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1 UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO UNIGRANRIO COMPANHIA NILZA CORDEIRO HERDY ED. CULTURA ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS CIÊNCIAS CONTÁBEIS PROJETO CURRICULAR ARTICULADOR: Departamento Fiscal e Aplicações Financeiras Empresa Negócio Certo Ltda ALUNA: ALUNA: ALUNA: ALUNA: ALUNO: ALUNO: ALUNA: ALUNA: Rio de Janeiro – RJ 2020.2 2 Aluna: Aluna: Aluna: Aluna: Aluno: Aluno: Aluna: Aluna: PROJETO CURRICULAR ARTICULADOR: Departamento Fiscal e Aplicações Financeiras Empresa Negócio Certo Ltda Relatório Técnico apresentado à Universidade do Grande Rio – “COMPANHIA NILZA CORDEIRO HERDY ED. CULTURA” como requisito necessário para aprovação na terceira fase da disciplina Projeto Curricular Articulador Turma: Orientador: Prof. Mancildo Moreira Filho Rio de Janeiro, RJ. 2020.2 3 RESUMO Projeto tem por objetivo apresentar a fundamentação e prática de eventos e procedimentos específicos de uma empresa. Demonstração de procedimentos, DRE, Fluxo de Caixa, Notas Explicativas, Registros no livro Diário e Razão, e Livros Fiscais. Palavras-Chave: contabilidade, fiscal, jurídico, empreender, empresários. 4 SUMÁRIO 1 DEMONSTRAÇÕES E PROCEDIMENTOS ....................................................... 05 1.1 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE ............................................. 05 APÊNDICE 1 ................................................................................................................ 07 1.2 CONSTITUIÇÃO DAS RESERVAS DE LUCROS ............................................................ 08 1.2.1 CONCEITO DE RESERVAS DE LUCROS ................................................................... 08 APÊNDICE 2 ................................................................................................................ 10 1.3 BALANÇO PATRIMONIAL - BP................................................................................. 10 APÊNDICE 3 ................................................................................................................ 12 1.4 LIVROS CONTÁBEIS ............................................................................................... 12 1.4.1 LIVRO DIÁRIO...................................................................................................... 12 APÊNDICE 4 ................................................................................................................ 14 1.4.2 LIVRO RAZÃO...................................................................................................... 17 APÊNDICE 5 ................................................................................................................ 18 1.4.3 LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL – LALUR ................................................... 20 APÊNDICE 6 ................................................................................................................ 21 1.5 CONSTITUIÇÃO DAS RESERVAS DE LUCROS ............................................................ 23 1.5.1 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - DMPL ....................... 23 APÊNDICE 7 ................................................................................................................ 24 1.5.2 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO – DVA ................................................... 25 APÊNDICE 8 ................................................................................................................ 27 1.5.3 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA– DFC ........................................................ 29 APÊNDICE 9 ................................................................................................................ 31 1.5.4 NOTAS EXPLICATIVAS .......................................................................................... 33 APÊNDICE10 ............................................................................................................... 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 38 5 1. DEMONSTRAÇÕES E PROCEDIMENTOS 1.1 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE O que é uma DRE? Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um documento contábil que tem o objetivo de demonstrar, de forma resumida, as operações realizadas por uma empresa em determinado período, explicitando o resultado líquido de um exercício ou período, através do confronto das receitas, custos, investimentos e despesas de uma empresa, seguindo normas contábeis vigentes. É feita pelo regime de competência (receitas e despesas devem ser incluídas na operação do resultado do período em que ocorrem). Em síntese, uma DRE apresenta um resumo financeiro simplificado dos resultados de uma empresa. A DRE é um dos relatórios mais importantes que a contabilidade pode gerar para a tomada de decisões por parte do empresário, gestor ou acionistas, entre outros. Ele é utilizado, inclusive, por investidores, bancos e pelo próprio governo. É através dele que podemos avaliar a capacidade financeira da empresa e sua real situação, sendo uma ferramenta essencial para tomada de decisões. Para que serve a DRE? A DRE é um relatório contábil usado para identificar a saúde financeira de uma empresa, se ela obteve lucro (ou prejuízo) no exercício (geralmente de janeiro a dezembro) ou em determinado período específico. Através da DRE, a empresa