulação sistêmica, só que ele volta para o pulmão e ele é oxigenado duas vezes
O que prejudica esse animal é que chega tanto sangue tanto do ventrículo direito quanto da aorta, que esse pulmão tem um alto fluxo sanguíneo. Conforme o tempo vai passando e esse duto não é operado, o duto não é fechado, vai acontecer:
A pressão da artéria pulmonar vai fiar super alta por receber muito sangue, essa pressão alta pode gerar edema pulmonar, não somente pelo aumento da pressão da artéria, mas também pela congestão que se forma na veio pulmonar para mandar o sangue para o átrio esquerdo.
Essa sobrecarga vai gerar um remodelamento atrial a longo prazo, o átrio esquerdo se dilata (assim como ocorre na insuficiência cardíaca congestiva propriamente dita), por uma alteração nas válvulas.
No PDA crônico, essa insuficiência cardíaca congestiva esquerda ocorre pelo alto fluxo sanguíneo que sai do pulmão e vai para o átrio esquerdo. Esse sangue chega no ventrículo esquerdo e ele é bombeado para a aorta parte desvia pelo duto e parte vai para a circulação sistêmica. Em primeiro momento esse é o grande prejuízo do PDA, mas vai chegar uma hora que essa artéria pulmonar vai receber tanto sangue, vai ficar com uma pressão tão alta, que a pressão da pulmonar vai começar a se igualar a pressão da aorta e posteriormente transpor a pressão da aorta (ficar mais alta que a pressão da aorta) -chamado de síndrome de Elsenmeger ou fluxo reverso 
A pressão da artéria pulmonar ficou mais alta que a da aorta portanto o fluxo mudou de direção. Agora o sangue vem da pulmonar e vai para artéria aorta, que antes vinha da aorta e ia para pulmonar.
O prejuízo gerado vai ser: sangue não oxigenado indo para circulação sistêmica, é um sangue que não passa pelo pulmão e vai para aorta e vai para a circulação sistêmica. Na vida do animal vai acarretar que:
As artérias que irrigam as extremidades craniais como cabeça e membros torácicos, todo o sangue que vai para circulação sistêmica e principalmente para extremidade caudais estarão não oxigenados o que vai gerar cianose diferencial (as mucosas caudais cianóticas, e alguns animais podem apresentar fraqueza em membros pélvicos);
Apresentação clínica
· Mais frequente em cadelas de raça pura
· Pode acometer gatos (raro)
· Maltês, Spitz, Pastor de shetland, Yorkshire, Poodle miniatura e toy, 
Bichónfrisé
· Base genética em Poodles
· Aumento de O2 inibe a prostaglandina e ocorre vasoconstrição local
· Defeitos histológicos– falha de musculatura e déficit de elasticidade;
· Em humanos está relacionado com partos prematuros, altas taxas de 
prostaglandina, e mãe portadora do vírus da Rubéola.
Sinais e sintomas
•A maior parte permanece assintomática ou apresenta apenas
intolerância à exercícios
•Tosse ou dispnéia em casos mais avançados
•Fraqueza de membros posteriores em casos com fluxo reverso
Exame físico
•Auscultação cardíaca –som de maquinário – Murmúrio de Gibson
•Frêmitos palpáveis no tórax
•Auscultação pulmonar–pode haver crepitação-Edema
•Pulso hipercinético (pulso em martelo d’água) -rápida saída de sangue da aorta, quedada pressão em diástole a níveis mais baixos que os normais
•Cianose” diferencial” - cianose presente em mucosas caudais, com as mucosas craniais normais.
Exames complementares
•Eletrocardiograma– OndasR altas por causa de uma ampla pressão de pulso
•Ecocardiograma–detecta a presença do duto patente– aumento de átrio, dilatação ventricular, dilatação de artéria pulmonar, aumento da velocidade de ejeção aórtica, doppler turbulento reverso característico na artéria pulmonar (fecha o diagnostico)
•Radiografia torácica –Cardiomegalia, dilatação de átrio e ventrículo esquerdo, pulmões hipervascularizados ou com sinais de edema
 aneurisma de arteria pulmonar (setas vermelhas), cardiomegalia (coração grande) com desvio dorsal a traqueia, pulmões hiper vascularizados, pulmão radiopaco podendo ser sinal de edema;
Comunicação entre a artéria pulmonar e aorta em um fluxo turbulento;
Exames laboratoriais
•Policitemia – resposta medular com aumento de eritropoetina devido à hipoxemia crônica (A medula entende que ele precisa demais eritrócitos (carreiam as hemoglobinas) com o aumento da eritropoietina, por falta de oxigênio entende que o animal está anêmico e que precisa demais hemoglobina).
Tratamento 
Fechamento cirúrgico do ducto, - ligadura direta do ducto. Ou embolização do duto – por cateterismo (existem dois dispositivos – Coil occluder ou duct occluder), induz um trombo dentro do ducto (cirurgia minimamente invasiva).
MAS quando tem fluxo reverso a cirurgia é contra indicada porque a artéria pulmonar vai ter uma pressão maior que a aorta, e se ligar esse ducto, já tem hipertensão pulmonar, se fechar uma das vias de saída a artéria pulmonar que vai gerar um edema pulmonar (aumento da permeabilidade alveolar) extremamente pulmonar que não consegue reverter com medicamentos e vai levar o animal a óbito.
Cirurgia X Embolização
· A cirurgia tem vantagem principalmente em custo, em tempo de procedimento a cirurgia é mais rápida, o tamanho do animal (as raças pré dispostas são extremamente pequenas, mini toys, filhotes, então não é possível fazer o cateterismo), dependendo do formato do PDA não da para fazer a embolização, cirurgia tem 98% de sucesso, já a embolização tem 90% pois pode fazer um fluxo laminar de sangue pelo duto, dias na internação é menor e a taxa de morte são menores na embolização.
Prognóstico
· é favorável quando tem um animal em fase inicial de tratamento;
· Prognostico não é muito bom quando não dá para fazer a cirurgia, vai tratar o paciente como um cardiopata;
Displasia de Cotovelo 27/09/21
O que é?
