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Tecido Nervoso

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AMEC 
Turma 106 
Letícia Iglesias Jejesky 
 
1 
 
Sistema Nervoso 
O sistema nervoso é responsável por receber 
informações do meio ambiente externo através dos 
sentidos e informações do meio interno, para 
elaborar respostas sob a forma de: ações, 
sensações e informações cognitivas. 
 
Anatomia do Sistema Nervoso 
Anatomicamente, o sistema nervoso é divido em: 
1. Sistema Nervoso Central (SNC) 
Compreende o encéfalo e a medula espinal. 
2. Sistema Nervoso Periférico (SNP) 
Está localizado fora do SNC; é constituído 
por nervos cranianos (se originam no 
encéfalo), nervos espinais (se originam na 
medula espinal), os gânglios nervosos e 
terminações nervosas especializadas 
(motoras ou sensitivas). 
 
 
 
O SNP está divido em componente sensorial 
(aferente) e componente motor (eferente). 
 
 Aferente (sensorial): recebe estímulo e o 
transmite para o SNC. 
 Eferente (motor): se origina no SNC e 
transmite resposta motora aos órgãos 
efetores do corpo. 
 
 
O componente motor (eferente) é dividido em 
1. Sistema Nervoso Somático (SNS): através 
dele os impulsos no SNC são transmitidos 
diretamente através de um único neurônio 
aos músculos esqueléticos. O SNS controla 
as funções que estão sob controle 
voluntário consciente. 
2. Sistema Nervoso Autônomo (SNA): fornece 
inervação motora involuntária eferente para 
o músculo liso, o sistema de condução do 
coração e as glândulas. No SNA, os 
impulsos do SNC são transmitidos a um 
gânglio autônomo através de um neurônio e 
é repassado para um segundo neurônio 
originado no gânglio autônomo, que repassa 
o impulso para a musculatura. 
Vamos ver isso melhor em outro momento! 
 
Observação: 
Os gânglios são aglomerados de corpos celulares de 
neurônios fora do SNC. 
Um nervo é a união de vários axônios envolvidos por um 
tecido conjuntivo. Nervos são responsáveis por transmitir 
a informação do SNC para as estruturas corporais ou 
das estruturas corporais para o SNC. 
. 
AMEC 
Turma 106 
Letícia Iglesias Jejesky 
 
2 
 
Componentes do Tecido Nervoso 
O tecido nervoso consiste em dois tipos principais 
de células: os neurônios e as células da glia (células 
de sustentação). 
 
Neurônios 
O neurônio ou célula nervosa é a unidade funcional 
do sistema nervoso, que tem a função de recepção, 
transmissão e processamento de informações. Ou 
seja, é uma célula especializada em receber 
estímulos e conduzir impulsos elétricos para outras 
partes do sistema por meio dos seus 
prolongamentos. Ele apresenta basicamente três 
componentes: 
1. Corpo celular (pericário ou soma) 
2. Dendritos 
3. Axônio 
 
Corpo celular 
O corpo celular do neurônio possui núcleo redondo 
e central com nucléolo bem evidente. No corpo 
celular há projeções citoplasmáticas que formam 
ramificações chamadas dendritos. 
Seu citoplasma é rico em mitocôndrias e retículo 
endoplasmático granular (rugoso). O conteúdo 
ribossômico possui pequenos corpúsculos de Nissl. 
 
 
Corpúsculo de Nissl = pilha de REG + ribossomos 
Devido à presença do corpúsculo de Nissl os 
neurônios tem uma grande capacidade sintética de 
proteínas. 
Cone axonal: região de transição entre corpo celular 
e axônio; nesse local não existe organela. 
 
Dendritos 
Prolongamentos citoplasmáticos especializados em 
receber estímulos e transmiti-los para o corpo 
celular. 
Dendritos recebem informação da sinapse  vai 
transmitir para corpo celular  corpo celular 
processa  transmite para axônio 
Muitas vezes os dendritos são tão ramificados que 
formam estruturas chamadas árvores dendríticas. 
O que vai dizer se o dendrito é pouco ou muito 
ramificado? Se a célula nervosa tiver muita 
informação chegando, maior será a árvore 
dendrítica dela. 
 
