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APS_AGRESSÃO E DEFESA II

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Prévia do material em texto

Pamela Alejandra Bravo Thomaz - 1799986
Orientações direcionadas APS
Leia, criticamente, o texto base. Responda as questões solicitadas e submeta o arquivo na plataforma no prazo estipulado.
Texto base – APS
Esporotricose
A esporotricose foi descrita pela primeira vez por Benjamin Schenck nos Estados Unidos em 1898. No Brasil, Lutz e Splendore descreveram, em 1907, os primeiros casos de esporotricose em seres humanos e ratos. Desde então, casos isolados, séries de casos e surtos vêm sendo relatados nos cinco continentes, sendo a micose subcutânea mais comum na América Latina. 
A ocorrência de esporotricose em animais, especialmente gatos, e sua transmissão para humanos têm sido descritas em diversos países. Curiosamente, em nenhum outro lugar a doença assumiu proporções epidêmicas como ocorreu no Estado do Rio de Janeiro. A partir de 2000, o número de casos em seres humanos e animais cresceu exponencialmente. Em 2006, já haviam sido diagnosticados mais de 900 casos humanos no ambulatório de esporotricose, provenientes de 22 municípios. A figura 1 mostra a distribuição de casos de esporotricose humana e animal no início da epidemia —1998 a 2000— e os casos acumulados até 2006.
Figura 1. Distribuição geográfica dos casos de esporotricose humana e animal atendidos no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas/Fundação Oswaldo Cruz de 1998 a 2006, Rio de Janeiro, Brasil.
Em São Paulo, a frequência de ocorrência da esporotricose felina, foi da ordem de 3,4%, entre os anos de 1999 a 2007. 
Em termos de rotina da clínica dermatológica, no Brasil, é inegável que as doenças de etiologia fúngica, que representam a segunda dermatose mais frequente dos felinos (18% a 21% de todas as dermatoses de gatos atendidos na Capital de São Paulo, no HOVET/USP, entre 1986 e 2007) devam sempre estar entre as pressuposições de diagnóstico de gatos portadores de lesões erodo ulceradas.
Inegavelmente, os felinos são os que pagam o maior tributo à infecção esporotricótica e que representam a maior fonte de preocupação de dermatologias veterinários e humanos, em face da potencial transmissibilidade. 
Do ponto de vista clínico-epidemiológico, no Brasil, o felino transmissor apresenta o seguinte perfil: preponderante macho (65%); com média etária de 24 meses (87% dos casos em gatos com até 48 meses de vida); com evolução clínica, em média, de oito semanas (1-128 semanas); compondo-se por duas (25%), três ou mais (40%) áreas lesadas, topograficamente dispostas nas regiões cefálicas (57%), membros torácicos (14%) e em superfície mucosas (35%).
A esporotricose constitui-se em micose subcutânea, caracteristicamente pápulo-nodular, em fase pré-clínica avançada e ulcero gomosa, na fase tardia. 
Figura 2: Felino, siamês, fêmea, com esporotricose. A) Lesões cutâneas ulceradas exsudativas na região cefálica e região escapular esquerda. B) Lesão ulcerada e crostosa no membro pélvico esquerdo, na altura da articulação tibiopatelar. (Colodel, M.M. et al, 2009).
A forma de transmissão usual entre animais e humanos se dá através da arranhadura ou mordedura, pelos felinos enfermos ou portadores assintomáticos. No Brasil, a positividade em cultivo micológico, a partir de material colhido da boca e das garras de felinos, é de, respectivamente, 42% e entre 0,7 a 40%. 
Por sua vez, o felino adquire o agente etiológico pelo contato com o solo (transmissão dita geofílica, a partir do escavar e encobrir as dejeções com terra pelo hábito inato dos felinos), com vegetais secos ou em decomposição (locais de afiação ungueal de gatos errantes), ou pela mordedura e arranhadura do suscetível.
O diagnóstico desta micose se baseia na história, no exame físico, no exame citopatológico direto utilizando exsudato das lesões corados pelos métodos de Gram ou Giemsa e no exame histopatológico onde se observa dermatite com característica nodular ou difusa, supurativa, piogranulomatosa ou granulomatosas.
O diagnóstico é confirmado por isolamento do fungo a partir de pus ou secreção, seguido de estudo morfológico macroscópico e microscópico.
O agente causal, o Sporothrix schenckii é um fungo dimórfico, ou seja, tem aspectos micro e macromorfológico distintos, em função do substrato e da temperatura de crescimento. 
O habitat natural do fungo é o solo rico em matéria orgânica ou a superfície vegetal. 
