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Estamparia

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Engenharia Mecânica - Automação e Sistemas 
 
 
ANDRÉIA DAIANA PEREIRA 
ODILON CÁSSIO CEDA 
WÁGNEA FRANCISCA GUIMARÃES 
 
 
SUBSTITUIÇÃO DE MOLAS DE COMPRESSÃO POR 
CILINDROS DE NITROGÊNIO NO EXTRATOR DE 
FERRAMENTAS DE ESTAMPAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itatiba 
2014 
 
ANDRÉIA DAIANA PEREIRA - RA002200801174 
ODILON CÁSSIO CEDA - RA002201000660 
WÁGNEA FRANCISCA GUIMARÃES - RA002200801277 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUBSTITUIÇÃO DE MOLAS DE COMPRESSÃO POR 
CILINDROS DE NITROGÊNIO NO EXTRATOR DE 
FERRAMENTAS DE ESTAMPAGEM 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de Engenharia Mecânica 
Automação e Sistemas da Universidade São Francisco como 
requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em 
Engenharia Mecânica. 
 
Orientador: Prof. Mário Antônio Monteiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itatiba 
2014 
ANDRÉIA DAIANA PEREIRA - RA002200801174 
ODILON CÁSSIO CEDA - RA002201000660 
WÁGNEA FRANCISCA GUIMARÃES - RA002200801277 
 
 
SUBSTITUIÇÃO DE MOLAS DE COMPRESSÃO POR 
CILINDROS DE NITROGÊNIO NO EXTRATOR DE 
FERRAMENTAS DE ESTAMPAGEM 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Engenharia Mecânica Automação e Sistemas 
da Universidade São Francisco como requisito 
parcial para obtenção do título de Bacharel em 
Engenharia Mecânica. 
 
Orientador: Prof. Mário Antônio Monteiro 
 
Data da aprovação: 10/12/2014 
 
 
 
 
Banca Examinadora: 
 
_________________________________________________________ 
Prof. Mário Antônio Monteiro (Orientador) 
Universidade São Francisco 
 
_________________________________________________________ 
Prof. André Luis Pissolati 
Universidade São Francisco (Examinador) 
 
_________________________________________________________ 
Prof. Paulo Eduardo Silveira 
Universidade São Francisco (Examinador) 
AGRADECIMENTO – Andreia Daiana Pereira 
 
Agradeço primeiramente a Deus por ter fortalecido a minha fé a cada dia e em frente a 
todas as dificuldades me fez acreditar em mim e não desistir do meu objetivo. 
Agradeço ao meu pai Braz Pereira (in memorian) me incentivou a estudar desde o pré 
escola e que sempre foi meu exemplo de caráter , humildade , dedicação e luta que mesmo 
sem recursos me ensinou que desistir é para os fracos e que não é falta de recursos que 
impede a pessoa de conquistar seus objetivos e sim a fé em si mesmo e força de vontade. 
Agradeço a minha mãe e meus irmãos, que entenderam os vários finais de semana 
que fiquei sem visita-los para me dedicar ao curso e a elaboração do Tcc. 
Agradeço a minha amiga Nivia dos Santos Prado, que sempre cuidou de mim e me 
trouxe almoço em todos os Domingos enquanto me dedicava a elaboração deste trabalho 
Agradeço ao Sr. Reinaldo Luz, que nos orientou com as primeiras ideias para 
elaboração deste trabalho com tanta dedicação. 
Agradeço a empresa Work Eletro e aos seus colaboradores Marcio e Eduardo, que 
abriram as suas portas para nos apresentar seu processo, suas ferramentas e nos forneceu 
todos os dados para elaboração deste trabalho, sem a imensa ajuda de vocês este trabalho 
não teria acontecido. 
Agradeço a todos os professores do curso por dividir um pouco de seus conhecimentos 
conosco o qual a união de todos eles formou este trabalho. 
Agradeço ao nosso Orientador Mario Antônio Monteiro por nos acolher como seus 
orientados e nos guiado ao longo deste trabalho com tanta dedicação, respeito, conselhos que 
foram mais que fundamentais para a conclusão do mesmo. 
Agradeço aos meus colegas do grupo Cássio Ceda e Wágnea Francisca Guimarães 
pela cumplicidade e dedicação nesta grande aventura que foi a elaboração deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTO – Odilon Cássio Ceda 
 
 Agradeço primeiramente a Deus, pois sem Ele nada seria possível! 
 A meus pais, Odilon Tadeu Ceda e Aparecida Fátima Brusco Ceda, sem os 
quais não chegaria até aqui. 
 A meus Irmãos Juliano, Jônatas, Eduardo e Lucas que compreenderam todas 
as dificuldades e se propuseram a me ajudar. 
 A minha sobrinha Eloá, que em dias de provas, me chamava para assistir a 
“galinha pintadinha”. 
 A minha namorada Camila, que por toda minha caminhada me ensinou a fé o 
amor e a perseverança. 
 Agradeço aos velhos e aos novos amigos, que estiveram sempre ao meu lado, 
mesmo quando não pude lhes dar a atenção merecida. 
 Alguns experimentos e vários entendimentos não seriam possíveis sem a 
colaboração do Projetista Pedro Rodrigues da empresa CASP, que nos auxiliou com 
o projeto prático da ferramenta. Ao Rafael da Usinagem Foster, pela execução da 
ferramenta, a minha madrinha Márcia Leme pela correção ortográfica deste trabalho, 
ao meu coordenador Eng. Flávio Giovanini por toda compreensão e colaboração e 
ao Márcio e ao Eduardo da empresa Work Eletro por todo conhecimento sobre 
estamparia de matais. 
 Não levarei dessa fase somente um diploma, mas levarei presentes para a 
vida, pessoas especiais e que tiveram papel fundamental nessa caminhada. 
 Agradeço, finalmente, a todos os professores que me acompanharam em todos 
esses anos. Em especial, ao professor orientador Mário Antônio Monteiro, bem 
como seus orientandos, Andréia e Wágnea, que muito me auxiliou nesse trabalho. 
Também aos professores examinadores Paulo Eduardo Silveira e André Pizzolati. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTO – Wágnea Francisca Guimarães 
 
 Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado forças para chegar até este momento 
do curso, a minha família mãe Helenilza Alencar, pai Manoel Guimarães e esposo William 
Pimentel que me acompanharam desde o começo nesta jornada. 
 Agradeço a Educrafo e Uneafro que através de um cursinho pré-vestibular me 
proporcionou a oportunidade de entrar na Universidade São Francisco. 
 Agradeço também aos colegas Andréia Pereira e Cássio Ceda que permitiram que eu 
fizesse parte desse trabalho. 
 Agradeço a todos os professores que me deram tanta força por todo esse tempo, a 
nosso orientador Mário Monteiro, por ter permitido o meu ingresso ao grupo e nos 
proporcionado mais conhecimento, e aos professores examinadores Paulo Silveira e André 
Pizzolatti. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Este trabalho apresentará as vantagens do processo de troca de molas de compressão por 
cilindros de nitrogênio em ferramentas de estampagem de metais, os quais são utilizados para 
extração de peças de punções ou matrizes. A força de atuação dos dois componentes é a 
característica mais importante considerada neste estudo, tendo em vista que o cilindro de 
nitrogênio apresenta grande vantagem sobre a mola com maior força de atuação e pequena 
variação em relação ao deslocamento, ao contrário da mola que apresenta grande variação, o 
que influencia diretamente no processo de estampagem e na qualidade da peça produzida. 
O trabalho foi idealizado a partir de uma visita a uma estamparia metálica, a empresa Work 
Eletro, localizada em Atibaia SP, onde foram colhidos os dados para a elaboração deste 
trabalho, tais como: definição da ferramenta para estudo, volume de peças produzidas/mês, 
vida útil da ferramenta, vida útil dos componentes, custo de manutenção e custo de produção. 
Como o tema escolhido não possui muitas opções de literatura para consulta, foram realizadas 
entrevistas com os funcionários da empresa para colher dados sobre o assunto. O estudo foi 
desenvolvido através de cálculos de projeto com base em desenhos e normas, cálculos de 
custos com base nos orçamentos realizados com fornecedores e através de valores 
informados pela empresavisitada. 
Os resultados obtidos mostram que a troca de molas por cilindro é viável, visto que se podem 
obter grandes resultados na qualidade da peça produzida, menor custo de mão de obra, 
redução de tempo de manutenção e setup, variáveis que influenciam diretamente no preço 
final da peça. 
Este estudo pode ser utilizado como um guia para empresas do ramo que buscam novas 
tecnologias para seu processo de produção, com o objetivo de obter lucros reduzindo custos. 
Um processo que possa garantir produtividade e economia, tendo como principal objetivo 
satisfação do cliente final. 
 
 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Estamparia de metais. Extrator. Molas. Cilindros de Nitrogênio. 
 
ABSTRACT 
 
This work will present the advantages of exchange process of compression springs by nitrogen 
cylinder in metal stamping tools, which are used to extract pieces of punchs or die. These 
components of the actuation force are the most important factor considered in this study, given 
that the nitrogen cylinder has great advantage over the spring with compelling performance and 
small change from the shift, unlike the spring that is mostly variation, which directly influences 
the stamping process and the quality of the part produced. 
The work was conceived from a visit to a metal stamping, the company Work Electro, located in 
Atibaia SP, which were collected the data for the preparation of this work, such as: tool setting to 
study, volume of produced pieces / month , tool life, component life, maintenance cost and 
production cost. As the chosen theme doesn’t have many options for consultation literature, 
interviews were conducted with employees of the company to collect data on the subject. The 
study was developed through design calculations based on drawings and standards, cost 
calculations based on estimates made with suppliers and through values informed by the 
company visited. 
The results show that the exchange of springs per cylinder is viable, since it can get great results 
on the quality of the part produced, lower cost of labor, reduced downtime and setup, variables 
that directly influence the final price of piece. 
This study can be used as a guide for branch companies that look for new technologies to the 
production process, in order to make profits by reducing costs. A process that can ensure 
productivity and economy, having as main objective the customer satisfaction. 
 