terá noção se irá conseguir realizar o resultado que está sendo planejado ou se precisa corrigir o curso para conseguir alcançar seu objetivo. Por exemplo, tendo maior controle financeiro, o empresário tem uma visão mais realista sobre as decisões que devem ser tomadas, a fazer projeções mais dentro da realidade da empresa e a viabilidade econômica para determinados investimentos. Como fazer uma DRE? Os itens que devem constar em uma DRE e a ordem de definição da escrituração das informações que devem constar da sua estrutura, são definidas por lei, por isso, não é possível fazer alterações ou personalizar o conteúdo de um DRE. 6 A estrutura da DRE segue o seguinte esquema: • Inicialmente, é apresentada a Receita Bruta de Vendas (RBV) e a partir dela, são procedidas as deduções, devolução das vendas, abatimentos realizados, descontos concedidos e os impostos. A esse resultado dá-se o nome de Receita Líquida de Vendas (RLV); • Da RLV, faz-se a dedução do custo das mercadorias e dos serviços vendidos, chega-se ao Lucro Bruto (LB); • Do LB, faz-se a subtração de todas as despesas operacionais, financeiras, gerais e administrativas. Inversamente, acrescenta-se ao LB as receitas operacionais e, então, chega-se ao Lucro (ou Prejuízo) Operacional Líquido (LOP/POP) • A partir do resultado LOP/POP, serão acrescidos (ou serão deduzidos) os resultados não operacionais, (empregados, administradores, partes beneficiárias etc.). Chega-se, então, ao Lucro Líquido do Exercício (LLE), que é o objetivo final de toda DRE. 7 APÊNDICE 1 Modelo exemplificativo de DRE 8 1.2 CONSTITUIÇÃO DAS RESERVAS DE LUCRO Reserva de lucros são constituídas pela apropriação de lucros da companhia, como previsto na Lei 6.404/76. Conforme a lei diz, caso ainda existam lucros remanescentes, após a segregação para pagamentos dos dividendos obrigatórios e após a destinação para as diversas reservas de lucros, estes devem ser também distribuídos como dividendos. No caso das sociedades por ações, elas devem distribuir todos os lucros obtidos, só não podem ser distribuídos os determinados pela lei, os autorizados pela lei e os determinados pelo estatuto social e aqueles que aassembleia dos acionistas concordar em não distribuir após justificativa fundamentada pela administração. 1.2.1 CONCEITO DE RESERVAS DE LUCROS Reserva Legal É tratada no art. 193 da Lei nº 6.404/76 e deverá ser constituída com a destinação de 5% do lucro líquido do exercício. Será constituída pela companhia obrigatoriamente até que seu valor atinja 20% do capital social realizado. A utilização dessa reserva está restrita a compensação de prejuízos e ao aumento do capital social. Reserva Estatutárias São constituídas por determinação do estatuto da companhia, como destinação de uma parcela dos lucros do exercício, a empresa deverá criar subcontas conforme a natureza a que se refere e sua finalidade. Essas reservas não podem restringir o pagamento dos dividendos obrigatórios. Reserva para Contingências O objetivo da constituição dessa reserva é segregar uma parcela de lucros, inclusive com a finalidade de não a distribuir como dividendo, correspondente a prováveis perdas futuras que acarretarão diminuição dos lucros em exercícios futuros. 9 Reserva de Lucros a Realizar É constituída por meio da destinação de uma parcela dos lucros do exercício, sendo optativa sua constituição, o objetivo de constituí-la é não distribuir dividendos obrigatórios sobre a parcela de lucros ainda não realizada financeiramente pela companhia. Reserva de Lucros para Expansão A companhia poderá reter parte dos lucros do exercício, essa retenção deverá ser justificada com o orçamento de capital da companhia, ser proposta pela administração e aprovada pela assembleia geral. Entretanto, essa reserva não pode ser constituída em detrimento do pagamento do dividendo obrigatório. Reserva de Incentivos Fiscais A assembleia geral poderá por proposta dos órgãos da administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório. Reserva especial para dividendo obrigatório não distribuído A companhia deverá constituir essa reserva de lucros quando tiver dividendo obrigatório a distribuir, mas sem condições financeiras para seu pagamento, situação em que se utilizará. 10 APÊNDICE 2 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO CAPITAL SOCIAL RESERVA DE LUCROS AÇÕES OU QUOTAS EM TESOURARIA LUCROS DO EXERCICIO SALDO INICIAL 77.000,00 AUMENTO CAPITAL 15.000,00 AQUIS. AÇÕES - 3000,00 LUCRO PERÍODO 8.000,00 RESERVA LEGAL 400,00 - 400,00 RESERVA PARA CONTIGENCIA 1.000,00 - 1.000,00 RESERVA ESTATUTARIA 4.800,00 - 4.800,00 DIVIDENDOS - 1.800,00 SALDO FINAL 92.000,00 6.200,00 - 3.000,00 - 1.3 BALANÇO PATRIMONIAL – BP O Balanço Patrimonial é um relatório que visa apresentar a situação financeira de uma empresa de um determinado período. Também conhecido como Balanço Contábil é um dos documentos mais importantes para a gestão financeira de uma organização. Sua realização é feita juntamente com a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), são relatórios contábeis essenciais para avaliar a viabilidade econômica da empresa, analisar os resultados durante determinado período podendo ele ser positivo ou negativo e possibilitar facilidade nas decisões estratégicas. A lei exige que o Balanço seja levantado no fim de cada exercício financeiro, que geralmente coincide com o fim do ano civil (31 de dezembro). No entanto, pode ser levantado em época diversa, por determinação de Estatuto ou Contrato Social. Essa demonstração é obrigatória para todos os empresários e sociedades com exceção dos empresários rurais e microempresas. A sua estrutura é baseada no método das partidas dobradas aonde para um ou mais crédito existirá um ou mais débito de igual valor. O Balanço Patrimonial é constituído pelo: - Ativo compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela entidade que serão capazes de gerar benefícios econômicos futuros. 