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Evolucao do Direito Brasileiro CORRIGIDO

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REDE DE ENSINO DOCTUM
FACULDADE DE DIREITO DA SERRA
ADRIANO CINTRA CORREIA
A EVOLUÇÃO DO DIREITO BRASILEIRO
SERRA
2015
ADRIANO CINTRA CORREIA
A EVOLUÇÃO DO DIREITO BRASILEIRO
Trabalho conferido a Professora Rita Barcelos Almeida da disciplina IED-I da Faculdade de Direito da Serra, como requisito parcial para avaliação acadêmica no curso de Direito e aprovação no 1º período.
Orientadora: Prof. Rita B. Almeida
SERRA
2015
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APS-2
1. A EVOLUÇÃO DO DIREITO BRASILEIRO
1.1 COLÔNIA
A evolução histórica do Direito no Brasil foi durante muitos anos, estabelecida por um desencontro entre o país e seus habitantes mediante uma insistente ilegitimidade do poder político, falta de efetividade na organização do direito mediante uma sucessão de violações de legalidade constitucional, consolidada pela dominação de uma elite privilegiada de visão patrimonialista que, de acordo com os registros históricos, jamais teve um projeto de nação para o desenvolvimento do país e sua civilização.
Ao levarmos em consideração que o Brasil foi descoberto por Portugal no ano de 1500, porém começou a ser explorado a partir de 1532, período que antecede a colonização, verificamos que a partir dessa época Portugal passou a racionalizar a exploração no Brasil. Para que isso acontecesse o governo português precisou enviar diversas legislações com o propósito de melhor administrar a colônia em nome da Metrópole, mas principalmente em torno da exploração dos recursos.
O direito no Brasil foi estabelecido por uma imposição do governo de Portugal, muito diferente da atual legislação, cujas normativas vão de encontro à cidadania e visam a preservação ao direito de todos de forma democrática. Na verdade essa imposição tinha o intuito de preservar apenas o direito de uma minoria privilegiada. O Brasil nunca antes havia sido reconhecido como uma nação, mas sim como um território para exploração temporária.
Os principais objetivos de Portugal foram o enriquecimento rápido, a conquista e o triunfo da Metrópole em relação à Colônia. No Brasil a condição de colonizados fez com que tudo surgisse de maneira imposta pelo governo português e a evolução do direito não se consolidou no dia a dia através das relações sociais e de cidadania como vemos atualmente, mas sim por uma imposição dos colonizadores.
As principais características do Direito e sua evolução no Brasil ficaram evidenciadas por um período conhecido como leis de caráter geral e pelos forais, mais conhecidas como Cartas de Foral. Essas leis de força nacional pretendiam centralizar o poder nas mãos de dirigentes portugueses que representavam a Metrópole. Mesmo com leis de validade nacional, haviam questões locais que eram solucionadas e normalizadas por esses representantes que eram proprietários de terras, donatários, proprietários das sesmarias que foi um instituto jurídico português que normatizava a distribuição de terras destinadas à produção. Esses membros de classes privilegiadas encontravam maneiras de criar algumas normas de natureza local que, na maioria das vezes, não estavam previstas na legislação de Portugal.
Este foi um dos motivos que levaram a serem instituídas as leis de forais que se mostravam como verdadeiras miniaturas de constituições políticas no Brasil. A fase em que houve aplicação dos forais correspondeu ao início da colonização em meados do século XVI. Nesse período histórico podemos perceber que não havia uma burocratização quanto aos procedimentos jurídicos, que centralizavam em uma única pessoa as funções de legislar, de acusar e também de julgar.
A Carta de Foral foi um documento real da nobreza portuguesa, utilizado em Portugal no seu antigo império colonial, que visava estabelecer um Conselho e regular a sua administração, os limites e privilégios no Brasil. A palavra Foral deriva da expressão latina Fórum, que era o local onde se situava o conselho que mediava alguns dos problemas jurídicos daquela época buscando uma solução para os conflitos regionais.
O Foral era uma junta livre do controle português que transferia o poder do governo ao Conselho que, por sua vez, tinham certa autonomia para resolver e julgar alguns desses conflitos. A população ficava exclusivamente sob o domínio da coroa garantindo o controle das terras públicas. Muitas pessoas obtinham fazendas e propriedades também conhecida como sesmarias, nobres portugueses adquiriam terras maiores, conhecidas como Capitanias Hereditárias e em meio a esses territórios os colonos que adquiriam essas terras tinham alguns deveres para com a Coroa. Esses deveres eram estabelecidos em uma carta que ficou conhecida como Carta de Foral.
O sistema de capitanias hereditárias não alcançou o êxito esperado por Portugal. Por tal razão houve a centralização administrativa da Colônia, ao se nomear um governador-geral. Assim, o poder local dos donatários foi excluído e tomaram força as ordenações do reino, ordenações essas que correspondiam a um conjunto de normas gerais existentes. A partir de então, os rumos do Poder Judiciário e do próprio direito tiveram uma substancial modificação, haja vista o início da profissionalização e burocratização do sistema e dos seus agentes operadores.