 
 
 
 
 
 
 
KEYWORDS: Stamping Metal.Extractor.Springs. Nitrogen Cylinder 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 Denominação de Componentes e Materiais ....................................................... 9 
Tabela 2 Valor de Tensão de Cisalhamento para Aço Laminado ................................ 28 
Tabela 3 Ensaio de força x deslocamento de mola e cilindro ........................................ 35 
Tabela 4 Catálogo Danly para escolha de molas ............................................................. 40 
Tabela 5 Catálogo Special springs para escolha do cilindro .......................................... 43 
Tabela 6 Comparação de todos os aspectos mensuráveis ............................................ 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 Estampos por Corte ............................................................................................... 10 
Figura 2 Principais componentes de uma Matriz ............................................................. 11 
Figura 3 Deformação de tira de Aço ................................................................................... 12 
Figura 4 Fases de Operação de Dobramento ................................................................... 13 
Figura 5 - principais elementos de um Punção................................................................. 13 
Figura 6 Plano de Tensão em uma Peça Repuxada ....................................................... 15 
Figura 7 Esquema de Matriz para Estampagem Profunda ............................................. 16 
Figura 8 Mola Helicoidal ....................................................................................................... 18 
Figura 9 Cilindro de Nitrogênio ............................................................................................ 22 
Figura 10 Comparação de cilindro com molas em relação ao espaço ......................... 22 
Figura 11 Comparação de cilindro com molas em relação à altura .............................. 22 
Figura 12 Comparação de cilindro com molas em relação à altas forças .................... 22 
Figura 13 Comparação de cilindros com molas em relação ao controle de forças .... 22 
Figura14 Prensa Mecânica.........................................................................................25 
Figura 15 Prensa Hidráulica ................................................................................................. 25 
Figura 16 Placa de Assento ................................................................................................. 29 
Figura 17 Máquina de Ensaios ............................................................................................ 36 
Figura 18 Ensaio com a Mola .............................................................................................. 36 
Figura 19 Ensaio com o Cilindro ......................................................................................... 36 
Figura 20 Ferramenta de Estampagem ............................................................................. 37 
Figura 21 Ferramanta Explodida ......................................................................................... 37 
Figura 22 Ferramenta Atuando com Mola ......................................................................... 38 
Figura 23 Ferramenta Atuando com Cilindro .................................................................... 42 
Figura 24 Gráfico de Comparação de forças ................................................................... 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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file:///F:/TCC/tcc%20em%20trabalho%2029.11.doc-FORMATADO.doc%23_Toc404997543
file:///F:/TCC/tcc%20em%20trabalho%2029.11.doc-FORMATADO.doc%23_Toc404997544
LISTA DE EQUAÇÕES 
 
(1) Força de Extração .................................................................................................. 7 
(2) Esforço de corte Resistência ao Cisalhamento do Material ................................. 11 
(3) Esforço de Corte Resistência Tração do Material ............................................... 12 
(4) Tensão de Cisalhamento de Mola Helicoidal ....................................................... 18 
(5) Fator de Wahl ...................................................................................................... 18 
(6) Força de Corte ..................................................................................................... 30 
(7) Constante Elástica ............................................................................................... 39 
(8) Pay Back .............................................................................................................. 45../../../../../User/Desktop/tcc%20em%20trabalho%2001-12%20Final.doc#_Toc405633851
../../../../../User/Desktop/tcc%20em%20trabalho%2001-12%20Final.doc#_Toc405633852
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 1 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................................... 3 
2.1 Definição de processo de estampagem ...................................................................................... 3 
2.2 Materiais utilizados no processo de estampagem ...................................................................... 4 
2.3 Partes componentes de uma ferramenta de estampagem (estampo) .................................... 4 
2.3.1 Bases ............................................................................................................................................ 4 
2.3.2 Bucha guia.................................................................................................................................... 5 
2.3.3 Colunas de guia ........................................................................................................................... 5 
2.3.4 Machos ou punções .................................................................................................................... 6 
2.3.5 Fêmea ou matriz .......................................................................................................................... 6 
2.3.6 Guias ............................................................................................................................................. 6 
2.3.7 Extratores ..................................................................................................................................... 7 
2.3.8 Placa porta punção ...................................................................................................................... 7 
2.3.9 Parafusos e pinos de fixação ..................................................................................................... 7 
2.3.10 Denominação de componentes e materiais empregados para construção de 
ferramentas ............................................................................................................................................ 8 
2.4 Operações fundamentais de estampagem ................................................................................. 9 
2.4.1 Corte ............................................................................................................................................ 10 
2.4.1.1 Peças obtidas por corte ......................................................................................................... 12 
2.4.2 Dobra .......................................................................................................................................... 12 
2.4.2.1 Peças obtidas por dobramento ............................................................................................. 14 
2.4.3 Repuxo ....................................................................................................................................... 14 
2.4.3.1 Peças obtidas por repuxo ...................................................................................................... 16 
2.5 Função da mola no extrator ......................................................................................................... 16 
2.5.1 Tipos de molas para acionamento do extrator ....................................................................... 17 
2.5.2 Molas helicoidais de compressão ............................................................................................ 17 
2.5.3 Molas de Plastiprene ................................................................................................................. 19 
2.6 Cilindros de Nitrogênio ................................................................................................................. 20 
2.6.1 Cilindros Controlados (inteligentes) ......................................................................................... 21 
2.6.2 Cilindros SPC ............................................................................................................................. 21 
2.6.3 Aplicação de cilindros em ferramentas de corte..................................................................... 23 
2.7 Prensas .......................................................................................................................................... 24 
3 METODOLOGIA ............................................................................................................................ 26 
3.1 Materiais e métodos ..................................................................................................................... 26 
3.1.2 Cálculos de força de corte ........................................................................................................ 28 
3.1.2.1 Cálculo da força de corte aplicada a peça ........................................................................... 29 
3.1.2.2 Calculando o perímetro para os furos (punções) ................................................................ 29 
3.1.2.3 Força de corte para seis furos de 8,5 mm. .......................................................................... 30 
3.1.2.4 Força de corte para oito furos de 11,00 mm. ..................................................................... 30 
3.1.2.5 Calculando o perímetro para o contorno da placa .............................................................. 30 
3.1.2.6 Força de corte para o contorno da peça .............................................................................. 31 
3.1.2.7 Força total de corte ................................................................................................................. 31 
3.1.3 Força de extração ...................................................................................................................... 31 
3.2 Vantagens para o processo com uso de cilindros de nitrogênio ............................................. 32 
3.3 Try out de ferramentas ................................................................................................................. 32 
3.4 Produção: cilindros x molas ......................................................................................................... 33 
3.5 Manutenção de ferramenta ou equipamentos .......................................................................... 33 
3.6 Qualidade da peça produzida ..................................................................................................... 33 
3.7 Aspectos econômicos da aplicação dos cilindros ..................................................................... 34 
3.8 Estudo Força X Deslocamento Comparação Mola X Cilindro ................................................ 34 
3.8.1 Ensaio de compressão ............................................................................................................. 36 
3.9 Ferramenta de Estampagem ...................................................................................................... 37 
3.9.1 Acionamento da ferramenta ..................................................................................................... 38 
3.9.2 Ferramenta atuando com molas .............................................................................................. 38 
3.9.3 Custo de manutenção com uso de molas .............................................................................. 41 
3.9.4 Ferramenta atuando com cilindro ............................................................................................ 42 
3.9.5 Custo de manutenção com uso de Cilindros .........................................................................43 
4 RESULTADOS ................................................................................................................................ 44 
4.1 Resultados obtidos no ensaio de comparação de forças de molas x cilindros. .................... 44 
4.2 Payback do projeto ....................................................................................................................... 45 
4.3 Resultados gerais da comparação de molas x cilindros em todos os aspectos mensuráveis 
analisados. ........................................................................................................................................... 46 
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 47 
6 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................... 48 
 
 
 
 
 
