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22/03/2022 1 LESÕES CELULARES REVERSÍVEIS Alterações estruturais ocasionadas pela exposição a agentes estressores MORFOLOGIA Profa Vanessa Ribeiro Alterações morfológicas decorrentes do acúmulo intracelular de substâncias derivadas do metabolismo celular DEGENERAÇÕES 1 2 22/03/2022 2 ✓ Degeneração hidrópica - Tumefação ✓ Degeneração hialina - Corpúsculo de Mallory ✓Degeneração gordurosa - Esteatose e lipidose ✓ Degeneração glicogênica - Mucopolissacaridores e glicogenoses DEGENERAÇÕES Lesões reversíveis secundárias, caracterizadas pelo acúmulo de substâncias no interior da célula, devido as alterações bioquímicas proporcionadas por agentes estressores TI P O S D E D EG EN ER A Ç Õ ES DEGENERAÇÕES Classificação Estímulo agressor → mutação ou alteração de estruturas celulares→ interfere no metabolismo celular → Acúmulos intracelulares → lesão reversível → DEGENERAÇÃO ✓ Distúrbios metabólicos. ✓Mutações. ✓ Eliminação inadequada de resíduos citoplasmáticos. ✓Deficiência de enzimas. C A U SA S De água e eletrólitos = Degeneração hidrópica (TUMEFAÇÃO) De lipídeos = Degeneração gordurosa (ESTEATOSE) De proteínas = Degeneração hialina De carboidratos = Degeneração glicogênica 3 4 22/03/2022 3 DENEGENERAÇÃO HIDRÓPICA (TUMEFAÇÃO OU DEGENERAÇÃO VACUOLAR) DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA Acúmulo intracelular de água e eletrólitos • É a lesão reversível mais comum • Causa: Distúrbios no equilíbrio hidroeletrolítico. • Agentes estressores: Físicos, químicos ou biológicos. • Alteração funcional: Nos canais iônicos e transportadores celulares. • Consequência: - Retenção de água e eletrólitos no meio intracelular. ▪Hipóxia ▪ Intoxicações (endógenas e exógenas). ▪ Infecções bacterianas e virais. ▪Hipertermia. Etiologia das lesões celulares 5 6 22/03/2022 4 DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA Acúmulo intracelular de água e eletrólitos Bomba Na+ - K+ ATPase Mecanismo de ação: Hipóxia → Níveis reduzidos de ATP → Compromete o funcionamento das bombas eletrolíticas presentes na membrana plasmática. Ex: Na-K+ATPase; H+- ATPase. Altera a permeabilidade das membranas plasmáticas celulares e das organelas → Interfere no pH celular Influencia a síntese proteica. Alterações ultraestruturais Acúmulo de água no meio intracelular Pode comprometer a viabilidade celular Movimentos de eletrólitos através de canais iônicos situados na membrana plasmática das células → gera potencial elétrico e um gradiente osmótico. Bomba H+ ATPase Bomba Na+ - K+ ATPase Tr an sp o rt e a ti vo p ri m ár io SIMPORTE ANTIPORTE Tr an sp o rt e a ti vo s e cu n d ár io 7 8 22/03/2022 5 Como o gradiente osmótico pode influenciar o processo de degeneração hidrópica ? O gradiente osmótico é compensado por transportes passivos de água Difusão facilitadaDifusão simples Tr an sp o rt e p as si vo Ambiente hiperosmótico (mais concentrado) ou hiposmótico (mais diluído) aumenta a expressão de aquaporinas (se deslocam dos endossomas p/ a membrana) Célula aciona mecanismos de aumento e redução do volume celular CANAIS DE AQUAPORINA (AQP-1) ✓ Atravessam a membrana celular. ✓ Conduzem seletivamente as moléculas de água para dentro e fora da célula, e ao mesmo tempo impedem a passagem de íons e outros