Outro exemplo de desrespeito aos ideais de justiça foi o Pelourinho, existente em várias cidades litorâneas no Brasil, estava associada à existência de um Foral e simbolizava o poder da autoridade municipal. O Pelourinho era construído pelo Estado Português onde a legislação, as penas e as sentenças que eram aplicadas aos cidadãos, resultavam das decisões do Conselho de forma local. A ilustração do Pelourinho que se refere a uma figura de pedra, localizada no centro de uma praça, representa o local onde os infratores eram expostos e castigados por crimes cometidos. Os forais só foram instintos por volta de 1832 pelo governo português, dez anos após a independência do Brasil. Assim, aos poucos, foi se estruturando a Justiça no Brasil, através da criação de Cortes de Justiça responsáveis pela revisão das sentenças dos magistrados.
Certamente, a Metrópole, para garantir o seu domínio, tratou de enviar à Colônia um corpo burocratizado de agentes públicos. Regra geral, as burocracias procuraram ficar afastadas da população, sem que dela sofressem influências, isto é, com a profissionalização dos cargos públicos, os fatores pessoais foram afastados do centro das decisões.
Podemos claramente presumir que Portugal pretendia formar uma burocracia profissionalizada na Colônia a fim de proteger os seus interesses e sufocar as pretensões locais. Quer dizer, não era oportuno à Metrópole que no Brasil se formasse uma organização independente de governo, que privilegiasse os interesses locais. Pois, por certo, essa organização procuraria, por todos os meios, desvincular-se das normas impostas pelo colonizador.
Um ponto que merece destaque diz respeito à estrutura do Poder Judiciário e aos seus agentes operadores. Com a adoção do Governo-geral, os poderes locais foram diminuídos e houve, conseqüentemente, uma centralização das decisões, inclusive com maiores possibilidades de recursos para pleitear-se reforma das decisões.
A influência dos donatários das capitanias também se fazia sentir sobre os ouvidores em suas circunscrições, razão pela qual também se fez a incumbência de afastar essa ingerência indevida do poder administrativo sobre o poder judicial. Assim, por volta de 1708, deixou-se claro que os ouvidores das capitanias eram juízes da coroa e não dos donatários.
1.2 IMPÉRIO
Ao contrário de muitos possam presumir o Brasil começou a se tornar independente durante a fase que compreende o Período Joanino (1808-1822) onde aconteceram três importantes eventos históricos. O primeiro deles foi a Abertura dos Portos e a Liberação das Manufaturas, este foi o momento em que o Brasil passoua superar a condição de colônia com o rompimento do pacto colonial onde estava previsto que uma colônia deveria comercializar tão somente com a sua Metrópole. Como o Brasil passou a administrar a própria colônia portuguesa e comercializar com outras metrópoles, na prática, passara a deixar de ser colônia. Dois anos depois Portugal assinou os Tratados de 1810 com a Inglaterra onde estavam previstos os pactos de aliança e amizade, comercio e navegação que estabeleciam tarifas preferenciais para os produtos ingleses que eram comercializados no Brasil. Outra importante medida que merecem a nossa atenção é o fato de que esse tratado também permite que se estabeleçam no Brasil os tribunais especiais para os cidadãos ingleses, ou seja, os ingleses que cometessem crimes na colônia, não seriam julgados segundo as leis portuguesas e sim segundo a legislação da Inglaterra. Por fim a Revolução do Porto em 1820 que compreendiam três importantes reivindicações, dentre elas o Retorno da Corte a Constitucionalização de Portugal na tentativa de acabar com o absolutismo da Coroa e não menos importante a Recolonização que tinha um caráter liberal muito forte e acabou provocando por definitivo o rompimento do Brasil com Portugal.
O Brasil Imperial é o período da História Brasileira que se evidencia com a Independência do Brasil em 7 de Setembro de 1822. O Brasil deixou de ser colônia portuguesa para se tornar uma nação independente. A Independência do Brasil aconteceu não da forma como muitos brasileiros da época presumiam porquanto o Brasil continuou a ser governado por um membro da família real portuguesa.
Dom Pedro foi coroado como Imperador e Defensor Vitalício do Brasil. Para continuar como Imperador do Brasil, Dom Pedro I teve que renunciar ao trono português. Na época, muitos esperavam que aqui fosse instalado um governo republicano. Na verdade o que aconteceu foi a criação de um governo monárquico governado por um imperador.
A primeira constituição do Brasil dividiu o poder do Império em legislativo, executivo e judiciário, mas isso nada valia, pois todas as decisões desses poderes tinham que ser aprovados pelo poder Moderador, exercido pelo Imperador.
A forma autoritária com que D. Pedro I governou o Brasil fez com que o mesmo perdesse o controle do império. Revoltas começaram a surgi por todo o país. As províncias passaram exigir mais autonomia política.
