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A PALAVRA ESCRITA PROVOCA LAÇOS E EMBARAÇOS NO MUNDO VIRTUAL 3

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
licenciatura plena em pedagogia
Fabriny Eveliny Meireles Costa
fernando moraes sanches
Isabela Sanches de Oliveira
Jéssica Catarina Souza Santos
Karol Aguiar Lima
Maria de Jesus Costa dos Santos
Míria Ferreira Corrêa Ferreira
A palavra escrita provoca laços e embaraços no mundo virtual
Breves
2020
Fabriny Eveliny Meireles Costa
fernando moraes sanches
Isabela Sanches de Oliveira
Jéssica Catarina Souza Santos
Karol Aguiar Lima
Maria de Jesus Costa dos Santos
Míria Ferreira Corrêa Ferreira
A palavra escrita provoca laços e embaraços no mundo virtual
Trabalho apresentado à Universidade do Norte do Paraná, como requisito parcial à aprovação no 8º semestre do curso de Pedagogia.
Breves
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
DESENVOLVIMENTO	4
CONSIDERAÇÕES FINAIS	9
REFERÊNCIAS	10
INTRODUÇÃO
Esta produção textual tem como tema “A palavra escrita provoca laços e embaraços no mundo virtual”, e buscará contemplar aspectos das diversas disciplinas deste semestre letivo, tendo como objetivo principal mostrar o papel do pedagogo na mediação de conflitos. Com base nos textos disponibilizados na plataforma, faz-se necessário a discussão sobre esta nova geração, os chamados nativos tecnológicos. A cada dia surgem novas tecnologias e isso afeta a forma que estudamos, trabalhamos, pensamos e decidimos, e em relação a isso a escola surge como espaço natural de ensino e convivência com a cultura das TIC’s.
Através das leituras e reflexão sobre este tema, nosso trabalho será analisar como a escola e o pedagogo podem desenvolver metodologias de ensino perante a esse novo que se faz presente no dia a dia do ambiente escolar, e como a internet pode ser um aliado no processo de ensino e aprendizagem. Ao final do trabalho também traremos uma proposta de jornal digital onde será abordado os pontos positivos e negativos da relação entre escola e estudantes.
10
DESENVOLVIMENTO 
O papel do pedagogo na mediação dos conflitos escolares
O pedagogo é o profissional que tem a função de mediar o trabalho pedagógico, agindo em todos os espaços de contradição para a transformação da prática escolar, assume também o papel de mediador, de articulador das relações entre o professor e o aluno. é preciso salientar que o pedagogo é o profissional que deve cultivar a esperança, a consciência crítica, o debate, a pesquisa para que a escola possa ser um lugar onde se viva a solidariedade, o respeito e a dignidade, valores que, certamente, poderão dar um novo rumo a um processo educativo transformador que, faça emergir uma outra sociedade. Segundo Libâneo,
O pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação de saberes e modos de ação, tendo em vista o objetivo de formação humana previamente definidos em sua contextualização histórica. (LIBÂNEO, 2001, p.161).
O pedagogo muitas vezes se depara com manipulação de interesses, isso pois perpassa pelo que seria ideal ao olhar dos alunos, pais, professores, direção escolar, e que com base em um histórico estrutural acabam excluindo uns aos outros, e assim sensibilizando a troca de ideias e articulações que seria plausível para uma oferta de educação humanizada e coerente com o contexto social. 
Partindo desse ponto que julgamos central, podemos ver em noticiários do dia a dia, conflitos em instituições escolares entre alunos, violência contra o professor, e em grande parte manifestações onde os educadores protestam por melhores condições de trabalho, ou alunos reivindicando uma estrutura melhor para as escolas, os conflitos fazem parte da capacidade natural do ser humano de pensar, de ser crítico. Eles existem e sempre irão existir. Ocorrem pelo choque de ideias, por divergências políticas, religiosas, profissionais ou convicções particulares de cada um. Sendo assim o pedagogo já tem por evidencias que ambos os indivíduos constituintes da instituição escolar, tem noção dos seus direitos e deveres, e ele como mediador deverá reconhecer as margens do limite de quando termina um direito de um e começa o direito do outro, a importância de estar atento e perceber pequenas mudanças comportamentais para que a intervenção seja feita desde o início e os danos sejam minimizados. Estudos sobre o trabalho docente apontam a complexidade de que se reveste o exercício do magistério no cenário contemporâneo, ressaltando, dentre outros fatores, a dificuldade dos profissionais da educação no enfrentamento das situações de conflito no espaço escolar, assim como eventuais comprometimentos do sucesso escolar dos alunos nesses contextos (Oliveira; Ferreira , 2013).
