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resumo N1 MEP

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CONCEITOS EPIDEMIOLÓGICOS 
INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS 
TAXA DE INCIDÊNCIA 
Corresponde ao número de CASOS NOVOS de uma doença, dividido 
pela população exposta em um espaço geográfico durante um 
tempo determinado. 
É importante porque permite calcular a probabilidade de que exista 
uma mudança de estado (por ex.: não ter a doença e adoecer, estar 
vivo e morrer, não ter um evento e ter um evento adverso) em um 
determinado tempo, estimando um risco de uma pessoa sofrer tal 
evento. 
TAXA DE PREVALÊNCIA 
Corresponde ao número de casos existentes (NOVOS E ANTIGOS) de 
uma doença, dividido pelo número de pessoas de uma população, 
durante um tempo determinado. 
Cada indivíduo é observado em uma única oportunidade, quando se 
constata sua situação quanto ao evento de interesse. É importante 
porque demonstra a probabilidade estática de estar doente em um 
determinado tempo sem estimar o risco de o evento ocorrer. 
 
RAZÃO 
É o resultado da divisão de uma quantidade por outra. Fração onde 
elementos do numerador (EXPOSTOS) e do denominador (NÃO 
EXPOSTOS) são separados e distintos. 
 
TAXAS OU COEFICIENTES 
Razão entre o número de casos e a soma dos tempos de observação 
de cada unidade da população do estudo. 
 
 
 
Mede uma PROBABILIDADE, risco médio que o indivíduo tem de 
sofrer determinado evento. 
❖ Ex.: natalidade geral e específica, concepção, fertilidade, 
letalidade, morbidade, incidência/prevalência de doenças. 
ÍNDICES 
Não mede a probabilidade nem o risco, apenas RELACIONA duas 
quantidades ou dois eventos. 
❖ Ex.: índice demográfico, mortalidade populacional, esperança 
ou expectativa de vida, índice de desenvolvimento humano. 
ENDEMIA, EPIDEMIA, PANDEMIA E SURTO 
A doença em questão está em seu comportamento normal? Se sim, é 
uma ENDEMIA. 
❖ Doença endêmica é aquela que é comum de um determinado 
espaço geográfico. Ainda que existam muitos casos dessa 
doença, é normal para aquela localidade. 
A doença em questão está com um comportamento atípico? Se sim, 
é uma EPIDEMIA ou um SURTO. 
❖ Quanto tem-se um comportamento normal de uma doença, 
ainda que com muitos casos, mas esse número aumenta em 
grande quantidade. 
❖ SURTO é quando aumenta muito o número de casos, porém em 
um local específico. EPIDEMIA é quando esse número aumenta 
em várias regiões de uma determinada localização. 
A doença em questão está em todo o planeta? Se sim, é uma 
PANDEMIA. 
❖ É quando ocorre a manifestação de uma doença em caráter 
epidêmico em vários continentes. 
 
RESUMO N1 MEP 
ESTUDOS ESTATÍSTICOS APLICADOS À EPIDEMIOLOGIA 
 
ESTUDOS DESCRITIVOS 
Faz parte dos ESTUDOS OBSERVACIONAIS, nos quais não existe 
nenhuma manipulação do fator de estudo, ele apenas observa a 
doença. 
Descreve a ocorrência de um evento de acordo com diversas 
exposições ou características das pessoas e tempo. São 
especialmente úteis quando pouco é conhecido sobre frequência, 
história natural ou determinantes de uma doença. 
RELATO DE CASO 
Descreve em detalhe as manifestações da doença, dados da queixa 
principal e da anamnese, sintomas referidos, sinais clínicos 
detectados, resultados de exame de laboratório e imagem, etc. 
Esses estudos alertam os profissionais de saúde sobre existência de 
um evento em seu meio, para efeitos de diagnóstico e diferenciação. 
Podem revelar achados preliminares de doenças emergentes ou 
reemergentes que estão se espalhando em novos cenários. 
❖ Ex.: Descrição dos primeiros casos de Chikungunya e Zika nos 
países da América Latina. 
LIMITAÇÃO: restrito para aferição de frequência na população ou 
mesmo da caracterização de frequência de manifestações ou 
achados. 
SÉRIE DE CASOS 
É necessária uma quantidade maior de observações. Não tem 
referência populacional e habitualmente é realizado em um serviço 
de atenção à saúde, frequentemente hospitalar. 
A medida utilizada é PROPORÇÃO DE CASOS -> numerador 
corresponde aos casos que têm determinada característica e 
denominador corresponde ao total de pacientes. 
❖ Ex.: Caracterização de 87 casos de Zika em Pernambuco, 
destacando as características clínicas e de imagem ou 
acometimento neurológico. 
 
