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Vigilância em saúde, vigilância sanitária e vigilância epidemiológica

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Aluna: Scarlett Sampaio
Professora: Deborah C - dia 31/03
Matéria: Saúde única- medicina veterinária.
Vigilância em saúde, vigilância sanitária e vigilância epidemiológica
 O que significa vigilância?
Observação continua da distribuição e tendencia da doença, mediante a coleta sistemática, consolidação e avaliação dos informes de morbidade e mortalidade, assim como de outros dados relevantes. 
Também faz parte do conceito de vigilância: Disseminação dos dados e interpretações para todos que contribuíram na sua coleta e necessitam conhecê-los.
Vigilância em saúde:
Brasil (1990) unidades responsáveis por atividades de vigilância epidemiológica, vigilância em saúde ambiental, e de saúde do trabalhador, no mesmo setor após reformas administrativas.
Qual o objetivo da vigilância em saúde?
· Observação e analise permanente da situação de saúde da população.
Vigilância em saúde no Brasil:
Atua em conformidade com os princípios de descentralização do SUS e de parcerias com as esferas do governo.
· Componentes da vigilância em saúde.
· Essas vigilâncias trabalham com equipes multidisciplinares:
Vigilância em saúde e medicina veterinária:
· Diagnostico, controle e vigilância de zoonoses;
· Intercâmbio de informações entre a pesquisa médica veterinária e a pesquisa médica humana;
· Estudo sobre substancias tóxicas;
· Inspeção de alimentos e vigilância sanitária.
Ainda que o médico veterinário exerça atividades puramente veterinárias, sua ampla formação básica nas ciências biomédicas o qualifica para desempenhar funções que são comuns aos médicos e a outros membros da equipe de saúde que trabalham com temas como: epidemiologia, laboratório de saúde pública, produção e controle de produtos biológicos, avaliação e controle de medicamentos, saneamento ambiental, pesquisa em saúde pública, panejamento e coordenação de programas de saúde pública. (ANJOS et al, 2014.)
O que é vigilância em saúde ambiental?
É um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou outros agravos à saúde.
Atividades desenvolvidas pela vigilância em saúde ambiental:
· VIDIAGUA: (programa nacional de vigilância da qualidade de água para o consumo humano) inspeções periódicas nas estações de tratamento da água e fontes alternativas de abastecimento de água.
· VIGISOLO: (vigilância em saúde de populações expostas a solos contaminados) identificação e avaliação de riscos em áreas com solos contaminados.
· VIGIAR: (vigilância em saúde de populações expostas à poluição atmosférica) monitoramento da qualidade do ar.
· VIGIDESASTRES: (Programa de vigilância em saúde ambiental dos riscos associados aos desastres) desastres naturais e acidentes com produtos químicos.
O que é vigilância sanitária?
· Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990: Controle de bens de consumo, que direta ou indiretamente, se relacionam com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção de consumo.
Agência nacional de vigilância sanitária (ANVISA):
· Lei n° 9.782, de 26 de janeiro de 1999: atribui competência à União, estados, Distrito Federal e aos municípios, para que exerçam atividades de regulação, normatização, controle e fiscalização na área da vigilância sanitária.
· Vigilância sanitária incluída no campo de atuação do SUS.
Refere-se a um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir os riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.
A ANVISA tem por finalidade promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive do ambiente, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos e fronteiras. Atuação nitidamente fragmentada no país:
· Normatização e controle da produção e circulação de produtos órgão federal.
· Atividades referentes aos estabelecimentos comerciais, aos serviços de saúde, à fiscalização no comércio e a pequena produção, especialmente de alimentos municípios e estados.
Atribuições e competências:
· Vigilância sanitária de produtos:
· Autorização prévia para funcionamento de empresas;
· Licenciamento do estabelecimento industrial;
· Fabricação e comercialização de produtos sob vigilância sanitária somente após a obtenção do registro no MS;
· Segurança e eficácia de produtos devem ser cientificamente comprovadas;
· Produto deve possuir qualidade, pureza e inocuidade necessárias à sua finalidade;
· Exigência de informações sobre aspectos nocivos à saúde;
· Verificação periódica de qualidade dos produtos;
· Controle de qualidade do produto pelo fabricante;
· Notificação à autoridade sanitária, pelo produtor, de reações adversas e acidentes ocorridos com o uso de seus medicamentos;
· Comunicação prévia de cessação de fabricação de medicamento;
· Vigilância sanitária de alimentos e bebidas industrializadas e águas minerais:
· Controle sanitário em todos os estabelecimentos de comercialização e consumo;
· O alimento em processo de registro deve ser submetido análise laboratorial imediatamente após a fabricação;
· Embalagens, equipamentos e utensílios fabricados com substâncias resinosas devem passar por análises prévias ao processo de registro.
