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1 1 Acadêmico: Wercles dos Santos Pereira 2 Professor tutor externo: Lilian Rocha Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Ciências Contábeis (CTB101) – Impacto dos Custos na Formação de Preços e no Orçamento data: 09/12/2021 IMPACTO DOS CUSTOS NA FORMAÇÃO DE PREÇO E NO ORÇAMENTO Acadêmico: Wercles dos Santos Pereira Professor tutor: Lilian Rocha RESUMO O referido estudo tem o intuito de discorrer sobre o processo de formação de preço e o resultado final incluindo custos, orçamentos e planejamento. A pesquisa é desenvolvida de forma explicativa e discursiva, enfatizando a importância dos elementos contábeis para uma empresa no momento de determinar o preço de um produto. Quando refere a formação de preço a ferramenta evidenciada é o mark-up, divisor ou multiplicador que altera conforme o método de custeio aderido. Palavras-chave: Formação de Preço; Impacto; Planejamento; Contabilidade. INTRODUÇÃO É notório observar que a organização e o planejamento devem fazer parte de uma empresa se a mesma pretende desenvolve-la e obter bons resultados. Com a constante elevação de preços, juros, tributos, é fundamental o controle do que entra e sai de uma empresa a fim de obter sucesso. A gestão de uma empresa deve estar por dentro dos custos, orçamentos, e planejamento para que não tenha mais prejuízos do que lucros. Outro fator importante a ficar atento além do controle de custos é a concorrência, pois se uma empresa foca apenas em lucrar sem responsabilidade, a probabilidade de fracasso é grande, pois existem outras empresas dispostas a seguir um protocolo que beneficia a empresa e os funcionários. Em suma, a pesquisa pretende enfatizar a importância da gestão e contabilidade de custos a fim de não sofrer os impactos causados na má formação de preços e orçamentos. Nos negócios é possível observar uma competição, seja em mais vendas, características de produtos e principalmente menor preço, sendo assim os gestores das 2 empresas devem ficar atentos as melhores formas para alavancar suas vendas, melhorar seus lucros, agradar o cliente e sobressair em relação aos seus concorrentes. De acordo com Moreira, Oliveira, Furlan, Brito e Gaio (2015) enfatizam que as empresas, de um modo geral, necessitam de meios que as auxiliem a se manterem além dos seus concorrentes, ou seja, as empresas devem ficar atentas e procurar aplicar medidas estratégicas para melhorar os seus custos e aumentar os seus ganhos em relação as outras empresas, que concorrem entre si, pois, cada vez mais a competitividade exige das empresas novas maneiras que as beneficiem. OBJETIVOS - Analisar a relação entre custos e formação de preços - Avaliar a importância de uma boa gestão - Argumentar sobre o Mark-up FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Quando trata de custos, preços, orçamentos é importante lembrar sobre a contabilidade de custos, que é uma boa aliada para manter a organização de uma empresa. O gerente deve atentar a todos os movimentos da empresa, como os preços, custos e lucros. A contabilidade de custos tem o intuito de avaliar detalhadamente as possibilidades que um gestor possui, é responsável pelos cálculos e informações a fim de garantir o desenvolvimento da empresa. A contabilidade de custos é uma parte da contabilidade experiente em gerenciar os custos dos produtos e serviços que são oferecidos por uma empresa, para então determinar as melhores condições de preços e garantir um lucro significativo a partir dos custos gerados pela sua produção. Segundo (Martins, 2010) uma ferramenta que auxilia os gestores é a contabilidade de custos, que possibilita uma melhor compreensão de qual melhor forma aplicar os preços, pois através desse determina o sucesso de uma empresa. Com a grande competitividade os clientes se tornaram mais seletos exigentes. Competitividade é um dos termos mais em voga entre 3 empresários, consultores, afinal o tempo todo as marcas estão olhando para concorrentes com foco na gestão estratégia de preços e os clientes olhando as melhores oportunidades. Os clientes influenciam o preço à medida que promovem a demanda por um produto ou serviço. As empresas precisam sempre avaliar as decisões de precificação a partir da ótica dos clientes, pois preços excessivamente altos podem fazer com que rejeitem o produto pelo de um concorrente ou, mesmo substituto” (Hornegren Et Al 2004, p. 385) Um dos maiores desafios de uma empresa é definir quanto cobrar pelos produtos