11 - Passivo compreende as origens dos recursos, sendo apresentadas pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para sua liquidação. - Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da entidade, como por exemplo, o capital social, que é o valor que os sócios ou acionistas estabelecem para sua empresa no momento da abertura. O valor do PL é a diferença positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo. O artigo 178 da Lei 6 404/1976 - Lei das sociedades por ações, alterado pela Lei 11 638/07 e medida provisória 449/08, estabelece o seguinte: Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. §1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: a) Ativo circulante; b) Ativo não circulante; b1) Ativo realizável a longo prazo; b2) Ativo permanente, dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo intangível. O ativo diferido não é mais demonstrado. §2º No passivo, as contas serão classificadas segundo a ordem decrescente de exigibilidade, nos seguintes grupos: a) Passivo circulante; b) Passivo não circulante; b1) Passivo exigível a longo prazo; b2) 'Resultados de exercícios futuros; (não existe mais) c) Patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reserva de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados §3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente. 12 APÊNDICE 3 Balanço Patrimonial ATIVO PASSIVO Ativo Circulante 27.000 Passivo Circulante 32.000 Caixa 10.000 Fornecedores 15.000 Estoque 15.000 Duplicatas a pagar 15.000 Banco 2.000 Aluguel a pagar 2.000 Ativo Permanente 40.000 Imobilizado 40.000 Veículos 25.000 Patrimônio Líquido 35.000 Móveis 15.000 Capital Social 35.000 Total: 67.000 Total: 67.000 1.4 LIVROS CONTÁBEIS 1.4.1 Livro Diário O Livro Diário é um livro contábil no qual as empresas devem registrar todas as movimentações diárias que envolvem valor, podendo ser modificativas ou permutativas. Os lançamentos serão feitos dia a dia, em ordem cronológica, com individualização, clareza e com referência ao documento comprobatório. Os registros nesse livro devem ser feitos obedecendo ao método das partidas dobradas, ou seja, todos os créditos e débitos deverão sempre ter resultados iguais. A escrituração poderá ser feita de forma manuscrita ou por reprodução ou por meio eletrônico. Para que sejam evitados erros e risco para a empresa, o Livro Diário deve ser elaborado por um Contador. O Livro Diário possui escrituração obrigatória (exigido por lei), sendo instituído pelo Decreto-Lei 486 e regulamentado pelo Decreto-Lei 64.567. Dessa forma, todas as empresas são obrigadas a fazer a escrituração contábil seguindo as Normas Brasileiras de Contabilidade. O livro impresso precisa ser encadernado e ter suas folhas numeradas tipograficamente, ter uma numeração única e de acordo com os artigos 6º e 7º do 13 Decreto 64.567, de 22 de maio de 1969, o livro Diário deverá conter, respectivamente, na primeira e na última página, tipograficamente numeradas, os termos de abertura e de encerramento. O termo de abertura conterá: - a finalidade a que se destina o livro; - o número de ordem; - o número de folhas; - a firma individual ou o nome da sociedade a que pertença; - o local da sede ou estabelecimento; - o número e data do arquivamento dos atos constitutivos no órgão de registro do comércio;e - o número de registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). O termo de encerramento indicará: - o fim a que se destinou o livro; - o número de ordem; - o número de folhas; e - a respectiva firma individual ou sociedade mercantil. 14 APÊNDICE 4 LIVRO DIÁRIO Número de Ordem 5.756 TERMO DE ABERTURA Contém o presente livro 1 (uma) página tipograficamente numerada, compondo o livro diário número 47 (quarenta e sete) da empresa Negócio Certo Ltda sita à Rua Marquês Gonçalves Nº 641, Niterói – Rio de Janeiro, com seu contrato social arquivado na Junta Comercial deste Estado sob número 10.842 em 20 de abril de 2019, inscrita no CNPJ sob número 24.451.447/0001-12 Local e data: 27 de abril de 2019 _______________________________ JOSÉ AGUIAR SANTOS ADMINISTRADOR – CPF 789.654.123-44 _______________________________ MARCELA SILVA CONTADORA – CRC: RJ 54521 CPF: 987.654.321.30 15 Livro Diário 12/05/2019 Caixa a Capital Social Integralização do Capital referente ao Sócio 1 10.000 12/05/2019 Veículos a Capital Social Integralização do Capital com veículos referentes ao Sócio 2 25.000 03/06/2019 Estoque a Duplicatas a pagar Aquisição de mercadorias para revenda 5.000 04/07/2019 Banco a Aluguel a pagar Pagamento de aluguem referente ao mês de julho 2.000 27/07/2019 Móveis a Fornecedores Aquisição de móveis para compor o escritório 15.000 1 16 - LIVRO DIÁRIO Número de Ordem 6.543 TERMO DE ENCERRAMENTO Contém o presente livro 1 (uma) página tipograficamente numerada, compondo o livro diário número 47 (quarenta e sete) das operações compreendidas no período de 20/04/2019 a 31/12/2019, da empresa Negócio Certo Ltda sita à Rua Marquês Gonçalves