solutos. Muito solvente; pouco soluto Pouco solvente; muito soluto 9 10 22/03/2022 6 DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA Mecanismo de ação • O2 Respiração mitocondrial ATP • Atividade da Bomba de Na+/K+ com Na+ e H2O + K + intracelulares (Tumefação celular) • O2 → Síntese e reciclagem de fosfolípídios Perda de fosfolípídios e da integridade da membrana → Ca+2 intracelular e ativação de enzimas líticas (fosfolipases, proteases, ATPases e endonucleases) • Respiração anaeróbica → de lactatos e pH Acidofilia citoplasmática (aspecto rosado) → perda dos grânulos da matriz + condensação da cromatina nuclear. DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA Morfologia ▪ Presença de vacúolos pequenos e claros dentro do citoplasma (=dilatação das cisternas e fragmentação do RE e do Golgi) ▪ Aumento do volume do citosol. ▪ Palidez (compressão dos capilares). ▪ Perda das especializações superficiais da membrana celular e alteração nos contornos celulares. ▪ Aumento do turgor e do peso do órgão. ✓ Aumento do volume celular ✓ Alteração da relação: citoplasma/núcleo Tumefação turva: Os vacúolos são pequenos ( = organelas distendidas ou rompidas) Vacuolização citoplasmática Aumenta volume, frequência e intensidade→ com o estágio da lesão. 11 12 22/03/2022 7 FÍGADO Saudável Hepatócitos organizados em lóbulos, separados por trabéculas, formando cordões celulares. DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA Hepatócitos Fígado: Tumefação. Apoptose. Note os hepatócitos tumefeitos (degeneração hidrópica) e os sinusoides colabados. Observe o espaço-porta com infiltrado linfocitário. Note hepatócito apoptótico próximo ao espaço-porta. H&E. Pequeno, médio e grande aumento. http://patologia.medicina.ufrj.br/index.php/histopatologia-geral/145-adaptacao/tumefacao 13 14 22/03/2022 8 DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA Hepatócitos Hepatócitos da região centrolobular são mais claros EP = ESPAÇO PORTA VC = VEIA CENTROLOBULAR Detalhe da imagem A Hepatócitos centrolobulares com vacúolos pequenos e claros Hepatócitos tumefeitos e pálidos. TUMEFAÇÃO Cirrose hepática Anóxia→ Transportadores de membrana dependendentes de ATP não funcionam → entrada de água no citoplasma → vacúolos → TUMEFAÇÃO VACUOLAR → citoplasma com aspecto granuloso • Restabelecimento da Oxigenação→ Os vacúolos desaparecem 15 16 22/03/2022 9 TUMEFAÇÃO Cirrose hepática por intoxicação CCl4 acumula-se no REA dos hepatócitos → biotransformação radical ativo (CCl3) 30’ após exposição ao Tetracloreto de carbono (solvente presente em produtos de limpeza)→ tumefação nos hepatócitos por intoxicação CCl3 + ácidos graxos da membrana do REA → peroxidação dos fosfolipídios de membrana do REA → altera a permeabilidade da membrana Formação de vacúolos no interior do REA característicos da entrada de água = TUMEFAÇÃO Degeneração hidrópica (= TUMEFAÇÃO) Cirrose hepática • As células apresentam aumento de volume. • O citoplasma fica mais acidófilo (rosa) e com aspecto granuloso, após coloração c/ H/E. • Com a progressão para a necrose, a acidófila é mais pronunciada 17 18 22/03/2022 10 DENEGENERAÇÃO HIALINA (Corpúsculo de Malory) Etiologia dos grumos hialinos - Material de origem viral. - Proteínas endocitadas ou mal dobradas (não exportadas) - Condensação