•Patologia hereditária que envolve um conjunto de alterações na
articulação úmero-rádio-ulnar
· International Elbow Work Group (IEWG, 1993)
· Incongruência do cotovelo (não tem encaixe, não tem uma boa coaptação);
· Osteocondrose de úmero (degeneração da cartilagem umeral);
· Não união do processo ancôneo (NUPA) – processo de ossificação (processo ancôneo);
· Fragmentação do processo coronóide (processo coronoide - proeminência óssea presente na ulna);
· Lesões de cartilagem articular;
Obs.: 
· As 5 podem estar presentes ao mesmo tempo (raro)
· Pelo menos umas três alterações estarão presentes ao mesmo tempo 
Etiologia
· Ocorre como resultado de uma predisposição genética com influência
de fatores ambientais
· Dieta de alta energia que acelera o crescimento (úmero radio e ulna, esses ossos principalmente o radio e ulna crescerem paralelamente e dividem a articulação do cotovelo, e se no momento de estirão de crescimento o rádio por exemplo crescer mais que a ulna vai ter uma incongruência e vai levar a uma/ ou mais daquelas 5 patologias faladas)
Epidemiologia
•Raças grandes e gigantes – Labrador, Bernesse Mountain Dog;
•Raças pequenas – Condrodistróficos Daschund, Buldogue Francês;
•Machos somam o dobro de fêmeas (Meyer-Lindberg et al. 2006), machos porque crescem mais do que as Femeas tendo mais chances de ter uma incongruência articular;
Sinais e sintomas
•Claudicação de MT’s – 6-12 meses ( pode ser precoce, que podem estar associadas a não união do processo ancôneo) ;
•Sintomas tardios >6 anos – manifestações relacionadas à FPC;
•Claudicação secundária à osteoartrose (tendem a ser mais tardias porque a osteoartrose ocorre mais lentamente);
•Claudicação relacionada à NUPA;
Obs.: Raramente a FPC e NUPA ocorrem juntas, porque na NUPA a ulna vai ser mais curta que o rádio, e a FPC porque o rádio é rádio é mais curto que a ulna
Sobre a articulação
Existem 3 articulações no cotovelo:
· Radio-ulnar (A)
· Úmero-ulnar (B)
· Radio-umeral (C
Não união do processo ancôneo – NUPA
· Ulna curta
· Sobrecarrega o centro de ossificação
do processo ancôneo causando não-
união (vaiter atrito na articulação, toda vez que o animal esticar o cotovelo)
Visto: articulação incongruente (não se encaixa), a ulna é mais curta que o rádio (avalia sempre pela superfície articular, seta vermelha)
O processo ancôneo (PA), precisa se encaixar na fossa
Doença do compartimento medial
· Ocorre em 85% dos casos de displasia de cotovelo (Grondalen and 
Grondalen, 1981);
· Esclerose medial do processo coronóide;
· Microfratura/fissura/fragmentação do processo coronóide;
· Lesão cartilagínea na tróclea e/ou processo coronóide (leve-
condromalácia);
· Lesão de osso subcondral;
· Com ou sem incongruência articular (discrepâncias no crescimento
radio-ulnar, que se normalizam na vida adulta;
Visto bem no raio x 
· Superfície articular do rádio (amarelo)
· Superfície articular da ulna (vermelho)
· Superfície articular úmero (rosa)
Desenhado em branco: visto a incongruência articular, porque a ulna cresceu demais,
Região medial vai ficar com 100% da sobrecarga de apoio no úmero, que vai gerar degeneração, fissura cartilagínea, condromalácia, exposição do osso subcondral 
Essa sobrecarga vai gerar Microfratura/fissura/ e pode levar a total fragmentação do processo coronóide
Diagnóstico:
· As vezes no raio x não dá para visualizar por ele ser de baixa sensibilidade/especificidade;
· Então fazer tomografia (da para visualizar, até se a diferença de tamanho for pequena) – 90% de sensibilidade/especificidade;
· Artroscopia – seria o padrão ouro, mas a articulação é pequena para fazer esse exame, então no Brasil não é feito;
Diagnóstico – radiografias de triagem
Diagnostico precoce 
Ortopedia pediátrica 
Quanto mais precoce mais fácil resolver o problema do animal 
Tratamentos
Incongruência articular – existem uma série de técnicas para tratamento de displasia de cotovelo
Osteotomia ulnar proximal 
· Tem que ser feita acima do ligamento interósseo;
· Proximo-lateral ou Caudo-proximal (sendo bioblíqua);
· Corrige incongruência – Ulna curta/baixa e radio curto/baixo – onde a diferença de tamanho entre os dois ossos sejam maiores que uns milímetro, menor que isso não tem nenhum efeito);
· Alternativa – Pino IM
· Indicada para pacientes sintomáticos/ Gap 1mm>;
· Deixando o osso mais congruente
Osteocondrose (degeneração da cartilagem umeral)
· Remover a cartilagem – flap;
· Curetar (estimula a ter uma hemorragia, inflamação para formar um novo tecido) osso subcondral;
· Perfurar osso subcondral para induzir formação de novo tecido
cartilagíneo;
FPC – Fragmentação do osso coronóide
•Remoção do processo coronóide;
•Osteotomia ulnar proximal;
•Coronoidectomia subtotal (para melhorar a incongruência);
Remove o processo coronóide quase inteiro (parte verde) para que não caia nenhum outro fragmento
NUPA
•Remoção/fixação do processo ancôneo;
•Osteotomia ulnar proximal;
Quando já está crônico, se soltou, não tem como mais se encaixar (visto nas imagens)
Doença do compartimento medial
· Lesões decorrentes do crescimento assincrônico entre radio e ulna;
· Membros podem estar radiograficamente normais na vida adulta;
Ulna maior que o rádio, mas o animal não tem fragmentação do processo coronóide, e nem osteocondrose umeral.Fazer:
Paul Plate
Abdução proximal da ulna 
Faz a osteotomia e posiciona a placa: vai fazer com que a ulna alinhe, e vai tirar a sobrecarga do compartimento medial, e assim o animal não vai desenvolver fragmentação do processo coronóide e nem osteocondrose umeral.
Tratamento paliativo
· Artrose severa onde a IC (intervenção cirúrgica) não surtirá efeitos benéficos:
· Condroitina;
· UC II (colágeno)
· AINES (Galliprant – anti inflamatório para uso crônico- atua em receptores de dor articulares);
· Analgésicos
Articulação do cotovelo a parte importante é: a parte indicada pela seta, a parte circulada já faz parte do ombro.