1 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Estamparia de metais é um processo no qual as chapas planas de metal são 
precisamente moldadas em uma prensa de estampagem. Materiais mais comumente 
utilizados no processo de estampagem de metal incluem o aço, alumínio, zinco, níquel, titânio, 
latão, cobre e uma série de ligas metálicas. As ferramentas de estampagem possuem várias 
partes, dentre elas o extrator, que será a parte da ferramenta analisada neste estudo. 
O extrator pode ser acionado por molas, sejam elas metálicas ou de plastiprene, 
almofadas e cilindros de nitrogênio. O objeto deste estudo será a substituição de molas de 
compressão por cilindro de nitrogênio e verificar a viabilidade desta troca. 
Muitas vantagens podem ser obtidas com essa troca, tais como: redução de 
manutenção, redução de mão de obra, aumento da produtividade etc., trazendo para a 
empresa um custo-benefício atrativo. 
A cada dia as empresas estão mais competitivas, buscando constantemente oferecer 
aos seus clientes melhor qualidade nos produtos, custos menores, inovação nos processos 
através de novas tecnologias. As estamparias são empresas que atuam principalmente no 
ramo automotivo, o que exige cada vez mais e mais inovação. Com base nesta necessidade, 
os especialistas no ramo procuraram desenvolver um método de extração de peças que 
tivesse maior vida útil dos componentes, evitando trocas e manutenções e que, 
consequentemente, melhorasse a qualidade do item estampado. 
Os cilindros de nitrogênio entraram no mercado com o propósito de resolver o problema 
acima apresentado. Inicialmente utilizado somente por grandes estamparias com ferramentas 
de altas tecnologias, atualmente são utilizados em diversas empresas, sendo que em algumas 
delas é requisito especifico em seus cadernos de encargos que as ferramentas sejam 
construídas com sistema de extração por cilindro de nitrogênio. 
Para elaboração deste trabalho serão utilizadas bibliografias sobre conformação de 
metais e elementos de máquinas; os principais autores adotados como bases para este 
trabalho são: Soler Alvaréz (Estampos I e II Protec), Osmar de Brito (estampos de corte), 
Egberto Franco, Jorge da Costa Lino (Estampagem dos aços), Shall Allen, Alfred R, 
Holowenko, Sherman G Laughlin (elementos orgânicos de máquinas), também websites de 
fabricantes como Danly, Prodty, Polimold, bem como websites de pesquisas. 
Os ensaios foram realizados na empresa Work Eletro, localizada em Atibaia, uma 
estamparia que fornece componentes para bancos de caminhões, ônibus, tratores e 
2 
 
empilhadeiras. Grande parte deste trabalho será escrita com base no conhecimento dos 
funcionários desta empresa: ferramenteiros, operadores de prensas, gerente de produção. Os 
ensaios dos componentes serão realizados no laboratório mecânico da Universidade São 
Francisco. 
Este trabalho será divido em cinco partes, os quais abordam uma revisão bibliográfica, 
metodologia, apresentação dos resultados e uma conclusão. Os resultados serão 
apresentados através de cálculos, gráficos e tabelas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1 DEFINIÇÃO DE PROCESSO DE ESTAMPAGEM 
 
 
Estampagem é o processo de fabricação de peças, através do corte ou 
deformação de chapas em operação de prensagem geralmente a frio. Emprega-se a 
estampagem de chapas para se fabricar peças com paredes finas feitas de chapa ou 
fita de diversos metais e ligas. As operações de estampagem podem ser resumidas 
em três básicas: 
 Corte 
 Dobramento e encurvamento 
 Estampagem profunda ou repuxo. 
Enquanto as estampagens em corte e dobramento são realizadas a frio, o 
repuxo ou estampagem profunda pode eventualmente ser a quente, dependendo da 
necessidade. [ 8 ] 
A estampagem da chapa pode ser simples, quando se executa uma só 
operação, ou combinada. Com a ajuda da estampagem de chapas, fabricam-se 
peças de aço baixo carbono, aços: inoxidáveis, alumínio cobre e de diferentes ligas 
não ferrosas. Devido às suas características este processo de fabricação é 
apropriado, preferencialmente, para as grandes séries de peças, obtendo-se 
grandes vantagens, tais como: produção em série, custo baixo das peças, bom 
acabamento sem necessidade de posterior processo de usinagem, peças com 
grande resistência e o custo baixo do controle de qualidade devido à uniformidade 
da produção e a facilidade para a detecção de desvios. [ 8 ] 
Como principal desvantagem deste processo, podemos destacar o alto custo 
do ferramental, que só pode ser amortizado se a quantidade de peças a produzir for 
elevada. 
 
 
 
4 
 
2.2 MATERIAIS UTILIZADOS NO PROCESSO DE ESTAMPAGEM 
 
São utilizados chapas finas laminadas a frio ou a quente, em formato de 
bobinas, blanks ou tiras, os principais materiais utilizados são: 
- Aço baixo carbono 
- Aços inoxidáveis 
- Ligas de alumínio-manganês 
- Ligas alumínio-magnésio 
 - E o latão 70-30 
O latão 70-30, que tem um dos melhores índices de estampabilidade, que é a 
capacidade que a chapa metálica tem de adquirir à forma de uma matriz, pelo 
processo de estampagem sem se romper ou apresentar qualquer outro tipo de 
defeito de superfície ou de forma entre os materiais metálicos além do material outro 
fator que deve se considerar é a qualidade da chapa. Deve ser verificada, a 
composição química que deve ser controlada no processo de fabricação do aço, 
pois se a mesma estiver não conforme pode causar comportamento irregular do 
material durante a estampagem, as propriedades mecânicas, dureza e resistência a 
tração são de extrema importância na estampagem, determinados por meio de 
ensaios mecânicos que são fornecidos nos catálogos dos fabricantes juntamente 
com a composição química e padronizados através de normas, as especificações 
dimensionais para que não haja perca de material em forma retalho durante o 
processo, acabamento e aparência da superfície , que afeta diretamente no caso do 
material passar posteriormente por algum tratamento superficial; pintura, 
cromatização, galvanoplastia e etc. [ 8 ]. 
 
2.3 PARTES COMPONENTES DE UMA FERRAMENTA DE ESTAMPAGEM 
 
2.3.1 BASES 
 
O estampo propriamente dito, vai montado sobre bases, que não só facilitam a 
centralização correta da ferramenta, como também proporcionam a localização justa no 
5 
 
processo de trabalho. Estas bases, em número de duas por ferramenta, são montadas 
paralelamente, sendo uma fixa (base inferior) e outra móvel (base superior). O deslizamento de 
uma sobre a outra faz-se por intermédio de guias ou colunas. [1] 
Tendo em conta que a função da base é a sustentação do estampo, recomendado pelo 
autor para a construção o ferro fundido ou aço SAE-1010/1020. Qualquer um destes materiais 
reúne condições suficientes de resistência para seu fim, e seu baixo custo em relação a outros 
materiais, contribui para o barateamento da ferramenta. O emprego do aço de liga, de custo 
elevado, não somente aumentariadesnecessariamente o valor da ferramenta, como também 
resultaria perigo. [ 1 ] 
A normalização dos tamanhos das bases facilita sua intercambialidade, padronização e 
produção em série, reduzindo consequentemente seu custo. [ 1 ]. 
 
2.3.2 BUCHA GUIA 
 
Este componente da ferramenta é basicamente, junto com a coluna, a responsável pelo 
paralelismo da ferramenta assim como o seu perfeito funcionamento. 
Esta peça é alojada na parte superior da ferramenta, por meio dos mais variados 
sistemas. A bucha deve ser de um material adequado para evitar o engripamento com a 
coluna ao ser movimentado a ferramenta na prensa em função do trabalho; por este motivo o 
autor recomenda o uso de bronze, fósforo, ou para ferramentas de alta produção SAE 8620 ou 
equivalente, cementado, temperado e retificado para o seu perfeito funcionamento. [ 1 ]. 
 
2.3.3 COLUNAS DE GUIA 
 
O deslocamento da parte móvel da ferramenta (base superior) sobre a parte fixa (base 
inferior) efetua-se por intermédio de colunas de guia as quais ao mesmo tempo sustentam o 
conjunto da ferramenta. [ 1 ]. 
Uma extremidade da coluna é embutida a pressão fixa da ferramenta e a outra está 
ajustada para permitir o deslocamento da base móvel. [ 1 ]. 
Os princípios básicos das colunas são: Segurança na guia, fixação correta e 
impossibilidade de inversão das bases móvel e fixa. [ 1 ]. 
6 
 
2.3.4 MACHOS OU PUNÇÕES 
 
São órgãos móveis de corte da ferramenta, que adotam formatos diversos segundo a 
figura da peça que deseja se obter. [ 1 ]. 
Vão montados na placa porta-machos, encostados contra a placa de choque, devendo 
trabalhar absolutamente perpendicular à matriz. [ 1 ]. 
Em determinados casos, o perfil da peça, permite um tipo único de punção, mas às 
vezes, é melhor fazer o mesmo, de uma série de peças acopladas entre si, que em caso de 
ruptura, facilitam a remoção e troca da parte quebrada, sem necessidade de ter que construir 
um punção completo. [ 1 ]. 
 
2.3.5 FÊMEA OU MATRIZ 
 
É a parte onde se encontra, entalhada com exatidão, a figura da peça que se deseja 
obter, sendo o elemento da ferramenta que suporta maior esforço, de toda a estrutura é a de 
maior responsabilidade. Geralmente monta-se na parte inferior da ferramenta, sobre um 
baseamento sólido que impeça qualquer falso movimento, sendo fixada ao mesmo tempo por 
parafusos e pinos. Sua superfície é lisa, sem rebarbas nem asperezas, devendo ser 
completamente paralelas. [ 1 ]. 
 
2.3.6 GUIAS 
 
Para se conseguir um trabalho regular e eficiente de estampagem, o material 
a ser estampado deve ser conduzido na matriz, colocando-se para tal fim, à direita e 
esquerda das mesmas, guias constituídas por tiras de aço separadas entre si pela 
distância equivalente à largura do material a ser estampado. [ 1 ]. 
As guias além de guiar o material, servem para desprender a chapa do 
punção. [ 1 ]. 
 
 
7 
 
2.3.7 EXTRATORES 
 
 
Os punções tendem a arrastar consigo a chapa na qual penetram, 
provocando às vezes a sua própria ruptura. [ 1 ]. 
Este inconveniente se elimina por meio dos extratores ou separadores que na 
maioria dos casos, funcionam também como prensa-chapa ou sujeitadores que 
servem para impedir que a chapa se desloque durante a operação, mantendo a 
mesma presa firmemente pressionando-a. [ 1 ]. 
Os extratores podem ser acionados por barras, alavancas, molas helicoidais, 
molas prato, molas de plastiprene e cilindros de nitrogênio e podem ser aplicados 
aos punções ou as matrizes. [ 1 ]. 
A força de extração é extremamente importante para que o processo ocorra 
corretamente. [ 1 ]. 
A força de extração F ex deve ser 10% da força de estampagem F. 
 