LIMITAÇÃO: vieses assistenciais -> problemas de acesso e de 
referência entre níveis de complexidade na atenção. 
COORTE DESCRITIVA 
Documentação de presença de “EVENTOS NOVOS” como 
metafenômenos que vão além da própria doença. 
Calcula-se frequência de aparecimento desses eventos novos, 
comportando-se como incidência em relação ao total de pessoas. 
❖ Ex.: Frequência de eventos (desfecho clínico) da Covid-19, 
documentando, além de sinais e sintomas, a incidência de 
complicações que levaram à internação em UTI, uso de 
respiradores ou óbito, isto é, letalidade em 1.099 pacientes na 
China. 
LIMITAÇÃO: não pode aferir a eficácia de uma intervenção, pois não 
tem grupos de comparação (ensaio clínico que tem). 
ESTUDOS ANALÍTICOS – AGREGADOS 
Também faz parte dos ESTUDOS OBSERVACIONAIS. Tem o objetivo 
básico de avaliar (não apenas descrever) se a ocorrência de 
determinado evento é diferente entre os indivíduos expostos e não 
expostos a um determinado fator. São realizados com objetivo 
específico de testar as hipóteses. 
ECOLÓGICOS 
Compara-se a ocorrência da doença/condição relacionada à saúde e 
a exposição de interesse entre agregados de indivíduos para verificar 
a possível existência de associação. 
Não existem informações disponíveis sobre a doença e a exposição 
do indivíduo, mas sim do grupo populacional como um todo. Uma das 
vantagens é a possibilidade de examinar associações entre exposição 
e doença/condição relacionada na coletividade. 
Estes estudos ajudam a identificar fatores que merecem uma 
investigação mais detalhada através de estudo com maior capacidade 
analítica. 
❖ Ex.: Estudo para avaliar o efeito da cobertura da ESF nas taxas 
de detecção de tuberculose em municípios brasileiros. 
LIMITAÇÃO: relação entre o fator de exposição e o evento pode não 
estar ocorrendo no nível do indivíduo. 
FALÁCIA ECOLÓGICA ocorre quando são tiradas conclusões 
impróprias com base em estudos ecológicos. A associação observada 
no nível de grupo não representa, necessariamente, a associação 
existente no nível individual. 
SÉRIES TEMPORAIS 
É um subtipo dos estudos ecológicos, em que a mesma área ou 
população é estudada em momentos diferentes do tempo. 
O objetivo é identificar padrões não aleatórios e a medição do efeito 
de fatores externos ao desfecho de interesse, permitindo formular 
previsões e avaliar fatores que podem influenciar seu 
comportamento. 
LIMITAÇÃO: também susceptível à falácia ecológica. 
ENSAIOS COMUNITÁRIOS 
Também chamados de intervenção comunitária. São estudos 
experimentais com comunidades inteiras como unidades. 
Objetiva medir o quanto uma determinada intervenção impacta na 
incidência de uma doença específica naquela comunidade. Parte-se 
da causa -> efeito, sendo que a amostra deve ser aleatória, para 
obtenção de grupos homogêneos. 
Após a intervenção, os resultados são avaliados. 
❖ Ex.: Na década de 1940, a eficácia de flúor na prevenção de 
cárie dentária foi testada comparando a frequência de cárie 
em crianças de duas cidades de New York. 
LIMITAÇÃO: alguns participantes são submetidos a condições 
artificiais -> mantidos em um grupo controle (sem intervenção) ou 
com placebo. 
ESTUDOS ANALÍTICOS – INDIVIDUADOS 
TRANSVERSAIS OU SECCIONAIS 
Cada indivíduo é avaliado para o fator de exposição e a doença em 
determinado momento -> “uma foto do tempo”. 
Tem objetivo analítico para avaliar as hipóteses de associações entre 
exposição e desfecho -> pode ser realizado com objetivo descritivo 
sem nenhuma hipótese para ser avaliada. 
Medem a PREVALÊNCIA da doença, por isso, são chamados também 
de estudos de prevalência. 
LIMITAÇÃO: dificuldade para determinar a natureza da relação entre 
exposiçãoe desfecho; impossível determinar o que ocorre primeiro 
(causa/efeito) e de estabelecer uma prova causal. 
COORTE 
Também chamados de LONGITUDINAL ou de INCIDÊNCIA. 
Selecionam-se populações exposta e não exposta a determinado 
fator, fazendo seu acompanhamento por um determinado período 
de tempo, ao final do qual deve ser analisado o efeito do fator de 
exposição no aparecimento do desfecho. 
COORTE PROSPECTIVA 
Pesquisador está presente no momento da exposição de um/mais 
fatores e acompanham por um período de tempo para observar 
um/mais desfechos. 
COORTE RETROSPECTIVA 
Pesquisador coleta informação pregressa do(s) fator(es) de exposição 
e acompanha por um período de tempo os indivíduos. 
LIMITAÇÃO: estudo de coorte podem ser bastante caros porque 
podem requerer longos períodos de acompanhamento, visto que a 
doença pode ocorrer após uma exposição prolongada. 
CASO-CONTROLE 
Seleciona-se uma população com determinado desfecho de interesse 
(casos) e outra, semelhante ao primeiro grupo, sem o desfecho de 
interesse (controle). Comparando-se os dois grupos, avaliam-se os 
fatores que poderiam estar relacionados à ocorrência do desfecho 
pesquisado. 
Eventos raros -> informações são coletadas para os casos e para os 
controles, e são referentes a aspectos genéticos, sociais, 
comportamentais, ambientais ou outros determinantes da doença. 
ENSAIOS CLÍNICOS 
São indicados para avaliar segurança e eficácia de: 
❖ Um novo produto. 
❖ Uma nova formulação de um mesmo produto ou associação de 
produtos já em uso. 
❖ Uma nova indicação clínica de um produto já aprovado. 
Validade de resultados -> o desenho do protocolo e documentação 
clínica dos estudos devem seguir as recomendações dos órgãos 
normativos e de vigilância de medicamentos do país. 
LIMITAÇÃO: a experimentação em seres humanos envolve aspectos 
de natureza ética que requerem uma avaliação cuidadosa em cada 
caso específico. 
 