Na maioria dos neurônios excitatórios, há espinhos 
dendríticos. Os espinhos dendríticos estão 
envolvidos na plasticidade dos neurônios 
relacionada com a adaptação, o aprendizado e a 
memória. Quando é feito o armazenamento de uma 
nova memória, por exemplo, aumenta a quantidade 
de espinhos dendríticos. 
AMEC 
Turma 106 
Letícia Iglesias Jejesky 
 
3 
 
Axônio 
Constitui a maior parte de um neurônio. É um 
prolongamento único especializado na condução e 
na transmissão do impulso nervoso para outra 
célula, que pode ser uma célula nervosa ou células 
efetoras (como tecido muscular, glândulas, etc). O 
axônio começa no cone axonal (região sem 
organela) e o seu segmento inicial é onde o PA 
(potencial de ação) é gerado. Assim como no cone 
axonal, todo o axônio é pobre em organelas, sendo 
assim, toda síntese proteica ocorre no corpo 
celular. 
O axônio pode ou não ser banhado pela bainha de 
mielina. A bainha de mielina é formada por 
segmentos que tem espaços entre elas, os nódulos 
de Ranvier. 
Como ocorre o transporte da mensagem no axônio? 
Há dois tipos de transporte 
 Transporte anterógrado: acontece no 
sentido do corpo celular para o terminal 
axônico. 
 Transporte retrógrado: ocorre do terminal 
axônico para o corpo celular. 
 
Correlações clínicas 
Vírus da raiva, do tétano e da herpes 
Esses patógenos usam a via retrógrada pra chegar 
ao SNC. Ou seja, usam o transporte retrógrado do 
axônio, entrando através dos botões terminais, 
atravessando o axônio e chegando ao núcleo 
celular. 
 
Classificação morfológica dos neurônios 
 
1. Neurônios multipolares 
Apresentam um axônio e dois ou mais dendritos. 
A direção dos impulsos ocorre do dendrito ou corpo 
celular para o axônio. Do ponto de vista funcional, 
os dendritos e o corpo celular dos neurônios 
multipolares constituem as porções receptoras da 
célula. O axônio é a porção condutora da célula. A 
porção terminal do axônio, a terminação sináptica, 
contém vários neurotransmissores que podem 
afetar outros neurônios, células musculares ou 
epitélio glandular. 
 
Dendrito ou corpo celular Axônio 
 (receptora) (condutora) 
 
2. Neurônios bipolares 
São raros e apresentam um axônio e um dendrito. 
Estão associados aos receptores dos sentidos 
(paladar, olfato, audição, visão e equilíbrio). Dendrito 
recebe informação  passam ao corpo celular  
corpo celular passa para axônio 
 
AMEC 
Turma 106 
Letícia Iglesias Jejesky 
 
4 
 
3. Neurônios pseudounipolares (unipolares) 
A maioria dos neurônios pseudounipolares consiste 
em neurônios sensitivos localizados próximo do 
SNC. Os neurônios pseudounipolares (unipolares) 
apresentam um prolongamento, o axônio, que se 
bifurca próximo do corpo celular em dois ramos 
axônicos longos. Um ramo estende-se até a 
periferia (ramo dendrítico periférico), enquanto o 
outro se estende até o SNC (ramo axônico central). 
Os dois ramos axônicos são as unidades de 
condução. 
Os impulsos são gerados nos ramos periféricos 
do neurônio, que constituem as porções 
receptoras da célula. 
 
Resumindo 
O corpo celular é “pra fora” e esse tipo de 
neurônio não tem dendritos (por isso está entre 
aspas na imagem). Os neurônios 
pseudounipolares possuem dois polos e os dois 
polos são axônios. Um polo está no SNC 
enquanto o outro polo estende até a periferia 
(esse polo da periferia é o que vai constituir a 
porção receptora da célula). A informação não 
passa pelo corpo celular. Conclui-se, portanto, 
que o neurônio pseudounipolar (unipolar) é muito 
grande, sendo especializado em longas 
distâncias. 
 
Classificação funcional dos neurônios 
 
1. Neurônios motores (eferentes) 
Esses neurônios originam-se no SNC e conduzem 
seus impulsos aos músculos, glândulas e para 
outros neurônios. Ou seja, os neurônios motores 
transmitem impulsos do SNC ou dos gânglios para 
as células efetoras (músculos, gânglios ou outros 
neurônios). 
Os neurônios eferentes somáticos enviam impulsos 
voluntários para os músculos esqueléticos. 
Os neurônios eferentes autônomos (viscerais) 
transmitem impulsos involuntários para músculo 
liso, células de condução cardíaca (fibras de 
Purkinje) e glândulas. 
 
2. Neurôniossensoriais (aferentes) 
Recebem informações sensitivas nos terminais 
dendríticos e conduzem os impulsos ao SNC para o 
processamento. Se estiverem localizados na 
periferia do corpo, monitoram mudanças no 
ambiente externo e se estão dentro do corpo, vão 
monitorar o ambiente interno. 
 
3. Interneurônios 
Estão localizados somente no SNC, funcionando 
como uma vida de conexão entre neurônios 
sensoriais e motores, formando circuitos 
complexos. 
 