ou serviços oferecidos. No entanto, não basta apenas definir, é necessário considerar uma série de fatores para realizar a formação de preços de forma equilibrada. Sendo assim é importante, pois passam a cobrar um preço que seja competitivo com relação aos concorrentes e também atrativo para os clientes, cobrindo os custos e permitindo que a empresa tenha bons lucros. No processo de formação de preço é importante uma análise realizada pelo empreendedor para definir qual será o valor cobrado por determinado produto ou serviço oferecido por ele, se atentando a alguns fatores, como custos, lucros, despesas fixas e variáveis, dentre outros. Para que o negócio tenha lucro, é necessário que o gestor contabilize detalhadamente todos os custos antes de definir o preço de venda de seu produto ou serviço, ou seja, incluir todas as despesas. Para a formação de preço, primeiramente deve delimitar todos os custos e despesas envolvidos na produção. É importante destacar que é fundamental saber diferenciar custos e despesas, já que estes são conceitos distintos. Para entender melhor a formação de preços é viável analisar o que são custos, despesas, lucros, gastos fixos, variáveis. Os custos são aqueles que estão diretamente relacionados à operação, gastos essenciais para o andamento da empesa, como a compra de materiais essenciais, pagamento de fornecedores entre outros. As despesas são os gastos relacionados à administração, ou seja, correspondem aos investimentos realizados para que a empresa possa alcançar seus objetivos e manter-se ativa, como por exemplo o pagamento de salários dos funcionários. 4 Nos gastos fixos inclui valor do aluguel, manutenção do local etc. Quando se especifica gastos variáveis inclui impostos, comissões, taxas etc. Cardoso (2011) afirma que quando os custos estiverem relacionados ao volume de atividades da empresa num certo período de tempo, estes podem ser classificados em fixos e variáveis. Ressalta-se que os custos fixos são referentes aos custos que não variam, qualquer que seja o volume de produção apresentado pela empresa, tais custos existem mesmo não ocorrendo produção (Bruni & Famá, 2012). Os custos variáveis são os que possui o valor total alterado diretamente em função das atividades da empresa (Bruni & Famá, 2012). Dessa forma os valores dos custos variáveis crescem na proporção em que o volume de atividade da empresa aumenta (Perez, Oliveira & Costa, 2006). Segundo Callado, Callado e Silva (2011) a contabilidade de custos é uma ferramenta gerencial essencial para a tomada de decisões, coletando e fornecendo informações úteis, com o objetivo de se tornar um elemento diferencial entre alternativas, esse processo de fornecimento de informações permite ao gestor possuir um entendimento mais amplo sobre os objetivos do negócio. Há inúmeros métodos para a formação de preços, e cada um deles apresenta vantagens e recomendações, que pode variar de acordo com a necessidade de cada empresa, seu momento de mercado e se está de acordo com as informações de custo disponíveis. É fundamental que seja realizado cálculos adequados à realidade da empresa para realizar a formação de preços de formacorreta. Pois estará ciente de como está sendo cobrados os preços e se estão compatíveis com seus custos e com o mercado, contribuindo também para a saúde financeira do negócio. Para administrar preços de venda, sem dúvida é necessário conhecer o custo do produto; porém essa informação, por si só, embora seja necessária, não é suficiente. Além do custo, é preciso saber o grau de elasticidade da demanda, os preços de produtos concorrentes, os preços de produtos substitutos, a estratégia de marketing da empresa, e etc. e tudo isso depende também do tipo de mercado em que a empresa atua, que vai desde o monopólio ou do monopsônio até a concorrência perfeita, mercado de commodities, e etc. (MARTINS, 2010). Para Martins (2010), administrar o preço de venda exige alguns cuidados como, por exemplo: o conhecimento sobre o custo do produto, informação que é necessária, mas que de forma isolada não é suficiente, pois além dessa informação é necessário saber também o 5 preço dos produtos da empresa competidora, além é claro do tipo de mercado, do qual a empresa faz parte. Jung e Dall’agnol (2016), afirmam que precificar compreende entender os preços que se pretende cobrar e os custos que se tem para isso, buscando primar pelo equilíbrio dos elementos que compõe o preço, dando uma maior atenção aos custos, visto que os mesmos