ESTATÍSTICA DESCRITIVA 
OBJETIVOS: descrever ou sumarizar os dados, utilizando 
procedimentos estatísticos descritivos. Em alguns estudos, a análise 
consiste unicamente em calcular e interpretar dados descritivos. 
Permite ao investigador descrever de forma significativa muitos 
resultados através de um número reduzido de índices. 
MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL 
Valores únicos, não mostra a variabilidade. 
MODA 
Resultado obtido pelo maior número de indivíduos. É o número que 
mais se repete na frequência/distribuição. 
Ex.: notas dos alunos de epidemiologia nas 12 atividades do 
semestre. 
❖ 5, 7, 6, 8, 10, 7, 11, 7, 12, 9, 8, 6 
O número de notas mais frequente ao longo das atividades foi 7, 
logo, a moda é 7. 
MEDIANA 
É o ponto numa distribuição em que tanto acima como abaixo 
existem 50% dos resultados -> ponto médio. 
Se n for ímpar, a mediana é o valor central: 
❖ X = 2, 3, 4, 5, 8 -> Mediana = 4 
Se n for par, a mediana é a metade da soma dos dois valores 
centrais: 
❖ X = 0, 2, 3, 4, 5, 8 -> Mediana = 7 (3+4) 
É uma boa opção porque não sofre muito a amplitude dos dados. 
MÉDIA 
Resultado da soma de todas as informações de um conjunto de 
dados dividida pelo número de informações que foram somadas. 
ARITMÉTICA SIMPLES: 
❖ x1 +x2 + x3 + x4/n 
PONDERADA: extensão da média simples e considera pesos para as 
informações do conjunto de dados. Soma a multiplicação com os 
pesos e depois divide-os pelos mesmos. 
PONTO MÉDIO 
Média aritmética entre o limite superior e o limite inferior de cada 
classe. 
Ex.: observe as faixas etárias dos alunos de epidemiologia, nos 
períodos do semestre de medicina: 
❖ 17-29 l 30-39 l 40-59 l 60-80 -> limite inferior = 17, limite 
superior = 29 -> ponto médio = 17+29/2 = 23 anos. 
 
MEDIDAS DE DISPERSÃO 
Ajudam a interpretar se a medida de tendência central foi adequada 
para descrever o dado ou não. 
CURVA NORMAL: curva de distribuição de frequência dos dados. 
Especificada usando 2 parâmetros: 
❖ Medida populacional. 
❖ Desvio padrão populacional a -> variância a2. 
Quando tem uma distribuição perfeitamente normal, a média, moda 
e mediana têm exatamente os mesmos valores. 
 
Utilidade: quando está estudando um dado relacionado a alguma 
população, por exemplo, não é possível entrevistar toda ela. Calculase 
qual a média de um lugar X com base na amostra de um lugar que 
representa o todo (medida parâmetro). É como se os dados da curva 
normal representassem um ideal (parâmetro de comparação – o que 
seria ideal de ser encontrado). 
 
A proporção de valores caindo dentro de um, dois ou três desvios 
padrão da média são: 
 
! Quanto mais longe o dado tiver em desvio padrão da média, menos 
representativo é este dado. 
 AMPLITUDE TOTAL 
Diferença entre o maior e o menor valor observado. Não leva em 
consideração os valores intermediários, perdendo informação de 
como os dados estão distribuídos e/ou concentrados. 
 
DESVIO PADRÃO 
Comportamento dos dados em torno da média. Captura todos os 
itens da distribuição, ponderando cada item pela sua distância do 
centro de distribuição (média). 
 
É possível saber o quanto a média encontrada se distanciou da 
média esperada. 
VARIÂNCIA 
Desvio em relação à média é a diferença entre cada dado e a média 
do conjunto. 
 
QUANTIS 
Mediana separa a quantidade de dados em duas partes iguais -> 
50% dos dados abaixo dela e 50% acima. 
Quantis -> separam os dados em partes iguais. 
❖ Percentis -> centésimas partes (cada parte tem 1% dos dados) 
❖ Decis -> décimas partes (cada parte tem 10% dos dados) 
❖ Quartis -> quartas partes (cada parte tem 25% dos dados) 
 
POPULAÇÃO, AMOSTRA, PROBABILIDADE E VIÉS 
ESTATÍSTICA 
ESTATÍSTICA DESCRITIVA 
Utilizada nas etapas iniciais dos trabalhos, se refere à maneira de 
representar dados em tabelas e gráficos, resumi-los por meio de 
algumas medidas. 
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA 
Possibilita a extrapolação das informações e conclusões obtidas a 
partir de subconjuntos de dados (amostra), a um grande número de 
dados (população). 
 
CONCEITOS BÁSICOS 
POPULAÇÃO 
Conjunto de objetos que tem em comum uma variável que pode ser 
classificada, contada ou medida. 
❖ O número de objetos/de dados de uma população é o tamanho 
da mesma, representada por N. 
❖ Pode ser finita/infinita. 
 
AMOSTRA 
Conjunto de objeto/dados retirados de uma população para fins de 
estudo da mesma. Qualquer parte/subconjunto de uma população. 
 