 
AMEC 
Turma 106 
Letícia Iglesias Jejesky 
 
5 
 
Substância branca e cinzenta: o que são? 
No SNC existe uma segregação entre os corpos 
celulares dos neurônios e os seus prolongamentos. 
Essa segregação faz com que sejam reconhecidas 
no encéfalo e na medula espinal duas porções 
distintas. 
 
 
 
 Substância branca: essa região é 
constituída, em sua maioria, por fibras 
nervosas mielínicas, juntamente com 
algumas fibras amielínicas e células da glia 
(ainda vamos ver sobre essas células). A cor 
branca resulta da abundância de mielina que 
envolve os axônios. NÃO CONTÊM CORPOS 
CELULARES DE NEURÔNIOS, APENAS 
AXÔNIOS. 
 
 Substância cinzenta: consiste em 
agregados de corpos celulares de neurônios, 
dendritos e células da glia; a ausência de 
mielina faz com que essa região tenha uma 
aparência cinzenta no tecido vivo. 
 
 
 
 
 
 
 
Medula espinal 
 Substância cinzenta: é a região mais 
corada (parece uma borboleta) com pintas 
mais escuras (essas pintas são os corpos 
dos neurônios). Forma o H medular. 
 Substância branca: não tem corpos de 
neurônios, majoritariamente axônios e 
algumas poucas células de sustentação (da 
glia). 
 
Sinapses 
Em geral, vários neurônios estão envolvidos no 
envio de impulsos de uma parte do sistema para 
outra. Tais neurônios estão dispostos de maneira 
semelhante a uma cadeia, como uma rede 
integrada de comunicações. Os contatos 
especializados entre neurônios que possibilitam a 
transmissão da informação de um neurônio para 
o seguinte são denominados sinapses. 
 
 
 
Resumindo 
 
Região de Sinapse: é o local onde um neurônio 
encontra com outro neurônio para transmitir o 
impulso nervoso. Sinapse = passagem da 
transmissão nervosa de um neurônio para outro. 
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Circuitos neuronais: passagem de informação 
entre um neurônio e outro, é um evento em cadeia. 
 
A sinapse é apenas um impulso transmitido, mas 
quando a sinapse ocorre várias vezes, ela forma os 
circuitos neuronais. 
 
 
 
Classificação de sinapses entre neurônios 
Sinapse é a forma de comunicação entre neurônios 
e as células efetoras (células musculares, por 
exemplo) ou outros neurônios (neurônio pré-
sináptico  neurônio pós-sináptico). Elas podem 
ser de três tipos: 
1. Axodendríticas: essas sinapses ocorrem 
entre axônios e dendritos; é o tipo mais 
comum. 
2. Axossomáticas: essas sinapses ocorrem 
entre axônios e o corpo celular; é uma 
sinapse rara. 
3. Axoaxônicas: essas sinapses são 
observadas entre axônios e axônios; 
acontece muito em eventos de inibição. 
Por exemplo, quando o sistema quer inibir 
uma mensagem que foi enviada de outro 
neurônio, é mais fácil inibir nos axônios, 
como se fosse pra cortar uma mensagem. 
 
Células da glia 
São células de sustentação não condutoras 
localizadas próximas aos neurônios. Podem ser 
chamadas de células da glia, células de sustentação 
ou células neurogliais. Nas lâminas coradas pela HE 
as células da glia não se destacam bem, 
aparecendo apenas os seus núcleos. Essas células 
dão suporte físico, metabólico e proteção aos 
neurônios formando coletivamente a neuróglia. 
 
O tipo de célula da glia varia conforte o sistema que 
estamos estudando. 
 
Neuróglia central 
São os tipos de células da glia localizadas no SNC, 
são elas: 
1. Olidendrócitos 
2. Astrócitos 
3. Micróglia 
4. Células ependimárias 
 
Neuróglia periférica 
São os tipos de células da glia localizadas no SNP, 
são elas. 
1. Célula de Schwann 
2. Células satélites 
3. Variedades de outras células associadas a 
estruturas periféricas: 
 Neuroglia terminal (telóglia)  associada à 
placa motora 
 Neuroglia entérica  associada aos 
gânglios localizados na parede do TGI 
 Células de Müller  na retina 
 
Neuróglia periférica 
No SNP, as células de sustentação (células da glia) 
são denominadas neuroglia periférica. 
 
Células de Schwann 
A principal função dessas células consiste em 
sustentar as fibras das células nervosas mielinizadas 
e não mielinizadas. No SNP, as células de Schwann 
produzem uma camada rica em lipídios, a bainha de 
mielina. A bainha de mielina circunda os axônios e 
os isola do compartimento extracelular. A função 
da bainha de mielina é garantir a rápida condução 
dos impulsos nervosos. 
estímulo 
AMEC 
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7 
 
Mielinização 
O citoplasma da célula de Schwann envolve um único 
axônio. Após isso, ela vai girando em torno desse 
axônio (enrolando), formando várias camadas 
concêntricas e sobrepostas. Essas camadas vão 
compor a bainha de mielina. Ao final, teremos um 
axônio mielinizado. 
 
