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2022 - A3 - Estudo de Caso

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Universidade
Anhembi Morumbi
	Análise e Modificação do Comportamento
Estudo de Caso Clínico
Você deverá ler o Relato de Caso Clínico descrito a seguir e então responder as questões que se pede.
Relato de Caso Clínico
Daniel, sexo masculino, adulto jovem (23 anos), filho único, estudante de nível superior e heterossexual. Apresentava como queixas principais ansiedade em diversas situações sociais, dificuldades em realizar seu trabalho de conclusão de curso e na escolha profissional.
História de Vida do Paciente
Daniel considerava-se uma criança tímida. Tinha alguns amigos, mas deixava que eles o procurassem para falar e interagir. Daniel se sentia ansioso quando precisava iniciar a conversa, por isso, era o mais quieto do grupo. Na sala de aula do colégio em que estudava, procurava se sentar nas carteiras que ficavam próximas à parede, para que não chamasse muito a atenção. Dessa forma, sentia-se aliviado. Apresentava bom rendimento escolar, porém evitava ao máximo se apresentar em sala e em público. De acordo com o rapaz, desde a infância “sempre que alguém desconhecido tentava interagir com ele, ficava nervoso (ansioso): mãos frias e suadas, suor pelo corpo, coração disparado, aperto no peito e náuseas”.
No início da adolescência, o paciente teve uma drástica mudança no estilo de vida, devido a sérias dificuldades financeiras da família e à separação de seus pais, que ocorreram em tempo próximo. Ele e a mãe foram morar com um familiar, e ele não foi informado pelos pais sobre o que estava ocorrendo. O paciente foi se isolando socialmente, refugiando-se em seu quarto e evitando ao máximo sair de casa. Pois, dessa forma, poderia evitar a sensação de ansiedade. Por aproximadamente seis anos, saiu de seu quarto apenas para interagir com algumas pessoas da família na própria casa ou para realizar obrigações (estudos e estágios). Apresentava medo excessivo ao lidar com as pessoas.
Na faculdade, seu rendimento acadêmico era bom. Como não se envolvia em atividades sociais e de lazer, investia boa parte de seu tempo nos estudos, o que também evitava julgamentos negativos dos professores em relação ao seu desempenho. Tinha dificuldades para buscar estágios, sentindo-se muito ansioso em seleções profissionais. Daniel dava preferência, a estágios e empregos em locais onde já era indicado, pois pensava que a seleção ocorreria de maneira mais fácil. Em geral, era mais fácil lidar com as pessoas dessa forma.
Daniel já havia realizado psicoterapia com outros profissionais por um período de três anos, no início da adolescência. Quando adulto, retomou a psicoterapia, em função da ansiedade desencadeada em determinadas situações sociais e da ansiedade antecipatória. Nos momentos os quais antecediam as relações sociais em situações novas ou com pessoas desconhecidas. Importantes pontos já haviam sido abordados e superados através de processo psicoterapêutico do paciente, tais como: dificuldade de relacionamento com seu pai, sintomas depressivos, desenvolvimento de determinadas habilidades sociais (p. ex.: conseguir olhar pessoas nos olhos, atender telefonemas e conversar com colegas de trabalho), sofrimento associado à separação dos pais, relação exageradamente próxima com a mãe.
História Social e Familiar
Daniel é proveniente de camada socioeconômica favorecida. Ambos os pais eram envolvidos com ele em seus primeiros anos de vida, preocupando-se com sua educação, estudos e lazer. A mãe sempre foi muito próxima e excessivamente protetora, tendo deixado de trabalhar para cuidar do filho. No início da adolescência, a família teve grandes dificuldades financeiras, com consequente perda de imóveis, heranças e reservas. O paciente e sua família nuclear tiveram seu padrão de vida drasticamente rebaixado. Daniel foi obrigado a se mudar de escola e perdeu o contato com seus amigos mais próximos.
Os pais se divorciaram, e o pai mudou-se para outra cidade, por não saber como solucionar os problemas familiares e econômicos. Ele praticamente não auxiliava financeiramente, nem procurava pelo filho, que sofreu muito com esse afastamento. Nessa fase, os sintomas de ansiedade do paciente apareceram mais fortemente, e sua mãe não estimulou sua autonomia e o convívio social. Assim, Daniel sofria menos dos sentimentos associados à ansiedade. Ambos os pais estão recasados atualmente, e Daniel mora com sua mãe, o padrasto e o filho desse.
Questões:
1. De acordo com o referencial teórico da análise do comportamento, indique um comportamento operante, que seja clinicamente relevante, apresentado na descrição do caso. Lembre-se de destacar a relação entre os eventos ambientais e as respostas do paciente. O comportamento deve ter sido apresentado na descrição do caso de forma explícita ou implícita.
R: Daniel, aprendeu que quando se excluiu socialmente os seus níveis de ansiedade diminuem, que o isolamento o deixa mais tranquilo e consegue focar melhor nas coisas. Esse comportamento iniciou após a dificuldades na adolescência, o paciente já apresentava timidez em sua primeira escola, porém teve que mudar o ambiente escolar que fez com que ele se fechasse ainda mais, os familiares de certa forma incentivavam seu comportamento não estimulando o convívio. 
2. Indique o paradigma operante do comportamento escolhido (com seu contexto, resposta e consequência).
falta de estímulo para convivência social – Intensificação Isolamento social > Dificuldade escolha profissional
3. Explique como esse comportamento operante está estabelecido funcionalmente: por que é clinicamente importante? Como pode trazer ganhos secundários para o cliente?
O paciente no momento já é adulto e precisa se estabelecer na vida profissional, porém o convívio entre pessoas é necessário no âmbito profissional, relação de convivência e comunicação são questões importante, tanto para as entrevistas, quando para se estabelecer no emprego. Porém o isolamento social, do paciente dentro dessa condição evita constrangimentos, e ansiedades que podem haver no convívio social.
4. Indique um comportamento respondente, clinicamente relevante no caso, que esteja em interação com o operante escolhido. Apresente o paradigma respondente do comportamento escolhido.
As respostas emitidas pelo corpo no momento que a ansiedade está presente como suor e taquicardia, são comportamentos respondentes, de quando organismo está em uma situação que cause ansiedade, nervosismo.
Ansiedade ou Nervosismo em ambiente desconhecido > sudorese e taquicardia
5. Explique como as contingências respondentes e operantes interagem nos comportamentos escolhidos e como contribuem para o funcionamento geral do cliente.
A Fobia social que o paciente apresenta, devida do desejo de que as respostas ansiosas não existam, o paciente aprendeu que quando ele se isola e não se apresenta a ambientes diferentes, ou a pessoas desconhecidas, ele não tem as respostas do seu corpo referente a ansiedade, como sudorese, taquicardia, evitando essas respostas ele sabe que está evitando futuros constrangimentos ou situações desconfortáveis.
Referência
MULLER, Juliana de Lima et al. Transtorno de Ansiedade Social: um estudo de caso. Contextos Clínicos, São Leopoldo, v. 8, n. 1, p. 67-78, jun. 2015.
Análise e Modificação do Comportamento | 2

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