FFex 1,0 
 
 
 2.3.8 PLACA PORTA PUNÇÃO 
 
Esta peça feita de aço tem por função fixar os punções no lugar certo e retira-
los da matriz, quando a ferramenta abre. [ 1 ]. 
 
2.3.9 PARAFUSOS E PINOS DE FIXAÇÃO 
 
Os parafusos e pinos de fixação servem para unir os vários elementos entre si e às 
respectivas bases. [ 2 ]. 
Os pinos além de servirem como elementos de referência e posicionamento, suportam 
grande parte dos esforços proveniente dos impactos operacionais. [ 2 ]. 
Os parafusos absorvem apenas uma pequena parte destes esforços. 
(1) 
8 
 
Os pinos devem ser superdimensionados, feitos de aço 1010/1020, cementados e 
retificados, nos casos de grande responsabilidade devem ser feitos de aço prata; um aço que 
possui 1,00% de tungstênio em sua composição, com alto teor de carbono 1,2%, aço de 
elevada temperabilidade, alta resistência mecânica e boa usinabilidade. [ 2 ]. 
Em geral os pinos e os parafusos são escolhidos com os mesmos diâmetros. 
 
2.3.10 DENOMINAÇÃO DE COMPONENTES E MATERIAIS 
EMPREGADOS PARA CONSTRUÇÃO DE FERRAMENTAS 
 
A eficiência de uma ferramenta depende: 
1º- de um bom projeto. 
2º - Da escolha criteriosa dos materiais empregados na sua confecção. 
3º- Do grau de acabamento e dos tratamentos dados aos seus elementos. 
Abaixo uma tabela de materiais para construção de componentes de uma ferramenta 
conforme sugerido pelo autor. [ 2 ]. 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Tabela 1 Denominação de Componentes e Materiais Fonte: [2] 
 
 
2.4 OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS DE ESTAMPAGEM 
 
As operações fundamentais de estampagem são corte, dobra e repuxo. As operações 
de corte e dobra, são geralmente feitas a frio, enquanto o repuxo é feito a frio ou a quente, 
conforme o caso. [ 2 ]. 
As operações a frio ou a quente dependem da espessura e do tipo de material da 
chapa assim como a complexidade e tamanho da peça desejada. [ 2 ]. 
10 
 
Recorre-se ao processo a quente quando é necessário aumentar a plasticidade do 
material. “Peças complexas, em chapas de aço duro ou meio duro com espessura superior a 
¼ ” devem ser estampados a quente. [ 2 ]. 
 
2.4.1 CORTE 
 
O processo de estampagem por corte é usado na obtenção de formas 
geométricas em chapas por meio de uma ferramenta de corte, ou punção de corte, 
por intermédio de uma prensa exercendo pressão na chapa apoiada numa matriz. 
[ 3 ]. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na figura acima vemos como funciona o sistema de estampagem por corte. 
No momento em que o punção penetra na matriz converte o esforço de compressão 
em esforço de cisalhamento ocasionando o corte [d de diâmetro do punção e s de 
espessura da chapa]. Em chapas de aço temperado a relação s/d tem como valor 
máximo 1,2 o que significa que a espessura da chapa tem que ser menor ou igual ao 
diâmetro do punção. [ 3 ]. 
As figuras geométricas obtidas pelo corte podem ser usadas posteriormente 
na estampagem profunda. [ 3 ]. 
 
Figura 1 Estampos por Corte 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A (Figura 2) acima mostra os componentes principais de uma matriz. O 
punção deve ter a secção conforme o contorno da peça desejada, do mesmo modo, 
a cavidade da matriz. [ 3 ]. 
É de extrema importância identificar o valor da folga entre o punção e a 
matriz, a qual depende da espessura da chapa a ser submetida e do tipo de 
material, duro ou mole. Quanto menor a espessura da chapa e o diâmetro do 
punção, menor a folga; e vice-versa. [ 3 ]. 
 
Usando a equação abaixo σc podemos descobrir o esforço de corte. Sendo: 
 
cePQ .. 
 
 
Q : esforço de corte, ou cisalhamento; kg. 
p : perímetro da figura; mm. 
e : espessura da chapa; mm. 
σc: resistência ao cisalhamento do material; kg/mm², Sendo σc = 0,75 de σt. 
t : resistência a tração do material; kg/mm² 
 
Ex.: Qual o esforço de cisalhamento num aço de 2 mm de espessura, a fim de se ter 
uma figura com 40 mm e com resistência a tensão de 60kg/mm²? 
 
 
(2) 
Figura 2 Principais componentes de uma Matriz 
12 
 
tepQ .75,0..(3) 
 
 
60.75,0.2.40Q 
kgQ 3600 ou tQ 6,3 
2.4.1.1 PEÇAS OBTIDAS POR CORTE 
 
Peças de computador, componentes de celular, gabinetes de CPU, 
componentes de televisões, componentes de cd player, dobradiças, modelos de 
aviões, réguas milimetradas, componentes internos de videogame, painel de fotos 
peças para a indústria automotiva e etc. [ 3 ]. 
 
2.4.2 DOBRA 
 
Dobramento é uma ação mecânica que tem por objetivo, mudar a forma da peça 
conforme (Figura 3). Quando uma tensão é aplicada a um material, provoca uma 
deformação plástica. [ 4 ]. 
As deformações elásticas desaparecem uma vez cessadas a carga, enquanto 
que as deformações plásticas se conservam mesmo depois de eliminada a carga. 
 [ 4 ]. 
 
Figura 3 Deformação de tira de Aço 
 
13 
 
 
A (Figura 4) abaixo mostra as fases de operações simples de dobramento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nessas operações simples usam-se, para obtenção de elementos 
relativamente curtos, são usadas matrizes montadas em prensas de estampagem. 
(Figura 5), abaixo mostra os principais elementos de uma matriz. [ 4 ]. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No dobramento os raios de curvatura e a elasticidade do material são os 
fatores mais importantes. Então se deve sempre evitar cantos vivos e fixar os raios 
de curvatura em 1 a 2 vezes a espessura em chapas moles, e de 3 a 4 vezes em 
chapas duras. [ 4 ]. 
Figura 5 - principais elementos de uma matriz 
Figura 4 Fases de Operação de Dobramento 
14 
 
É comum depois do dobramento, devido à elasticidade do material, que as 
chapas tendem a voltar a sua forma primitiva, sendo recomendado construir as 
matrizes com os ângulos mais acentuados e realizar a operação várias vezes em 
uma ou mais matrizes. [ 4 ]. 
 
2.4.2.1 PEÇAS OBTIDAS POR DOBRAMENTO 
 
Gabinetes de CPU, gabinete de máquinas, trilhos de bancos automotivos, 
cantoneiras, e etc. 
 
2.4.3 REPUXO 
 
 A operação de repuxar consiste em obter-se um sólido, de forma qualquer, 
partindo-se de um desenvolvimento de chapa plana. [ 5 ]. 
O estudo do fluxo do material nesta operação é bastante complexo, pois 
aparecem estados duplos e triplos de tensão. [ 5 ]. 
As possibilidades de repuxar começam no limite elástico e terminam um 
pouco antes do limite de ruptura. Portanto, quanto maior for a diferença entre o limite 
elástico e o de ruptura, maiores serão as possibilidades de repuxar determinado 
aço,[ 5 ]. 
A chapa de aço para operações de repuxar deve ter um limite elástico baixo 
(18 a 21 kgf/mm²) uma carga de ruptura a mais elevada possível (35 a 42 kgf/mm²), 
com coeficiente de alongamento em torno de 33 a 45 %. [ 5 ]. 
Nesta operação, praticamente todo o volume da peça sofre tensões e é 
encruado, exceto o funda da peça, que serviu de apoio à face do punção. [ 5 ]. 
De forma geral, o encruamento melhora a qualidade do produto acabado. Por 
exemplo, partes de carrocerias de automóveis, onde são feitas deformações com a 
finalidade especifica de encruar a chapa, aumentando à resistência a ruptura, a 
deformações. [ 5 ]. 
Por outro lado, encruamento excessivos devem ser evitados, pois isso tornará 
a peça frágil. [ 5 ]. 
15 
 
 
 
Figura 6 Plano de Tensão em uma Peça Repuxada 
 
 
 A (Figura 6), acima mostra as tensões a que está sujeita uma peça 
repuxada. Enquanto as paredes verticais estão sendo tracionadas, a área plana do 
desenvolvimento está tendo sua circunferência reduzida através da atuação de 
forças de compressão. [ 5 ]. 
Como geralmente, a chapa é fina, as forças de compressão tendem a flambar 
a chapa na zona plana, o que origina ondulações e rugas nesta área. 
Na (Figura 7), abaixo, um esquema de matriz para estampagem profunda 
(repuxo). O disco de embutir foi introduzido sobre peça de retenção ou fixação G. O 
punção A é fixado no porta-punção B e o conjunto é fixado na parte móvel ou 
cabeçote superior da prensa. Durante a deformação, o punção A, ao penetrar na 
matriz C, molda o objeto. [ 5 ]. 
 Durante a penetração o mancal D é comprimido e comprime ao mesmo 
tempo a mola E. O mancal D impede a deformação irregular da chapa e o disco de 
retenção G garante um embutimento sem rugosidade. No fim, o punção A retrocede 
e o mancal D, sobe a ação da mola E, sobe e expulsa o objeto conformado. [ 5]. 
16 
 
 
Figura 7 Esquema de Matriz para Estampagem Profunda 
 
2.4.3.1 PEÇAS OBTIDAS POR REPUXO 
 
Copos, panelas de pressão, frigideiras, lixeiras, caixas de relógio, 
instrumentos musicais, tanques de radiadores, cartuchos, componentes de 
carburador, portas para carros, caixas de roda, assoalho, carrocerias, painéis e etc. 
 [ 5 ]. 
 