de filamentos intermediários e ptns associadas. • Acúmulo de material proteico e acidófilo no meio intracelular→ grumos densos róseos. DEGENERAÇÃO HIALINA Acúmulo de ptns no inteiror da célula • Situações relacionadas: - Miosite e miocardite chagásica. - Hepatites (alcóolica e viral) - Cirrose. - Febre amarela. - Proteinúria (Ep. Tubular Renal) - Inflamações (agudas e crônicas) 19 20 22/03/2022 11 • Acúmulo de material proteico e acidófilo no meio intracelular→ grumos densos róseos. DEGENERAÇÃO HIALINA Acúmulo de ptns no inteiror da célula Formas de Apresentação: - Degeneração hialina de fibras musculares (endotoxinas liberadas de bactérias). - Corpúsculos de Mallory-Denk - Corpúsculos de Councilman-Rocha Lima (hepatócitos em apoptose) → febre amarela e hepatites virais. - Corpúsculo de Russel (acúmulo excessivo de Ig nos plasmócitos, em inflamações associadas a infecções) Corpúsculo hialino de Mallory-Denk em hepatócitos de pacientes com esteato-hepatite. Hepatócitos neoplásicos distribuem-se aleatoriamente, sem formar trabéculas. Traves irregulares de fibrose atravessam o tumor. Várias células do tumor apresentam no citoplasma Corpúsculo de Mallory (grumos de material róseo e denso) O tumor maligno apresenta desorganização da arquitetura ainda mais acentuada que na cirrose. DEGENERAÇÃO HIALINA Causada por hepatocarcinoma 21 22 22/03/2022 12 • Patologias relacionadas- Hepatocarcinomas. - Hepatite alcóolica; Cirrose. • Corpúsculo de Mallory - Material róseo e homogêneo (hialino) disposto em forma de grumos densos e grosseiros, no citoplasma de hepatócitos. - Constituição: Citoqueratina + ptns: p62, ubiquitina e outras ptns do citoesqueleto. - Visualizado em hepatócitos balonizados (aumento do volume celular) e/ou em meio aos vacúolos lipídicos. DEGENERAÇÃO HIALINA Acúmulo de ptns no inteiror da célula • Corpúsculo de Mallory - É formado pela ação dos radicais livres sobre as proteínas do citoesqueleto, que sofrem peroxidação e formam ligações transversais → aglomerados proteicos precipitados. - Na microscopia eletrônica, apresenta um aspecto filamentoso em algumas áreas e amorfo (sem forma) em outras. DEGENERAÇÃO HIALINA Acúmulo de ptns no inteiror da célula 23 24 22/03/2022 13 Qual é a mecanismo bioquímico que proporciona a degeneração hialina ? ✓ Mutações - Alterações no dobramento proteico - Transporte da ptn defeituoso - Moléculas defeituosas → acúmulo de ptns no RE→ ESTRESSE NO RE Via intrínseca (mitocondrial) DEGENERAÇÃO HIALINA Mecanismo de acúmulo intracelular 25 26 22/03/2022 14 DEGENERAÇÃO HIALINA Excesso de proteínas mal dobradas no RE ativam a via intrínseca de apoptose Bcl-2, mantém a integridade da membrana e controla a permeabilidade das mitocôndrias Células saudáveis → Bcl-2 e Bcl-x inativam Bak e Bax Bak e Bax são pró- apoptóticas DEGENERAÇÃO HIALINA Excesso de proteínas mal dobradas no citosol ✓ Mutações ✓ Envelhecimento ✓ Infecções virais ✓ Aumento da demanda por ptns secretoras. Ex: Insulina em quadros de resistência a insulina ✓ Alterações no pH intracelular. ✓ Estresse oxidativo ✓ Isquemia e hipóxia O que gera ptns mal dobradas? DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS 27 28 22/03/2022 15 P a to lo g ia s ca u sa d a s p o r a cú m u lo d e p ro te ín a s m a l d o b ra d a s n o R E • Ingestão de Altas doses de etanol → precipitação de proteínas do citoesqueleto (normalmente não são visíveis em microscopia óptica) → Corpúsculos Hialinos de Mallory (manifestação morfológica da ação tóxica do etanol sobre o fígado). DEGENERAÇÃO HIALINA Causada por agentes tóxicos • Ocorrência: - Cirrose alcóolica. 