O radio e a ulna dividem o apoio entre os côndilos umerais, 
Região lateral (vermelho)
Região medial (azul)
O deslocamento vai ser lateral 100% das vezes, por conta da anatomia a cobertura de osso na região lateral é muito menor. Para descolocar o rádio e ulna para medial seria considerado uma fratura, não luxação.
Luxação de Cotovelo
Sempre traumática 
(sempre trauma) Trauma no cotovelo que resulta em destruição de um ou ambos 
ligamentos colaterais:
· Rádio e ulna luxam lateralmente (100% dos casos);
· Pode haver ruptura muscular;
· Pode ocorrer dano cartilagíneo no momento da lesão;
Apresentação clínica
· Histórico de trauma – briga, atropelamento, queda...
· Impotência funcional do membro afetado (o animal não pisa com esse membro) – abdução e giro externo
· Dor / incapacidade de extensão/flexão;
Diagnóstico diferencial 
Fraturas distais umerais (fraturas do cotovelo – frequentes em filhotes mas ocorre em adultos)
Luxação
Diagnóstico
· Exame físico
· Confirmado por radiografias
· Sempre em 2 projeções perpendiculares (latero lateral ou médio lateral e crânio caudal)
 vai encontrar: radio e a ulna deslocados lateralmente e o úmero deslocado medialmente sempre.
Redução fechada
· Há possibilidade de REDUÇÃO FECHADA nas primeiras 48 horas pós
trauma;
· Trauma recente, não está vendo uma estrutura importante lesionada (articulação, pele, capsula articular);
Só pode ser em traumas recentes porque tem que levar em consideração a resposta do organismo, o inicio da cicatrização/fibrose tem que ser com a articulação reduzida para manter essa articulação reduzida;
· Bandagem Robert Jones durante 30 dias;
· O processo ancôneo precisa estar encaixado dentro da fossa ancôneo, isso é o que trava a articulação no lugar dela
· O objetivo principal para reduzir uma luxação de cotovelo é direcional o processo ancôneo para a fossa ancônea:
· Primeiro flexiona o membro mais ou menos um ângulo de 100 graus, com a mão esquerda segura o antebraço do animal e fazer uma pressão (seta vermelha da imagem), em direção para medial, faz um giro no sentido horário do antebraço, o que vai direcionar o processo ancôneo para região medial, assim que sentir que encaixo, tem que estender o membro para ele não voltar mais a luxar, e se você estender o membro vai sentir que o processo ancôneo encaixou na fossa. Se ele não estiver reduzido ele não vai articular. E importante radiografar imediatamente após a redução para ter certeza que reduziu.Assim que a luxação de cotovelo estiver reduzida vai fazer uma Bandagem Robert Jones durante 30 dias ou pode colocar uma fixador transarticular com pinos no úmero, na ulna e radio, temporários durante 30 dias, para esperar que todo esse tecido se forme e a articulação fique estável.
Redução aberta
· Quando não há mais possibilidade de realizar a redução fechada;
· Suturar cápsula articular, músculos tendões;
· Substituir ligamento colateral por parafuso e cerclagem em 8 se 
necessário;
· Osteotomia de olécrano (contratura do m. tríceps braquial) para 
possibilitar a redução se necessário;
· Fixação externa temporária
Artrodese de cotovelo (fixar uma articulação, ou seja, não vai ter mais movimento)
· Quando há falha na redução
aberta; Lesões articulares extensas que não são passíveis de sutura;
· Luxações muito antigas (mais de 3-4 meses e evoluções crônicas, lesões muito intensas com lesões articulares muito extensas);
Vai usar: Placa e parafuso, fixador externo, desgasta a superfície articular
Pós operatório 
· Radiografias seriadas para avaliação, (normalmente faz um raio x logo após a cirurgia)
· Avaliar deambulação do paciente (É normal que o animal fique sem andar por 2 a 3 dias ou mais tempo, mas a partir do momento que ele começar a andar ele não pode parar mais, nesse caso palpa para ver se não crepitação, fazer raio x, pode ser que tenha só uma inflamação, mas pode ser que ele fraturou novamente, quebrou um parafuso, placa)
· Manter bandagem Robert Jones nas reduções fechadas durante trinta dias e nas abertas quando não houver utilização de fixadores externos temporários (faz a bandagem quando o dono não condições de fazer com o fixador externos
· AINES (asteroidais ou não, pode ser com um ou outro), ATB, Analgésicos;
Desvios Angulares rádio ulnaresVarus: perna aberta para fora
Valgus: perna fechado para dentro
Articulação radio cárpica: valgus chamado de valgus carpal
Cotovelo: varus
Como surgem os desvios angulares antebraquiais?
Fratura de radio e ulna que foi ou perada ou não, mas consolidou torta
Ou seja, fratura na linha de crescimento, fraturou a linha de crescimento, esse animal pode fechar a linha de crescimento e esse osso parar de crescer.
A linha de crescimento se fecha precocemente
Esses animais são naturalmente tortos, mas eles podem ficar mais tortos ainda, porque eles têm o fechamento precoce do disco epifisário, ou seja, o fechamento precoce da linha de crescimento.
Desvios congênitos, patologia de crescimento, adquirido em 90% levam a incongruência da articulação do cotovelo (displasia do cotovelo dos condrodistroficos)
Fechamento precoce do disco epifisário
· Relativamente raro;
· Congênito;
· Rádio proximal e distal;
· Ulna distal (mais frequente), mas pode acontecer em qualquer linha de crescimento do antebraço;
· A ulna não está crescendo e não deixa a região ligada a ela crescer, já a parte ligada ao rádio consegue crescer, então um osso cresce mais (rádio) que o outro (ulna);
Ulna distal 
Obs.: a ulna só tem linha de crescimento na região distal
· O fechamento precoce é mais comum que o rádio;
· Age como corda e arco;
· Procurvatum radial (osso se curva para frente);
· Rotação externa do membro;
· Subluxação de cotovelo (incongruência do cotovelo); 
· Valgo carpal (carpo fechado);
· Doença articular degenerativa dorso carpal e cotovelo
Obs.: a ulna vai travar o crescimento do rádio (ele vai crescer de forma torta) e ela não vai crescer mais, porque a ulna só tem linha de crescimento na região distal. Se essa linha de crescimento se fechar aquele é o tamanho que ela vai ter para o resto da vida do animal.
