Buscar

Principais testes de aglutinação-PCR,ASLO,VDRL,FR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Imunologia clínica 
Principais testes de Aglutinação: PCR, 
ASLO, FR, VDRL 
 
→ PCR 
A PCR é uma proteína produzida em nível 
hepático, cuja secreção é aumentada nos 
processos inflamatórios e infecciosos. 
Por ter uma meia-vida curta, com duração de até 
9 h, ela é considerada um ótimo marcador de fase 
aguda. 
Embora não seja um exame específico, a PCR é 
utilizada para diagnosticar ou monitorar processos 
inflamatórios agudos, monitorar doenças crônicas 
de cunho inflamatório ou autoimunes, monitorar 
tratamentos e realizar acompanhamentos pós-
cirúrgicos, especialmente quanto à ocorrência de 
infecções. 
Também já está estabelecido que essa proteína 
está intimamente relacionada a derrames 
cerebrais e acidentes cardiovasculares. 
A PCR pode ser detectada no sangue a partir de 10 
h depois do início do estímulo. 
O teste de aglutinação para detectar a PCR se 
baseia no princípio de aglutinação indireta, no 
qual partículas de látex acopladas a Acs anti-PCR, 
quando estão em contato com o soro do paciente, 
aglutinam na presença da PCR. 
O resultado pode ser expresso de forma 
qualitativa (positivo ou negativo) ou quantitativa. 
No caso dos resultados quantitativos, multiplica-
se o título reagente pela concentração de 
positividade da amostra para obter o valor 
numérico. 
Apesar de a intensidade da reação não ser 
proporcional à concentração plasmática dessa 
proteína, pode ocorrer efeito prozona (resultado 
falso negativo), o que indica que a amostra deve 
ser sempre testada em duplicata: pura e na 
diluição 1:10. 
É importante salientar também que amostras com 
lipemia intensa podem causar resultados falsos 
positivos. 
 
→ ASLO 
O ASLO é secretado contra toxinas liberadas nas 
infecções por bactérias do gênero Streptococcus 
do grupo A que geralmente acometem a 
garganta, portanto, a pesquisa desse Ac é 
utilizada como um indicador infeccioso 
estreptocócico de curto prazo. 
A importância de detectar as infecções por esse 
grupo bacteriano se detém, principalmente, às 
possíveis complicações que podem ocorrer se não 
houver tratamento adequado, como a ocorrência 
de febre reumática, glomerulonefrite e estenose 
cardíaca. 
Nas infecções estreptocócicas, os Acs se 
desenvolvem a partir das primeiras duas semanas 
após a infecção e aumentam exponencialmente 
nas terceira e quarta semanas, quando atingem o 
seu ápice. 
Com a convalescença, os títulos tendem a cair 
rapidamente nos primeiros meses e mais 
lentamente após o sexto mês de infecção. 
Os títulos de reatividade encontrados podem 
variar não só com as condições clínicas do 
paciente e a sua idade, mas também de acordo 
com o clima e a localização geográfica 
O teste mais utilizado para identificar a presença 
de ASLO no sangue é o de aglutinação indireta. 
Uma amostra de soro do paciente é submetida a 
um reagente no qual há partículas de látex 
revestidas por hemácias de carneiro sensibilizadas 
com a estreptolisina, o que provoca aglutinação se 
houver Acs no sangue testado. 
O resultado pode ser expresso qualitativamente, 
como reagente ou não reagente, ou 
quantitativamente, multiplicando o título de 
diluição encontrado pela concentração do 
reagente 
A presença do látex na suspensão faz com que o 
reagente apresente coloração esbranquiçada e o 
teste precise ser executado em placa de fundo 
escuro para que a visualização dos resultados seja 
possível. 
 