A cada ano que se passava a figura do Imperador tornava-se cada vez mais impopular. Em 1831, pressionado por todos, Dom Pedro I abdicou o trono imperial brasileiro a favor de seu filho, o pequeno Pedro de Alcântara que governaria o Brasil com o título de Dom Pedro II.
O reinado de Dom Pedro II duraria até em 1889, ano em que os militares brasileiros deram um golpe de estado que extinguiu Império Brasileiro. O marechal Deodoro da Fonseca declarou extinto o regime imperial e Proclamou a República.
1.3 REPÚBLICA
O desrespeito à legalidade jurídica acompanhou a evolução do direito no Brasil, desde que D. Pedro I rescindiu a primeira Assembléia Constituinte. Das rebeliões ao longo da Regência ao golpe republicano, tudo sempre prenunciou uma estrutura distorcida, onde a força bruta diversas vezes se impôs sobre o Direito. Foi assim com o golpe do Estado Novo, com o golpe militar, com os Atos Institucionais. Intolerância, imaturidade e insensibilidade social derrotando a Constituição.
A Constituição de 1988 conferiu-nos a possibilidade de um recomeço, da perspectiva de uma nova história. Sem as velhas ilusões, sem certezas ambiciosas, com o caminho a ser feito ao andar. Mas com uma carga de esperança e um lastro de legitimidade sem precedentes, desde que tudo começou. E uma novidade. Tardiamente, o povo ingressou na trajetória política brasileira, como protagonista do processo, ao lado da velha aristocracia e da burguesia emergente.
Nesse contexto é fato que a minoria elitista não mais mantinha a onipotência e a insensibilidade da antiga dominação por homens ricos de capacidade aquisitiva elevada. Seus poderes foram atenuados por fenômenos políticos importantes, como a organização da sociedade, a liberdade de imprensa, a formação de uma opinião pública mais consciente, o movimento social e, já agora, a alternância do poder.
A efetividade da Constituição que deu origem ao início da maturidade institucional brasileira, tornou-se uma idéia vitoriosa e incontestada. As normas constitucionais conquistaram o status pleno de normas jurídicas, dotadas de imperatividade, aptas a tutelar direta e imediatamente todas as situações que contemplam. Mais do que isso, a Constituição passou a ser a lente através da qual se lêem e se interpretam todas as normas infraconstitucionais. A Lei Fundamental e seus princípios deram novo sentido e alcance ao direito civil, ao direito processual, ao direito penal, enfim, a todos os demais ramos jurídicos. A efetividade da Constituição é a base sobre a qual se desenvolveu, no Brasil, a nova interpretação constitucional.
Podemos depreender dos registros históricos que a evolução do direito brasileiro nunca antes havia representado o entusiasmo dos interesses do bem comum da coletividade. A época, objeto de estudo proposto, demonstra como se formou a gênese em nosso país de confundir-se o âmbito do público com o privado, dos interesses particulares com os interesses gerais.
Fica fácil compreender que foram os valores e crenças trazidos pelos colonizadores que predominaram na formação cultural brasileira, havendo, em conseqüência, a retração das culturas indígena e negra. Como, também, eram os colonizadores que detinham a exploração das riquezas, essa soma de fatores fez com que o direito do português, que legitimava aquele estado de coisas, imperasse de forma soberana.
Por outro lado, não há como negar que o direito assim como se apresenta não é o resultado da vontade nacional e sim daqueles que dominam ideologicamente nossa sociedade. Então, dizer que há um direito igual para todos, imparcial e afastado das lutas sociais, é um grande equívoco, uma construção ideológica no sentido negativo. Por um processo ideológico, de encobrimento da verdade, procura-se atribuir às idéias e vontades sobre o direito da classe dominante, uma validade absoluta que representa todo o conjunto social.
O conhecimento da história é um elemento fundamental e imprescindível para a formação do hodierno que represente a busca do justo. No campo do direito nacional, essa lição é oportuna e deve ser sempre lembrada pelos operadores jurídicos do presente. Entretanto o simples fato de se acumular conhecimentos históricos do passado não faz com que os problemas contemporâneos sejam resolvidos. Mas, se estes procedimentos forem devidamente analisados e trazidos para o presente, de forma crítica, tornam-se extremamente úteis para a compreensão dos problemas existentes em nosso contexto atual.
2. BIBLIOGRAFIA
CASTRO, Flávia Lages de. História do Direito Geral e Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006. 297-559 p.
LOPES, José Reinado de Lima. O Direito na História: Lições Introdutórias. 2. ed. São Paulo: Max Limonad, 2002. 281-288 p.
MARTINS FILHO, Ives Gandra da Silva. Revista Jurídica Virtual. Subchefia Para Assuntos Jurídicos. Brasília, v. 1, n. 5, set. 1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/revista/Rev_05/evol_historica.htm> Acesso em: 03 maio 2015.

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