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7 - Esporotricose

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7 - In�e�ções D����to�ógi���:
Es�o��t���os�.
● Introdução:
A esporotricose é uma doença
micótica subaguda ou crônica que
acomete a pele e tecido subcutâneo
de animais e humanos, sendo
causada por fungos dimórficos
pertencentes ao complexo
Sporothrix schenckii. É formado
pelas espécies :
- S. schenckii stricto sensu,
- S. brasiliensis,
- S. globosa,
- S. pallida,
- S. luriei,
- S. mexicana e
- S. chilensis.
Dependendo da espécie de fungo,
pode ser aguda ou crônica.
Esses fungos são encontrados na
vegetação, no solo e na matéria
orgânica em decomposição.
Fungos dimórficos tem duas formas
de vida que podem ser alteradas
pela temperatura.
No solo ou em meio de cultura a 25°C
e enegrecido, pode se multiplicar na
sua forma filamentosa. E quando
está em meio de cultivo a 37°C e com
aspecto bolhoso, encontra-se na
forma leveduriforme.
A transmissão zoonótica de
Sporothrix ocorre através da
arranhadura ou mordedura de gatos
doentes, ou contato direto da pele
lesionada ou mucosa com lesões e
secreções de animais doentes.
Essa forma de transmissão diferencia
claramente o Brasil de outros surtos
em todo o mundo, que geralmente
estão relacionados às condições
ambientais, onde as fontes de
infecções são o solo e a matéria
orgânica em decomposição.
- Epidemiologia:
Atualmente, a esporotricose acomete
os hospedeiros humanos e felinos,
com números crescentes,
preocupantes, em território do
estado do Rio de Janeiro e em outros
estados do Brasil, como Minas Gerais,
Espírito Santo, São Paulo, Paraná e
Rio Grande do Sul.
Nesse contexto, um ponto relevante
reside no fato de que estratégias
futuras de prevenção e controle da
esporotricose zoonótica dependem
do diagnóstico rápido da doença no
felino doméstico para o tratamento
eficaz. A importância baseia-se na
interrupção da transmissão entre
felinos doentes e também desses
para seus tutores e familiares.
Nesse contexto, o felino doméstico
(Felis catus) é o principal animal
acometido por essa micose, como
transmissor, representando papel
central na forma de transmissão
zoonótica.
Assim, os felinos domésticos com
esporotricose promovem a
implantação traumática do fungo no
tecido subcutâneo humano e de
outros animais e também
apresentam manifestação cutânea
disseminada.
● Classificação:
O complexo S. schenckii é formado
pelas espécies :
- S. schenckii stricto sensu;
- S. brasiliensis;
- S. globosa;
- S. pallida;
- S. luriei;
- S. mexicana;
- S. chilensis;
A esporotricose é uma micose que
ocorre após a implantação por lesão
ou contato de fungos patogênicos
do complexo Sporothrix schenckii.
A esporotricose em estado muito
avançado pode levar a exposição de
ossos e músculos.
Recentemente, foi proposta a
existência de pelo menos seis
espécies patogênicas no complexo,
com especial valor ao Sporothrix
brasiliensis, exclusivamente isolado
em território brasileiro e principal
agente do cenário epidêmico no
estado do Rio de Janeiro.
- Esporotricose equina:
A esporotricose em equinos é
linfocutânea, forma mais comum em
equinos.
É caracterizado por nódulos nas
partes inferiores dos membros.
A esporotricose linfocutânea é a
forma mais comum da doença em
equinos. Esporos fúngicos entram
por lesões de pele na parte inferior
dos membros. Nódulos que ulceram e
descarregam exsudato amarelado
desenvolvem-se ao longo do curso de
vasos linfáticos superficiais.
As feridas tem cicatrização lenta e
deixam marcas de alopécia.
Devido a retenção de líquido
linfático, tem inchaço da extremidade
afetada.
Edema subcutâneo no membro
acometido pode ser resultado da
obstrução linfática.
Pode ser realizada excisão cirúrgica
das lesões iniciais.
“Porque a esporotricose leva ao
edema?”
R: Porque o animal , quando
acometido, será inoculado no
subcutâneo e depois vai ser levado
aos linfonodos, afetando a função
linfática de escoar linfa , resultando
no edema.
- Esporotricose felina:
Tem lesões nodulares na pele, nas
extremidades dos membros, cabeça e
cauda. E também nódulos
secundários ao longo dos linfáticos,
pode ter ulceração dos nódulos com
liberação de exsudato purulento e
exposição de músculos e ossos em
casos mais avançados.
Pelo hábito felino de arranhar
troncos de árvores e de outras
superfícies, e também a lambedura
de seu corpo, as unhas e a
nasofaringe/cavidade oral podem
abrigar estruturas desse fungo,
expondo o animal à infecção, assim
como os demais hospedeiros.
Nos gatos, a apresentação clínica da
doença pode variar de uma infecção
subclínica, com lesões únicas ou
múltiplas até formas sistêmicas fatais
com ou sem sinais extracutâneos e
respiratórios.