Rádio em giro externo (lateral)Não união do processo ancôneo
Processo degenerativo
· O tratamento cirúrgico precoce pode restaurar a posição anatômica mas depende da espectativa de crescimento X idade;
· Se não tratadas precocemente irão desenvolver deformidades
angulares (serão muito tortos) que só poderão ser corrigidas com osteotomias;
Rádio Traumático 
Fechamento traumático pode acontecer em qualquer região do osso
Simétrica: 
· fechamento total da linha de crescimento do radio 
· Vai ter um encurtamento do osso e subluxação da cabeça radial
 displasia do cotovelo por ulna alta
Assimétrica: 
· fechamento só de uma parte da linha de crescimento do radio 
· Vai ter um desvio angular, vai ter deformidade:
· Vai ter encurtamento radial, subluxação da cabeça radial, Se for um fechamento da epífise lateral vai ter valgus carpal e se for fechamento da epífise medial vai ter um varus carpal.
· Entender que: quando tem um fechamento assimétrico vai ter deformidade
No Rádio pode acontecer simétrica e assimétrica 
Obs.: a linha de crescimento da ulna geralmente se fecha sempre inteira. E por que em deformidade? Porque a ulna para de crescer completamente e fica pequena e trava o crescimento do rádio (vai crescer torto).
Radiografou e viu que o animal já não tem mais a linha de crescimento na ulna. O que fazer?
 seta: o disco se fechouLigamento interósseo 
Como o problema está na parte distal da ulna, e para a ulna parar de travar o crescimento do rádio? 
Fazer uma ostectomia (serra o osso e faz distração na gaiola ilizarov- para aumentar o espaço ósseo e osso formar ali no meio do gap), tira um centímetro de osso deixando um gap, o rádio vai crescer levando a ulna junto (porque ela está presa pelo interósseo), vai aumentando aos poucos e vai formando osso no gap deixado. 
Só faz isso em animal JOVEM (4-6 meses de idade, antes do estirão de crescimento).
Depois não adianta fazer a ostectomia da ulna
Raças pré dispostas: Teckel, shitzu e lhasa apso
Obs.: A linha de crescimento do radio pode se fechar por trauma, exemplo: radio que sofreu fratura em salter harris III
Foi colocado pino, ou parafuso compressivo nessa região, depois percebe que a linha de crescimento que fechou do lado da fratura (ciruclo). Vai ter um osso que cresceu mais de um lado do que do outro (assimétrico). Ou pode fechar a linha por inteiro, osso não deforma, mas ele vai ficar menor que ulna.
Mal união
· Cirurgias não bem sucedidas ou o animal não passou por cirurgia e gerou uma mal união 
Torção de membro
Existem situações de cães que não tem valgus e varus, não tem Procurvatum, que tem apenas torção do membro.
Osteotomias Corretivas
Cora (center of rotation angulation) – é uma metodologia de cálculo para se corrigir membros tortos (não é raio x).
Exemplo: Osso que cresceu com uma deformidade:
Na radiografia foram mensurados os ângulos, foi descoberto o ponto do cora (então a osteotomia será nesse ponto).
Avalia o alinhamento ósseo, quando flexiona o membro torácico, a pata (dedos e acessório do carpo) deve estar alinhados com o cotovelo.
Na cirurgia remove a cunha, faz ostectomia a ulna porque diminui o radio de tamanho e precisa girar o osso, e se não tira um pedaço da ulna quando a correção é grande ela trava o giro.
 Pós operatório, os dedos alinhados com o cotovelo
Pré operatório
Pós operatório imediato
Raio x
25/10/21
Conceitos atuais em Luxação Patelar
Definição e graduação
· Congênita;
· Medial ou lateral; (não no mesmo cão, normalmente luxa -se ou só para medial ou só para lateral);
· Visto na literatura, mas não é verdade:
· Animais de grande porte luxam para lateral
· Animais de pequeno porte luxam para medial
Animais vistos que luxam para lateral: boxer, pastor alemão
· Ocorre bilateralmente em 60% dos casos (ou, seja se identificam luxação patelar em um dos membros, é obrigatório testar o membro contra lateral);
 Grau Manifestação Clínica 
· GRAU I - Instabilidade apenas na digitopressão (palpa a patela e ela tem mobilidade);
· GRAU II - Luxação espontânea intermitente (a patela sai do sulco e volta para o sulco de forma intermitente, ou seja, sozinha sem eu precisar empurrar ela de volta para o lugar);
· GRAU III - Permanece luxada, mas é redutível à manipulação (a patela fica o tempo todo fora do sulco mas quando palpa, consegue reduzir, só que quando soltamos ela volta imediatamente a luxar) ;
· GRAU IV - Não redutível (nem quando empurrar de volta para o sulco, ela não vai para o sulco) ;
Diagnóstico de LP (luxação patelar) 
O diagnóstico é puramente clínico, palpando a patela, tentando empurrar ela do sulco, ou fazendo um giro do membro (com esse giro a patela só vai luxar quando é grau II), e depois vai graduar o grau de acordo com a luxação da patela.
Na radiografia não é possível graduar uma luxação patelar, somente pelo exame físico
No grau II: é um cão que caminha normalmente e de repente ele da um pulinho (hora que a patela luxou e voltou para o lugar) e volta a pisar.
Quebra de paradigma
A instabilidade / mal posicionamento da patela é um SINTOMA e não um problema em si;
Qual a causa de base?
Uma série de alterações musculo esqueléticas que envolve a musculatura do quadríceps, fêmur e a tíbia que tem essas alterações, e essas alterações acabam desencadeando a luxação patelar, porque elas interferem no alinhamento do membro.
O que é luxação patelar afinal?
É a sequela de anormalidades esqueléticas complexas que afetam o alinhamento do membro como um todo!
O que envolve?
· Ângulos anormais de inclinação e anteversão da articulação coxo-femoral;
· Pouca cobertura acetabular sobre a 
cabeça femoral e displasia coxo-
femoral;
· Torção e angulação femoral distal (varus e valgus femoral);
· Desvio da tuberosidade tibial (porque é na tuberosidade tibial que o ligamento patelar se insere);
· Contratura de quadríceps (então a musculatura é extremante rígida e isso vai interferir no alinhamento do membro);
· Arrasamento troclear (é uma tróclea rasa que não tem sulco, isso porque o sulco é formado pela patela, então a patela deve estar no sulco exercendo pressão para que esse sulco se forme, como a patela luxa e muitas vezes fica o tempo todo fora do sulco esse animal não tem um sulco formado);Teoria muscular
Contratura da musculatura do quadríceps gerando o efeito Arco e corda;
 Lado direito com o deslocamento do membro feita pela contratura da musculatura do quadríceps gerando o efeito Arco e corda;
São animais que estão em crescimento então se tem uma força de compressão maior em uma região do membro e menor na outra região do membro, o que vai acontecer é que o crescimento não vai ser igual/retilíneo.