· Produtos de origem animal ficam a cargo do Ministério da Agricultura e abastecimento (MAPA), da produção à distribuição, cabendo ao setor saúde apenas o controle no comercio varejista.
· A maior parte dos municípios brasileiros não desenvolve ações de inspeção dos produtos de origem animal, nem dispõe de condições adequadas de abate.
E os produtos vegetais in natura?
· O Brasil é apontado em documento da Organização das Nações Unidas para Agricultura (FAO) como um dos países que mais exagera na aplicação de agrotóxicos na lavoura, especialmente na horticultura.
· Vigilância sanitária nos portos, aeroportos e fronteiras:
· Impedir que doenças infectocontagiosas se espalhem pelo país;
· Preservar o rebanho e a agricultura da entrada de doenças exóticas;
· Preservar as condições sanitárias nos meios de transporte.
· Vigilância sanitária de serviços relacionados com a saúde:
· Controle sanitário das condições do exercício profissional relacionado a saúde.
- Adequação das condições do ambiente onde se processa a atividade profissional;
- Existência de instalações e equipamentos indispensáveis e condizentes com as suas finalidades, e em perfeito estado de funcionamento;
- Métodos ou processos de tratamento dos pacientes, de acordo com critérios científicos e não vedados por lei.
Vigilância epidemiológica:
Observação sistemática e ativa de casos suspeitos ou confirmados de doenças transmissíveis e de seus contatos.
· Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990: Vigilância sanitária epidemiológica incluída no campo de atuação do SUS:
· Conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
Funções:
· Investigar casos, epidemias e eventos inusitados;
· Coletar dados;
· Processar, analisar e interpretar os dados coletados;
· Recomendar e/ou adotar as medidas de prevenção e controles de problemas de saúde;
· Avaliar a efetividade das medidas adotadas;
· Divulgar as informações pertinentes;
· Se o dado for ruim a informação vai ser jogada no lixo e vai comprometer todo este processo, a qualidade vai estar sempre nas nossas mãos (saber sempre e de onde tiramos esses dados e como).
Coleta de dados - tipos e fontes de dados:
· Notificação: Comunicação da ocorrência de determinada doençaou agravo à saúde, feita por autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. (ter uma suspeita de algo e um profissional vai coletar informações no local).
Utilização da ficha de notificação:
· Notificação negativa;
· Notificação individual de casos suspeitos e/ou confirmados de doenças e agravos de notificação compulsória;
· Notificação individual de casos suspeitos e/ou confirmados de doenças e agravos de interesse estadual e municipal;
· Notificação de surto ou agregado de caos/ óbitos por agravos de origem desconhecida.
· Especifica para cada doença/ agravo.
Quanto melhor a ficha for preenchida pelo profissional, mais dados vão ser coletados. Deverá ser utilizada para as doenças que são notificadas somente após a confirmação:
· AIDS;
· Esquistossomose em área não endêmica;
· Hanseníase;
· Gestante HIV +;
· Leishmaniose tegumentar americana;
· Tuberculose;
· Sífilis congênita;
· Sífilis em gestante;
· Doenças relacionadas à saúde do trabalhador.
Processamento, análise e interpretação dos dados:
· Consolidação sistemática dos dados;
· Cálculo de medidas de frequência, análise estatística e representação gráfica;
· Análise de tendência, identificação de possíveis fatores associados.
Esse levantamento foi importante para as: 
TOMADAS DE DECISÕES- AÇÃO.
· Fundamentada na analise e interpretação dos dados;
· Aplicação das medidas de prevenção e controle mais adequadas à situação.
Avaliação:
· Os resultados obtidos com as ações desenvolvidas devem ser quantificados para verificar os recursos investidos estão obtendo o impacto esperado;
Retroalimento do sistema;
· Disseminação periódica de informes epidemiológicos e notas técnicas;
· Credibilidade do sistema profissionais de saúde e lideranças comunitárias.
Dificuldades:
· Vigilância passiva (subnotificação);
· Profissionais de saúde desconhecem a obrigação da notificação bem como a lista das doenças de notificação compulsória;
· Profissionais desconhecem como e a quem notificar;
· Desconfiança de que o poder público vá realmente adotar medidas pertinentes;
Princípios da descentralização do SUS:
· Unidade operacional e administrativa mínima do sistema de saúde.

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