Nº 641, Niterói – Rio de Janeiro, com seu contrato social arquivado na Junta Comercial deste Estado sob número 10.842 em 20 de abril de 2019, inscrita no CNPJ sob número 24.451.447/0001-12 Local e data: 03 de janeiro de 2020 _______________________________ JOSÉ AGUIAR SANTOS ADMINISTRADOR – CPF 789.654.123-44 _______________________________ MARCELA SILVA CONTADORA – CRC: RJ 54521 CPF: 987.654.321.30 17 1.4.2 LIVRO RAZÃO O Livro Razão, também conhecido como Razão auxiliar, é um livro contábil cuja finalidade é controlar os saldos de todas as contas registradas no Livro Diário de forma individual. Segundo a Lei 8218/1991, art. 14, o Livro Razão é obrigatório para as empresas com tributação do com base no Lucro Real. Art. 14 - A tributação com base no lucro real somente será admitida para as pessoas jurídicas que mantiverem, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro ou fichas utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário (Livro Razão), mantidas as demais exigências e condições previstas na legislação. Para a escrituração manuscrita deve conter as seguintes informações: • Nome da conta • Data do lançamento • Contrapartida • Histórico do lançamento • Débito e crédito • Saldo Caso seja utilizada a escrituração mecanizada, além dos itens acima, será necessário também o número da folha correspondente no livro diário. É necessário também o termo de abertura e de encerramento, além do representante legal da empresa e do contador responsável. Modelo do Livro Razão 18 APÊNDICE 5 19 20 1.4.3 LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL - LALUR O Livro de Apuração do Lucro Real é um livro de escrituração de natureza fiscal, tendo como objetivo informar ao Estado o quanto de impostos a empresa deve ao fisco, sendo obrigatório para empresas optantes pelo regime de tributação do Lucro Real de acordo com o Decreto- Lei no1598/77, § 2o do art.177 da Lei no. 6404 de 1976 e suas alterações. § 2º A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras demonstrações financeira. O LALUR é composto de duas partes, parte A e parte B. Na parte A, são lançados: 1) ajustes do lucro líquido do período, que serão feitos com individuação e clareza, como: • Adições; • Exclusões • Compensações 2) transcrição da demonstração do lucro real na data de encerramento, sendo ele trimestral ou anual. A escrituração da parte A deve ser feita em ordem cronológica, folha após folha, sem intervalos nem entrelinhas. A parte B é destinada exclusivamente a: • Controle de valores que não constem na escrituração comercial, mas que pelas suas características, integrarão a tributação de períodos subsequentes, seja ele como adição, exclusão ou compensação. • Escrituração deve ser realizada utilizando uma folha para cada conta ou fato que requeira controle individualizado. No final do exercício, deverão ser efetuados todos os ajustes do lucro líquido do período na parte A, e os respectivos lançamentos na parte B. 21 APÊNDICE 6. BALANCETE ENCERRADO EM 31.12.2006 Saldo Saldo Acumulado Movimentação Acumulado Balancete encerrado em: 31/11/2006 Dezembro/2006 31/12/2006 Receitas Venda de produtos 23.083.500,00 3.311.300,00 26.394.800,00 Venda de mercadorias 2.684.577,40 231.791,00 2.916.368,40 Venda de serviços 666.275,80 76.159,90 742.435,70 Total das vendas 26.434.353,20 3.619.250,90 30.053.604,10 Dedução de Receitas IPI (2.308.350,00) (331.130,00) (2.639.480,00) Outros impostos (4.794.904,62) (687.823,24) (5.482.727,86) Devoluções (461.670,00) (132.452,00) (594.122,00) Total Dedução das Receitas (7.564.924,62) (1.151.405,24) (8.716.329,86) Lucro/Prejuízo Bruto 18.869.428,58 2.467.845,66 21.337.224,24 Custos das vendas e serviços (11.514.671,00) (1.821.215,00) (13.335.866,00) Despesas e Receitas Operacionais (5.177.235,88) (851.054,50) (6.028.290,38) Despesas financeiras (1.460.402,70) (241.724,90) (1.702.127,60) Receitas financeiras 109.523,45 14.900,85 124.424,30 Despesas com vendas (2.763.344,40) (430.469,00) (3.193.813,40) Despesas gerais e administrativas (1.013.677,88) (189.406,36) (1.203.084,24) Doações (20.110,00) (2.000,00) (22.110,00) Brindes (10.149,50) (900,00) (11.049,50) Alimentação de sócios (16.760,00) (1.900,00) (18.660,00) Provisões indedutíveis (28.560,00) (2.800,00) (31.360,00) Multas de trânsitos (7.193,00) (900,00) (8.093,00) Depreciação veículos sócios (20.027,00) (2.861,00) (22.888,00) 22 Resultado de investimentos 62.264,20 5.390,00 67.654,20 Outras receitas operacionais 42.522,95 4.927,21 47.450,16 Outras despesas operacionais (51.322,00) (3.311,30) (54.633,30) Resultado operacional 2.177.521,70 (204.423,83) 1.973.097,87 Resultado não operacional 21.744,80 - 21.744,80 Resultado antes IR e CSLL 2.199.266,50 (204.423,83) 1.994.842,67 Provisão para IR (308.572,76) (308.572,76) Provisão CS sem lucro (133.142,27) (133.142,27) Lucro/Prejuízo Líquido do Período 1.757.551,47 (204.423,83) 1.553.127,64 DADOS COMPLEMENTARES Descrição Acumulado Mês Acumulado 31/11/2006 Dezembro/2006 31/12/2006 Adições Depreciação Acelerada incentivada 11.666.69 1.666,67 13.333,36 Tributos com exigibilidade suspensa 33.313,79 3.807,99 37.121,78 Exclusões Equivalência Patrimonial 62.264,20 5.390,00 67.654,20 Lucros e Dividendos 8.844,00 1.250,00 10.094,00 Prejuízos Prejuízos a compensar de exercícios anteriores1.015.190,00 1.015.190,00 23 1.5 CONSTITUIÇÃO DAS RESERVAS DE LUCROS 1.5.1 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO – DMPL É um documento apresentado aos