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VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Transtorno Depressivo 1. Os transtornos depressivos podem ser um fator de risco para outros problemas de saúde. Quais as principais doenças que têm a depressão como fator de risco? R: AVC, doenças coronarianas, diabetes, depressão puerperal e déficit de desenvolvimento do bebê. 2. Na etiologia dos transtornos depressivos, a herdabilidade pode contribuir em até 50%. Quais os outros fatores etiológicos? R: Processos neurobiológicos (resposta crônica ao estresse, alterações hormonais, fatores neurotróficos), psicológicos (personalidade, traumas emocionais) e ambientais (dieta, álcool, sedentarismo, privação de sono). 3. Quais as principais aminas cerebrais relacionadas à fisiopatologia da depressão? E qual é, entre elas, a mais associada? R: Serotonina (a mais associada), dopamina e noradrenalina. 4. Qual a diferença entre Afeto e Humor? R: O humor pertence a conação e tende a ser estável (é um padrão de resposta emocional; somatório de vivências afetivas); o que varia é o afeto (vivência momentânea). 5. Como diferenciar a tristeza da depressão? 6. Como diferenciar conceitos como desmoralização da depressão? R: Os sentimentos negativos de desmoralização e tristeza, contrariamente aos da depressão: ocorrem em ondas (vinculadas a pensamentos ou lembranças do evento deflagrador), desaparecem quando as circunstâncias melhoram, podem ser intercalados com períodos de emoções positivas, não são acompanhados de sentimentos de inutilidade/autodepreciação, pensamentos de suicídio são muito menos prováveis. Mas eventos e estressores que causam desmoralização e tristeza também podem precipitar um episódio depressivo maior, particularmente em pessoas vulneráveis (p. ex., aqueles com história passada ou história familiar de depressão maior). 7. Como a depressão pode afetar a atitude do paciente? R: A depressão pode causar fadiga e apatia/perda do interesse por atividades que antes eram prazerosas a pessoa. 8. Como a depressão pode afetar a psicomotricidade? R: A depressão pode cursar com agitação ou retardo psicomotor. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 9. Existem quadros em que o paciente apresenta uma depressão ansiosa? R: Sim. 10. Quais são os dois critérios diagnósticos fundamentais para o diagnóstico da depressão? R: Humor deprimido (na maior parte dos dias, quase todos os dias) e/ou apatia/diminuição do interesse em todas ou quase todas as atividades na maior parte dos dias e quase todos os dias. 11. Qual o número mínimo de sintomas/critérios diagnósticos para a depressão? R: Presença de pelo menos 5 entre os 9 critérios. 12. Qual o tempo mínimo de ocorrência desses sintomas/critérios diagnósticos para o diagnóstico da depressão? R: Os sintomas devem persistir por pelo menos duas semanas e menos de 2 anos. 13. Como classificar um quadro como depressão moderada? R: Presença dos 2 sintomas fundamentais + 3 ou 4 sintomas acessórios por mais de 2 semanas e menos de 2 anos. Sofrimento e prejuízo estão presentes. 14. Como classificar um quadro como depressão grave? 15. Um quadro depressivo pode apresentar sintomas psicóticos? Qual a relação entre esses sintomas e o humor do paciente? R: Sim, um quadro depressivo pode apresentar alucinações, delírios, lentidão psicomotora ou estupor. Esses sintomas afetam negativamente o humor do paciente, contribuindo para atos suicidas. 16. Como classificar um quadro como depressão leve, considerando os critérios prejuízo e sofrimento? R: Presença dos 2 sintomas fundamentais + 2 sintomas acessórios por mais de 2 semanas e menos de 2 anos. Sofrimento está presente, porém prejuízo nem sempre. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 17. Qual o tratamento para um quadro de depressão leve? R: No caso de depressão leva, pode optar-se apenas por psicoeducação (atividade física, terapia e atividades que gerem prazer). 18. Com relação ao tempo de duração dos quadros depressivos, como diferenciar um episódio depressivo de um quadro de distimia/transtorno depressivo persistente? R: A distimia é um quadro crônico de rebaixamento do humor por mais de 2 anos; apresenta menor gravidade. 19. Qual a principal hipótese diagnóstica endocrinológica no diagnóstico diferencial dos quadros depressivos? R: Patologias da tireóide (hipo ou hipertireoidismo). 20. O que é psicoeducação? Como realizar? R: A Psicoeducação é uma abordagem terapêutica que busca desenvolver no paciente, assim como em seus familiares e cuidadores, uma ampliação do conhecimento sobre sua doença e todo o processo de tratamento. Dessa maneira, quanto mais informada estiver uma pessoa acerca de sua condição de saúde física e mental, sobre seu funcionamento (cognitivo, emocional e comportamental) e sobre a forma como pode ser conduzido seu tratamento, mais ela estará pronta para participar ativamente do processo de mudança. Então, os pacientes começam a melhorar quando começam a entender sua forma de reagir e funcionar, a aprender a resolver problemas e a desenvolver um repertório de estratégias que eles mesmo podem aplicar. Consiste em: terapia interpessoal, ativação comportamental, terapia cognitivo-comportamental, atividade física, treinamento de relaxamento, tratamento de solução de problemas, etc.