Teoria de Putman –alteração no quadril
Coxa vara e menor anteversão de cabeça femoral predispõe o deslocamento medial da musculatura quadricipital em indivíduos em crescimento.
Por que os membros deformam? (Lei de Volkmann)
A patela deslocada e a musculatura já tendendo para medial (isso é um exemplo, pois poderia estar deslocado para lateral) - isso vai acarretar em um animal em crescimento, principalmente nas linhas de crescimento que envolvem o joelho. 
A lei de Volkmann diz que uma região em crescimento comprimida, ela não consegue crescer (na região medial do membro visto no desenho da prof, é visto uma compressão), como consequência são pacientes que vão ter um crescimento lateral no fêmur distal maior do que o medial e a mesma coisa ocorre com a tíbia, só que a tíbia, tem a tuberosidade tibial (onde insere o ligamento patelar como um componente muito importante, a patela luxada medialmente a tendencia desse ligamento patelar é de tracionar a tuberosidade tibial para medial, como consequência em um animal de grau IV por exemplo é Varus femoral e valgus tibial, a tuberosidade tibial medializada (porque ela foi tracionada internamente), patela fora do sulco (ou seja, luxada), e contratura de quadríceps. Lembrar que não foi a patela que fez isso, todo esse conjunto levou a patela a sair do sulco, ou seja, é uma consequência.
E não tem como ser tratamento simples como só fazer a trocleoplastia e colocar a patela no sulco, porque ela não vai ficar no sulco. 
Avaliação de planos articulares
Para avaliar se ele tem tortuosidade ou não:
Os cálculos são feitos através das radiografias ou tomografias, mas é possível perceber os planos articulares do animal no exame físico:
Estabelecer o plano articular da tuberosidade tibial, alinhado com o joelho, pé e o calcâneo: eles devem estar em um plano reto/retilíneo (primeira foto)
Quando visto: tuberosidade tibial medializada, a gente geralmente vê o pé girado para fora (segunda foto), sendo um aliamento não adequado
Alinhamento do membro pélvico
 
· Luxação patelar medial: varus femoral (vai ter formado de bowlegged (formato de barril), patela deslocada para medial, joelho para fora)
· Luxação patelar lateral: valgo femoral (joelho para dentro)
Ou seja, uma luxação vai ser o oposto da outra.
Diagnóstico:
· Exame físico no consultório (graduar a luxação e dizer se é lateral ou medial)
· Radiografia simples;
Radiografia sob sedação em
posicionamento perfeito para 
calcular CORA;
ou
· Tomografia computadorizada (pede normalmente nos casos mais graves de luxação patelar, porque tem animais com grau IV, que não esticam o joelho); Impressão 3D do membro? Pode ser feita para estudar o membro antes da cirurgia 
· para assim poder calcular os ângulos tibiais e femorais
Um raio x assim a única informação que traz, é que a patela está fora do sulco (luxada, deslocada medialmente). Não da para dizer se o membro é torto pois precisa de uma radiografia do osso inteiro e na posição adequada para fazer os cálculos.
Raio x correto:
Na região distal precisa ter esse posicionamento do calcâneo (ele tem que cortar a centro da cóclea) porque se não pode induzir ao erro
Esses números são os graus de medialização da tuberosidade tibial
Com essas imagens, olha raio x e compara quanto lateralizou e o quanto medializou a torção de tuberosidade tibial.
Tratamento:
· Varia desde uma trocleoplastia simples até osteotomias femorais, tibiais e prótese de tróclea.
· Esse tratamento é definido através do estudo do raio x, baseado no cora 
· Conservador;
· Trocleoplastia simples;
· Transposição de tuberosidade
tidial;
· Osteotomia corretiva femoral;
· Osteotomia corretiva tibial;
 Trocleoplastia simples;
Tem um sulco troclear raso que precisa ser aprofundado. Aprofunda o sulco troclear, removendo o bloco (nesse bloco tem osso subcondral e cartilagem), aprofunda mais um pouco o sulco, e reposiciona o bloco (a superfície cartilagínea + o osso subcondral) para que essa patela tenha contato de cartilagem com cartilagem.
Diferença de cunha para bloco:
É o formato que é feito o corte: bloco – retângulo, cunha – triangulo de cabeça para baixo.
Em situações que a cartilagem articular está muito destruída (com artrose), nessas situações pode -se optar por desprezar o bloco, porque se colocar a patela dentro do sulco vai formar uma fibro cartilagem que não vai ser igual a cartilagem normal, mas vai formar uma fibro cartilagem, ou utilizar a prótese de tróclea (seria o ideal, mas no brasil ainda é muito pouco feito) para o animal não sentir dor (porque quando tem degeneração articular (osteoartrose secundária) quando a patela desliza em cima dessa artrose, causa dor, então é para esse caso que indica-se o uso de prótese troclear .
PGR – patella grove replacement – prótese de tróclea 
A prótese é posicionada no lugar da tróclea e a patela é posicionada em cima dela.
Imbricação de Retináculo lateral (sempre faz a imbricação, as outras técnicas são definidas com o alinhamento do membro)
Retináculo – é a fáscia muscular que recobre a musculatura da coxa. 
 retináculo – fáscia segurada pelo pinça dente de rato.
Quando vai fazer uma luxação patelar medial – faz o acesso na lateral e corta o retináculo obrigatoriamente para chegar na articulação, na hora que for fechar (sutura) a articulação, vai aproveitar esse retináculo e vai fazer uma sutura bem justa (imbricação), em cima da patela porque toda vez que esse cão contrair essa musculatura lateral da coxa, esse retináculo vai tracionar a patela para lateral.
Então a imbricação nada mais é do que contrapor a força da luxação patelar.
· se a patela luxa para medial faz a imbricação na lateral
· Se a patela luxa para lateral, faz a imbricação na medial
Cuidado para não tracionar demais a sutura, porque o animal pode fazer uma luxação do lado oposto (ex: era luxado lateral, depois luxa medial).