O papel do pedagogo é de grande importância ao oportunizar o aprendizado das partes em litígio em resguardar para si a autoria da construção das soluções dos conflitos, não a delegando a terceiros. Além do que, deve propiciar maior rapidez e efetividade da execução das decisões tomadas; redução do desgaste emocional e financeiro; privacidade e sigilo; redução da duração e reincidência de litígios; facilitação da comunicação entre as pessoas e promoção de ambientes cooperativos tendo como desdobramento a melhoria geral das relações.
As diferentes formas de conflito, vindo da escola, na escola, ou contra a escola, podem se dar devido à relação hierárquica presente na instituição onde se manifesta como uma forma de dominação sobre os alunos, a forma mais explícita, por meio de falas e comportamentos agressivos entre os alunos ou entre os alunos e trabalhadores do local. O professor quer que o aluno aprenda, mas percebe grande desinteresse. O aluno por sua vez a que veio à escola? Será que o objetivo do professor não está paralelo ao do aluno? Aí surgem os conflitos em que a atuação do pedagogo como mediador é imprescindível.
(...) o pedagogo responde pela mediação, organização, integração e articulação do trabalho pedagógico. Portanto, sugere a própria compreensão de que ser pedagogo significa ter o domínio sistemático e intencional das formas (métodos) através dos quais se deve realizar o processo de formação cultural. (SAVIANE, 1985).
Sendo assim não é tarefa simples para um pedagogo mediar os conflitos, pensamos que seria de mais eficiência, o próprio pedagogo buscar parcerias com psicólogos, comunicação com alunos e os próprios pais, dando livre acesso a informações e oferecendo formação sobre as práticas de ensino e a novos processos de aprendizagem, pois sabemos que a educação não é mais apenas tecnicista, estudar mais a fundo os princípios da escola e ter noção dos direitos garantidos constitucionalmente, dando ênfase aos deveres de cada membro que constitui a escola. 
Hoje o governo já disponibiliza programas que ajudam na relação de conflitos ocorridos na escola, como projetos que abordam o bullying, outros que estão voltados para a consciência social, há aqueles que trabalham diretamente no incentivo de formação do professor e aqueles que trabalham diretamente com alunos que estão em vulnerabilidade ou em processo de reabilitação social. 
Assim entendemos que o pedagogo tem um papel fundamental para solucionar esses conflitos, e que por intermédio dele, se pode alcançar resultados satisfatórios e de relevância para a escola. Pois sua função permite passar por vários lugares dialogando, conhecendo e somando para potencializar aquilo que por sua avalição acha pertinente, pois não há como reproduzir comportamentos afetuosos e compreensivos sem que haja a mínima percepção sobre. 
 Com base nesse contexto, vamos aqui enfatizar a questão mais conflituosa atualmente deparada pelo pedagogo, a pandemia referente a Covid19, que nesta discussão é uma ótima lente para visualizar as diferentes formas de mediação do pedagogo, e que mesmo sendo uma problemática global que atinge a educação, cada pedagogo de cada região trabalha diferente, isso pois compreendemos fatores que determinam cada posicionamento, por exemplo o pedagogo de instituição de educação a distância, tem mais facilidade para aderir um ensino através da internet do que um pedagogo que proponha isso para a rede pública de ensino, pois sabe que nem todos os alunos possuem equipamentos ou acesso mínimo a internet, e devido a ser um longo tempo de perda, ele como mediador busca estratégias para que os prejuízos no ensino do aluno sejam os menores possíveis, então a escola submete questionários aos alunos e pais, buscam saber como está sendo a vida do aluno neste momento difícil, e constantemente busca informação sobre como está sendo o processo do combate a pandemia. 
