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UNIDADE CURRICULAR: Introdução ao Direito 
CÓDIGO: 41037 
DOCENTE: Ângela Montalvão Machado 
A preencher pelo estudante 
NOME: Mariane Cordeiro Procópio 
N.º DE ESTUDANTE: 2003278 
CURSO: Licenciatura Ciências Sociais 
DATA DE ENTREGA: 31 janeiro 2022 
 
 
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TRABALHO / RESOLUÇÃO: 
A- “O Direito é uma disciplina (episteme mais que ciência pura) híbrida: artística, 
científica e técnica, mas com uma lógica própria, não a formal, mas raciocinante, 
adaptável e simbólica, uma mitológica, permeável a elementos não estritamente 
racionais” (Cunha, 2018 p.84). 
O Direito é um ramo da ciência social e humana que estuda e teoriza cientificamente o 
Direito objetivo. São normas obrigatórias que controlam as relações dos indivíduos em 
uma sociedade. Essas normas assim como a sociedade com um todo estão em constante 
transformação na contemporaneidade. 
O direito surgiu na antiguidade e pode ser observado antes da escrita, na própria pré-
história, porém, seu reconhecimento em uma sociedade que dominava o uso da escrita, 
pode ser visto na Mesopotâmia assim como na Grécia e Roma antiga que estabeleciam 
leis e morais comuns a todos os indivíduos que ali viviam. A história se mostra 
importante para o Direito no momento em que serve como conhecimento e acúmulo de 
experiências passadas, possibilitando uma ampliação das análises de situações jurídicas 
e na interpretação dos textos normativos, ou seja, sem a história não teríamos um amplo 
conhecimento sobre os direitos. Estes dois estão ligados sobre um determinado assunto 
e conhecimento. 
Da relação dos fundamentos históricos do Direito com outras disciplinas do Direito, 
podendo citar a ciência política, filosofia, economia, sociologia, entre outras. Desta 
forma há o debate da interdisciplinaridade entre os profissionais do Direito, sejam eles 
juízes, advogados, promotores, delegados entre outros a compreender e ver mais a vida 
como um fato que gera esses Direitos. O Direito exige que se vislumbre a possibilidade 
de olhar alem das fronteiras, não apenas julgando no primeiro instante como bom ou 
mau, legal ou ilegal. O Direito dialoga com essas áreas fundamentalmente na medida 
que ele tem que saber e entender como se produz um efeito na conduta humana no 
sentido de que as pessoas façam ou deixem de fazer coisas e nesse sentido estas áreas 
colaboram bastante não só para o legislador que vai criar a lei, mas especialmente na 
hora do aplicador. 
Conclui assim o Direito como ciência, onde considera, qualifica, concede resultados a 
uma conduta, é um elemento da cultura de um povo e benefício de sua evolução 
histórica e para finalizar o direito é a criação do espírito humano e varia com o tempo e 
 
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no espaço, de acordo com as vivências, as conceções e os valores essencialmente 
definido pelos diferentes agrupamentos humanos, a realidade espiritual é no fundo a 
realidade cultural, ambas têm o mesmo significado. Temas como a imigração, a questão 
ambiental e modelos de democracia assume uma centralidade no que se refere também 
ao Direito por isso a questão do Direito em forma interdisciplinar devemos entender que 
o Direito não é um curso que estuda leis, é um curso que estuda a tensão entre o justo e 
legal, ou seja, o Direito depende dos fatos da sociedade e sem isso não há como 
florescer uma discussão no direito. 
“A pós-disciplinaridade alerta-nos para que o Mundo é grande e é uno, mas, como todas 
as ideias novas, está à mercê de aproveitamentos, deturpações, usos pro domo. 
Estejamos, pois, atentos. Continuamos juristas (ou, pelo menos, sabemos que estudamos 
Direito), e isso é já um escudo protetor” (Cunha, 2018 p. 107). 
 