Grau II: na grande maioria das vezes consegue resolver só com imbricação e trocleoplastia, mas pode ter casos que vai precisar associar com a transposição da tuberosidade.
Transposição da tuberosidade (TTT)
Feito quando tem medialização de tuberosidade tibial
Faz-se uma serragem incompleta da tuberosidade, empurra ela para o centro e passa um pino para a tuberosidade não voltar, ficando alinhada no centro.
Quando tem fratura de tuberosidade tibial pode ser feita o TTT com banda de tensão: serra a tuberosidade completamente, reposiciona ela no lugar e fixa
Osteotomia femoral distal
Animais com tortuosidade de fêmur é calculado o ângulo visto no raio x, o valor do ângulo é pesquisado em uma tabela com valores de referência do que é normal. Então quanto mais varus esse animal for menor o ângulo interno e maior o ângulo externo
Normal: 94 e 98 graus
Osteotomia em cunha: É retirado uma cunha do osso e realinha o osso, fcha a cunha, aplica uma placa e fixa o fragmento nessa placa.
 osteotomia femoral distal + TTT
Filhote LP Grau IV
Em filhote não pode ser feito TTT porque lesiona a linha de crescimento, pode fazer uma osteotomia tibial proximal, fazer o giro da tuberosidade para medializar e prender com uma placa.
Ruptura de Ligamento Cruzado Cranial
Componentes responsáveis pela estabilização do joelho:
Ligamento colateral medial, ligamento colateral lateral, ligamento cruzado cranial, ligamento cruzado caudal, ligamento patelar, a patela e o musculo quadríceps 
Ligamento cruzado cranial (importante componente para a estabilização do joelho)
•Anatomia – fisiopatogenia
•Componente importante para estabilização do joelho;
•Mantém o joelho estável durante a extensão e flexão;
•Limita a rotação interna da tíbia (com o ligamento rompidovai ter uma rotação interna do joelho além do normal);
•Limita a hiperextensão do joelho (com o ligamento rompido vai ter uma hiperextensão do joelho além do normal);
•Limita o deslocamento cranial da tíbia (com o ligamento rompido vai ter um deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur, que é a compressão tibial positiva);
RLCCr
· Causa mais frequente de claudicação em cães;
· Acomete todas as raças, idades e pesos;
· Maior incidência em cães grandes e com sobrepeso;
· Ruptura pode ser parcial ou total;
· Pode ocorrer bilateralmente (60 a 70% dos casos);
· Etiologia traumática:
•Hiperextensão e torsão/rotação interna (da tíbia) – menos frequentes 
· O mais frequentes são:
· Bowlegged dogs – animais com membros arqueados;
· Ruptura de ligamento pode ser secundário a uma luxação patelar
Rupturas não traumáticas (mais frequentes)
· Secundária à luxação patelar;
· Sobrepeso;
· Doenças endócrinas associadas (HAC);
· Doenças autoimunes (lúpus, artrites reumatoides);
Obs.: Na grande maiores das vezes a casuísticas não são oriundas de traumas.
Sinais sintomas
· Claudicação, que pode variar para impotência funcional do membro
afetado;
· Apoio em pinça
Menisco medial
Durante a ruptura do ligamento o menisco medial (não é móvel, não tem mobilidade como lateral) no momento que há o deslocamento cranial da tíbia, esse menisco pode sofrer lesão (lesão meniscal associada a ruptura de ligamento cruzada).
Diagnóstico
Feito no consultório através do exame físico:
· Teste de gaveta + (deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur);
· Compressão tibial +
· Sensibilidade à hiperextensão (vão sentir dor quando o ligamento estiver rompido);
· Aumento de volume flutuante (pode estar presente);
Radiografia:
Como não da para ver ligamento, pede-se uma radiografia sobre estresse (o radiologista vai fazer o teste de compressão tibial e vai radiografar)
a segunda imagem ta normal.
primeira imagem:
 vai ser visto a tíbia deslocada cranialmente em relação ao fêmur, a iminência intercondilar não vai estar entre os côndilos femorais como normalmente, estando deslocada cranialmente.
Tratamento
Sutura fabelo tibial
•Ainda utilizada em animais leves <7kg;
•Falhas chegam à 70% em animais pesados (o fio arrebenta, a fabela luxa);
•Técnica fácil, de rápida execução;
Neutraliza a gaveta e a compressão tibial, independente da inclinação do platô tibial que o animal tem.
Técnica de sutura fabelo tibial:
Passa o fio atras da fabela, faz um túnel na tíbia e fecha esse fio em forma de oito.
Tightrope
· Menor incidência de complicações quando comparada com a SFT;
· Muito utilizada em animais leves e pequenos
Neutraliza a gaveta e a compressão tibial, independente da inclinação do platô tibial que o animal tem
Diferença entre Tightrope e Sutura fabelo tibial:
Tightrope: ao invés de passar atras da fabela, faz tuneis na tíbia, faz um túnel no fêmur inclinado a 45 graus e o fio é passado por dentro do osso sendo ancorado com botões (um no fêmur e um na tíbia na vista medial).
Osteotomias (nenhuma técnica de osteotomia neutraliza a gaveta, porque a articulação não está amarrada, o importante de se neutralizar são as forças fisiológicas do deslocamento cranial da tíbia durante o apoio).
Obs.: a gaveta não é fisiológica, é só um teste feito para diagnosticar, então não tem importância não neutralizar a gaveta.
Programação cirúrgica – cálculos, mensurar ângulos 
Técnica de TTA (Avanço da tuberosidade tibial) 
· Avança a tuberosidade tibial com objetivo de torna-la a 90 graus do ligamento patelar.
· Só pode usar a TTA em animais com platôs tibiais até 26 graus, platôs com mais de 26 graus TTA não é mais indicado porque são platôs muito inclinados.
· Pode fazer em cães: grandes, pequenos, leves e pesados.
· Para os cães leves é chamado de mini TTA:
· Neutraliza a compressão tibial, mas não neutraliza a gaveta
TPLO
Tibial Plateau Leveling Osteotomy – Osteotomia de Nivelamento do Platô Tibial (SLOCUMe DEVINE, 1998):
· Osteotomia de nivelamento de platô tibial;
· Objetivo TPA (Tibial Pleateau Angle) - 5 graus;
· Programação cirúrgica com posicionamento radiográfico específico;
· Método cirúrgico baseado em osteotomia radial que neutralizam forças de deslocamento tibiais decorrentes da Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial – RLCCr;
· Primeiro tem que saber quanto esse animal tem de platô para pode fazer a correção, depois faz os cálculos para mudar esse platô para 5 graus, depois vai ser fixado com uma placa e parafusos.