→ FR- Fator Reumatoide 
O FR é um Ac IgM (imunoglobulina M) que ataca 
as células do indivíduo, reagindo contra suas 
próprias imunoglobulinas G (IgG) como se estas 
fossem um corpo estranho. Por ser um auto-Ac, o 
FR é um indicativo de doença autoimune e 
atividade inflamatória. 
O FR é um dos marcadores da artrite reumatoide 
e está presente em até 80% dos pacientes adultos 
com a doença, porém, ele também pode ser 
detectado em pacientes que apresentam outras 
condições crônicas, autoimunes e infecciosas, 
mas em títulos menores, como: 
• Lúpus, 
• Sífilis, 
• Tuberculose, 
• Hepatites, 
• Endocardite e sarcoidose. 
Nessas condições, os títulos costumam ter 
aumentos transitórios de FR. A presença do FR 
também já foi observada em uma pequena 
parcela de indivíduos hígidos (4%) 
O FR pode ser detectado por duas técnicas de 
aglutinação indireta: látex e Waaler Rose. 
• Látex: uso de reagente contendo 
partículas de látex com IgG aderidas à sua 
superfície. 
• Waaler Rose: reagente formado por 
eritrócitos de carneiro sensibili-zados com 
IgG. 
Nesses dois testes, se não houver aglutinação, o 
resultado é negativo. 
Apesar de ser um exame de alta especificidade, o 
teste Waaler Rose está em desuso 
Obs: Altos níveis de FR são o principal indicador para 
o diagnóstico de artrite reumatoide, porém, eles 
devem estar associados a sinais e sintomas para a 
determinação diagnóstica final da doença. 
 
→ VDRL 
VDRL é o diagnóstico de doenças sexualmente 
transmissíveis, nesse caso específico, da sífilis, 
que é causada pela bactéria Treponema pallidum. 
Há dois tipos de testes que são capazes de 
identificar a doença, os quais são classificados em 
treponêmicos e não treponêmicos, de acordo 
com a natureza do Ag. 
Os testes não treponêmicos, como é o caso do 
VDRL, detectam Acs gerados contra o material 
lipídico liberado pelas células danificadas em 
decorrência da sífilis (cardiolipina), e não os Acs 
secretados especificamente contra o Ag. 
O teste VDRL se baseia na ligação dos Acs do soro 
do paciente com uma micela composta por 
cardiolipina, colesterol e lecitina. 
Esse teste é executado na placa de Kline — uma 
lâmina com poços escavados. Por sinalizar a 
presença desses Acs inespecíficos, o VDRL é 
considerado um exame de triagem diagnóstica da 
sífilis, já que a cardiolipina pode surgir de outras 
doenças que causam destruição celular. 
Somente os testes treponêmicos identificam Acs 
específicos contra o T. pallidum, sendo assim, a 
confirmação da sífilis só é possível por meio de um 
teste treponêmico, o que faz com que o VDRL 
tenha a desvantagem de produzir resultados 
falsos positivos, além de ter baixa sensibilidade à 
sífilis primária e latente. 
Embora a imunidade varie de indivíduo para 
indivíduo, é estimado que o teste seja capaz de 
detectar Acs a partir de 10 dias após o 
aparecimento da primeira lesão sifilítica. 
Já na sífilis secundária, quando há grande 
produção de Acs, podem ocorrer resultados falsos 
negativos em detrimento do efeito prozona. 
Por essa razão, é fundamental que as amostras de 
VDRL sejam testadas em duplicata, ou seja, tanto 
pura como diluição na proporção 1:8. Além do 
VDRL há outros três tipos de testes não 
treponêmicos realizados pela metodologia de 
floculação para a determinação da sífilis, são eles: 
• USR (unheated serum reagin), 
• RPR (rapid test reagin) e 
• TRUST (toluidine red unheated serum test) 
— todos aprimoramentos do teste de VDRL 
 
Resultados de um teste de floculação para VDRL 
 
→ Class 
 
 
→ Class 
 
 
. 
. 
. 
. 
. 
 
. 
. 
. 
 
. 
. 
. 
. 
. 
.

Continue navegando

Outros materiais