 
PROBABILIDADE 
Utilizada para estudar a incerteza oriunda de fenômenos de caráter 
aleatório. Incerteza de ocorrer determinado acontecimento em 
determinada tentativa. 
❖ Números de acidentes que ocorreu numa interseção. 
❖ Número de pacientes curados que foram submetidos a um 
tratamento. 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
 
ERRO 
Caráter de variação randômica, aleatório e indeterminado. 
Resultado da dispersão inerente a qualquer medida. 
ERRO SISTEMÁTICO OU VIÉS 
Tem um caráter de variação sistemática, com algum grau de 
determinação. Resultado do desvio/distorção da própria operação 
da medida, do instrumento, ou do seu aplicador. 
VIÉS 
Qualquer processo, em qualquer estágio da inferência, que tende a 
produzir resultados e conclusões que diferem sistematicamente da 
verdade. Pode provocar a distorção da estimativa de uma variável. 
 
 
MEDIDAS DE FREQUÊNCIA 
MORTALIDADE x LETALIDADE 
Mortalidade está relacionada com a frequência de óbitos por 
determinada doença. Letalidade é a medida com que essa doença 
provoca o óbito -> quanto a morte é incidente naquela doença (taxa 
de letalidade). 
FREQUÊNCIA 
Quão frequente é a doença, o que pode ser medido com o NÚMERO 
ABSOLUTO de observações em cada categoria -> quantidade de casos 
que ocorreram daquela doença sobre dada população em um dado 
período de tempo. 
Ex.: 
❖ Qual a proporção de obesos em Porto Alegre? 
❖ Quantos diabéticos em Maceió? 
❖ Quantos hipertensos em Goiânia? 
❖ Quantos pacientes consultam por mês noserviço em que 
trabalho? 
Frequência absoluta -> número de casos; contagem. Frequência 
relativa -> porcentagem, proporção; o quanto esse número de casos 
representa do todo da população. 
POPULAÇÃO SOB RISCO 
Medidas de ocorrência de doenças – estimativa correta do número 
de pessoas em consideração – apenas pessoas potencialmente 
suscetíveis à doença em estudo. 
Ex.: 
❖ Acidentes de trabalho -> são os trabalhadores que estão sob 
risco. 
❖ Carcinoma de colo uterino -> quem está sob risco são as 
mulheres de 25-69 anos. 
PREVALÊNCIA 
É a proporção de um grupo de pessoas que apresenta uma 
determinada condição clínica ou desfecho em um determinado ponto 
no tempo. 
❖ Número de casos da doença / População x 10 (essa constante 
varia de acordo com o desfecho). 
 
Eventos que são muito frequentes, a constante utilizada geralmente 
é menor para não dar uma magnitude muito grande. 
É medida pelo levantamento de uma população definida que 
contém pessoas com e sem a condição de interesse, em um único 
recorte do tempo. 
É o casos que prevalece! Ele surge e geralmente tem uma 
continuidade “longa” -> DOENÇAS CRÔNICAS (obesidade, 
sedentarismo, HAS, DM) na população em um dado período do 
tempo. 
AUMENTAM A PREVALÊNCIA: 
❖ Maior duração da doença. 
❖ Aumento da sobrevida sem cura. 
❖ Aumento da incidência (aumento de casos novos na 
população pode aumentar a prevalência da doença). 
❖ Imigração de casos (quem chega). 
❖ Emigração de pessoas sadias (quem sai). 
❖ Imigração de pessoas suscetíveis. 
❖ Melhora dos recursos diagnósticos (melhora do sistema de 
informação). 
REDUZEM A PREVALÊNCIA: 
❖ Menor duração da doença. 
❖ Maior letalidade. 
❖ Diminuição da incidência. 
❖ Imigração de pessoas sadias. 
❖ Emigração de casos. 
❖ Aumento da taxa de cura da doença. 
Os estudos de prevalência geralmente não fornecem evidências de 
causalidade na população, mas são muito úteis para avaliação das 
necessidades e no planejamento dos serviços de saúde. 
❖ Quando se observa alta prevalência associada a alguns fatores 
na população, não quer dizer que aqueles fatores sejam a 
causa da doença -> são fortes indicadores de como as ações 
de intervenção devem ser direcionadas e de como planejar as 
estratégias dos serviços de saúde. 
INCIDÊNCIA 
Incidência envolve sempre um fator a mais, que é o TEMPO -> avalia 
também um dado período de tempo, mas também pode considerar 
tempo de contribuição sobre riscos diferentes. 
INCIDÊNCIA CUMULATIVA 
 
É uma medida praticamente igual à prevalência. Proporção de um 
grupo de pessoas inicialmente livres de uma determinada condição 
clínica que a desenvolve durante um determinado período de 
tempo. 
Para calcular a incidência cumulativa entre ano X a ano X, deve-se 
calcular casos novos ano a ano. 
 