possuem uma grande importância no que diz respeito a competitividade e rentabilidade da empresa. Em uma empresa, os custos podem ser caracterizados como tudo que relaciona com os gastos para os negócios funcionar, como taxas, despesas, impostos. Segundo Nascimento (2001) é o somatório dos bens e serviços consumidos ou utilizados na produção de novos bens ou serviços, traduzidos em unidades monetárias. Cardoso (2011), discorre que esses custos podem ser divididos em diretos e indiretos quando relativos ao produto. Os custos diretos são os relacionados aos produtos e serviços comercializados pela empresa, ou seja, tudo aquilo que têm impacto no valor final. Não é difícil de identificar e acompanhar, pois incluem itens utilizados e a mão de obra contratada para o funcionamento do negócio. Já os custos indiretos não têm ligação direta com os resultados finais da empresa. Como os serviços de energia, água, segurança, internet, limpeza. No geral, é mais complexo atribuir o valor do custo indireto para cada unidade produzida, assim, normalmente é empregado o conceito de rateio, que é determinado uma quantidade aproximada como base de cálculo. Para avaliar qual é o custo direto unitário, é possível somar os gastos de matéria- prima com os de mão de obra, dividindo o valor pelo número de produtos ou serviços consolidados em um período. A definição de custos é baseada na constância durante o mês, o fixo determina apenas que eles estão sempre presentes. Já os custos variáveis, são aqueles que são constantemente alterados em curto prazo. A matéria-prima é um exemplo, já que a quantidade adquirida altera de acordo com a produção e as vendas. O preço de venda é o valor que a empresa estabelece para os produtos e serviços que cobra dos seus clientes. Quando se refere a precificação de produtos ou serviços é um assunto que deve ser tratado cautelosamente. Para Martins (2010), administrar o preço de venda requer alguns cuidados como, por exemplo o entendimento sobre o custo do produto, e 6 além do mais é necessário saber o preço dos produtos dos concorrentes, dos produtos substitutos, e do tipo de mercado, do qual a empresa faz parte. A forma correta de fixação dos preços é a garantia, por exemplo, que os ganhos sobressaem os custos e o tão esperado lucro torne notório. Sem isso, com certeza o empreendimento apresentará dificuldades para manter-se e desenvolver. Para ter a noção de precificação é bastante simples, mas deve atentar ao equilíbrio exato entre um preço competitivo, capaz de atrair o cliente, e uma boa margem de lucro. Há algumas variáveis que podem ser consideradas para se chegar ao ponto específico. Jung e Dall’agnol (2016), afirmam que calcular o preço compreende entender os preços que se pretende cobrar e os custos que se tem para isso, buscando o equilíbrio dos elementos que compõe o preço, atentando aos custos, visto que esses possuem uma grande importância no que diz respeito a competitividade e rentabilidade do negócio. Para definir o preço de um serviço é necessário atentar a variados pontos, como despesas, impostos, gastos operacionais, pagamento de funcionários e lucros. Para definir o preço final de um produto deve se atentar ao custo pelo produto, as despesas para o funcionamento da loja e o lucro em cima da mercadoria. Nesse sentido, Bruni e Famá (2012), comentam que os principais objetivos da formação de preço são: proporcionar um maior lucro possível a longo prazo, visto que toda empresa deve buscar sua continuidade ao longo do tempo; maximizar de forma lucrativa a participação de mercado, a capacidade produtiva procurando controlar a ociosidade e o desperdício; e maximizar o capital investido para perpetuar os negócios de modo autossustentado. Conclui-se então que pode dizer que as empresas precisam ficar atentas e consciente que a formação de preços e o estabelecimento de um grau de rentabilidade desejado, precisam ser trabalhados com o maior cuidado possível. Mark-up é um índice utilizado para facilitar a precificação de venda de produto ou serviço, que aparece na definição do seu custo, o mark-up é um excelente aliado aos gestores de uma empresa. Definido, o empreendedor tem controle de seus fatores internos de produção com o que o mercado está mostrando. Ao checar o preço de um produto com base no mark- up, se esse valor se mostrar incompatível com a média, pode indicar possíveis problemas. O 7 mark-up tem a função de estabelecer preços que garantam o retorno financeiro, que em muitas das vezes não é tão