sócios, aos usuários em geral, que demonstra as movimentações ocorridas, durante determinado período, em todas as contas que compõe o patrimônio líquido, que por sua vez, presente no balanço patrimonial, representa o somatório dos recursos próprios da entidade provenientes dos sócios e do desempenho das suas atividades. Quanto a sua função Sua função é evidenciar todas as movimentações realizadas durante o exercício social nas contas que compõem o patrimônio líquido: reservas de capital, de lucros, de reavaliação, capital social e lucros ou prejuízos acumulados, para que o gestor possa avaliar se as contas estão equilibradas ou se existe gargalos que precisam ser resolvidos, sendo prioritários no próximo exercício social. Em resumo, sua função é monitorar as finanças da empresa, estando diretamente ligado ao controle do fluxo de caixa. Quanto a sua obrigatoriedade O CVM (Comissão de Valores Mobiliários) determina que as empresas de capital aberto, elaborem e publiquem esse documento. A Instrução CVM n° 59, de 22 de Dezembro de 1986, dispõe sobre a obrigatoriedade de elaboração e publicação da demonstração das mutações do patrimônio líquido pelas companhias abertas. Quanto a sua elaboração Para sua elaboração, utiliza-se de uma tabela em que cada item que compõe o patrimônio líquido recebe uma coluna. São eles: I) Reservas de capital: capital que não será distribuído aos acionistas, incluindo o capital social. 24 II) Reservas de lucro: valores originados do lucro líquido do exercício, de acordo com determinação em Assembleia. III) Lucros ou prejuízos acumulados: parte do capital referente aos acionistas. Quanto a sua estrutura A lei da contabilidade, Lei nº 6.404/1976, não dispõe um modelo de DMPL que possa ser utilizado pelas empresas, porém, menciona essa demonstração ao permitir que DLPA seja incluída nela, se elaborada e publicada pela companhia. APÊNDICE 7 A empresa em questão que necessita evidenciar as demonstrações ocorridas no patrimônio líquido dela, poderá utilizar do seguinte modelo: 25 1.5.2 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO – DVA A demonstração do Valor Adicionado é uma demonstração contábil que tem por finalidade evidenciar a riqueza gerada pela empresa em determinado período, e ela mostra ainda qual foi sua distribuição entre os diversos setores envolvidos no processo. O conceito de riqueza que está na base da DVA corresponde à diferença de valores entre aquilo que empresa produziu e os bens e serviços que ela utilizou nesse processo, que foram produzidos por terceiros. Para que uma empresa consiga exercer seu papel, é necessário que ela compre mercadorias ou matérias primas, contrate colaboradores, obtenha empréstimos bancários, compre imobilizados, etc. e tudo isto é mensurado em valores, quando uma empresa coloca à disposição do mercado seu produto ou serviço, ele valerá mais do que a soma dos fatores adquiridos em sua produção ou prestação de serviço. Esse valor que a empresa “adicionou” durando o processo é a riqueza que foi gerada. O papel fundamental do DVA é detalhar de que forma as riquezas geradas pela empresa foi destruída entre seus funcionários, agentes financeiros e bancários, acionistas, governo etc. ou seja, entre todos os setores que participaram diretamente ou indiretamente da sua geração. O PIB (produto interno bruno) é a soma de todas as DVA’s das empresas de nosso país. As normas referentes à DVA estão regulamentadas pelo CPC 09 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Essa Demonstração tornou-se obrigatória pela Lei brasileira (Lei nº 11.638/07) apenas para as companhias abertas a partir do exercício de 2008. A DVA é bastante utilizada para fins fiscais, pois através dela o governo tem acesso a toda a riqueza produzida, distribuída ou transferida para as entidades. O CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) considera a utilidade das informações fornecidas pela DVA de extrema importância para os usuários das demonstrações contábeis. Por isso, o CPC encoraja as demais companhias a elaborá- la, mesmo não sendo obrigatório por Lei para a maioria dessas empresas. O CPC 09 estabelece critérios para elaboração e apresentação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA), um dos elementos do Balanço Social, com o objetivo de demonstrar a riqueza gerada pela entidade e a sua devida distribuição em um certo período. 26 A DVA é obrigatória apenas para companhias de capital aberto, conforme podemos verificar através da leitura do art. 176, inciso V da Lei 6.404/76: Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I – balanço patrimonial; II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III – demonstração do resultado do exercício; e IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei no 11.638, de 2007) 27 APÊNDICE 8 MODELO DE DVA 1. RECEITAS (VALORES BRUTOS, COM IMPOSTOS) 1.1 Venda de mercadorias, produtos e serviços 1.2 Outras receitas 1.3 Resultados não operacionais (ganho de capital) 1.4 Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Constituição/Reversão 2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (COM ICMS E IPI) 2.1 Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos (valores pagos a terceiros, não inclui gastos com pessoal próprio) 2.2 Materiais, energia, serviços de terceiros 2.3 Perda/recuperação de valores ativos 2.4 Outros 3. VALOR ADICIONADO BRUTO (= 1-2) 4. RETENÇÕES 4.1 Depreciação, amortização e exaustão 5. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (= 3- 4) 6. VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 6.1 Resultado de equivalência patrimonial (pode ser negativo ou positivo) 6.2 Receitas financeiras (por exemplo, juros recebidos) 6.3 Outras receitas (incluem aluguéis recebidos, direitos de franquia, etc.) 7. VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (= 5+6) 8. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 8.1 Pessoal 8.1.1 Remuneração direta (salários, 13º, férias, comissões, horas-extras, dentre outros) 8.1.2 Benefícios (plano de saúde, alimentação, transporte etc.) 8.1.3 FGTS 8.2 Impostos, taxas e contribuições 8.2.1 Federais 8.2.2 Estaduais 8.2.3 Municipais 28 8.3 Remuneração de capitais de terceiros 8.3.1 Juros (pagos a terceiros) 8.3.2 Aluguéis 8.3.3 Outras (outros valores pagos a terceiros, como royalties, franquias, direitos autorais etc.) 8.4 Remuneração de capitais próprios 8.4.1 Juros sobre o capital próprio 8.4.2 Dividendos 8.4.3 Lucros retidos/prejuízo do exercício 8.4.4 Participação dos não-controladores nos lucros retidos (só na consolidação) OBS.: O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7. 29 1.5.3 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - DFC De acordo com a legislação societária, a demonstração dos fluxos de caixa não fazia parte das demonstrações financeiras imposto pelo art. 176 da Lei 6.404/76, porém determinadas empresa divulgavam de forma complementar devida sua demanda ser maior no exterior, após a publicação da Lei 11.638/07, passou a fazer parte das demonstrações financeiras obrigatórias, sucedendo a DOAR (demonstrações de origens e aplicações de recursos) que mesmo tendo mais informações, era uma demonstração um pouco mais difícil no entendimento, para os investidores que atuam nos mercados de capitais, o motivo da substituição é a fácil percepção da DFC um método mais padrão, sendo portanto, uma demonstração para investimentos de empresas do exterior. Iudícibuset al. (2010, p. 557), definem que: O objetivo primário da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é prover informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, de uma empresa em determinado período, e com isso ajudar os usuários das demonstrações contábeis na análise da capacidade da entidade de gerar caixa A Lei 6.404/76 art. 176 dizia que todas as empresas de capital aberto e fechado com patrimônio líquido inferior a R$ 1.000.000,00 (um milhão) não eram obrigadas a e publicação da DOAR, agora com a Lei 11.638/07 art.176, estabelece todas as empresas de capital aberto e fechado com patrimônio líquido na data do balanço inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões), não será obrigada a elaboração do DFC. De acordo com a CVM n.º 547 de 13 de agosto de 2008: A demonstração dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as demais demonstrações contábeis, proporciona informações que habilitam os usuários a avaliar as mudanças nos ativos líquidos de uma entidade, sua estrutura financeira e sua capacidade para alterar os valores e prazos dos fluxos de caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e oportunidades. A demonstração dos fluxos de caixa também melhora a comparabilidade dos relatórios de desempenho operacional para diferentes entidades porque reduz os efeitos decorrentes do uso de diferentes tratamentos contábeis para as mesmas transações e eventos. 30 De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o objetivo da obrigatoriedade é acompanhar a mudança dos mercados, visando à uma integração internacional dos mesmos e compatibilizando a as práticas brasileiras de contabilidade com as práticas do exterior, tomando assim as empresas brasileiras mais competitivas de forma padrão, facilitando também a análise dos investidores estrangeiros. Método Direto Este método utiliza o método das partidas dobradas e depois categoriza os recebimentos e pagamentos, usando critérios técnicos, essas ações são de entrada e saídas, são decorrentes de operações normais, efetuadas durante o período. FLUXO DE CAIXA - MÉTODO DIRETO Entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa Fluxo de caixa das atividades operacionais: Venda de mercadorias e serviços (+) Pagamento de fornecedores (-) Salários e encargos sociais dos empregados (-) Dividendos recebidos (+) Impostos e outras despesas legais (-) Recebimento de seguros (+) Caixa líquido das atividades operacionais (+/-) Fluxo de caixa das atividades de investimento: Venda de imobilizado (+) Aquisição de imobilizado (-) Aquisição de outras empresas (-) Caixa líquido das atividades de investimento (+/-) Fluxo de caixa das atividades de financiamento: Empréstimos líquidos tomados (+) Pagamento de leasing (-) Emissão de ações (+) Caixa líquido das atividades de financiamento (+/-) Aumento/diminuição líquido de caixa e equivalente de caixa 31 Caixa e equivalentes de caixa - início do ano Caixa a equivalentes de caixa - final do ano Método Indireto (Método Da Reconciliação) Método Indireto Este método apresenta os ajustes ao lucro líquido, oriundo da DRE (Demonstração de Resultado do Exercício) com ajuste e adição das despesas e subtração das receitas que não afetaram o caixa, representando entrada e saída, também se retira os resultados obtidos das transações de bens do ativo não circulante subgrupos investimentos, intangível e imobilizado. 