Normalmente, na incidência são DOENÇAS AGUDAS -> doenças que 
chegam à cura ou ao óbito muito rápido; não acompanham o 
paciente por um longo período de tempo. 
São eventos agudos (infecção, queda, casos novos de câncer, morte) 
medidos em dois pontos diferentes do tempo – precisam de um 
determinado período de tempo para serem medidas. 
INCIDÊNCIA X PREVALÊNCIA 
 
No exemplo da imagem, tem-se informações de pessoas 
acompanhadas durante sete anos. Cada linha representa uma pessoa 
que está sendo acompanhada -> 13. 
Dessas 13, 7 pessoas são os casos novos que aconteceram no período 
mostrado. Se quiser calcular a incidência cumulativa para um dado 
período, ao invés de calcular ano a ano, as pessoas tiveram tempo de 
contribuição diferentes. 
❖ Incidência cumulativa para a doença em questão, no período de 
7 anos de acompanhamento, foi de 53,4 casos/100 pessoas, ou 
54,4% [(7 casos/13 pessoas) x 100]. 
Prevalência no início do 3º ano = 3x100/13 = 23,1%. 
Prevalência no início do 4º ano = 4x100/12 = 33,3%. 
Prevalência no início do 5º ano = 4x100/11 = 36,4%. 
 
TAXA DE INCIDÊNCIA (DENSIDADE DE INCIDÊNCIA) 
Não avalia toda a população durante todo aquele período, porque 
as pessoas tem taxas de contribuição diferentes no tempo. Para cada 
indivíduo, o tempo em risco é aquele durante o qual a pessoa 
permaneceu livre da doença. 
 
Não se fala mais de uma população sob risco, mas sim das pessoas-
tempo em risco -> soma de todos os períodos livres de doença para 
todas as pessoas durante o estudo (denominador). 
❖ Esse denominador pode ser obtido de maneira aproximada 
multiplicando-se a população média em estudo pelo tempo de 
acompanhamento. 
 
Taxa de incidência, considerando todo o período: 
❖ Taxa = 7 casos/57 pessoas-ano x 100 = 12,3 casos por 100 
pessoas-ano. 
❖ PESSOA-TEMPO = tempo livre da doença (quadradinhos 
brancos). 
Logo: se tivéssemos acompanhado 100 pessoas por 1 ano 
esperaríamos a ocorrência de aproximadamente 12 casos. 
TAXA DE INCIDÊNCIA ACUMULADA 
É possível calcular uma taxa de incidência (pessoa-tempo) e olhar 
isso acumulado ao longo do tempo. Combinação das medidas -> 
calcula-se, por exemplo, a taxa de casos que ocorreram para 100.000 
pessoas sob risco na população brasileira e o quanto essa taxa foi se 
acumulando ao longo do tempo de 8 anos. 
 
 
No gráfico, é possível observar, por exemplo: 
❖ No período de acompanhamento as taxas de incidência são 
maiores nos 2 primeiros anos e depois essa constante de 
aumento vai reduzindo até uma estabilização da taxa. 
❖ O cálculo foi feito de acordo com grupo etário (menores de 15 
anos e 15 anos/mais) -> possibilidade de analisar o 
comportamento da taxa em diferentes grupos populacionais. 
❖ Característica da doença -> como determinada forma da doença 
pode ser mais grave/não, ter maior taxa de incidência/não. 
Esses gráficos tornam-se importantes para avaliar a situação de saúde 
de dada população. O mesmo acontece com os boletins 
epidemiológicos. 
INDICADORES DE SAÚDE 
Refletem as características de um indivíduo ou de uma população. 
Termo utilizado para representar ou medir aspectos não sujeitos à 
observação direta. 
Processo de saúde-doença, neste caso, assim como a normalidade, a 
qualidade de vida e a felicidade. 
APLICAÇÕES 
Índices ajuizados pela sociedade e especialmente selecionados pelo 
observador para a função de auxiliar na tomada de decisão. Índice 
crítico capaz de orientar a tomada de decisão em prol das evidências 
ou providências. 
❖ Complexidade do conceito de saúde -> não existe um indicador 
único. 
Exitem diferententes indicadores que podem dar informações muito 
importantes, mas, de certa forma, se complementam. 
ESCOLHA DO INDICADOR 
Primeiro, depende da situação do que será avaliado (morbidade, 
mortalidade, qualidade de vida...). 
❖ Objetivos de cada situação. 
❖ Questão científica formulada. 
❖ Aspectos metodológicos -> como que os indicadores são 
calculados. 
❖ Preceitos éticos. 
❖ Preceitos operacionais -> validade, confiabilidade 
(reprodutibilidade), representatividade (cobertura). 
❖ Ângulo técnico-administrativo -> oportunidade, simplicidade, 
facilidade de obtenção e custo compatível. 
PRINCIPAIS INDICADORES 
TAXA DE FATALIDADE 
Proporção de pacientes que morrem de uma doença. 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE GERAL (CMG) 
Total de óbitos registrados em certa área durante o ano/população 
da área ajustada para o meio do ano x1000. 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR DETERMINADA DOENÇA 
(CMD) 
Número de óbitos por determinada doença ocorridos na população 
em determinada área no ano/população da área ajustada para o 
meio do ano x100.000. 
TAXA DE COMPLICAÇÕES 
Proporção de pacientes que tem complicação de uma doença ou de 
seu tratamento. 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE PERINATAL (CMPN) 
Perdas fetais (22 semanas ou mais de gestação) + número de óbitos 
de crianças de 0-7 dias em certa área durante o ano/total de 
nascidos vivos nesta área durante o ano x1000. 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL (CMI) 
Número de óbitos de menores de 1 ano em certa área durante o 
ano/totalde nascidos vivos nessa área durante o ano x 1.000. 
COEFICIENTE DE LETALICADE (CL) 
Número de óbitos de determinada doença em determinado 
período de tempo/número de casos dessa doença nesse mesmo 
período de tempo x 100. 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE MATERNA (CMM) 
Número de óbitos por causas ligadas à gestação, parto e puerpério 
em determinada área no ano/nascidos vivos no mesmo período x 
100.000. 
COEFICIENTE DE NATALIDADE GERAL (CNG) 
Número de nascidos vivos em determinada área do ano/população 
da área ajustada para o meio do ano x 1.000. 
COEFICIENTE DE FECUNDIDADE (CGF) 
Número de nascidos vivos em uma determinada área no 
ano/população de mulheres de 15-49 anos de idade no mesmo 
período x 1.000. 
MAIS UTILIZADOS NO DIA A DIA 
Saúde das Pessoas -> desfechos brutos na população: natalidade, 
esperança de vida ao nascer, qualidade de vida, potenciais anos de 
vida perdidos, expectativa de vida, mortalidade, morbidade. 
Meio Ambiente -> aspectos do estado do meio ambiente, dos 
recursos naturais e de atividades humanas relacionadas: solo, água, 
saneamento, contaminantes químicos e minerais. 
Serviços de Saúde -> tudo o que estiver relacionado à assistência à 
saúde: insumo (recursos humanos, financeiros, distribuição), 
processo (manutenção da saúde/recuperação da doença), impacto 
dos serviços na melhoria das condições de saúde da população. 
MORBIDADE 
Capacidade de produzir doença num indivíduo ou num grupo de 
indivíduos. Relação entre o número de pessoas sãs e o de doentes, ou 
de doenças, num dado tempo e quanto à determinada doença. 
❖ Deve especificar qual a população que está sob risco e qual 
evento está sendo avaliado. 
ESTIMATIVA DE MORBIDADE 
Coeficiente de morbidade = (número de casos de uma doença em 
tempo determinado/população específica de onde provêm os 
doentes em tempo determinado) x constante (10ª). 
Prevalência -> força com que subsidiem as doenças nas coletividades. 
❖ Frequência Absoluta -> medida pouco robusta. 
❖ Taxa/Razão de Prevalência -> medida que permite estimar e 
comparar, considerando tempo e espaço a ocorrência de uma 
determinada doença em um grupo determinado. 
 