O que mais se observa na prática
clínica são quadros com múltiplas
lesões cutâneas com envolvimento de
mucosas, principalmente do
aparelho respiratório
- Esporotricose humana:
A transmissão entre o felino e o
homem ocorre através de
mordeduras e arranhaduras de gatos
doentes, ou ainda pelo contato da
pele ou mucosa com as secreções
das lesões. Raramente a transmissão
resulta da inalação dos "fungos".
Na maioria das vezes a enfermidade
evolui como infecção benigna na pele
e ao tecido subcutâneo, mas em
raramente pode acometer os ossos e
órgãos internos.
Doença cutânea ou linfocutânea
crônica que dificilmente se
generaliza.
Sua disseminação ocorre em
indivíduos imunocomprometidos.
- Esporotricose canina:
Tem lesões cutâneas múltiplas,
ulceradas e crostosas com alopécia
em cabeça e tronco.
A doença é rara e pode comprometer
o linfocutâneo, semelhante aos para
gatos.
● Diagnóstico:
Cultivo do fungo padrão ouro é a
Microscopia direta, passando o swab
nas lesões (esxudatos) corados por
azul de metileno.
Imunofluorescência direta de
impressões de biópsias ou de escarro
e lavados brônquicos.
Imunoperoxidase em cortes de
tecidos.
Imunoperoxidase: é a técnica
imunológica que a peroxidase marca
os tecidos , mas marca com
coloração diferente da
imunofluorescência
Caso seja esporotricose
extracutânea, utiliza-se: prova do
latex, imunodifusão, RIFI.
Hifas finas, septadas e hialinas que
apresentam conidióforos,
comumente solitários, saindo de
diversos pontos da sua extensão; no
ápice destes são formados conídios,
geralmente em aglomerados.
Corante: Lactofenol Azul de Algodão.
Conídios em forma de pêra estão
agrupados em conidióforos delgados
em forma de roseta (ou de
margarida). Em culturas velhas,
forma-se conídio único na hifa. É
importante ressaltar que as
leveduras são patognomônicas e não
fecham o diagnóstico.
1. Cultivo Sabouraud dextrose:
Quando cultivado em ágar dextrose
Sabouraud a 25°C, colônias
filamentosas são brancas e crescem
rapidamente, tornando-se pretas ou
marrons, rugosas e duras.
2. Cultivo BHI:
Quando cultivados entre 35 a 37°C
em ágar infusão de cérebro e de
coração (BHI) contendo 5% de
sangue, colônias de cor creme a
castanho-claro desenvolvem-se
dentro de três semanas.
As células leveduriformes (2 a 3 × 3 a 5
μm) têm forma de charuto.
3. Microscopia direta:
Exame microscópico direto de
exsudatos de lesões felinas coradas
com azul de metileno geralmente
revelam grande número de células
leveduriformes. Elas são esparsas
nos exsudatos de outros animais.
Imprint de lesão felina contendo
leveduras.
4. PAS:
Exame histopatológico de cortes de
tecidos, corados pela técnica do PAS
ou pela prata-metanamina, podem
revelar células leveduriformes.
Macrófagos contendo as formas
levaduriformes. Vai acontecer dentro
do macrofago , porque o são eles
que vão fazer fagocitose.
5. RIFI e peroxidase:
Técnicas de anticorpos fluorescentes
ou de imunoperoxidase aplicadas a
cortes teciduais permitem
identificação específica de células
leveduriformes.
Nesses casos, não é comum em
animais, só em humanos.
● Tratamento e controle:
No tratamento da esporotricose
cutânea ou cutâneo - linfática, os
medicamentos de escolha são os
iodetos inorgânicos, cetoconazol e
itraconazol.
Os gatos podem ser tratados com
iodeto de potássio, que deve ser
usado com cautela pela sensibilidade
dos felinos a essa droga.
Por esse motivo o itraconazol tem
sido indicado como a droga de
escolha para o tratamento da
esporotricosefelina.
Os cães costumam apresentar boa
resposta ao iodeto de potássio, ao
itraconazol e ao cetoconazol.O
tratamento deve continuar por 30
dias após a cura clínica.
“Para o sucesso terapêutico, é
necessário que o tratamento
prossiga até que as lesões cicatrizem
e as culturas sejam negativas
(RHODES, 2005). “
- Profilaxia:
Como é uma doença de alto risco
para a saúde pública, deve-se tomar
medidas como o uso de luvas na
manipulação de animais com lesões
suspeitas, tratamento e isolamento
dos animais doentes até a completa
cicatrização das lesões, desinfecção
das instalações com solução de
hipoclorito de sódio instituída
durante o tratamento, para proteger
os humanos que têm contato com
gatos infectados, pela natureza.
Uma outra medida importante é a
castração dos gatos machos que,
por circularem pela rua, que podem
estar propensos a brigas e causar
feridas e abrigar o fungo.

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