32 APENDICE 9 FLUXO DE CAIXA - MÉTODO INDIRETO Entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa Fluxo de caixa das atividades operacionais: Lucro líquido Depreciação e amortização (+) Provisão para devedores duvidosos (+) Aumento/diminuição em fornecedores (+/-) Aumento/diminuição em contas a pagar (+/-) Aumento/diminuição em contas a receber (+/-) Aumento/diminuição em estoques (+/-) Caixa líquido das atividades operacionais (+/-) Fluxo de caixa das atividades de investimento: Venda de imobilizado (+) Aquisição de imobilizado (-) Aquisição de outras empresas (-) Caixa líquido das atividades de investimento (+/-) Fluxo de caixa das atividades de financiamento: Empréstimos líquidos tomados (+) Pagamento de leasing (-) Emissão de ações (+) Caixa líquido das atividades de financiamento (+/-) Aumento / diminuição líquido de caixa e equivalente de caixa Caixa e equivalentes de caixa - início do ano Caixa a equivalentes de caixa - final do ano 33 1.5.4 NOTAS EXPLICATIVAS A publicação das notas explicativas às demonstrações financeiras está no § 4º do artigo 176 da Lei 6.404/1976 (Lei das S/A): as demonstrações serão complementadas por Notas Explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. As Notas Explicativas têm por objetivo demonstrar informações necessárias para esclarecimento da situação patrimonial, ou seja, de determinado saldo, conta, ou de valores relativos aos resultados do exercício, ou mencionar fatos que podem alterar tal situação patrimonial. As Notas Explicativas poderão estar relacionadas a qualquer outra das Demonstrações Financeiras, como a Demonstração do Valor Adicionado – DVA, ou Fluxo de Caixa. Segundo Fipecafi, (2000, p. 363), as demonstrações serão complementadas por Notas Explicativas ou outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. O § 5º do art. 176 da Lei das S/A, as bases gerais e as normas a serem inclusas nas demonstrações financeiras, as quais deverão: a) apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos; b) divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; c) fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e d) indicar: a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; 34 b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes; c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações; d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; f) o número, espécies e classes das ações do capital social; g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; h) os ajustes de exercícios anteriores; i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. Aponta Franco (1989, p.183): Essa informação é prestada através das informações contábeis, cuja técnica de apresentação deve subordinar-se ao critério da clareza e objetividade, para que possam ser devidamente interpretadas por todos aqueles que tem seus interesses vinculados ao patrimônio da entidade. Para que as necessidades dos usuários das demonstrações contábeis sejam atendidas e a demonstração é um dos objetivos da contabilidade, as notas explicativas são informações que complementam e buscam deixar bem transparente a situação financeira da empresa. É primordial que as empresas prestem informações das variações do seu patrimônio. 35 APÊNDICE 10 NOTAS EXPLICATIVASÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2019. 1) CONTEXTO OPERACIONAL A empresa Negócio Certo LTDA é uma sociedade empresária limitada, com sede e foro na cidade de Rio de Janeiro / RJ, tendo como objeto social Fabricação de artefatos de material metálico para usos industriais com início de atividades em 20/01/2012. 2) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis foram elaboradas em consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e demais práticas emanadas da legislação societária brasileira. 3) PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS 3.1) Aplicações Financeiras Estão registrados ao custo de aplicação, acrescidos dos rendimentos proporcionais até a data do balanço; 3.2) Direitos e obrigações Estão demonstrados pelos valores históricos, acrescidos das correspondentes variações monetárias e encargos financeiros, observando o regime de competência; 3.3) Imobilizado Demonstrado pelo custo de aquisição, deduzido da depreciação acumulada calculada pelo método linear. 20x1 20x0 % Depreciação Móveis e Utensílios 60.000 55.400 10 Instalações 20.200 11.500 10 Veículos 29.300 23.800 20 109.500 90.700 36 3.4) Ajuste de avaliação patrimonial A empresa nunca efetuou ajuste de avaliação patrimonial. 3.5) Investimentos em empresas coligadas e controladas A empresa não participa do capital social de outras sociedades. 3.6) Impostos Federais A empresa está no regime do lucro presumido e contabiliza os encargos tributários pelo regime de competência. 4) EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS A empresa conta com um passivo, relacionado à empréstimos e financiamentos, no valor de R$59.000,00 junto às instituições financeiras nacionais. 5) RESPONSABILIDADES E CONTINGÊNCIAS Não há passivo contingente registrado contabilmente, tendo em vista que os administradores da empresa, escudados em opinião de seus consultores e advogados, não apontam contingências de quaisquer naturezas. 6) CAPITAL SOCIAL O capital social é de R$350.000,00, dividido em 3 quotas. Totalmente integralizado, apresentando a seguinte composição: Flávia Oliveira Da Silva 50% Izabel Pereira Cardoso 25% Juliana de Oliveira Carlim 25% 7) PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edificação) mantida pelo proprietário para auferir aluguel ou para valorização do imóvel. Os imóveis contabilizados como propriedade para investimento importam em R$ 15.000,00. 