Incidência -> intensidade com que estão surgindo novos doentes (em 
determinada amostra e em determinado tempo). 
 
Taxa de Ataque -> coeficiente/taxa de incidência de uma determinada 
doença para um grupo de pessoas expostas ao mesmo risco limitadas 
a uma área bem definida. 
❖ Muito útil para investigar e analisar surtos de doenças ou 
agravos à saúde em locais fechados. 
 
MORTALIDADE 
Conjunto dos indivíduos que morreram num dado intervalo de 
tempo. 
Representa o risco ou a probabilidade que qualquer pessoa 
apresenta de poder vir a morrer ou de morrer em decorrência de 
uma determinada doença. 
MORTALIDADE GERAL 
Coeficiente de Mortalidade Geral (CMG): relação entre o total de 
óbitos de um determinado local pela população exposta ao risco de 
morrer. A constante sempre é 1.000. 
❖ Apesar de não ser um bom indicador, possibilita comparar 
uma série de anos para o mesmo local. 
! Óbito é sempre incidente. 
 
MORTALIDADE INFANTIL 
Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI): proporção de crianças 
que morrem antes do primeiro ano de vida em relação aos nascidos 
vivos, em determinada área e período. 
❖ Avalia diretamente o risco de a criança morrer. 
 
Coeficiente de Mortalidade Neonatal Precoce: reflete, de maneira 
geral, as condições socioeconômicas e de saúde da mãe, bem como 
a inadequada assistência pré-natal, ao parto e ao RN. 
❖ Risco de um nascido vivo morrer durante a primeira semana 
de vida. 
 
Coeficiente de Mortalidade Neonatal Tardia: reflete, de maneira 
geral, as condições socioeconômicas e de saúde da mãe, bem como 
a inadequada assistência pré-natal, ao parto e ao RN. 
❖ Risco de um nascido vivo morrer dos 7-27 dias de vida. 
 
Coeficiente de Mortalidade Pós-Neonatal: desenvolvimento 
socioeconômico e infraestrutura ambiental (desnutrição infantil e 
as infecções a ela associadas), bem como o acesso e a qualidade dos 
recursos disponíveis para atenção à saúde materno-infantil. 
❖ Risco de um nascido vivo morrer dos 28-364 dias de vida. 
 
Coeficiente de Mortalidade Perinatal: reflete a ocorrência de fatores 
vinculados à gestação e ao parto, entre eles o peso ao nascer, bem 
como as condições de acesso a serviços de saúde e a qualidade da 
assistência pré-natal, ao parto e ao RN. 
❖ Risco de morte de um feto nascer sem qualquer sinal de vida ou, 
nascendo vivo, morrer na primeira semana. 
 
Coeficiente de Mortalidade em <5 anos: desenvolvimento 
socioeconômico e infraestrutura ambiental (desnutrição infantil e as 
infecções a ela associadas), bem como acesso e qualidade dos 
recursos disponíveis para atenção à saúde materno-infantil. 
❖ Risco de morte dos nascidos vivos durante os 5 primeiros anos 
de vida. 
 