· A indicação da TPLO é até 40 graus de platô, que vai corrigir 35.
· O resultado biomecânico da TPLO é muito melhor do que o da TTA;
· 60 a 90 já está consolidado, 120 dias para animais mais velhos;
Complicações:
· Fraturar tuberosidade tibial no pós operatório;
· Fraturar fíbula; 
· Osteomielite (se o vet não tomar os cuidados certos, ou se o dono não der o antibiótico direito);
· A longo prazo pode ter lesão de menisco
· Tendinite de ligamento patelar 
Calculando a correção
· TPA encontrado – 5 graus = TPA a ser corrigido (por ex: 30 graus é o platô do cão, vai ter que corrigir 25);
· Escolhendo o tamanho da lâmina – raio em mm (de acordo com o tamanho do paciente);
· Calculando o comprimento da circunferência (quanto que tem que girar para cada grau);
· Estabelecendo a correção em milímetros;
Como calcular?
•Comprimento da circunferência
•𝐶=2.𝜋.𝑟
•resultado em mm (de acordo com o raio da 
serra)
Neurocirurgia coluna vertebral – 22.11.21
- São técnicas de neurocirurgia 
· C7
· T13
· L7
· S3
· Coccigeas (variam) 
· A região da cauda equina no cão: L7-S1 (espaço onde se faz a epidural no cão)
· A região da cauda equina no gato: S1
· Pelo forame das vertebras saem os ramos nervosos, que inervam musculaturas, membros, órgãos, etc 
· O disco intervertebral fica no espaço intervertebral e não aparece no RX 
- Anatomia do disco intervertebral: 
· Composto de 80% de água 
· Possui anel fibroso, formado por fibras colágenas 
· No centro é o núcleo pulposo (parece gelatina) 
· Atua como amortecedor hidráulico, dissipando forças compressivas
· Proporciona mobilidade e estabilidade para a coluna vertebral 
 - A visão do cordão medular (medula) tem que ser vista como uma estrutura nobre, dentro de uma caixa (assim como coração, cérebro, etc). todo ao redor da medula é osso. 
· Os fenômenos que acometem o cordão medular, dentre eles existe principalmente a síndrome isquêmica compartimental (ex: hernia) 
- Compressões: 
· Ex: hernia que comprime a medula 
· Podem se estabelecer sob alta ou baixa velocidade (pode ser trauma, ou simplesmente que escorregou para o canal medular) 
· Causadoras de processo isquêmico compartimental (significa que ao sair a hernia, gera uma compressão e inibindo a vascularização, não gerando perfusão, sendo assim ocorre privação de oxigênio – isquemia) = gera morte celular por hipóxia 
· Nas ocorrências de alta velocidade associa-se fenômeno de contusão 
· Alta velocidade (compressões por luxação vertebral (trauma) ou hérnias de alta velocidade): fragmentação ou subluxação traumática, extrusões discais 
· Tem prognostico mais reservado, pois além de causar isquemia, causa contusão 
· Baixa velocidade: neoplasias, extrusões discais 
· A grande parte das cirurgias de coluna, visam a correção de compressões
- Contusão:
· Onda de choque no trauma raquimedular
· Não precisa ter fratura ou luxação, as vezes só com a pancada a medula edemacia 
· Contusões nas extrusões discais de alta velocidade
· Edema expansivo (edema longo)
· Síndrome isquêmica compartimental 
· Nesses casos onde não se vê material na medula, apenas edema expansivo, indica-se tratamento conservador (anti-inflamatório e diurético osmótico manitol – LEMBRAR QUE O ANIMAL NÃO PODE TER SANGRAMENTO ATIVO, SE NÃO AUMENTARÁ HEMORRAGIA), prognostico ruim a reservado. 
- síndrome compartimental raquimedular: 
· Fenômeno que se retroalimenta 
· Injuria inicial (pancada inicial) edema local isquemia amplificação do edema amplificação da isquemia 
· Compressão direta X quadro expansivo (geralmente é uma expansão que afeta vários espaços intercostais,não é viável abrir todos os espaços, então usa-se tratamento conservador para desinflamar a medula o mais rápido possível – com antiinflamatorios e manitol) 
· Isquemia e reperfusão: 
· Isquemia: morte celular por falta de oxigênio
· Reperfusão: volta a ter circulação e libera radicais livres, pois a reperfusão é muito rápida 
· Quando se tem uma isquemia, o principal produto de respiração celular é o ATP, ele começa a ser degradado, formando hipoxantina (que reage com a xantina e forma um radical livre de oxigênio), isso ocorre em pequena quantidade. 
· POREM, quando o organismo está em isquemia e entra em uma reperfusão importante, isso é muito multiplicado. A degradação acelerada de ATP é grave, pois vários mecanismos do corpo dependem dessa molécula para funcionar (ex: bomba de sódio potássio) 
· O trocador de sódio/cálcio, principalmente, fica muito comprometido, e o sangue começa a ficar com altos níveis de cálcio. 
· E esses cálcios convertem a enzima a xantina desidrogenase em xantina oxidase (que vai transformar a hipoxantina em xantina). Nesse momento começa a reperfusão (entrada de oxigênio)
· Xantina + oxigênio: forma diversos radicais livres, que são extremamente tóxicos para célula, gerando morte celular
· TANTO ISQUEMIA QUANTO REPERFUSÃO GERAM MORTE CELULAR
· Elas ocorrem em qualquer célula do corpo 
- Mielomalácia: 
· MORTE CELULAR DO SISTEMA NERVOSO
· Processo irreversível, não preditivo, resultante em necrose aguda, hemorrágica e progressiva da medula espinal, que termina em sua liquefação e se estabelece a partir de foco isquêmico pontual (ex: compressão medular, que gera uma isquemia intensa na medula, onde ocorre derramamento de sangue, hemorragia e necrose.