29 30 22/03/2022 16 LESÕES CELULARES Causada pela ingestão de bebida alcóolica ✓ Degeneração Hidrópica ✓ Degeneração Hialina ✓ Esteatose ✓ Apoptose ✓ Necrose Fibrose lesão tecidual Cirrose hepática Metabolização do etanol → Acetaldeido Aumenta o consumo de NADP EFEITO DO ETANOL NOS HEPATÓCITOS Metabolismo oxidativo do etanol no hepatócito NADP é necessário para oxidação de ácidos graxos e conversão de lactato em piruvato. Acúmulo de triglicerídeos no fígado → Esteatose Acidose láctica Diminuição de NADP Degeneração gordurosa 31 32 22/03/2022 17 DENEGENERAÇÃO GORDUROSA Acúmulo intracelular de lipídeos ✓ Metabolismo anormal de lipídeos Ex: Esteatose e lipidoses. Afeta os seguintes órgãos: - Fígado; Coração; músculo esquelético; rim. CAUSAS • Substâncias tóxicas (principalmente etanol). • Desnutrição proteica. • Diabetes melittus. • Obesidade. • Anoxia. DEGENERAÇÃO GORDUROSA Acúmulo intracelular de lipídeos 33 34 22/03/2022 18 DEGENERAÇÃO GORDUROSA Acúmulo intracelular de lipídeos devido a um metabolismo anormal Acúmulo intracelular de triglicerídeos Acúmulo intracelular de colesterol ESTEATOSE LIPIDOSE ESTEATOSE HEPÁTICA ATEROESCLEROSE DENEGENERAÇÃO GORDUROSA ESTEATOSE 35 36 22/03/2022 19 CÉLULA ADIPOSA E TRIGLICERÍDEO Estrutura + (=triálcool) LIPASES ESTEATOSE HEPÁTICA Microscopia Triglicerídeos se acumulam em pequenas vesículas (lipossomas) no interior de células hepáticas e musculares 37 38 22/03/2022 20 • Não Alcoólica: Obesidade, resistência à insulina e DM. - Pacientes assintomáticos ou com: fadiga e desconforto abdominal direito (hepatomegalia) - Biópsia ajuda a determinar o grau de comprometimento: presença de esteato-hepatite e de fibrose. - Elevação das enzimas hepáticas AST e ALT (90% dos pacientes). • Alcoólica: Alcoolismo crônico. - A disfunção hepática severa é pouco comum. - Retirada do álcool + dieta adequada = tratamento eficiente. - Elevação leve dos níveis séricos de bilirrubina e fosfatase alcalina ESTEATOSE HEPÁTICA Causas ESTEATOSE HEPÁTICA Distribuição difusa de vacúolos lipídicos nos hepatócitos Etiologia: Ingestão de bebida alcóolica Desnutrição proteica Morfologia: • Vacúolos redondos, de limites nítidos e tamanho variável. • Vacúolos volumosos, deslocam o núcleo e citoplasma do hepatócito para a periferia (triglicérides são insolúveis em água → não se misturam com o citoplasma). • Os vacúolos maiores se formam por confluência dos menores. 39 40 22/03/2022 21 ESTEATOSE HEPÁTICA Microscopia ESTEATOSE HEPÁTICA Macroscopia Focal Difusa Difusa Fígado de criança com desnutrição proteica. A produção de apoptns é reduzida → diminui a formação de lipoptns e consequentemente a excreção de triglicerídeos, que se acumulam no fígado. • O fígado apresenta aspecto amarelado e amolecido. • Aumento do volume. • Pode chegar a pesar entre: 4-6 kg. Peso normal = 1,5 kg 41 42 22/03/2022 22 ESTEATOSE HEPÁTICA Macrovesicular e microvesicular Fígado com esteatose Seta preta = esteatose microvesicular Seta azul = esteatose macrovesicular ESTEATOSE HEPÁTICA Da Lesão celular reversível até a irreversível 43 44 22/03/2022 23 ESTEATOHEPATITE ALCÓOLICA • Mecanismo: Toxicidade aguda do etanol → lesa diretamente as células hepáticas → alteração balonizante → Degeneração hialina (corpúsculo de Mallory. Icterícia + reação inflamatória (neutrófilos), no parênquima hepático, devido a morte de hepatócitos ESTEATOSE HEPÁTICA Alcóolica Etiologia: Ingestão de bebida alcóolica. • Esteatose Microgoticular (microvesicular) - Ingestão moderada de álcool - Acúmulo de gotículas lipídicas nos hepatócitos - Núcleo do hepatócito centralizado • Esteatose Macrogoticular (microvesicular) - Ingestão crônica de álcool - Agregados lipídicos em glóbulos maiores. - Núcleo do hepatócito é deslocado p/ a periferia. Localização: Inicialmente na região centrolobular, depois progride para o lóbulo inteiro. 45 46 22/03/2022 24 ESTEATOHEPATITE ALCÓOLICA • Corpúsculos de Mallory • Esteatose difusa • Fibrose • Infiltrado inflamatório nos espaços portais. • Septos fibrosos Icterícia + reação inflamatória (neutrófilos), no parênquima hepático, devido a morte de hepatócitos Delicados septos fibrosos separando lóbulos e indicando progressão para cirrose. CIRROSE HEPÁTICA ALCÓOLICA Macroscopia Cor amarelada (= esteatose) + aspecto noduloso da superfície do fígado. • Saliências na superfície do fígado = Nódulos irregulares • Depressões na superfície do fígado = Fibrose 47 48 22/03/2022 25 CIRROSE HEPÁTICA Microscopia • Os hepatócitos entre as faixas de tecido fibroso não têm mais a organização radiada normal (trajeto do sangue: da periferia para o centro do lóbulo) • Durante a regeneração, as trabéculas crescem de forma desorganizada. • Formação de traves de fibrose (recortam o fígado de forma irregular) • Perda de arquitetura do parênquima hepático. • Desaparecimento do padrão lobular normal → pseudolóbulos. CIRROSE HEPÁTICA ALCÓOLICA Microscopia 49 50 22/03/2022 26 LIPIDOSES Acúmulos intracelulares de gorduras (que não são triglicerídeos) Ex: Acúmulo de colesterol e seus ésteres no interior da célula DISLIPIDEMIAS E ATEROSCLEROSE 51 52 22/03/2022 27 Elevação dos valores plasmáticos de LDL, colesterol e/ou triglicérides Acúmulo de Lipídeo e componente fibroso ATEROESCLEROSE • Triglicerídios (TG) • Colesterol (CO) • Ésteres de colesterol (ECO) • Fosfolipídios (FL) Insolúveis em solução aquosa Ligam-se a LIPOPROTEÍNAS VLDL, LDL, HDL, Lipoptna Transporte de lipídeos pela corrente sanguínea DISLIPIDEMIAS Alterações metabólicas devido a distúrbios em qualquer fase do metabolismo lipídico plasmático. Apoproteínas(ptns que se ligam aos lipídeos e forma lipotns) ApoA, ApoB NÚCLEO CENTRAL de lipídeos hidrofóbicos (TG e ECO) CAPA fosfolipídeos polares, colesterol livre e apoproteína. + Estrutura das lipoproteínas (complexos de lipídeo e proteína) LIPOAPOPROTEÍNA a Estrutura semelhante a do plasminogênio → inibição competitiva. Aumenta o risco cardiovascular Transporta 70% do colesterol do corpo. Redução da conversão de Plasminogênio em plasmina Redução dos níveis de fibrina (ptn que desfaz o trombo) HIPERCOLESTEROLEMIA ATEROESCLEROSEDepósito de colesterol na parede dos vasos sanguíneos Excesso de produção ou redução na eliminação de ApoB LDL Potencial aterogênico Apo a Potencial trombogênico