2.5 FUNÇÃO DA MOLA NO EXTRATOR 
 
As molas em geral são utilizadas para amortecer os choques, armazenar energia, 
manter contato entre elementos de máquinas, controlar vibrações e muitas outras aplicações, 
 [ 9 ]. 
No extrator, a função da mola é acionar o mesmo para extrair a peça da matriz, a mola 
pode estar contida no interior do punção se mesmo tiver extrator embutido ou pode estar 
aplicados à matrizes, quando a peça encontra a mola durante a operação, a mesma 
comprime-se. No retrocesso do punção, a mola volta ao seu comprimento inicial, extraindo a 
peça da matriz. [ 9 ]. 
17 
 
Quando uma carga axial é aplicada, a mola sofre uma deformação que tende a alongá-
la ou encurtá-la, dependendo do sentido. Esta deformação é denominada flecha. [ 9 ]. 
As molas tradicionais (helicoidais), apesar de sofrer um ajuste de fábrica, devem ser 
montadas sempre carregamento adicional para afastar as espiras. Mas podem também ser 
produzidos extratores com molas de plastiprene sob a forma de tarugos e vantagens tais como 
durabilidade maior capacidade de suportar cargas altas e fácil montagem. Mas com vantagem 
sobre as molas anteriores, estão os cilindros de nitrogênio, que serão explicados a seguir. [ 9 ]. 
 
 
2.5.1 TIPOS DE MOLAS PARA ACIONAMENTO DO EXTRATOR 
 
2.5.2 MOLAS HELICOIDAIS DE COMPRESSÃO 
 
As molas helicoidais são geralmente feitas de arame de seção transversal circular e 
retangular de aço cromo-vanadium, desgaseificado à vácuo, produzidas mediante 
especificações de cada fabricante. Estas molas estão sujeitas a tensões de cisalhamento por 
torção e esforço cortante. Existem ainda as tensões devidas ao efeito da curvatura. A fim de se 
levar em conta os efeitos do esforço cortante e da curvatura, multiplica-se a tensão de torção 
(cisalhamento) por um fator K , chamado fator de Wahl. [ 6 ]. 
A tensão cisalhante induzida em uma mola helicoidal devida a um esforço axial F é 
dada por: 
18 
 
 
Figura 8 Mola Helicoidal 
 
23
8.8.
d
FCK
d
FDK
c

  
 (4) 
Onde: 
c = Tensão Cisalhante total, psi. 
D = Diâmetro médio da mola; Pol. 
 
K = fator de Wahl. que representa a tensão de cisalhamento resultante da 
primavera curvatura).Resultante da seguinte equação. 
 
C
C
K
.2
1.2 

 
 (5) 
F = Força axial, lb. 
d = Diâmetro do arame, pol. 
C = D/d - Chamado “índice de mola”; 
 
 
19 
 
Para escolher a mola ideal para o projeto é necessário calcular a constante 
elástica(R) da mola conforme força solicitada em projeto. [12].X
L
R 
 ou 
XT
P
R

 
 
 
 
2.5.3 MOLAS DE PRASTIPRENE 
 
Estas molas, apresentadas sob forma de tarugos de poliuretano sólido, estão 
substituindo com vantagens, as molas de aço convencionais usadas em 
ferramentaria. [ 6 ]. 
Seu bom funcionamento deve-se à resistência aos óleos, à flexibilidade e à 
extraordinária capacidade de suportar cargas. 
 As vantagens são as seguintes: 
 Não quebram de imprevisto; 
 Possuem longa durabilidade; 
 Desenvolvem altas pressões, mesmo com pequeno curso; 
 São de fácil montagem nas ferramentas; 
 Ocupam menos espaço (alojamento mais simples); 
 Diminuem o custo de manutenção; 
 Reduzem paradas na produção e prolongam a vida das 
ferramentas devido à possibilidade de distribuição regular, além disso, são 
facilmente usinadas (torneadas, furadas e serradas) para as medidas 
desejadas, permitindo ao construtor de ferramentas ter sempre disponível a 
medida exata para cada caso específico. [ 6 ]. 
 
 
20 
 
2.6 CILINDROS DE NITROGÊNIO 
 
É um cilindro autônomo que é preenchido com gás que trabalha como uma 
mola. O gás usado é o Nitrogênio convencional (N2) inócuo e inofensivo para o meio 
ambiente. A pressão do gás atua dentro do cilindro como uma mola a gás e todos os 
componentes, proporcionando a haste e o pistão com força de resistência. A haste 
do embolo é introduzida com um movimento de mola para dentro do corpo do 
cilindro. O volume do gás dentro do corpo é reduzido proporcionalmente para 
promover o curso de movimentação. Ao término da pressão de acionamento, a 
pressão do gás, devolve a haste a sua posição original. [ 10 ]. 
Os Cilindros de Nitrogênio (figura 9.0) são a alternativa ideal para um projeto 
bem sucedido, indispensável na estampagem de peças que necessitam de 
qualidade e precisão. A utilização de cilindros possibilita maior durabilidade, 
construção mais compacta da ferramenta e seus componentes além da redução de 
paradas para eventuais manutenções proporcionando maior produtividade. Há ainda 
outros benefícios e resultados que podem ser obtidos com a utilização dos Cilindros 
de Nitrogênio: 
 
• Espaço Redução notável da superfície ocupada (Figura 10); 
• Redução da altura da ferramenta e do volume ocupado (Figura 11); 
• Eliminação de dispositivos de pré-carrega e guia; 
• Notável redução da relação altura x força x curso; 
• Eliminação da pré-carrega, com maiores capacidades (Figura 12); 
• Maior facilidade de aplicação; 
• Controle das forças de contato (Figura 13); 
• Posicionamento exato da força na ferramenta; 
• Possibilidades de visualização contínua da pressão; 
• Melhor controle dos materiais durante a fase de formação e de cunhagem; 
• Adaptação dos cilindros às forças realmente necessárias; 
• Utilização do mesmo cilindro em diferentes trabalhos. 
 
Aplicáveis a ferramentas em geral, sujeitadores, extratores, levantadores de 
tiras e destacadores. [ 10 ]. 
21 
 
2.6.1 CILINDROS CONTROLADOS (INTELIGENTES) 
 
Os cilindros com retardo foram desenvolvidos para utilização específica, ou 
seja, quando houver necessidade de manter o cilindro fechado no fim do curso, 
fazemos um retardo no retorno do mesmo, para evitar danificar uma dobra, flange. 
Caso necessite que os cilindros se abram depois da ferramenta aberta, esses 
cilindros receberão um sinal pneumático após a operação. [ 10 ]. 
São muito usados para repuxo negativo, evitando a utilização de pinos de ar, 
o que permite utilizar a ferramenta em prensas que não possuem pinos de ar, sendo 
que a abertura é regulada conforme necessidade. Podem ser abertos a qualquer 
momento a partir do ponto de 180º (graus) da prensa. [ 10 ]. 
 
2.6.2 CILINDROS SPC 
 
São cilindros com controle de velocidade (SPC). Esses cilindros foram 
desenvolvidos para solucionar um problema que a maioria das ferramentas possuem 
trepidação do prensa-chapas e excesso de barulho. Como eles trabalham com uma 
regulagem no início e no fim do curso, a trepidação deixa de existir e os barulhos 
dos cilindros reduzem em um percentual de mais de 50%, comparada as peças 
convencionais. [ 10 ]. 
Outra característica fundamental é que devido os primeiros milímetros 
funcionarem como amortecedor o desgaste da prensa diminui muito a manutenção, 
pois o ponto de contato extremamente forte entre a prensa e os cilindros deixa de 
existir. [ 10 ]. 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 Figura 9 Cilindro de Nitrogênio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11 Comparação de cilindro com 
molas em relação à altura 
 
Figura 10 Comparação de cilindro com 
molas em relação ao espaço 
 
Figura 12 Comparação de cilindro com 
molas em relação à altas forças 
 
Figura 13 Comparação de cilindros com 
molas em relação ao controle de forças 
 
23 
 
 2.6.3 APLICAÇÃO DE CILINDROS EM FERRAMENTAS DE CORTE 
 
Nos processos de corte, a força sobre o sujeitador, associada com a folga de 
corte, constitui os fatores mais importantes para a boa qualidade da superfície 
cortada. A aplicação mais usual de cilindros dá-se nos extratores, onde as forças 
são altas e os espaços para instalação de molas são às vezes limitados. [ 10 ]. 
Uma aplicação em ferramenta de corte bastante utilizada é de cilindros 
instalados entre as bases da ferramenta, suportando e abrindo a parte superior da 
ferramenta de modo que esta não necessite ser fixada ao martelo da prensa. Esta 
aplicação é bastante útil quando o curso do martelo for grande, ou as condições de 
guia do martelo não forem muito boas, apresentando as seguintes vantagens. [ 10 ]. 
 