 
 
A bainha de mielina é segmentada (células de 
Schwann dispostas sequencialmente ao longo do 
axônio). 
 
Nó de ranvier: região onde o impulso elétrico é 
regenerado para a propagação em alta velocidade 
pelo axônio; o nó de ranvier possui muitos canais de 
sódio (como se o impulso usasse um redbull em 
cada nó de ranvier, ganhando mais energia e 
velocidade de propagação). 
 
 
Incisuras de Schmidt-Lanterman: pequenas 
quantidades de citoplasma remanescente em vários 
locais da mielina. Ou seja, ao enrolar o citoplasma 
com mielina, as células de Schwann deixam uma 
parte desse citoplasma pra trás, então o espaço em 
branco na microscopia é o pouco de citoplasma 
“esquecido” pelas células de Schwann; essas 
incisuras não possuem função fisiológica. 
 
 
 
As células não mielinizadas são envolvidas e nutridas 
pelo citoplasma das células de Schwann. 
Os axônios não mielinizadas não são “enrolados” 
pelas células de Schwann, mas, na verdade, esses 
axônios estão somente apoiados no citoplasma da 
célula de Schwann. Sendo assim, essas células não 
realizam isolamento elétrico, apenas tem papel de 
sustentação. 
 
 
Células de Schwann, degenereção walleriana e 
regeneração axonal no SNP 
As células de Schwann ajudam na remoção de 
resíduos do SNP e orientam o recrescimento de 
axônios do SNP. Se acontecer alguma lesão no corpo 
celular, o neurônio não pode regenerar e morre. Já 
lesões nos dendritos e axônio são passíveis de 
regeneração. Após uma lesão da fibra nervosa 
periférica haverá reconstrução dessa fibra. Isso é 
AMEC 
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visto na prática diária, quando sofremos uma lesão 
na pele, um corte, e percebemos alterações da 
sensibilidade daquela região por algum período de 
tempo. Não só os nervos sensitivos, mas também os 
motores e os viscerais possuem essa mesma 
capacidade de regeneração. Nas lesões axonais 
diversas ações celulares se desenvolvem com a 
finalidade de remover o segmento danificado e 
estabelecer a regeneração axonal e, assim, a 
recuperação do nervo. Quando acontece uma lesão 
do axônio, existe uma região distal à raiz e uma 
região proximal à raiz. 
No segmento distal da lesão, os axônios iniciam um 
processo de degradação chamado de degeneração 
walleriana. Os produtos dessa degeneração são 
eliminados com a ação cooperativa entre células de 
Schwann e macrófagos. A lesão axonal faz com que 
as células de Schwann se diferenciem e atuem por 
meio da síntese de moléculas de adesão celular, 
fatores neurotróficos são responsáveis pela 
formação de um canal dentro do qual o crescimento 
axonal é guiado, esse canal é chamado de Banda de 
Bunger. 
No segmento proximal da lesão, há o 
desenvolvimento do processo de regeneração 
axonal. Isso significa que cada axônio envia vários 
brotos (brotamento axonal) que atravessamo local 
da lesão e continuam seu crescimento no interior das 
bandas de Bunger. 
 
 
 
Revisando 
Importância dos macrófagos nesse processo: eles 
fagocitam todo o conteúdo que está na distal da 
lesão, isso é muito importante, pois o macrófago faz 
a limpeza que “abre” o caminho para que ocorra a 
regeneração axonal. 
Bandas de Bunger: as células de Schwann se 
diferenciam e formam “tubos celulares” que guiam a 
regeneração do axônio, esse tubo é denominado 
banda de Bunger. A banda de Bunger atua como um 
canal dentro do qual o crescimento do axônio é 
guiado; as moléculas de adesão celular juntamente 
com os fatores neurotróficos são essenciais para o 
crescimento axonal no interior deste canal. 
 
Fatores neurotróficos (neurotrofinas): moléculas de 
sinalização e adesão, que estimulam o crescimento 
axonal. Sendo assim, as neurotrofinas vão estimular 
que o axônio cresça e entre dentro da banda de 
Bunger. 
Brotamento axonal: o axônio não cresce em linha; 
ele cresce em todas as direções possíveis. Ou seja, 
surgem os brotamentos axonais e o axônio que 
entrar na banda de Bunger é o que vai ser regenerado 
e os outros vão involuir. 
 