· Evolui invariavelmente para óbito por disfunção ventilatória 
· Incide em 5 a 11% dos casos de isquemia medular localizada (essa % evoluem para mielomalacia) 
· Pode estabelecer-se por fenômeno reperfusão loco regional 
· A mielomalacia pode ocorrer por reperfusão ou isquemia localizada 
· Os buldogues franceses fazem muita hernia de alta velocidade, compartimentalização importante na medula e evoluem para mielomalacia (gera dificuldade respiratória) 
· Eutanásia o animal, pois a partir do foco de isquemia ela sobe e destrói toda a medula do animal, até chegar no centro respiratório na base do crânio, parando o diafragma 
· Mielomalacia: pontos hemorrágicos, aspecto de coloração diferenciada 
- Tipos de compressão com base anatômica: 
· Extradural: fora da dura mater
· Intradural e extramedular: fora da medula, mas dentro da dura mater
· Intramedular: dentro da medula 
· As compressões podem ser: neoplasias e cistos; DDIV; síndrome de wobbler; displasia de occipital; luxação atlanto axial e luxações traumatixas/fraturas
- Status neurológico: 
· Quando o animal perde as funções neurológicas, primeiro ele terá dor e evoluirá (no sentido da seta abaixo): 
· O retorno do paciente será no sentido contrario 
- Exame físico (postural) 
· Animais com dor cervical tendem a ficar com a cabeça baixa 
· Apresentam cifose em dores toraco-lombares
· Flexionam região lombar e tendem a jogar o peso para os membros torácicos em dores lombo-sacrais 
· Animais com problemas de coluna tem dor referidas (dor em um ramo nervoso que refere em outros locais) 
· Animais com cifose, nem sempre será dor em coluna, pode ser uma pancreatite por exemplo 
- Exames físicos: 
· Propriocepção consciente: déficits torácicos e pélvicos (vira as patas e eles devem reposicionar as patas novamente)
· Teste de dor superficial (apertar o membro para ver se tem sensibilidade, o animal tem que tentar morder) 
· Se a propriocepção estiver presente, não precisa fazer o teste de dor superficial ou profunda, porque estarão presentes
- Exames físicos aplicados a reigão cervical – dor: 
· Ventro flexão
· Dorso flexão
· Lateralização direita e esquerda
- Posição Schiff-sherrington: ocorre em compressões graves entre T3-L3 (toraco-lombares) 
· Paralisia espástica dos membros torácicos e os pélvicos bem relaxados (paralisia flácida de pélvico e espástica de torácico) 
· Prognostico reservado a ruim 
- Diagnostico: 
· Não existe cirurgia de coluna vertebral de caráter exploratório 
· O planejamento cirúrgico deve ser levado ao extremo 
· Os diversos exames de imagem tem cada qual a sua aptidão no fornecimento de informações 
· RX simples: 
· Diagnostico de triagem para hernias de disco (pois não se consegue ver a medula comprimida, da para se ver calcificação de disco e diminuição de espaço intervertebral) 
· Informações preditivas, não DEFINITIVAS
· Ele é definitivo para fraturas ou luxações graves 
· Mielografia: 
· Apresenta restrições severas quanto a definição do plano cirúrgico ou até mesmo diagnostico definitivo 
· Usa-se contraste, injetado através da cisterna magna e através do espaço lombosacral (contraste normogrado e retrogrado – nos dois sentidos da medula) 
· Quando o contraste para indica alguma lesão, a hernia pode inibir a passagem, ou edema expansivo por exemplo. 
· Hoje não se usa mais, pois não é possível ter o diagnostico definitivo de onde esta a hernia, por conta de parar em casos de edema
· Tomografia (mielotomografia)
· Tem ótima acuidade para definir diagnostico, mas com limitações 
· Aptidão para diferenciação de tecido ósseo ou mineralizado (tal qual o RX)
· Apresenta limitações na diferenciação de texturas dos tecidos moles (hematomas, neoplasias...). pode utilizar para identificar hernia, pois o disco normalmente esta calcificado e degenerado, mas se for tumor, cisto ou neo a tomografia não trás informações. 
· Ressonância magnética:
· Aptidão para refinamento da diferenciação de tecidos moles 
· É o melhor exame para coluna (seja para tecidos moles e para ver hernias de disco)
- Como dar resposta a demanda:
· Caso de compressão medular com déficit neurológico são URGENTES
· Os casos graves com demanda por descompressão cirúrgica deveriam ser diagnosticados e abordados cirurgicamente em até 24h (pela gravidade da isquemia e morte celular) 
· Sempre explicar para o tutor a gravidade da doença, a probabilidade de voltar a andar ou não, perda irreversível 
· Muitas vezes não vale a pena usar somente o RX para triagem em caso de suspeita de hernia 
- Doença do disco intervertebral (DDIV):
· Degeneração do disco intervertebral 
· Há falha mecânica do disco, pois ele resseca e degenera (esse ressecamento ocorre por degeneração precoce, perdendo a capacidade de amortecer o impacto e rompendo em região dorsal. Após o rompimento joga o material para o canal medular, estabelecendo a hernia) 
· COMUM EM CONDODISTRÓFICOS (shih tzu, buldog, dashound, etc) 
· Ressecamento do núcleo pulposo 
· Transmissão de impacto para o AF
· Ruptura (extrusão) e deslocamento (protusão) 
- DDIV em condrodistroficos: 
· Precoce
· Componente genético: síntese aberrante de matriz extracelular do núcleo pulposo
· Ocorre em toda coluna
· Principalmente em cervical e transição toraco-lombar
· Ruptura do anel fibroso e extrusão do núcleo pulposo (Hansen tipo 1) 
· Tratamento:
· Hemilaminectomia: cirurgia que faz um acesso na região toraco-lobar (abre essa região de processo articular), remove-se o disco extruso. 
· Pode ser feita na região torácica e toraco-lombar
· Ponto negativo: precisa destruir processo articular da vertebra para acessar o canal medular (não é um grande problema se não precisar destruir vários processos articulares sucessivos, se precisar abrir 3 ou mais espaços intervertebrais sucessivos do mesmo lado, deve-se estabilizar a vertebra (raro de acontecer)
· Fenda (slot) ventral: acesso por baixo 
· Usada na região cervical 
· Ponto positivo: ao entrar já esta direto na vertebra
· Ponto negativo: acesso cirúrgico delicado pela presença de estruturas importantes (traqueia, esôfago, nervo vago, etc) 
· Fenestrações do disco: usa-se uma lamina que fura o disco na lateral, para ele eliminar material na lateral e não no canal medular
· Usada quando se tem potencial de se tornar hernia volumosa 
· Não se faz em disco calcificado, não é a indicação 
- DDIV em

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