MORTALIDADE POR CAUSA ESPECÍFICA 
Coeficiente de Mortalidade por Causa Específica (CMCE): relaciona o 
número de óbitos por uma determinada causa pela população 
exposta. 
❖ Risco de morrer por uma determinada causa. 
❖ Prevenção específica -> bom indicador para avaliar ações de 
saneamento e eficácia e o impacto de medidas de prevenção e 
controle adotadas. 
 
MORTALIDADE MATERNA 
Razão de Mortalidade Materna -> qualidade de atenção à saúde da 
mulher. 
❖ Frequência de óbitos femininos, ocorridos até 42 dias após o 
término da gravidez, atribuídos a causas ligadas à gravidez, ao 
parto e ao puerpério. 
❖ Número de nascidos vivos = aproximação do total de mulheres 
grávidas. 
 
INDICADORES COMPLEMENTARES 
LETALIDADE 
Taxa de Letalidade -> medida de gravidade de uma doença; o 
quanto a doença é capaz de matar. 
❖ Algumas doenças apresentam letalidade nula (ex.: escabiose). 
Para outras, a letalidade é igual/próxima de 100% (ex.: raiva 
humana). 
 
NATALIDADE 
Taxa Bruta de Natalidade: intensidade com a qual a natalidade atua 
sobre uma determinada população. 
❖ Influenciada pela estrutura da população, quanto à idade e ao 
sexo. 
❖ Taxas brutas de natalidade padronizadas por uma estrutura de 
população padrão permitem a comparação temporal entre as 
regiões. 
 
FATORES QUE INFLCUENCIAM A NATALIDADE 
FERTILIDADE 
Capacidade fisiológica em se gerar uma nova vida. Indicador aplicado 
apenas para mulheres com idade fértil definida entre 15 e 49 anos. 
FECUNDIDADE 
Número de filhos gerados pelas mulheres em idade fértil. Não é um 
indicador fidedigno para se analisar as diferenças dos níveis de 
fecundidade entre as populações -> mulheres em idade fértil variam 
de população para população (Fecundidade Específica – mulheres 
de terminada faixa etária, e Fecundidade Total – número médio de 
filhos que uma mulher teria ao terminar o período reprodutivo). 
MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO 
INTRODUÇÃO 
São medidas utilizadas nos estudos epidemiológicos para interpretar 
a magnitude de uma associação dado. 
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Objetiva conhecer as características pessoais, hábitos ou aspectos 
do ambiente em que as pessoas vivem e sua associação com a 
doença/evento. 
A pergunta é feita de modo a relacionar as características de uma 
pessoa com o risco de desenvolver a doença/evento. 
Familiaridade com termos básicos utilizados na investigação 
epidemiológica, como desfecho e fator de risco (pode atribuir a 
fatores que potencialmente contribuem como a causa da ocorrência 
de um evento). 
DESFECHO 
Evento de interesse em uma pesquisa. “Terminou”. Pode ser o 
surgimento de uma doença, de um determinado sintoma, o óbito ou 
outro evento qualquer que aconteça do processo saúde doença. 
FATOR DE RISCO 
Fator em estudo. Característica que supõe que pode estar associada 
ao desfecho. Indivíduos que apresentam o suposto fator de risco são 
chamados de EXPOSTOS -> fator de exposição. 
RISCO 
Probabilidade de um indivíduo apresentar o desfecho em um 
determinado período de tempo (longitudinalmente).Risco é uma 
medida de incidência. 
MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO 
Mensurar a magnitude da associação entre EXPOSIÇÃO (fator de 
risco) e DESFECHO (doença). São medidas através de razões, 
diferenças e ajustes de modelo. Estimativas pontuais. 
Efeito vs Associação 
❖ Efeito -> ideia de causa. 
❖ Associação -> ideia de concomitância (o quanto que estão 
relacionadas ao mesmo tempo). 
MEDIDAS RELATIVAS 
Medidas de associação são também medidas relativas, pois não são 
absolutas. Quantas vezes a ocorrência da doença é maior no grupo 
de expostos em relação ao grupo de não expostos. 
❖ Razão = 1 -> não existe associação. 
MEDIDAS ABSOLUTAS 
Quanto que a ocorrência de uma doença no grupo dos expostos 
excede em relação ao grupo de não expostos. 
❖ Diferença = 0 -> não existe associação. 
RISCO RELATIVO (RR) 
Nesta medida de associação, estima-se a magnitude da associação 
entre a exposição ao fator de risco e o desfecho -> quantas vezes a 
ocorrência do desfecho no expostos é maior ou menor do que aquela 
entre os não expostos. 
❖ RR -> razão entre a incidência do desfecho nos expostos e a 
incidência do desfecho nos não expostos. 
Ex.: tem-se um grupo de hipertensos com obesidade e outro grupo 
de hipertensos sem obesidade -> irá calcular qual foi a incidência de 
hipertensão no grupo com obesidade, a incidência no grupo de não 
obesos e dividir uma pela outra. 
❖ Irá saber quanto que o grupo com obesidade teve mais ou 
menos risco de hipertensão em relação ao grupo sem 
obesidade. 
 