 
AMEC 
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Células satélites 
São pequenas células cuboides que circundam os 
corpos celulares dos neurônios dos gânglios. Apenas 
os seus núcleos são visíveis em H&E. 
Essa organização das células-satélites ajuda a 
estabelecer e a manter um microambiente 
controlado em torno do corpo neuronal no gânglio, 
proporcionando um isolamento elétrico, bem como 
uma via para trocas metabólicas. 
Por conseguinte, o papel funcional da célula-satélites 
é análogo ao da célula de Schwann, exceto que ela 
não sintetiza mielina. 
 
Neuróglia Central 
Existem quatro tipos de neuroglia central. 
 
Astrócitos 
Células morfologicamente heterogêneas; são as 
maiores células da neuróglia. Os astrócitos tem a 
função de fornecer suporte físico, estrutural e 
metabólico para os neurônios e atuam na captação 
de íons e de neurotransmissores liberados no espaço 
extracelular. Eles formam uma rede celular dentro do 
SNC e se comunicam com os neurônios para 
sustentar e modular suas atividades. 
Os astrócitos fazem a ligação dos neurônios aos 
capilares e a pia-máter (camada de tecido conjuntivo 
que reveste o SNC). Os prolongamentos dos 
astrócitos vão envolver os capilares sanguíneos 
(por meios dos pés vasculares), impedindo a 
passagem de macromoléculas. Dessa forma, os 
astrócitos controlam a composição iônica e 
molecular do meio extracelular dos neurônios. 
 
 
 
 
Revisão 
Os astrócitos emitem diversos prolongamentos dos 
vasos sanguíneos até os neurônios para manter as 
junções de oclusão dos capilares que formam a 
barreira hematoencefálica. 
 
A barreira hematoencefálica é formada pelas junções 
oclusivas das células endoteliais do vaso sanguíneo, 
ou seja, poucas substâncias são permeáveis à 
barreira hematoencefálica. As substâncias que são 
permeáveis passam por dentro das células 
endoteliais. 
 
A barreira hematoencefálica é uma importante 
capacidade do sistema nervoso se proteger contra 
patógenos. Os astrócitos estabelecem a ligação entre 
os neurônios e os capilares sanguíneos e a pia-máter. 
Eles também são responsáveis por regular algumas 
funções neuronais e criam uma barreira contra 
agentes tóxicos encontrados no sangue. 
 
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/sangue
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Nas fendas sinápticas, quando vesículas de 
neurotransmissores sobram, os astrócitos pegam 
essas vesículas para evitar estímulo excedente 
desnecessário. Sendo assim, os astrócitos também 
possuem a função de regular a atividade neuronal. 
 
 
De acordo com a quantidade e o comprimento dos 
prolongamentos os astrócitos são classificados em: 
Astrócitos protoplasmáticos 
Estão predominantemente na substância cinzenta e 
possuem diversos prolongamentos citoplasmáticos 
curtos e ramificados. As pontas de alguns 
prolongamentos formam os pedicelos (pés 
vasculares) que entram em contato com os vasos 
sanguíneos. Na microscopia, ele está como se fosse 
um borrão, não dá pra visualizar muito bem. 
Astrócitos fibrosos 
São comuns na substância branca e apresentam um 
menor número de prolongamentos, os quais são 
mais finos, retos e longos. 
 
 
Resumindo 
Os astrócitos realizam a captação de 
neurotransmissores que estiverem sobrando na 
fenda sináptica, conferem suporte aos neurônios e 
fazem manutenção da barreira hematoencefálica. 
Oligodendrócitos 
É a célula responsável pela produção de mielina no 
SNC. Eles têm função semelhante à célula de 
Schwann no SNP; a diferença entre a célula de 
Schwann para o oligodendrócito, é que um único 
oligodendrócito pode mielinizar vários axônios, 
enquanto a célula de Schwann envolve somente um 
axônio com mielina. 
 
Micróglia 
São as menores células neurogliais e apresentam 
núcleos pequenos e alongados. No citoplasma 
dessas células há um predomínio de lisossomos. As 
células da micróglia fazem parte do sistema 
mononuclear fagocitário. Ou seja, essas células 
possuem função fagocítica, atuando na remoção de 
fragmentos e estruturas danificadas do SNC. 
 
Células ependimárias 
Essas células realizam o revestimento epitelial das 
cavidades do SNC preenchidas com líquido 
(ventrículos cerebrais e o canal central medular). Elas 
formam uma camada única de células epiteliais 
cuboides a colunares. Em determinadas regiões, 
essas células são ciliadas, o que facilita a 
movimentação e absorção do líquido cérebro-espinal. 
 
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Resumindo 
As células ependimárias são células de revestimento 
do sistema nervoso. Elas revestem os ventrículos do 
encéfalo e o canal central da medula. 
 