fácil. Por esse motivo é importante adotar ferramentas que auxiliam na formação de preços que beneficiem o comprador e o vendedor. O mark-up funciona como uma espécie de simplificador, uma fórmula na qual são dispostos os valores de tudo que representa despesa operacional, mais a margem de lucro e o custo de produção. Esses valores, devem ser calculados criteriosamente para não alterar quaisquer resultados. Ele é importante porque permite entender a fundo seus custos, despesas e seus lucros de um modo geral. MATERIAIS E MÉTODOS A pesquisa é desenvolvida de forma explicativa e discursiva, enfatizando a importância dos elementos contábeis para uma empresa no momento de determinar o preço de um produto. A Contabilidade tem por objetivo registrar, sistematizar e documentar os atos e fatos de natureza econômico-financeira que afetam uma organização no curso de sua existência (MUNIZ, 2015). Com a intenção de evidenciar sobre relevância da discussão a respeito dos impactos dos custos na formação de preço e no orçamento foi feito um resgate de outras pesquisas como Moreira, Oliveira, Furlan, Brito e Gaio (2015), (Martins, 2010) entre outros. De acordo com os conhecimentos adquiridos, serviram como ponto de argumentos e discussão sobre os impactos na formação de preço. RESULTADOS E DISCUSSÃO Nesse trabalho foi enfatizado o que é necessário para um empreendedor realizar para atingir seus objetivos no que refere a custos, formação de preços e lucros. É importante salientar diversas questões para chegar a uma precificação final. Os impactos causados por uma precificação incorreta podem levar a falência de uma empresa. Foi analisado o que é custo, despesas, lucros, orçamentos, e um breve comentário sobre o mark-up e suas finalidades a fim de chegar a uma conclusão da importância da contabilidade na formação de preços. 8 CONCLUSÃO Esta pesquisa teve como objetivo analisar as principais estratégias utilizadaspara a formação de preço nas empresas. Conforme os resultados obtidos, constatou-se que é importante os gestores terem conhecimento do mercado em geral, de seus concorrentes, da importância da contabilidade de custos, enfatizando uma forma de facilitar a precificação que é o mark-up, o qual consiste na aplicação de um índice percentual sobre os custos. Os resultados mostraram também, que uma outra estratégia utilizada para este propósito é o uso da combinação das informações de custos e as informações de mercado. No entanto, conclui-se que para uma empresa é fundamental uma boa gestão, comprometimento e responsabilidade, não focar apenas no lucro final, mas buscar informações de que estratégias são necessárias para a formação de preços e orçamentos, pois com a grande concorrência os clientes buscam onde melhor possa atendê-los e a empresa tem por obrigação proporcionar um serviço ou produto que atenda às necessidades dos clientes com um preço justo para ambos se a mesma pretende obter sucesso. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BANCO DO EMPREENDEDOR. Formação de preços. O que é, como funciona, como calcular.2019. Disponível em: <https://www.bancodoempreendedor.org.br/conteudo/formacao-de-precos-o-que-e-como- funciona-como- calcular.html#:~:text=O%20processo%20de%20forma%C3%A7%C3%A3o%20de,e%20vari %C3%A1veis%2C%20dentre%20outros%20elementos>. Acesso em: 15/11/2021. Bruni, A., & Famá, R. (2012). Gestão de custos e formação de preço: com aplicações na calculadora HP 12C e Excel (3ª ed.). São Paulo: Atlas. Callado, A. L. C., Callado, A. A. C., & Silva, M. C. M. (2011). Caracterizando o sistema de informação gerencial na gestão de custos em micro e pequenas empresas. Revista Ciências Administrativas, 17 (2), 351-374). Cardoso, J. F. (2011). Custos e preço de venda: um estudo em restaurantes à la carte. Revista Hospitalidade, 8 (2),103-120. CRESOL.Saiba como formar um preço de venda alinhado com o lucro desejado. 2018. Disponível em: <https://blog.cresol.com.br/como-formar-um-preco-de-venda-alinhado-com-o- lucro-desejado/> Acesso em: 24/11/2021. ESTRATÉGIA E ORGANIZAÇÃO. Markup: o que é, como funciona, como calcular e exemplos. 2018. Disponível em:<https://fia.com.br/blog/markup/> Acesso em: 18/11/2021. HORNEGREN, Charles T.; DATAR, M. Srikant; FOSTER, George. Contabilidade de Custos. 9ª Edição. Editora Pearson. São Paulo. 2004. JUNG, P., & DALL’AGNOL, R. Formação de Preços em Hotelaria: Um Estudo de Caso. Revista Turismo: Visão e Ação, 18 (1),106-133. MARTINS, E. 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