 Como citado aqueles que trabalham com educação EAD, devem atentar-se as práticas pedagógicas e metodologias que possam ser executadas junto aos pais desses alunos, e pensar na grade escolar como necessária para ser meta atingida, e possibilitar um ensino e aprendizagem com retorno positivo dos alunos, e nesse momento podemos ressaltar que a aproximação do pedagogo com os pais ficaram mais intensas, e geralmente pode ocorrer um conflito de questionamento dos pais, pois os mesmos podem não pensar da mesma forma ou orientar seus filhos na atividade como o pedagogo acompanha, assim poderá surgir dúvidas sobre o desenvolvimento do seu filho, que muitas vezes a questão é a falta de contato com o professor, outro fator são os alunos com alguma deficiência intelectual, já se percebe que esses tem conflitos dobrados, pois geralmente contavam com o apoio do professor assistente ou itinerante para desenvolver suas atividades, e acompanhar sua avaliação, e mais uma vez o pedagogo como mediador buscará soluções para estudar o caso desse aluno e observar as possibilidades de trabalho desse professor perante um possível retorno, ou em EAD caso o possibilidade.
Em síntese a complexidade do contexto social, político, econômico e cultural se manifesta na escola, que tem seu papel constantemente alterado por grandes reformas encetadas no campo das políticas públicas e que parecem não mudar, de forma significativa, o ideário pedagógico no qual se apoiam os profissionais da educação.
Proposta do Jornal Digital
OBJETIVOS:
Sabendo da importância das TIC’s e o mundo digital, que estão cada vez mais presente no cotidiano de boa parte da população, entende-se que é necessária a implementação do jornal digital no ambiente escolar para promover a convivência de todos que se fazem presente na escola. Diante disto os objetivos acerca deste projeto serão: 
· Detectar aspectos relevantes no uso de recurso tecnológicos para escola, buscando novas práticas de aprendizagem;
· Considerar conforme o contexto, as estratégias que o professor juntamente a coordenação, devem utilizar na sala de aula para a realização de atividades que possam envolver toda a classe, permitindo a vivência conjunta.
· Desenvolver competências e habilidades na leitura e escrita do alunado, pois sabe-se que é um recurso novo para escola.
JUSTIFICATIVA
Sabe-se que a presença de um jornal digital na escola tem potencial de alcançar imensas questões que podem ser destrinchadas neste ambiente, tornando-se uma ferramenta de construção de ideologias que mais tarde irão se multiplicar por meio do processo de ensino e aprendizagem consequentemente esse processo o levará a pensar criticamente. É importante entender também, que o mundo digital já é uma realidade, na escola ele pode se fazer presente e procurar certa diversidade cultural na tentativa de fugir de uma homogeneidade, sendo um processo social capaz de ser entendido como um conjunto de diversas aprendizagens e práticas.  
ESTRATEGIAS 
 Para este trabalho na sala de aula com os alunos, é fundamental despertar o interesse de todos com uma boa conversa levantando questionamentos e respostas, buscando pontos de interesses e a inclusão no mundo digital. Sabendo que muitos alunos ainda não estão habituados com o computador como fonte de informação, o grande desafio do jornal digital é o despertar de interesse. A presença de um jornal online na escola, pode ser entendida como um auxílio interessante para as aulas, haja vista que o estudante tem a possibilidade de desenvolver habilidades e competências no âmbito da leitura e produção textual além de inseri-los no contexto digital.
Para dar início ao projeto será necessário apresentar os seus objetivos e a partir disto buscar as opiniões da classe afim de conseguir delegar funções aos alunos. Em relação a elaboração de conteúdo, primeiramente será feito a identificação de quais assuntos serão trabalhados dentro do jornal, como exemplo citaremos o “bullying”, destacar um grupo de alunos para produzir uma matéria sobre tal temática, destrinchando pontos importante e recorrente no ambiente no qual estão inseridos, evidenciando as fragilidades e buscando alternativas de soluções.