Lâminas histológicas e neuróglia central 
Apenas os núcleos das células gliais são 
reconhecíveis em HE. 
 Astrócitos: núcleos redondos, maiores e 
mais claros. 
 Oligodendrócitos: núcleos redondos e mais 
escuros. Pode ter halo claro (entrada de água= 
artefato histológico) 
 Microglia: núcleos achatados/alongados e 
escuro 
 
 
Sistema Nervoso Central 
O SNC é composto pelo encéfalo e pela medula 
espinal e protegido pelo crânio e pelas vértebras. 
 Encéfalo: está localizado na cavidade 
craniana e é subdivido em: cérebro, cerebelo 
e tronco encefálico (se conecta com a 
medula). 
 Medula espinal: está localizada no canal 
vertebral. 
As meninges são três membranas de tecido 
conjuntivo que circundam o SNC. O encéfalo e a 
medula espinal estão imersos no líquido cérebro-
espinal, que tem a função banhar, nutrir e proteger 
essas estruturas. O líquido cérebro-espinal ocupa o 
espaço entre as duas meninges mais internas. 
 
 
Existem duas regiões no SNC: substância 
cinzenta e substância branca. 
 
Córtex cerebral: formado pela substância cinzenta, 
constitui a camada mais externa do encéfalo e 
possui agregados de corpos celulares, porções 
amielínicas dos axônios, dendritos e neuroglia 
central; no tecido vivo tem aspecto cinzento por 
conta da ausência de mielina. 
Os núcleos estão localizados nas porções 
profundas do cérebro e cerebelo e são regiões que, 
além do córtex, possuem substância cinzenta. 
 
Substância branca: a substância branca constitui a 
porção mais interna, abaixo do córtex e ao redor 
dos núcleos; essa substância é formada, em sua 
maioria, por axônios mielinizados das células 
nervosas, juntamente com células neurogliais e 
vasos sanguíneos. Nessa região, existem “ilhas” de 
corpo celulares neuronais chamadas de núcleos 
(grupos de neurônios presentes dentro da 
substância branca). 
 
 
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Substância cinzenta no encéfalo 
Os tipos de corpos celulares que encontramos na 
substância cinzenta vão variar de acordo com a 
região que está sendo estudada. 
O neurópilo é uma rede de prolongamentos de 
axônios, dendritos e células gliaisque estão 
associadas à substância cinzenta. 
 
Resumindo 
Neurópilo: emaranhado de tecido neural que 
formados por prolongamentos de dendritos, 
axônios e células gliais. 
No encéfalo, a substância cinzenta está em sua 
maioria localizada na periferia (região cortical) do 
cérebro e do cerebelo. Os núcleos são agregados 
de corpos de neurônios que estão “mergulhados” na 
substância branca (já foram citados). 
O tronco encefálico não está claramente organizado 
em regiões de substância branca e cinzenta. 
 
As seis camadas do córtex são designadas e 
descritas da seguinte maneira: (professora disse que 
não há necessidade de gravar essas camadas) 
1. Camada plexiforme: células neurogliais e 
células de Cajal horizontais ocasionais. 
2. Camada de células piramidais pequenas 
(ou camada granulosa): células piramidais e 
em células granulosas, também 
denominadas células estreladas. 
3. Camada de células piramidais de tamanho 
médio (ou camada de células piramidais 
externas): células piramidais são 
ligeiramente maiores e apresentam formato 
piramidal típico. 
4. Camada granulosa (ou camada granulosa 
interna): caracteriza-se pela existência de 
muitas células granulosas pequenas 
(células estreladas). 
5. Camada de células piramidais grandes (ou 
camada interna de células piramidais): 
contém células piramidais que, em muitas 
partes do cérebro, são menores que as 
células piramidais da camada 3. 
6. Camada de células polimórficas: contém 
células com diversos formatos, muitas das 
quais fusiformes (células fusiformes). 
 
O que precisamos saber para a prova é identificar as 
diferenças entre substância branca e cinzenta. 
 
Substância branca tem pontos brancos onde a 
mielina estaria localizada, a mielina é composta de 
lipídio que é removido durante o processo 
histológico. 
 
Medula Espinal 
A medula espinal é uma estrutura cilíndrica e 
contínua com o tronco encefálico. 
 
Na medula espinal, a substância branca está 
localizada na periferia, enquanto a substância 
cinzenta está localizada na porção central e 
forma o H medular em corte transversal (em forma 
de borboleta). O H medular é onde está localizado o 
canal medular, região de passagem do líquor que é 
revestida por células ependimárias como já foi visto. 
 
