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Doença Arterial Coronariana É um quadro clínico no qual o suprimento de sangue para o músculo cardíaco é bloqueado parcial ou completamente. Geralmente provocada pelo depósito gradual de placas ateroscleróticas. Mas também pode ser por espasmos na artéria, não expansão durante atividade física, defeito congênito, etc. Aterosclerose: caracterizada pela formação de placas de gordura e tecido fibroso nas paredes internas das artérias, causando obstrução que impede o fluxo sanguíneo. Síndromes Coronarianas Agudas As consequências da isquemia aguda são conhecidas como síndromes coronarianas agudas. Essas síndromes incluem a angina instável e diversos tipos de ataque cardíaco, que variam de acordo com o local e o grau da obstrução. No ataque cardíaco, a área do músculo cardíaco que recebe o fornecimento de sangue da artéria bloqueada morre (evento denominado infarto do miocárdio). QUADRO CLÍNICO – ISQUEMIA Dor ou desconforto intenso em aperto, opressão, peso ou queimação; Irradiação para pescoço, mandíbula, MMSS, dorso e estômago; Náuseas/vômitos; Sudorese; Palidez; Sensação de morte iminente. QUADRO CLÍNICO – ANGINA INSTÁVEL Pode ocorrer por diminuição da luz do vaso decorrente: fissura da placa, trombo ou alterações da vasomotricidade. QUADRO CLÍNICO - IAM É a limitação do fluxo sanguíneo de tal magnitude e duração que leva à necrose do músculo. Em 90% dos casos ocorre um evento trombótico, que se instala após a fissura da placa de ateroma. DIAGNÓSTICO História e exame físico. Enzimas cardíacas: creatina quinase total – CK e Isoenzimas. ECG. AVALIAÇÃO IMEDIATA Corrida contra o relógio = “tempo é músculo!” o ECG em 10 min + Enzimas CK (4/4 hrs). o Trombolíticos em até 30 min. o Insuflação do balão de angioplastia em até 90 minutos. CONSEQUÊNCIAS DA NECROSE Não gera potencial de ação. Não produz vetores. Não se despolariza, nem repolariza. Não se contrai, apenas conduz estímulos. Promove reações teciduais com liberação de mediadores da dor. Libera proteínas celulares para o sangue: CK- MB, Troponina, Mioglobina. TRATAMENTO - IAM Cardiologia Clínica: medicamentos e fatores de risco. Cardiologia Intervencionista: cateterismo, stent, angioplastia. Cardiologia Cirúrgica: revascularização do miocárdio. Fisioterapia: reabilitação cardiovascular. COMPLICAÇÕES – IAM Arritmias cardíacas. Distúrbios na condução ou bloqueios. Insuficiência cardíaca. Disfunções de valvas cardíacas. Aneurisma cardíaco. Ruptura cardíaca. Pericardites. Tromboembolia sistêmica. Choque cardiogênico. Insuficiência Cardíaca Incapacidade cardíaca em bombear sangue suficiente para atender as necessidades teciduais de oxigênio e nutrientes. Ocorre comprometimento na função contrátil do músculo cardíaco. IC Esquerda: complicação/congestão no pulmão. IC Direita: complicação/congestão no corpo. Os fatores reguladores do Débito Cardíaco são: contratilidade, pré-carga (pressão de estiramento, tem a ver com o retorno venoso) e pós-carga (resistência a ser vencida, HAS). Estiramento máximo suportado. Fisiopatologia das Doenças Cardíacas Pré-Carga A pré-carga pode ser medida como a pressão de sangue presente no ventrículo após o enchimento, ou seja, quanto maior o enchimento, maior será a quantidade de sangue ejetado => pré-carga aumentada. Quando se aumenta a pré-carga, normalmente há aumento da ejeção de sangue. Pré-carga aumentada: facilita/otimiza a função da bomba cardíaca. Entendida como a dificuldade enfrentada pelo ventrículo, durante o processo de ejeção. Quanto maior a pressão arterial, maior é a pós- carga, ou seja, mais difícil é a ejeção. Na verdade, o fator que mais interfere na pós- carga é a resistência vascular periférica (RTP). MECANISMOS COMPENSATÓRIOS Taquicardia. Mecanismo de Frank-Starling: conceito em cardiologia para se referir a capacidade do coração de se adaptar a variações do volume sanguíneo modificando sua contratilidade. Hipertrofia cardíaca. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ESQUERDA Incapacidade em bombear adequadamente o sangue recebido dos pulmões. Sintomas: congestão pulmonar, dispneia, tosse, fadiga, inquietação e ansiedade. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIREITA Incapacidade de esvaziamento sanguíneo. Sintomas: congestão das vísceras e tecidos periféricos, edema de extremidades inferiores, ganho ponderal, hepatomegalia e ascite, nictúria. REPERCUSSÕES DA IC Insuficiência Renal: a ic pode reduzir o fluxo sanguíneo para os rins. A consequência pode ser a insuficiência renal. Disfunções da Válvula Cardíaca: as válvulas AV permitem que o sangue flua apenas em uma direção. Em caso de expansão excessiva do coração ou pressão muito alta no interior, as válvulas podem não funcionar corretamente. Alterações do Ritmo Cardíaco: os problemas do ritmo cardíaco (arritmias) pode ser uma complicação da insuficiência cardíaca. Degeneração do Fígado: a ic pode causar um acúmulo de líquido que pressiona o fígado. Este líquido pode causar fibrose e disfunção hepática. DIAGNÓSTICO CLÍNICO Ecocardiograma: o Fração de Ejeção = VS / VDF x 100 (%): 57-64% = normal. 50-57% = apresenta os sintomas, ic preservada, sendo mais fácil de reverter. < 50% = insuficiência cardíaca. O diagnóstico precoce possibilita orientar o tratamento e reduz a mortalidade. Sintomas: dispneia, edema periférico e fadiga. Outros sintomas (relacionados ao baixo DC): o Manifestações de isquemia cerebral (hipoperfusão), com alterações do comportamento, memória, síncope e pré- sincope. o Manifestações de insuficiência vascular periférica e cianose. o Oligúria. EXAMES COMPLEMENTARES Raio X de Tórax: identifica cardiomegalia e congestão vascular pulmonar. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL REMODELAMENTO Mecanismos Compensatórios. Miocárdio – não pode se reproduzir: hipertrofia dos miócitos preexistentes. Sobrecarga de Pressão: adição de sarcômeros em paralelo (hipertrofia concêntrica). Sobrecarga de Volume: adição de sarcômeros em série (hipertrofia excêntrica). Menor eficácia contrátil. Fibrose intersticial. TRATAMENTO – NÃO FARMACOLÓGICO Dieta: o A dieta deve ser fracionada, hipolipídica, normoflicídica, hiperproteica, hipossódica. o Evitar bebidas alcoólicas. o Restrição hídrica. Condicionamento Físico: o Exercícios. o Fisioterapia (desde a UTI) – reabilitação cardiovascular. Valvopatias Valva: aparelho valvular como um todo. Válvula ou Cúspide: cada um dos seus componentes, sendo cúspides => válvulas que possuem cordas tendíneas. Valvopatias ou Valvulopatias: conjunto de doenças que se relacionam com as valvas e válvulas cardíacas. Pós-Carga Insuficiência: quando a valva não se fecha adequadamente no momento correto, permitindo o refluxo de sangue no sentido inverso ao fisiológico. Estenose: quando a valva oferece resistência ao fluxo que se faz no sentido habitual. DIAGNÓSTICO Sintomas variados: Palpitações: valvopatia mitral. Dor torácica anginosa: valvopatia aórtica. Rouquidão: estenose mitral. Insuficiência cardíaca: todas as valvopatias. Sopro sistólico em focos da base: obstrução de valvas SL. o EAo e EP. o Quanto mais tardio o pico do sopro, maior a gravidade da valvopatia. Sopro diastólico em focos da base: regurgitação de valvas SL. o IAo e IP. o Quanto mais o sopro ocupar a diástole, maior a gravidade da valvopatia. Sopro sistólico em focos do ápice: regurgitação das valvas AV. o IM e IT. Sopro diastólico em focos do ápice: obstrução de valvas SL. o EM e ET. o Geralmente acompanha um estalido de abertura da valva. o Quanto mais precoce o estalido e o início do sopro, mais importante é a estenose. INSUFICIÊNCIA AÓRTICA Fisiopatologia: o Sobrecarga do VE. o Hipertrofia e dilatação do VE. o Aumentoda PAS. TRATAMENTO INTERVENCIONISTA Hemodinâmica: cateterismo/angioplastia. Principalmente para estenoses: utilização de balões. Cirurgias: o Plastia valvar: parcial ou total. o Substituição valvar: biológica ou metálica.
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