 Melhora significativa na vida útil dos aços e outros componentes da 
ferramenta, uma vez que a parte superior estará sempre guiada nas colunas 
mesmo com a ferramenta aberta, mantendo sempre o alinhamento entre 
punção e matriz. [ 10 ]. 
 
 Melhora na qualidade do corte da peça, mantendo-se em melhores condições 
a folga entre punção e matriz, pois esta aplicação elimina consequências da 
folga do martelo da prensa sobre a ferramenta. [ 10 ]. 
 
 Melhora das condições de manutenção da prensa, pois os esforços 
desbalanceados da ferramenta não são transferidos para o martelo. [ 10 ]. 
 
 Redução do nível de ruído, quando os cilindros estão devidamente ajustados 
para tal. [ 10 ]. 
 
 Melhora no tempo de troca de ferramenta, uma vez que a fixação é efetuada 
somente pela parte inferior. [ 10 ]. 
 
24 
 
2.7 PRENSAS 
 
As prensas são máquinas usadas no trabalho de estampagem de metais em 
chapas e distinguem em prensas mecânicas e hidráulicas. Para definir uma prensa é 
preciso conhecer suas características: 
 O tipo; 
 Força máxima em toneladas e trabalho; 
 Percursos; 
 Distância entre mesa e cabeçote; 
 Potência do motor; 
 Dimensões externas; 
 
Prensas mecânicas excêntricas conforme (Figura 14) são prensas com 
acionamento do tipo manivela, ou seja, biela e são de simples operação. Porém as 
velocidades são fixas durante a subida e decida do martelo. Dependendo da 
aplicação a prensa poderá ser projetada para executar um processo específico ou 
até mesmo ser uma máquina de uso geral, sua função excêntrica é transferir uma 
força e movimento para uma ferramenta com intuito de conformar a peça. [ 11 ]. 
Prensas hidráulicas trata-se de uma máquina industrial que usa pressão 
hidráulica a fim de exercer força sobre um objeto, força essa que não pode ser 
alcançada usando prensas pneumáticas ou prensas mecânicas. Há tipos diferentes 
de prensas hidráulicas cada uma com seu próprio conjunto de aplicações como por 
exemplos as prensas em formato C e formato H, chamados de C-frame e H-frame.[ 11 ]. 
A C-frame são utilizadas em: formação, retificação, corte, perfuração e 
desenho e podem ser operadas manualmente ou automaticamente e ocupam menor 
espaço, já as prensas H-frame são utilizadas para fazer frisos, dobras, perfurações e 
cortes e o que a difere e o seu formato em H. [ 11 ]. 
As prensas hidráulicas (Figura 15) são acionadas por cilindros hidráulicos 
que fornecem força através da pressão do fluido, sua forma básica é composta por 
um conjunto de cilindros, pistões, também chamados de socos, hidráulicos e 
bigornas construídos em aço inoxidável e multitarefa. [ 11 ]. 
 
25 
 
 
 
 
 Figura 14 Prensa Mecânica Figura 15 Prensa Hidráulica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
3 METODOLOGIA 
 
3.1 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Os dados para elaboração deste trabalho serão colhidos em uma Indústria 
Metalúrgica e com foco em estamparia tendo como principais clientes a cadeia de 
fornecedores da indústria automotiva. 
Será realizado um estudo trocando molas de compressão por cilindros de 
nitrogênio em uma ferramenta de estampagem, de corte que é uma das operações 
de fabricação de uma placa de assento. 
As especificações serão consultadas nos catálogos dos fabricantes de molas 
e cilindros e serão retiradas dos livros específicos que serão citados nas referências 
bibliográficas. Outros dados serão colhidos na empresa através de experimentos 
realizados em chão de fábrica e informações passadas pelos funcionários da 
empresa. 
 
Abaixo segue os recursos que serão utilizados e os estudos que serão 
realizados. 
 
Materiais Utilizados: 
 
 Mola marca Danly de cor amarela designada para cargas extra-pesada com 
capacidade 840 daN; 
 Prensa hidráulica com capacidade de 250 toneladas; 
 Chapas de aço laminado a frio SAE 1006 com espessura 1,5 mm; 
 Ferramenta de estampagem de único estágio; 
 Cilindro de nitrogênio marca Special Springs com capacidade 4271 daN; 
 Máquina de ensaio de tração/compressão da Universidade São Francisco. 
 
 
 
 
27 
 
Estudos realizados: 
 
 Tempo de set up; 
 Custo da mola x custo do cilindro; 
 Tempo de vida útil (ciclos) da mola x vida útil do cilindro; 
 Qualidade da peça final produzida com molas x produzidas com cilindro; 
 Rentabilidade para a empresa obtida pela troca de molas por cilindros. 
 
Após realização dos estudos os resultados serão apresentados através de 
cálculos, gráficos e tabelas. 
 
No dia 01/08/14, foi realizada uma visita à empresa Work Eletro localizada na 
cidade de Atibaia-SP, uma estamparia voltada para produção de peças automotivas, 
onde a ferramenta estudada neste trabalho se encontra. 
A ferramenta em questão é de corte de um único estágio para produção de 
placa de assento que utiliza como material chapa laminada a frio SAE 1006 com 
espessura de 1,5 mm. Essa placa de assento também possui operação de dobra o 
qual não será estudado neste trabalho. 
Para realizar a operação de corte; 14 furos sendo 8 furos com diâmetro de 11 
mm e 6 furos com diâmetro de 8,5mm e recorte lateral (conf. figura), são 
necessários os seguintes parâmetros conforme especificação da empresa Work 
Eletro; 
 
 Força de corte: 72-111 Toneladas 
 Curso do martelo 72 mm 
 Lubrificação das partes cortantes e colunas com óleo SAE30 
 
Conforme dados relatados pelos representantes da empresa esta ferramenta 
possui uma vida útil de 1000.000 ciclos, portanto produzirá 1000.000 peças antes de 
sofrer uma revitalização. 
 
 
28 
 
3.1.2 CALCULO DE FORÇA DE CORTE 
 
Conforme estampos ll pro-tec o cálculo de força de corte é: 
Fc = Perímetro do punção de corte x Espessura x Tensão de Cisalhamento 
O qual: 
Fc - kg (Força de Corte) 
P - mm (Perímetro) 
e - mm (Espessura) 
c - 2mm
kg
(Tensão de Cisalhamento) 
 
 A tensão de cisalhamento utilizada nos cálculos segue conforme tabela de valores de 
Tc para cada material (estampos ll pro-tec pg. 12.02), retirado apenas os valores de aço 
laminado. [ 1 ]. 
 
 
 
 
 Tabela 2 Valor de Tensão de Cisalhamento para Aço Laminado Fonte [1] 
 Recozido Cru 
 0,1%C 25 kg/mm² 32 kg/mm² 
 0,2%C 32 kg/mm² 40 kg/mm² 
 0,3%C 36 kg/mm² 48 kg/mm² 
Aço Laminado 0,4%C 45 kg/mm² 56 kg/mm² 
 0,6%C 56 kg/mm² 72 kg/mm² 
 0,8%C 72 kg/mm² 90 kg/mm² 
 1,0% C 80 kg/mm² 105 kg/mm² 
 Inoxidáveis 52 kg/mm² 60 kg/mm² 
 Silício 45 kg/mm² 56 kg/mm² 
 
 
29 
 
 
Para o cálculo da força de corte da peça em estudo neste trabalho placa de 
assento (Figura 16), serão utilizados 32 kg/mm². 
 
 
 
Figura 16 Placa de Assento 
 
 
 
3.1.2.1 CALCULO DE FORÇA DE CORTE APLICADO A PEÇA 
 
Para calcular a força de corte primeiramente será necessário encontrar os 
perímetros de punção e contorno da peça. 
 
3.1.2.2 CALCULANDO O PERIMETRO PARA OS FUROS 
(PUNÇÕES) 
 
 Punção de corte: ᶲ8,5 = π* D = π*8,5 = 25,13 mm 
 Punção de corte: ᶲ11,0 = π* D = π*11 = 34,56 mm 
 
 
 
 
30 
 
3.1.2.3 FORÇA DE CORTE PARA SEIS FUROS DE 8,5 mm. 
 
cePFc .. 
 
 (6) 
 
 
Fc = 25,13 x 1,5 x 32 = 1206,24kgf 
Será necessário 1206,24 kgf para cada furo. Portanto para seis furos serão 
necessários; 7.237,44 kgf. 
 
3.1.2.4 FORÇA DE CORTE PARA OITO FUROS DE 11,00 mm. 
 
Fc = P. e. c 
Fc =34,56 x 1,5 x 32 = 1658,88kgf 
 
Será necessário 1658,88 kgf. Para cada furo de 11 mm. Portanto para oito 
furos serão necessários: 13.271,04 kgf. 
 
3.1.2.5 CALCULANDO O PERIMETRO PARA CONTORNO DA PLACA 
 
Raio 66 mm (2X, pois, são dois raios com a mesma dimensão) = 66 x 2 x = 
414,69 mm, porém é utilizado 19 % do raio para cálculo do perímetro, então: 
 
414,69 x 0,1944 = 80,6mm x 2 = 161,2mm 
Raio 72 mm = 72 x 2 x  = 452,39mm 
452,39 x 0,1944 = 88,00mm 
Raio 80 mm = 80 x 2 x  = 502,65mm 
502,65 x 0,1944 = 97,7mm 
Valores lineares: 292,6 / 297,1 / 354,3 / 373,9 mm 
31 
 
Perímetro total: 1664,80mm 
 
3.1.2.6 FORÇA DE CORTE PARA O CONTORNO DA PEÇA 
 
Fc = kgfxx 40,79910325,180,664  
 
3.1.2.7 FORÇA TOTAL DE CORTE 
 
Fct kgf89,10041840,7991004,1327144,237.7  
 
A força de corte total deve ser considerada a força de compressão nos 
sistema de extração que pode ser molas ou cilindros de nitrogênio. 
Desta forma acrescenta-se 10% a força de corte total: 
 
Assim a força total será: 110.460,78 kgf. 
 