 
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Substância branca da medula espinal: possui em 
sua maioria axônios mielinizados e alguns não 
mielinizados; ausência de corpos de neurônio. 
Substância cinzenta da medula espinal: possui 
corpos celulares neuronais e seus dendritos, 
juntamente com axônios e neuroglia central. 
 Cornos dorsais/posterior (parte mais 
afunilada): recebem informações sensoriais 
dos neurônios periféricos (gânglios da raiz 
dorsal). Ou seja, é no corpo posterior que 
chegam as fibras sensoriais. Os corpos 
celulares dos interneurônios estão 
localizados nos cornos dorsais. 
 Corno ventral/anterior (é a parte mais 
gordinha): contêm corpos celulares dos 
neurônios motores que dão origem à parte 
motora dos nervos periféricos. 
 
Resumindo 
Corso dorsal tem neurônios sensitivos. 
Corpo ventral tem neurônios motores. 
 
 
 
 
 
 
Tecido conjuntivo do SNC 
As meninges são três membranas de tecido 
conjuntivo que cobrem o encéfalo e a medula 
espinal. 
A camada mais externa é a dura-máter, a camada 
intermediária e a aracnoide e a camada mais 
interna é a pia-máter. 
 
 
 
Dura-máter 
É a camada mais externa; folheto espesso de tecido 
conjuntivo denso modelado. No crânio, está 
adjacente ao periósteo. Na medula, está separada 
do periósteo vertebral pelo espaço epidural. 
Aracnoide-máter (aracnoide) 
É um folheto delgado de tecido conjuntivo que está 
em contato com a superfície interna da dura-máter. 
Essa camada é avascular; o espaço entre a 
aracnoide e a pia-máter (espaço subaracnóideo) é 
uma região onde corre líquor. A aracnoide estende 
delicadas trabéculas aracnoides (parecem teias) 
até a pia-máter, essas trabéculas são compostas 
de fibras de tecido conjuntivo frouxo. O espaço 
conectado por essas trabéculas é o espaço 
subaracnóideo, que contém o líquido cerebrospinal. 
Pia-máter 
É a camada mais interna das meninges que está 
apoiada diretamente na superfície do encéfalo e da 
medula espinal. Constituída de tecido conjuntivo 
frouxo ricamente vascularizado. 
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Resumindo 
Dura-máter  tecido conjuntivo denso modelado 
Trabéculas da aracnoide  tecido conjuntivo frouxo 
Pia-máter  tecido conjuntivo frouxo 
 
Sistema Nervoso Periférico 
O sistema nervoso periférico é constituído pelos 
nervos periféricos com terminações nervosas e os 
gânglios contendo corpos celulares de células 
nervosas que residem forma do SNC. 
 
 
Nervos periféricos: consiste em um feixe de fibras 
nervosas unidas por tecido conjuntivo. Esse feixe 
de fibras transporta a informação sensitiva e 
motora entre os órgãos e tecidos do corpo e o 
encéfalo e a medula espinal. 
 
Gânglios: são agregados de corpos celulares de 
neurônios localizados fora do SNC. Diferenciam-
se em dois tipos de gânglios: aferente (sensitivos) e 
eferentes (autônomos). 
 
Envoltórios de tecido conjuntivo do nervo 
periférico 
As fibras nervosas podem ou não ser mielizadas. A 
maior parte de um nervo periférico consiste em 
fibras nervosas e células de Schwann. As fibras 
nervosas e suas células de Schwann são unidas por 
tecido conjuntivo que possui três divisões: 
 
Endoneuro 
É a camada mais internada dos três envoltórios 
sendo formada por tecido conjuntivo frouxo que 
circunda cada uma das fibras nervosas. 
Perineuro 
É a camada intermediária, circunda os fascículos 
nervosos e é formado por tecido conjuntivo 
especializado. 
Epineuro 
É a camada mais externa, sendo composto por 
tecido conjuntivo denso não modelado que circunda 
o nervo periférico e preenche o espaço entre os 
fascículos nervosos. 
 
Resumindo 
Epineuro – circunda o nervo periférico 
Perineuro – circula cada fascículo nervoso 
Endoneuro – circula cada uma das fibras nervosas 
 
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Sistema nervoso autônomo 
É a parte do SNP que conduz os impulsos 
involuntários para o músculo liso, o músculo 
cardíaco e epitélio glandular, a fim de realizar a 
manutenção da homeostase. Ele é formado por 
aglomerados de células nervosas no SNC, nervos 
cranianos e espinais e gânglios nervosos. 
Possui três divisões: 
 Sistema nervoso simpático 
 Sistema nervoso parassimpático 
 Sistema nervoso entérico 
 
Existem três formas de diferenciar o sistema 
nervoso parassimpático do simpático 
 Posição das fibras pré-ganglionares e pós-
ganglionares 
 Tamanho das fibras pré e pós ganglionares 
(tamanho dos axônio) 
Vamos falar sobre os sistemas e trataremos sobre 
essas diferenças. 
 