B- O Direito pode ter muitas definições e significados, de acordo com os critérios de 
justiça, para Nader (1997) o Direito converte-se num conjunto de normas impostas de 
forma coercitiva pelo Estado para realização de segurança. Para poder controlar a vida 
jurídica do país o Estado se subdivide em poderes. Cada poder deve cumprir com 
determinadas funções, apenas as normas jurídicas requerem a participação do Estado. 
Mas o Estado não é o único que cria fontes do Direito, a própria sociedade pode criar 
normas como é o caso dos costumes. 
Outra informação relevante do Direito a que ele visa a realização da segurança segundo 
os critérios de justiça, ou seja, quer dizer que o Direito é um instrumento em função do 
bem-estar em sociedade onde o objetivo final é a justiça. E para exigir justiça é necessário 
que haja segurança jurídica, isso significa que deve haver normas que organizem a 
sociedade (traga ordem jurídica e garanta o respeito aos Direitos dos cidadãos). 
Segundo Cunha, “as normas jurídicas estão dotadas de várias características, que podem 
ser divididas em dois planos, radicalmente distintos” (Cunha, 2018, p.305). 
Plano externo- “o mais comummente referido na doutrina; relativo à forma e valor 
externo, aparente, das mesmas” (Cunha, 2018, p.305). Possuem as seguintes 
características: 
Imperatividade: a norma, para ser cumprida e observada por todos, deverá ser imperativa, 
ou seja, impor aos destinatários a obrigação de obedecer. Não depende da vontade dos 
indivíduos, pois a norma não é conselho, mas ordem a ser seguida. 
 
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Generalidade: é a característica relacionada ao fato da norma valer para qualquer um, 
sem distinção de qualquer natureza, para os indivíduos. 
Abstração: a norma não foi criada para regular uma situação concreta ocorrida, mas para 
regular, de forma abstrata, abrangendo o maior número possível de casos semelhantes, 
que, normalmente, ocorrem de uma forma. 
Coercibilidade: pode ser explicada como a possibilidade do uso da força para combater 
aqueles que não observam as normas. 
Violabilidade: Sendo as normas jurídicas uma criação do homem, portanto caso o sujeito 
viole as normas, será sujeito a sofrer sanções. 
Plano interno- De acordo com Cunha 2018, os preceitos legais fundam-se na justiça 
(juris praecepta), portanto sua autêntica diferentia specifica: 
honeste vívere- a justiça determina limites ao abuso do direito, ou seja, não abusar dos 
direitos que o direito confere. 
alterum non laedere- limita ao uso do direito sem prejudicar ninguém. 
suum cuique tribuere- impõe o respeito pelos direitos alheios atribuindo a cada um o 
que é seu. 
“Por comodidade e para simplificação da exposição, optaremos por algumas designações 
mais correntes na especificação, identificando, grosso modo, cada grupo de critérios com 
uma ou outra das designações-base” (Cunha, 2018 p. 317). 
Âmbito espacial de vigência, refere-se valor territorial de uma norma podendo citar 
universais (são as aplicáveis indiferentemente em todo o território nacional), gerais 
(aplicam-se em todo o território nacional não abrangido por estatuto autónomo, ou seja, 
ao continente), locais (aplicadas apenas em determinadas zonas do país). 
Interesses predominantemente tutelados: O Direito púbico está relacionado ao Estado e 
a coletividade, ele rege relações que o Estado é parte ou tem grande interesse, observa 
uma relação vertical de cima para baixo pois o Estado (quando se refere Estado é poder 
publico como um todo) esta em cima. No Direito publico as pessoas envolvidas só podem 
fazer aquilo que esteja previsto ou autorizado em lei. Em uma relação de Direito publico 
só estamos autorizados praticar um ato se existir uma lei dando permissão para tal. As 
leis dentro do Direito publico são imperativas, ou seja, são obrigatórias, não existe opção 
de escolha. Precisamos respeitar as leis caso contrário se não fizermos sofreremos 
consequências. Exemplo de Direito publico é o Direito penal: o Estado impõe condutas 
que os indivíduos devem ter e caso cometerem serão processados e punido. No Direito 
publico não há muita margem de liberdade de escolha ou liberdade de agir. Não cabe a 
 