 No decorrer do projeto, inúmeros assuntos deverão ser inseridos nesta plataforma de informação, conteúdos mais leves e conteúdo que exigem responsabilidade e seriedade para serem tratados. Sendo assim poderão então, vivenciar experiências que propiciem e solidifiquem os conhecimentos significativos no processo de aprendizagem. Estimulando a leitura e escrita, faremos com que os alunos, compreendam melhor o que estão aprendendo na escola, e o que acontece no mundo em geral, entregando a eles um horizonte totalmente novo
É importante afirmar que a presença do docente neste trajeto é fundamental, sempre auxiliando, corrigindo e inovando para que o aluno se sinta motivado em dar continuidade no jornal, haja vista que são aspectos relevantes, pois possibilitam a busca por desenvolver questões que todo profissional de educação haverá de encarar quando estiver atuando em sala de aula.
FORMA DE DIVULGAÇÃO
Para a divulgação das matérias, com conteúdos escritos pelos próprios alunos, utilizaremos a rede social “facebook”, considerando ser uma forma mais popular e buscando mais facilidade para a comunidade ter acesso a essas escritas, haja vista que a imensa maioria já está incluída neste meio de comunicação. Será então realizado a criação de uma página da escola que destaque o projeto do jornal online.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que a mediação do pedagogo na área escolar e se grande relevância e potencialidade, pois assume um lugar de fala e tomada de ações baseada em seus conhecimentos e comunicação, partindo de sua consciência de papel fundamental para os andamentos e articulações dentro da escola, bem como sua autonomia imparcial e práticas de pacificação, buscando apoio em projetos do governo ou até mesmo partindo de si uma submissão de projeto de intervenção aprovada pelo corpo docente, técnico, administrativo e estudantil. 
O papel do pedagogo é diagnosticar as reais causas dos conflitos, buscar soluções, avaliar ações e o melhor procedimento para solucionar os conflitos, nunca desistir diante de conflitos e fracassos e buscar sempre alternativas por meio da troca de experiências e da busca de informações. É importante também que o pedagogo busque formas adequadas para que a família participe e se interesse pelos assuntos que envolvem seus filhos na escola, sendo então, o intermediador na relação família, aluno e escola, promovendo uma gestão democrática e motivando a família e a própria comunidade a participarem das instâncias escolares, propiciando momentos de reflexão, sobre a importância dessa parceria que contribui para aprendizado do educando. 
Ressaltando que o pedagogo seja o mediador entre os sujeitos envolvidos no contexto escolar, portanto, o responsável em convocar reuniões para que dialoguem e reflitam intensamente sobre as ações pedagógicas que serão executas, sempre com o objetivo de beneficiar o educando.
REFERÊNCIAS
CHRISPINO, Álvaro. Gestão do conflito escolar: da classificação dos conflitos aos modelos de mediação. In. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Vol.15 n.54. Rio de Janeiro. 2007. ISSN:0104-4036On-line. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-40362007000100002&script=sci_arttextAcesso em: 15.jul.2020.
GIULIANI, C. A. ; PEREIRA, M. Z. C. Os (des)caminhos da educação profissional no Brasil. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Rio de Janeiro, v. 6, n. 20, p. 405-20, jul./set.1998.
LIBÂNEO, José Carlos. O sistema de organização e gestão da escola. In: LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola - teoria e prática. 4ª ed. Goiânia: Alternativa, 2001. Disponível em: http://www.faal.com.br/arquivos/complm/Semana2Texto4.pdf Acesso em: 16.jul.2020.
LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 1998.
MARTINS, Angela Maria; MACHADO, Cristiane. Mediação de conflitos em escola: entre normas e percepções docentes. Cadernos de Pesquisa. 2016, vol.46, n.161, pp.566-592. ISSN 1980-5314. Disponível em: https://doi.org/10.1590/198053143798. Acesso em: 16. jul. 2020.
OLIVEIRA, Elaine de Abel; MEYER, Patrícia. Jornal eletrônico escolar: uma nova abordagem de produção de conhecimento. Congresso Nacional de Educação. São Carlos. 2008. Disponível em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2008/639_717.pdf Acesso em: 17. jul. 2020.
OLIVEIRA, Victor Rodrigues; FERREIRA, Diego. Violência e desempenho dos alunos nas escolas brasileiras: uma análise a partir do Saeb 2011. Trabalho apresentado na Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia – ANPEC, 2013.
SAVIANI, Dermeval. Sentido da pedagogia e o papel do pedagogo. In: Revista ANDE. São Paulo, nº 9, p. 27-28, 1985.

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