Sistema nervoso simpático 
Os corpos celulares estão presentes nas porções 
torácica e lombar da medula espinal. Os neurônios 
pré-sinápticos da divisão simpática estão 
localizados nas porções torácica e lombar superior 
da medula espinal. 
Resumo 
O sistema nervoso simpático possui a origem dos 
neurônios pré-ganglionares na região torácica e 
lombar (entre T1 e L2). Por isso, é comumente dito 
que o sistema nervoso simpático é toracolombar. O 
neurônio pós-ganglionar do sistema nervoso 
simpático faz sinapse em uma região distante do 
órgão alvo (ver a fibra em vermelho pontilhado na 
imagem). 
Pensando no tamanho dos axônios: 
Se o neurônio pré-ganglionar faz sinapse próximo 
da medula espinal, ele é menor do que o neurônio 
pós-ganglionar. O gânglio pré-ganglionar no 
sistema nervoso simpático é chamado de gânglio 
paravertebral justamente por ser curto e ficar 
paralelo à medula. 
A fibra pós-ganglionar é longa, pois sai de perto da 
medula e percorre uma longa distância para chegar 
ao órgão alvo. 
 
Simplificando: o neurônio sai da porção 
toracolombar da medula e vai para um gânglioparavertebral. No gânglio paravertebral ele encontra 
outro neurônio, e é esse outro neurônio que vai para 
o órgão alvo. 
Primeiro neurônio que sai da medula é curto  o 
segundo neurônio é longo, pois sai do gânglio 
paravertebral e vai para o órgão alvo. 
Medula  fibra pré-ganglionar  gânglio 
paravertebral  fibra pós-ganglionar  órgão 
 
Sistema nervoso parassimpático 
Os neurônios pré-sinápticos da divisão 
parassimpática estão localizados no tronco 
encefálico e na medula espinal sacral. Neurônios 
efetores pós-sinápticos da divisão parassimpática 
estão nos órgãos inervados. Os gânglios 
parassimpáticos são pequenos gânglios localizados 
perto ou dentro dos órgãos que inervam. 
Resumo 
No sistema nervoso parassimpático, as fibras pré-
ganglionares tem origem ou no tronco encefálico, 
ou na medula espinal sacral (S2, S3 e S4). Por isso é 
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comumente dito que o sistema nervoso 
parassimpático possui origem craniossacral. 
O neurônio pós-ganglionar, no sistema nervoso 
parassimpático, fica perto ou dentro do órgão alvo 
(ver o neurônio em verde localizado nos órgãos alvo 
da imagem da página 15). Como o gânglio pós-
ganglionar fica ou dentro ou próximo do órgão 
alvo, ele é mais curto. Sendo o neurônio pré-
ganglionar mais longo no sistema nervoso 
parassimpático. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SNC X SNP – Resposta a lesão 
Uma diferença essencial na resposta do SNC à 
lesão axônica está relacionada com o fato de que a 
barreira hematoencefálica sofre ruptura apenas no 
local de lesão, e não ao longo de toda a extensão do 
axônio lesionado. Como consequência disso: 
 Limita a infiltração dos macrófagos no SNC 
 Restringe drasticamente o processo de 
remoção da mielina (meses ou anos) 
 Formação de uma cicatriz glial (derivada 
dos astrócitos), que preenche o espaço 
vazio deixado pelos axônios degenerados. 
 
Correlações clínicas 
 
Esclerose múltipla 
Trata-se de uma doença neurológica 
desmielinizante autoimune crônica provocada por 
mecanismos inflamatórios e degenerativos que 
comprometem a bainha de mielina que revestem os 
neurônios das substâncias branca e cinzenta do 
sistema nervoso central. Ou seja, acontece a perda 
da mielina principalmente no SNC. Nessa patologia, 
por algum motivo desconhecido, a mielina é 
fagocitada. Consequentemente, a ausência da 
bainha de mielina faz com que a transmissão das 
informações seja prejudicada e sofra um atraso 
considerável. 
 
 
 
 
 
 
 
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Síndrome de Guillain-Barré 
A síndrome de Guillain-Barré é uma doença 
autoimune grave em que o próprio sistema 
imunológico passa a atacar as células nervosas, 
levando à inflamação nos nervos e, 
consequentemente, fraqueza, formigamento nas 
pernas e nos braços, perda de sensibilidade, 
alterações na pressão arterial, palpitações e 
paralisia muscular, podendo ser fatal, já que pode 
interferir na capacidade de movimentação dos 
músculos respiratórios. Células nervosas são 
danificadas, acontecendo degeneração da bainha 
de mielina. 
 
 
Hidrocefalia 
As células ependimárias são responsáveis pela 
absorção do liquor e quando ocorre algum 
problema ou alteração nessas células o líquido 
cérebro-espinal vai acumular consideravelmente, 
gerando pressão intracraniana, que, se for muito 
alta, o cérebro entra em falência.

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