3.1.3 FORÇA DE EXTRAÇÃO 
 
Conforme (Protec estampos II) a fórmula para calcular a força de extração é: 
Fe=10% das forças que serão exercidas, neste caso 10% da força de corte. 
A força de extração é a força necessária que o extrator necessita para 
expulsar a peça que devido ao atrito fica presa no punção ou na matriz. 
O sistema de extração pode ter como elementos molas, cilindros de nitrogênio 
ou almofadas. 
Na ferramenta em estudo, seu projeto inicial é com molas o qual será 
substituído por cilindros com o objetivo de obter algumas vantagens para o 
processo. 
32 
 
3.2 VANTAGENS PARA O PROCESSO COM USO DE CILINDROS DE 
NITROGÊNIO. 
 
Segundo a empresa Prodty, a pressão exercida no processamento de uma 
peça estampada, é a variável mais importante que ocorre, seja numa operação de 
repuxo, dobra e corte. 
A aplicação dos cilindros de nitrogênio vem tendo um crescimento de 
aplicação, por oferecer soluções para melhorar o custo, e principalmente a qualidade 
de produção de peças estampadas. 
A principal característica dos cilindros de nitrogênio é ser um sistema 
compactode alta força e pressão regulável. 
 
Suas vantagens são: 
 
 Sistema compacto: Mais força em menor espaço, por trabalhar a 
pressões de até 150 bar. 
 Pressão ajustável: Facilmente regulável que viabiliza processos e 
agiliza “try-out”. 
 Vários cursos disponíveis: Poderão ser fornecidos cursos de até 
300mm. 
 Pressão quase constante: A variação da força inicial/final do curso 
pode ser controlada. 
 Redução do fator de fadiga: Reduz o grande problema de fadiga das 
molas de compressão. 
 Alta velocidade de trabalho: Possibilidade de atuar em velocidades 
de trabalho de até 35 m/min. 
 
3.3 TRY OUT DE FERRAMENTAS 
 
Corresponde ao ajuste das ferramentas até a obtenção de peças de boa 
qualidade para aprovação ou validação do processo. A principal variável do 
processo de estampar é o controle de força aplicada sobre a chapa, e a utilização de 
33 
 
molas dificulta condições de ajuste dessa força. O uso de cilindros facilita a 
possibilidade de regulagem da pressão aplicada sobre a chapa em processos, reduz 
substancialmente o tempo de “try-out” ou ajuste, principalmente para as peças 
críticas. 
 
3.4 PRODUÇÃO: CILINDROS X MOLAS 
 
A utilização de molas apresenta o fator de fadiga que vai prejudicando a 
qualidade das peças ao longo das produções, até que a mesma seja inaceitável, 
quando então as molas são trocadas. A vida útil das molas é muito limitada, 
variando conforme o fator de pré-aperto, curso utilizado dentre outros, quando não 
ocorrem quebras. A análise do custo dessas trocas é normalmente feita pelo custo 
de aquisição, sendo o custo do trabalho para se trocar as molas maior e 
eventualmente feito durante as produções com a máquina parada. A vida útil do 
cilindro é de aproximadamente 2 000.000 de ciclos, evitando trocas, manutenção e 
máquina parada. 
 
3.5 MANUTENÇÃO DE FERRAMENTAS OU EQUIPAMENTOS 
 
O uso de cilindros representa reduções de custos significativas na 
manutenção, pelos fatores descritos acima e outros. Os cilindros ao contrário das 
molas não requerem pré-aperto, evitando acidentes como os que podem ocorrer 
quando se desmonta um sujeitador, um carrinho de cunha sem os devidos cuidados. 
 
3.6 QUALIDADE DA PEÇA PRODUZIDA 
 
Visando a qualidade, diversas empresas, compradoras de peças estampadas, 
exigem a utilização de cilindros nas ferramentas, pois a qualidade das peças 
estampadas é muito melhor quando se tem meios de controlar a força exercida 
sobre a peça em conformação, os cilindros de nitrogênio apresentam consistência 
nas forças aplicadas durante as produções. 
34 
 
 
3.7 ASPECTOS ECONÔMICOS DA APLICAÇÃO DOS CILINDROS. 
 
Além dos benefícios técnicos, a utilização de cilindros resulta também em 
vários benefícios econômicos, na maioria dos casos, eles justificam a utilização. 
 
 Maior vida útil, sendo este fator econômico mais representativo; 
 Ferramentas mais simples, pois se eliminam caixas de molas, molas 
sobrepostas ou placas de transferência de força; 
 Redução no tempo de ajustes de ferramentas decorrente da 
possibilidade de regulagem da pressão, principalmente nos casos de 
ferramentas progressivas com vários repuxos; 
 Ferramentas mais compactas, resultando em menor custo de material 
e mão de obra e utilização de prensas menores. 
 Redução de paradas de prensas, decorrentes da facilidade de ajustes 
na pressão do sistema com nitrogênio; 
 Maior amplitude de uso das prensas, pois com a utilização de cilindros 
pode-se obter repuxos complexos mesmo em prensa de simples efeito; 
 Melhora no tempo de troca de ferramenta, uma vez que a fixação é 
efetuada somente pela parte inferior. 
 
 3.8 ESTUDO FORÇA X DESLOCAMENTO COMPARAÇÃO MOLA X 
CILINDRO 
 
Foi realizado estudo de diferença de forças de atuação pelo deslocamento, 
utilizando a máquina de ensaios universal da Universidade São Francisco campus 
de Itatiba. Conforme (Figura17) No módulo de compressão foi realizado o ensaio 
com a mola e em seguida com o cilindro, um deslocamento foi aplicado, e a força 
obtida era registrada. 
O objetivo deste estudo é mostrar qual dos dois componentes apresenta 
menor variação de força no mesmo deslocamento e o quanto o cilindro possui mais 
força quando acionado do que a mola. 
35 
 
Em um deslocamento de 16 mm a mola apresentou uma variação de força de 
395 kgf, enquanto o cilindro com o mesmo deslocamento apresentou uma variação 
131 kgf. Os valores encontrados serão apresentados graficamente nos resultados no 
capítulo 4. 
 
 
Tabela 3 Ensaio de Força x Deslocamento de Mola e Cilindro 
 
Deslocamento 
(mm) 
 
0 
 
1 
 
3 
 
5 
 
8 
 
10 
 
12 
 
14 
 
16 
 
Força Mola 
(Kgf) 
 
 
0 
 
 
18 
 
 
61 
 
 
113 
 
 
189 
 
 
242 
 
 
298 
 
 
354 
 
 
413 
 
Força Cilindro 
N2 
(Kgf) 
 
 
0 
 
 
375 
 
 
387 
 
 
401 
 
 
428 
 
 
443 
 
 
462 
 
 
482 
 
 
506 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
3.8.1 ENSAIO DE COMPRESSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 19 Ensaio com o Cilindro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 17 Máquina de Ensaios 
 
Figura 18 Ensaio com a Mola 
Mola 
 
Figura 19 Ensaio da Mola 
37 
 
3.9 FERRAMENTA DE ESTAMPAGEM 
 
 
 
Figura 20 Ferramenta de Estampagem 
 
 
 
Figura 21 Ferramenta Explodida 
 
 
38 
 
A (Figura 20) é uma ferramenta de estampagem de uma placa de assento de 
bancos de empilhadeira. A peça precisa de dois estágios de estampo; corte e dobra, 
porém neste trabalho será apresentado apenas a ferramenta de corte, objeto de 
nosso estudo. Esta ferramenta segundo a empresa Work tem uma vida útil de 
1000.000 de ciclos, depois de terminado a vida útil uma revitalização deve ser feita 
na ferramenta ou uma ferramenta nova deve ser construída. 
Para se obter uma ferramenta de estampagem são necessários processos de 
fundição, usinagem, tratamento térmico, pintura e montagem. 
 
3.9.1 ACIONAMENTO DA FERRAMENTA 
 
Para a ferramenta realizar o trabalho esperado é necessário utilizar uma 
prensa, a empresa Work proprietária da ferramenta utiliza uma prensa de 250 ton. 
conforme cálculo da (Equação 6), atende ao solicitado, pois o projeto requer uma 
força de corte de 110 toneladas para estampar a peça. 
 
3.9.2 FERRAMENTA ATUANDO COM MOLAS 
 
Figura 22 Ferramenta Atuando com Mola 
 
 
39 
 
A ferramenta em estudo trabalha com 10 molas de compressão para cargas 
extra pesadas do fabricante MDL (Danly). Com as seguintes especificações 
 
 Diâmetro do furo: 40 mm 
 Comprimento livre: 51 mm 
 Constante elástica: 56 daN para comprimir 1 mm. 
 Curso máximo de trabalho: Carga-714 daN; curso 13 mm 
 Compressão total: Carga-840 daN; curso 15 mm. 
 
As especificações foram retiradas do catálogo do fabricante conforme 
mostrado na (Tabela 3), abaixo; 
As definições destas especificações foram retiradas com base nos cálculos de 
força de corte (Equação 6), o qual define que a mola necessita de 10 % da força de 
corte, 10.041,89 kgf, entretanto, a empresa Work Eletro utiliza 8% da força de corte 
8.033,51 kgf devido a chapa ser fina 1,5mm e a operação de corte ser relativamente 
simples. 
 