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nos decidirmos se vamos respeitaras leis penais, caso cometa um crime sofrera as 
consequências ao menos em tese. Outros Direitos públicos é o Direito tributário: se a lei 
diz que devemos pagar um imposto, não podemos decidir se vamos pagar ou não. Direito 
constitucional, administrativo, processual e eleitoral. 
Direito privado se trata de uma relação de individuo de forma particular quando não um 
interesse predominante do Estado, também pode ser uma relação entre uma pessoa física, 
jurídica ou entre duas pessoas jurídicas desde que seja direito privado ou seja, sem relação 
direta com o Estado. 
Considera-se uma relação horizontal com igualdade entre as partes. No Direito privado 
temos uma liberdade bem mais ampla, é possível fazer tudo desde que não esteja proibida 
por lei. Há uma margem de liberdade maior que chamamos de autonomia da vontade. O 
Direito privado produz leis abertas em autonomia da vontade dos indivíduos. Um 
exemplo de Direito privado é o Direito contratual onde a lei coloca algumas diretrizes 
gerais que os contratos devem seguir, mais não é um direito com regras tão limitantes, a 
parte tem bastante autonomia para poder negociar as regras de um contrato. 
Âmbito de frequência e normalidade no conjunto da ordem jurídica: especiais (afastam 
em determinadas situações o regime geral aplicável, por exemplo as normas que dão aos 
advogados e solicitadores, quando em exercício da profissão, direito no atendimento 
prioritário nas repartições publicas), excecionais (destinam-se a ser aplicadas em 
determinadas circunstâncias constituindo um desvio em relação ao regime geral, exemplo 
normas destinadas a facilitar assistência a populações em caso de catástrofe). 
Força vinculativa: normas imperativas (são obrigatórias, impõem e proíbem uma 
conduta), normas facultativas (não se impõem obrigatoriamente, existem para 
regularem). 
Juridicidade imediata: normas éticas (é toda norma que visa e protege um valor, ou seja, 
se adequa a tudo que é justo), normas técnicas (são normas gerais neutras, que depende 
da nossa cultura, fé, crença ou seja, a principio se desvincula da sociedade em si), normas 
de estatuição material incidem sobre a vida social, a qual remete a atos dessa vida, 
como por exemplo não matar), normas de estatuição jurídica (sua capacidade passa e 
se esgota no plano jurídico, onde se vão traduzir em normas de conteúdo material). 
Inovação: normas inovadoras (alteram a ordem jurídica, substituindo normas 
persistentes ou criando disciplina nova), normas interpretativas (normas que 
esclarecem o sentido de outras normas). 
 
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Importância e causação relativas: normas principais (estão explicitamente escritas na 
lei), normas derivadas (deduzem por raciocínio logico daquelas que estão explicitadas 
na lei, ou seja, não estão escrita, mas deduzem-se). 
Autonomia: normas autónomas (não dependem de outras normas, perante sentido 
normativo são aquelas que aplicam por si próprias, por exemplo normas do código penal 
prevê o crime de desobediência), normas não autónomas (aquelas cujas sentido 
normativo só se aprende ou se aplica em conjunto com outras normas), normas 
completas (podem produzir efeitos jurídicos por si própria), normas incompletas (não 
podem produzir efeitos jurídicos por si própria, precisam estar ligadas a outras normas), 
normas diretas (são normas cujo alvo tem ação na vida social, aplicando-se a resolução 
de problemas da vida), normas indiretas (são normas que se destinam aos que tem como 
função aplicar as normas jurídicas). 
“Umas vezes este carácter indireto regula a aplicação da lei no tempo, ou seja, o âmbito 
temporal da aplicabilidade. Mas, noutros casos, trata-se de puras normas de transferência 
— normas que dizem qual a regra a aplicar. Tais os casos das normas de conflitos (desde 
logo do Direito Internacional Privado), e as remissões, presunções e ficções. São também 
deste tipo as normas ("remissivas") negativas, as quais, porém, proíbem a remissão, 
interditam a aplicação de um certo regime aparentemente aplicável” (Cunha, 2018 p.344). 
Já se sabe por nós que, onde há sociedade há direito. Pois, a vida em sociedade impõe que 
o direito seja aplicado. Mas, porém, só aplica bem o direito quem antes interpretá-lo bem, 
porque na sociedade nem sempre as leis são totalmente claras e precisas de forma fiel, 
quanto aos seus objetivos e finalidade. Por isso, tem se dito que o Direito não sobrevive 
sem bom trabalho de interpretação. Portanto, esta interpretação só é aceitável se for 
conforme as regras impostas pela hermenêutica jurídica, a teoria científica que estabelece 
os princípios e conceitos da arte de interpretação, integração e aplicação do Direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia: 
FERREIRA DA CUNHA, Paulo, (2018). Teoria Geral do Direito: Uma Síntese Crítica, 
Lisboa, A Causa das Regras. 
NADER, Paulo- (1997), Introdução ao estudo do direito. 15. Ed. Forense, Rio de 
Janeiro.

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