Apo B principal constituinte da Lipoapoproteína a, LDL e VLDL Aumenta probabilidade de formação de trombos 53 54 22/03/2022 28 LDL E SUA CAPACIDADE ATEROGÊNICA Potencial aterogênico proporcionado pela Apo B PROGRESSÃO DA ATEROESCLEROSE Da formação das placas de ateroma até o estabelecimento da ateroesclerose Ruptura da placa de ateroma proporciona adesão e agregação plaquetária e consequente formação de trombo --> ATEROESCLEROSE 55 57 22/03/2022 29 ATEROSESCLEROSE – ISQUEMIA - INFARTO DO MIOCÁRDIO Características 58 59 22/03/2022 30 DISLIPIDEMIAS E ATEROSCLEROSE CONSEQUÊNCIAS DA PROGRESSÃO DA ATEROSCLEROSE NECROSE FIBRINOIDE Desenvolvimento da lesão • Ocorrência: No sistema vascular, pela degeneração da parede dos vasos sanguíneos. Ateroesclerose Extravasamento de plasma para o interstício (inclusive fibrina) Fibrina se deposita na região necrótica (Região amorfa com aspecto hialino = rosado) Ativa um processo inflamatório Aumento da permeabilidade vascular 60 61 22/03/2022 31 NECROSE FIBRINOIDE Características • Há pouca repercussão morfológica macroscópica. • Assemelha-se microscopicamente a fibrina. • O tecido necrótico adquire um aspecto hialino, acidofílico (rosa), semelhante a fibrina. • Ocorre no sistema vascular, degenerando as paredes dos vasos. • Pode aparecer na ateroesclerose, na úlcera péptica, etc. NECROSE FIBRINOIDE Características Artéria de paciente com poliarterite nodosa. A parede da artéria exibe área circunferencial rosa-brilhante de necrose, com deposição de proteína e inflamação. • Tecido necrótico (TN) - Aspecto amorfo - Região hialina, acidofílica→ rosa. • Infiltrado inflamatório (I) TN I 62 63 22/03/2022 32 NECROSE FIBRINOIDE Características Ulcera péptica (estomacal). Necrose fibrinóide (NF). O tecido necrosado apresenta um aspecto hialino e está rodeado por infiltrado inflamatório (IC) (HE, 100X). • Necrose fibrinoide (NF) - Aspecto amorfo - Região hialina (rosa). • Infiltrado de células inflamatórias (IC) ✓ DIETA INADEQUADA ✓ SEDENTARISMO ✓ HERANÇA GENÉTICA (HISTÓRICO FAMILIAR) DISLIPIDEMIAS E ATEROESCLEROSE Fatores de Riscos 64 65 22/03/2022 33 DENEGENERAÇÃO DE GLICOGÊNIO GLICOGENOSES - Deficiência de enzimas essenciais para degradação de glicogênio - Substrato (glicogênio) se acumula no interior do lisossoma das células. - Órgão afetados: Rins, fígado, coração e músculos esqueléticos. DEGENERAÇÃO GLICOGÊNICA Acúmulo intracelular de glicogênio - Ex: Doença de Von-Gierke (Glicogenose hepática tipo I) → deficiência na síntese da enzima glicose-6-fosfatase, responsável pela última etapa da glicogenólise. Esta enzima é codificada por um par de genes autossômicos (herança autossômica recessiva). ETIOLOGIA - Defeitos genéticos. Doença genética compromete a síntese de enzimas que degradam o glicogênio nos tecidos. 66 67 22/03/2022 34 GLICOGENOSES Glicogenose hepática tipo I - Doença de Von-Gierke Glicogenose tipo I. Coloração HE. Hepatócitos com citoplasma claro e vacuolado. Apresentação: Coloração H/E: Fixador aquoso (formol) - O glicogênio (hidrossolúvel) se dissolve - Aspecto vazio do citoplasma Fígado saudável. Coloração HE. Pequeno e grande aumento. Hepatócitos com citoplasma bem distribuído e levemente granuloso (organelas). Até a próxima! 68 69
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