Cálculo da constante elástica da mola. 
 
 
X
L
R 
 ou 
XT
P
R

 
 (7) 
 
Como o projeto possui especificado a força ( P) , será utilizado a segunda 
equação: 
 
Oqual: 
 
 L=Carga inicial; daN. 
R = Constante elástica; kgf/mm. 
P = carga para comprimir T+X; daN. 
40 
 
T = Curso de trabalho; mm. 
X = Compressão inicial (pré - carga) 20% de T . 
mm
kgf
R 88,557
315
89,041.10


 
 
Todos os cálculos até o momento foram realizados em kgf, porém tanto a 
mola quanto o cilindro utilizam a unidade daN (decaNewton), desta forma será 
necessário converter as unidades. 
 
Convertendo: mmdaNxx 728,541081,9883,557  
 
Com base no valor de constante elástica obtida acima, conclui-se que a mola 
ideal será de código do catálogo do fabricante: 9-2408-36, conforme mostrado na 
tabela abaixo. 
 
Tabela 4 Catálogo Danly para escolha de Molas Fonte [12] 
 
 
 
 
41 
 
3.9.3 CUSTO DE MANUTENÇÃO COM USO DE MOLAS 
 
As molas são muito empregadas em projetos de ferramenta, pois são 
acessíveis e relativamente de baixo custo. Conforme orçamento em anexo 
(Apêndice B) do fornecedor Máquinas Danly LTDA, cada mola custa R$ 43,70 
Porem existe desvantagens no uso das mesmas. 
 
 O tempo de vida útil de uma mola para esta aplicação é 
aproximadamente quatro meses, 10.000 ciclos, (se não houver danos, 
mal uso que venha a quebrar a mola) conforme informação da 
empresa Work são estampadas 2.500 peças/mês. 
 
 Quando chega ao fim da vida útil ou a mola sofre algum dano, a 
mesma precisa ser trocada e será necessário um tempo de 
manutenção para essa troca de 02h30min. 
 O custo para a troca da mola será R$ 187,50, sendo o custo por hora 
de ferramentaria R$ 75,00. 
 O custo de horas paradas na produção para realizar a manutenção 
será: R$ 150,00, sendo o custo de hora parada nesta empresa R$ 
60,00. 
 O custo das 10 molas em cada troca será R$ 473,00. 
 
Portanto o custo total da manutenção para troca das molas será R$ 810,50 a 
cada manutenção, por ano será gasto com manutenção de molas R$ 3.242.00. 
Como a vida útil da ferramenta é por volta de 1.000.000 de ciclos, portanto 
será gasto com manutenção com o uso de molas R$ 81.050,00. 
 
 
 
 
 
42 
 
3.9.4 FERRAMENTA ATUANDO COM CILINDROS 
 
 
Figura 23 Ferramenta Atuando com Cilindro 
 
 
Serão utilizados cilindros do fabricante Special Springs com as seguintes 
especificações: 
 
 Comprimento livre ou curso Máximo de trabalho (Cu) 19mm 
 Força inicial (F0) 2385,00 daN 
 Força final (F1) 4271,00 daN 
 
Serão substituídas 10 molas por 4 cilindros conforme (Figura 23), 
posicionados de forma a evitar desbalanceamento da ferramenta. 
Cada mola conforme mostrado na tabela do fabricante possui uma carga de 
840 daN. O cilindro por sua vez possui 4.271daN, portanto 4 molas que teriam uma 
força de 3.360daN, serão substituídas por 1 cilindro, gerando assim uma forma total 
de atuação na ferramenta de 17.084 daN, enquanto a mola geraria uma força de 
8.400daN.Esse aumento de força resulta em um menor desgaste da prensa que fará 
menos esforço para realizar a operação de estampagem. 
O cilindro compatível é o código: RV 2400 - 019 – A, conforme tabela abaixo. 
43 
 
Tabela 5 Catálogo Special springs para escolha do cilindro Fonte [13] 
 
3.9.5 CUSTO DE MANUTENÇÃO COM USO DE CILINDROS 
 
Conforme orçamento em anexo (Apêndice C) do fornecedor Polimold, cada 
cilindro custa R$770,00, neste caso para 4 cilindros será gasto R$ 3.080,00. 
A vida útil de um cilindro conforme informações do fabricante e relato de 
usuários chegam a ser maior que 2.000.000 de ciclos, o que se comparado com a 
mola, tem vida útil 200 vezes maior. 
Com a utilização de cilindros a empresa evita transtornos de manutenção o 
qual teria com a utilização de molas: horas de ferramentaria, parada de produção, 
compra de componentes, etc. 
Se a vida útil da ferramenta em questão é 1.000.000 de ciclos, conclui que o 
cilindro dura toda a vida útil da ferramenta sem trocas, somente se houver danos ao 
mesmo será necessária a troca e ainda terá vida útil para ser usado em outra 
ferramenta de mesma configuração, desta forma com o uso do cilindro é possível 
confirmar que a empresa pode economizar somente em manutenção R$ 20.000,00 
por ferramenta. 
 
44 
 
4 RESULTADOS 
 
4.1 RESULTADOS OBTIDOS NO ENSAIO DE COMPARAÇÃO DE 
FORÇAS DE MOLAS X CILINDROS. 
 
Tabela 6 Ensaio de Força x Deslocamento de Mola e Cilindro 
 
Deslocamento 
(mm) 
 
0 
 
1 
 
3 
 
5 
 
8 
 
10 
 
12 
 
14 
 
16 
 
Força 
Mola 
(Kgf) 
 
 
0 
 
 
18 
 
 
61 
 
 
113 
 
 
189 
 
 
242 
 
 
298 
 
 
354 
 
 
413 
Força Cilindro 
N2 
(Kgf) 
 
0 
 
375 
 
387 
 
401 
 
428 
 
443 
 
462 
 
482 
 
506 
 
Os valores obtidos após o ensaios estão expressos no gráfico da (Figura 24) 
 
 
Figura 24 Gráfico de Comparação de Forças 
45 
 
 4.2 PAYBACK DO PROJETO 
 
Com os cálculos de custo de manutenção, custo de componentes e horas de 
produção paradas conclui-se que o uso de molas gera para a empresa um custo 
anual de R$ 3.242,00. Para realizar a troca de molas por cilindro será gasto apenas 
o valor dos cilindros, pois o tempo de troca será o mesmo; R$ 3.080,00. 
Ao longo do período de vida útil da ferramenta, a empresa irá economizar R$ 
77.970,00 que será o custo que a mesma teria com uso de molas R$ 81.050,00 - R$ 
3.080,00 do custo do cilindro. Com essa economia a empresa poderá investir em 
novas tecnologias e em melhorias do processo para obter mais rentabilidade com 
seus produtos. 
 
Calculando o Payback tem-se o seguinte resultado. 
 Custo do cilindro por ciclo 
ciclo
R$002,0
00,2000000
00,3080
 
 Custo do cilindro por mês 
mês
R
mês
ciclosx $85,32500002,0  
 Custo do cilindro por ano 
ano
Rmesesx $2,461285,3  
 (8) 
 
Payback 
diasdiasx
R
R
5365014,0
00,242.3$
2,46$
 
 
 
Em cinco dias trabalhados a empresa pagará o custo dos quatro 
cilindros. 
 
 
 
46 
 
4.3 RESULTADOS GERAIS DA COMPARAÇÃO DE MOLAS X 
CILINDROS EM TODOS OS ASPECTOS MENSURAVEIS 
ANALISADOS. 
 
 
Tabela 7 comparação todos os aspectos mensuráveis 
PARÂMETROS MOLA CILINDRO Viabilidade 
Força de atuação 840 daN 4271 daN 
 
Variação de força em 
atuação 
395 kgf/16 mm 131kgf/16 mm 
 
Curso de trabalho 15 mm 19 mm 
 
Vida útil 10.000 ciclos 2.000.000 ciclos 
 
Quantidade 10 por ferramenta 4 por ferramenta 
 
Custo do componente R$ 43,70 R$ 770,00 
 
Custo de manutenção R$ 3.242,00/ano R$ 0,00 
 
Força total de atuação 
na ferramenta 
8.400 daN 17.084 daN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
5 CONCLUSÃO 
 
Este trabalho teve por objetivo analisar a viabilidade do processo de troca de 
molas de compressão por cilindros de nitrogênio. 
Fisicamente conclui-se que o cilindro obtém vantagens sobre a mola nos 
aspectos: redução de espaço na superfície ocupada, maior força de atuação, 
pressão quase constante, redução do fator de fadiga, maior vida útil, eliminação de 
gastos com manutenção e melhor qualidade da peça produzida. 
É necessário um investimento por parte da empresa para implantação dos 
cilindros, pois o custo dos mesmos é aproximadamente 18 vezes maior que o custo 
de molas, porém este custo é pago em 5 dias o qual se comprovou no cálculo de 
payback. A empresa deixa de gastar aproximadamente R$ 3.242,00 por ano com 
manutenções e horas de produção paradas. 
Após todos os estudos realizados pode-se concluir que é viável este 
processo, pois o custo benefício foi comprovado através dos resultados, tendo como 
variável mais importante a vida útil dos componentes, foi comprovado que cilindro 
possui vida útil 200 vezes maior que a mola. 
Todos os objetivos propostos no início deste trabalho foram alcançados, os 
resultados apresentados podem ser utilizados como base para análise de empresas 
que procuram

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