8) EVENTOS SUBSEQUENTES 37 Os administradores declaram a inexistência de fatos ocorridos subsequentemente à data de encerramento do exercício que venham a ter efeito relevante sobre a situação patrimonial ou financeira da empresa ou que possam provocar efeitos sobre seus resultados futuros. 38 REFERÊNCIAS BÍBLIOGRÁFICAS BRASIL. PRESIDENCIA DA REPÚBLICA, CASA CIVIL. “LEI No 8.218, DE 29 DE AGOSTO DE 1991”. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8218.htm. Acesso em 28 de nov. de 2020 BRASIL. PRESIDENCIA DA REPÚBLICA, CASA CIVIL. “LEI No 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976.” Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol. Acesso em 29 nov. 2020. BRASIL. PRESIDENCIA DA REPÚBLICA, CASA CIVIL “DECRETO-LEI Nº 1.598, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1977.” Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del1598.htm Acesso em 29 de nov. 2020. BLOG CEFIS. “DVA: Tudo sobre a Demonstração do Valor Adicionado.” Disponível em https://blog.cefis.com.br/dva-demonstracao-do-valor-adicionado/ acesso em 28 de nov. de 2020. FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral. 21 ed. São Paulo: Atlas, 1999. FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisa Contábeis, Atuariais e Financeiras, USP. Manual de contabilidade das sociedades por ações.5. ed. São Paulo: Atlas, 2000. GELBCKE, Ernesto. et.al. Manual de Contabilidade Societária. 3ª edição. São Paulo: Atlas, 2008. IUDÍCIBUS, S.; MARTINS, E.; GELBECKE, E. R.; SANTOS, A. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades. São Paulo: Atlas, 2010. SITE PORTAL DA CONTABILIDADE. “Exigibilidade Formalidades Licitação”. Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/exigibilidade- formalidades-licitacao.htm. Acesso em: 15 de nov.2020. SITE WIKIPEDIA. “O Patrimonial’. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o_patrimonial. Acesso em 18 de nov. 2020. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8218.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del1598.htm https://blog.cefis.com.br/dva-demonstracao-do-valor-adicionado/ http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/exigibilidade-formalidades-licitacao.htm http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/exigibilidade-formalidades-licitacao.htm https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o_patrimonial 39 SITE JORNAL CONTÁBIL. “O Balanço Patrimonial é obrigatório para pequenas Empresas?”. Disponível em: https://www.jornalcontabil.com.br/o-balanco- patrimonial-e-obrigatorio-para-pequenas-empresas/. Acesso em 20 nov. 2020. SITE OSAYK. “Livro Razão e Livro Diário: o que são e para que servem?”. Disponível em: https://osayk.com.br/livro-razao-livro-diario/. Acesso em 20 de nov. 2020. SITE AZULIS: VIDA DE DONO. “Livro Diário: o que é, para que serve e o que deve conter?”. Disponível em: https://www.azulis.com.br/artigo/livro-diario. Acesso em 23 de nov. 2020. SITE JORNAL CONTÁBIL. “Para que serve o livro razão na contabilidade”. Disponível em: https://www.jornalcontabil.com.br/pra-que-serve-o-livro-razao-na- contabilidade-de-uma-empresa/. Acesso em 29 de nov. 2020 SITE JORNAL CONTÁBIL. “O que é o lalur livro de apuração do lucro real.” Disponível em: https://www.jornalcontabil.com.br/o-que-e-o-lalur-livro-de-apuracao- do-lucro-real/. Acesso em 29 de nov. 2020 SITE VALOR. “Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). 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Demonstração do Valor Adicionado (DVA). Disponível em https://www.dicionariofinanceiro.com/dva/ acesso em 28 de nov. de 2020. SITE SUNO ARTIGOS. DVA: Entenda o que é Demonstração do Valor Adicionado e qual a sua importância. Disponível em https://www.sunoresearch.com.br/artigos/demonstracao-valor-adicionado-dva/ Acesso em 30 de nov. de 2020. SITE PORTAL DE CONTABILIDADE. “Notas Explicativas”. Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/notasexplicativas.htm acesso em: 19 de nov. 2020. SITE MEU ARTIGO. “DFC Demonstração dos Fluxos de Caixa”. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/dfc-demonstracao-dos- fluxos-caixa-lei-n-1163807.htm acesso em: 19 de nov. 2020. SITE PSJUNIOR. “O que é DFC?”. Disponível em: https://www.psjunior.com/o-que- e-dfc/ acesso em: 19 de nov. 2020. SITE CVM - Comissão de Valores Mobiliários. “Deliberação n.º 547 Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 03 de Pronunciamentos Contábeis, que trata da Demonstração do Fluxo de Caixa.” Disponível em:http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/deliberacoes/anexos/0500/deli 547.pdf. Acesso em 19 de nov. 2020. https://www.dicionariofinanceiro.com/dva/ https://www.sunoresearch.com.br/artigos/demonstracao-valor-adicionado-dva/ http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/notasexplicativas.htm https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/dfc-demonstracao-dos-fluxos-caixa-lei-n-1163807.htm https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/dfc-demonstracao-dos-fluxos-caixa-lei-n-1163807.htm https://www.psjunior.com/o-que-e-dfc/ https://www.psjunior.com/o-que-e-dfc/ http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/deliberacoes/anexos/0500/deli547.pdf http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/deliberacoes/anexos/0500/deli547.pdf
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