No meio ambiente (ou quando cultivado em Ágar Sabouraud a 21ºC) tem crescimento micelial, ou seja, de bolor (forma “M”, de “mold”) (Figura 3). Os micélios têm hifas delgadas, septadas, delicadamente ramificadas, com aglomerados de canídeos, em forma de margarida ou crisântemo. 
Figura 3: Colônias típicas de Sporothrix schenckii em meio Agar Sabouraud com cloranfenicol observadas 8 dias após inoculação de amostra de exsudato coletado das lesões de um felino com suspeita de esporotricose. (Colodel, M.M. et al, 2009).
Por sua vez, quando em vida parasitária (ou cultivado em Ágar-Infusão cérebro-coração/BHI a 37ºC) cresce como levedura (forma “Y”, de “Yeast”), assumindo forma “em charuto, “ovaloide ou arredondado.
Figura 4: Exame citológico de exsudato de lesão ulcerativa de um felino com esporotricose. Observam-se numerosas estruturas pleomórficas dentro e fora dos macrófagos. Coloração Panótico rápido (obj. 100). (Colodel, M.M. et al, 2009).
Seleção e adaptação de trechos obtidos das seguintes fontes: 
Barros, M.B.L., Schubach, T.P., Coll, J.O., Gremião, I.D., Wanke, B., Schubach, A. Esporotricose: a evolução e os desafios de uma epidemia. Rev Panam Salud Publica, v.27, n.6, p. 455–60, 2010.
Colodel, M.M. et al. Esporotricose cutânea felina no Estado de Santa Catarina: relato de casos. Veterinária em Foco, v.7, n.1, p.18-27, 2009. 
Larsson, C.E. Esporotricose. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci., São Paulo, v. 48, n. 3, p. 250-259, 2011.
APS 
Com base no texto acima, responda aos testes a seguir, e faça o envio da atividade como anexo.
1. A esporotricose foi descrita pela primeira vez por Benjamin Schenck nos Estados Unidos em 1898. Atualmente, casos da doença vêm sendo relatados nos cinco continentes. Em relação a ocorrência da esporotricose, assinale a alternativa correta.
a) A ocorrência da esporotricose é comum em animais, principalmente gatos, sendo que o fungo pode infectar o ser humano.
b) A esporotricose aconteceu no estado do Rio de Janeiro de forma epidêmica, porém nunca foi diagnosticada no estado de São Paulo.
c) Em todos os lugares do mundo a doença assumiu proporções epidêmicas, iguais com as ocorridas no Estado do Rio de Janeiro.
d) A esporotricose nunca foi diagnosticada em seres humanos no Brasil.
e) A esporotricose é a micose sistêmica mais comum na América do Norte.
2. A partir do ano 2000, o número de casos de esporotricose cresceu exponencialmente. Em 2006, já haviam sido diagnosticados indivíduos infectados em 22 municípios brasileiros. Sobre a esporotricose, assinale a alternativa correta.
a) A forma de transmissão usual se dá, unicamente, através da arranhadura.
b) A transmissão para outras espécies acontece apenas por meio de felinos sintomáticos.
c) A forma de transmissão usual se dá, unicamente, através da mordedura.
d) Apenas felinos sintomáticos podem disseminar o agente etiológico.
e) Os felinos podem se infectar de forma geofílica, ou por contato direto a partir de arranhaduras de outros animais infectados.
3. A esporotricose é uma doença mundialmente disseminada. Em relação ao agente etiológico da esporotricose no Brasil, assinale a alternativa que corresponde às espécies mais prevalentes.
a) Sporothrix schenckii e Sabouraud schenckii .
b) Sporothrix schenckii e Sporothrix brasiliensis.
c) Sporothrix brasiliensis e Sporothrix dimorfico.
d) Sporothrix schenckii e Sporothrix micelio.
e) Sporothrix brasiliensis e Sporothrix sabouraud.
4. O agente causal da esporotricose é um fungo dimórfico. Assinale a alternativa que contempla a principal característica morfológica destes fungos:
a) Poder desenvolver-se em árvores e no solo.
b) Crescer como espiral e helicoidal.
c) Crescer como levedura e micelial.
d) Crescer como cogumelo, contendohaste e macroconídeo.
e) Crescer como levedura no ambiente.
5. O diagnóstico desta micose se baseia na história, no exame físico, no exame citopatológico direto utilizando exsudato das lesões corados pelos métodos de Gram ou Giemsa. Assinale a alternativa mais adequada
a) O Sporothrix schenckii é um fungo exclusivamente leveduriforme. 
b) O habitat natural do fungo é o gato doméstico. 
c) No crescimento micelial, se observa a forma de ‘charuto’.
d) O habitat natural do fungo é o solo rico em matéria orgânica ou a superfície vegetal. 
e) O substrato e a temperatura não interferem na morfologia do fungo.

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