Baixo peso é o desfecho -> doentes e não doentes. Crianças 
expostas (mãe fumante) e crianças não expostas (mãe não 
fumante). 
❖ Incidência do exposto: número de pessoas que tiveram o 
evento (doentes)/total de pessoas expostas -> 275/2.419 = 
0,114. 
❖ Incidência do não exposto: número de pessoas doentes/total 
de pessoas não expostas -> 311/4.807 = 0,065. 
❖ Depois, divide uma incidência pela a outra -> 0,114/0,065 = 
1,75. 
INTERPRETAÇÃO 
Como interpretar o valor encontrado (1,75)? 
❖ RR = 1 -> indica a não existência de associação entre o fator de 
risco (exposição) e o desfecho. 
❖ RR > 1 -> indica que o risco do desfecho foi aumentado nas 
pessoas que tiveram expostas àquela característica, logo, o 
aquela característica é um fator de risco para o desfecho. 
Esse risco, quando existe, pode ser interpretado de duas formas: 
❖ Em número de vezes -> 1,75 vezes (implicitamente já está 
dizendo que é maior; para mais). 
❖ Em proporção -> 1,75 – 1 = 0,75 x 100 = 75% maior. 
! Quando quiser interpretar e o valor de proporção for maior que 
100, normalmente não é utilizada -> melhor interpretar em número 
de vezes. 
❖ RR < 1 -> implica o risco reduzido do desfecho entre os 
expostos (fator de proteção). 
Também pode ser interpretado de duas formas: 
❖ Em número de vezes -> 0,75 vezes. 
❖ Em proporção -> 1 – 0,75 = 0,25 x 100 = 25% menor. 
RAZÃO DE PREVALÊNCIA (RP) 
Calcula-se da mesma forma que calcula razão de risco, o que muda é 
a interpretabilidade. 
Magnitude da associação entre a exposição ao fator de risco e o 
desfecho -> quantas vezes a ocorrência do desfecho no expostos é 
maior/menor do que aquela entre os não expostos. 
❖ RP -> razão entre a prevalência do desfecho nos expostos/ 
prevalência do desfecho dos não expostos. 
 
INTERPRETAÇÃO 
❖ RP = 1 -> indica a não existência de associação entre a exposição 
e o desfecho. 
❖ RP > 1 -> indica a prevalência aumentada do desfecho entre os 
expostos. 
Esse risco, quando existe, pode ser interpretado de duas formas: 
❖ Em número de vezes -> 1,75 vezes (implicitamente já está 
dizendo que é maior; para mais). 
❖ Em proporção -> 1,75 – 1 = 0,75 x 100 = 75% maior. 
RP < 1 -> implica a prevalência reduzida no desfecho entre os 
expostos. 
❖ Em número de vezes -> 0,75 vezes. 
❖ Em proporção -> 1 – 0,25 x 100 = 25% menor. 
RAZÃO DE CHANCES (ODDS RATIO – OR) 
Probabilidade não é chance (porcentagem). 
Assim como as outras, estima a magnitude da associação entre a 
exposição ao fator de risco e o desfecho -> quantas vezes a chance de 
desenvolver o desfecho no expostos é maior ou menor do eu aquela 
entre os não expostos. 
❖ OR -> razão entre as chances do desfecho nos expostos/chances 
do desfecho dos não expostos. 
Risco x Chance 
❖ Chance -> medida do tipo razão, onde o numerador não está 
contido no denominador. 
❖ Risco -> medida de frequência do tipo proporção, onde o 
numerador está contido no denominador (probabilidade). 
 
Chance -> prevalência do exposto/não prevalência do não exposto: 
1º: divide o número de expostos que tiveram a doença/número 
total de expostos. 
2º: divide o número dos expostos que não tiveram a 
doença/número total de expostos. 
TUDO ISSO SOBRE 
3º: divide o número de não expostos que tiveram a doença/número 
total de não expostos. 
4º: divide o número total de não expostos que não tiveram a 
doença/número total de não expostos. 
RESUMINDO: 
275/2144 DIVIDIDO POR 311/2296 = 275 x 4496 / 2144 x 311 
 
OR = 1 -> indica não existência de associação entre a exposição e o 
desfecho. 
OR > 1 -> implica a chance aumentada do desfecho entre os 
expostos. 
❖ Em número de vezes -> 1,85 vezes. 
❖ Em proporção -> 1,85 – 1 = 0,85 x 100 = 85% maior. 
OR < 1 -> implica a chance reduzida do desfecho entre os expostos. 
❖ Em número de vezes -> 0,85 vezes. 
❖ Em proporção -> 1 – 0,85 = 0,15 x 100 = 15% menor. 
TABELA = DOENÇA NA COLUNA E EXPOSIÇÃO NA LINHA 
RR, RP OU OR 
INTERPRETAÇÃO 
A variabilidade amostral do achado pode e deve ser avaliada através 
de testes de significância ou calculando os Intervalos de Confiança 
(IC). 
❖ RR possui forma simétrica do tipo log-normal. 
❖ Assumindo-se um nível de significância de 5%. 
IC 95% IC estimado em seu limite inferior e seu limite superior não 
pode conter o valor 1, porque se não indica nulidade de associação. 
❖ Interpretação: está afirmando com 95% de confiança que dada 
N vezes que repetir esse mesmo cálculo de estimativa com 
outras amostras diferentes, significaria dizer que algum 
momento essa razão seria = 1 -> não haveria associação entre o 
desfecho e exposição que está sendo analisada, logo, se existe 
essa possibilidade de ser =1 significa dizer que não pode ser 
generalizada para todo mundo.

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