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Equipamentos de medição

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Equipamentos de medição: tipos,
características, funcionamento
(softwares), dados e resultados
apresentados
Os trabalhadores, no cotidiano laboral, estão expostos a diversos
agentes (como o ruído, a vibração, o calor e a exposição a agentes
químicos, por exemplo) que variam de acordo com as atividades
exercidas, além dos aspectos ambientais do local de trabalho.
As avaliações quantitativas, também chamadas de
medições, são fundamentais para garantirmos que esta
exposição não resulte em doenças e penalizações para a
empresa.
Para o controle de um processo industrial, por exemplo, é
fundamental a medição de uma série de parâmetros, para isso, se faz
necessária a utilização da prática de medição do ambiente e de fatores
de risco, utilizando uma série de aparelhos de medição, como:
sonômetros, audiodosímetros, medidor de estresse térmico, luxímetro,
bomba gravimétrica, detector de gases, dosímetro de vibração humana,
dosímetro de radiação, contador Geiger, anemômetro e higrômetro.
As avaliações realizadas por instrumentos são
elementos que vão permitir a complementação de
programas de saúde e segurança do trabalho que são
SEGURANÇA DO TRABALHO
fundamentais para a saúde do trabalhador podendo também
ser utilizados em laudos de insalubridade e perícias.
Várias são as ferramentas, na área da segurança do trabalho, que
servem de apoio e que garantem a medição das condições para a
possibilidade de ação na fonte do fator de risco. É muito importante que
o profissional, Técnico em Segurança do Trabalho, saiba reconhecer cada
aparelho (função, funcionamento e calibração) e que os equipamentos
atendam às normas de qualidade dos instrumentos (IEC e ANSI),
oferecendo assim estabilidade após prolongado uso, com exatidão e
precisão de leituras. Neste tópico vamos conhecer os tipos, as
características, o funcionamento, os dados e os resultados para o
monitoramento dos fatores de riscos ambientais.
Decibelímetro
O Decibelímetro é um medidor de nível de pressão sonora (MNPS),
também chamado de sonômetro . Trata-se de um equipamento utilizado
para realizar a medição dos níveis de pressão sonora, e,
consequentemente, a intensidade de sons, já que o nível de pressão
sonora é uma grandeza que representa razoavelmente bem a sensação
auditiva de volume sonoro, quando ponderada.
O equipamento é utilizado para medições pontuais, ou seja, realiza
medições instantâneas, retornando um valor na escala de medida decibel
(dB).
Figura 1 - Medidor de nível de pressão sonora (decibelímetro ou sonômetro). 
Fonte: <http:// www.instr utherm.co m.br/ins trutherm/D efault1. asp?templa te_id=60 &old_templ ate_id=60& partner 
_id=&tu=b 2c&>. Acesso em: 9 fev. 2017.
Os aparelhos mais antigos oferecem apenas a opção de leitura
imediata dos níveis de ruído no visor, enquanto os mais modernos
contêm memória com armazenamento de dados que permite gravar
pequenos períodos de exposição.
Os aparelhos de boa qualidade atendem aos padrões da IEC
(International Electrotechnical Commission) e da ANSI (American National
Standards Institute). No entanto eles devem atender às seguintes normas:
IEC 61672 (2003): padrão para sonômetros.
IEC 60942 (1998): padrão para calibradores de nível
sonoro.
IEC 61260 (1996): padrão para filtros de frequência.
IEC 61094 (2000): microfones.
ANSI 1.25 1991 (R 2002): especificação para dosímetro.
ANSI 1.4 1983 (R 2001): especificação para medidor de
nível sonoro.
Como mostra o quadro abaixo, dependendo de sua precisão nas
medições, os medidores são classificados pela IEC em duas classes:
Padrão IEC
61672
Aplicação
Classe 1
Uso em laboratório ou campo em condições
controladas.
Classe 2 Uso geral em campo.
Tabela 1 - Padrões dos medidores de ruído conforme aplicação
Um equipamento de classe 1, conforme padrão IEC 61672, poderá
ser utilizado em laboratório ou nas empresas em geral. Já o equipamento
de classe 2, conforme padrão IEC 61672, poderá ser utilizado nas
empresas em geral. Na classe 1, os instrumentos têm uma gama mais
ampla de frequências e uma incerteza menor na medida. Uma unidade da
classe 2 é de menor custo, e isso se aplica tanto aos decibelímetros
quanto aos dosímetros e aos calibradores de ambos.
A NHO-01 (Norma de Higiene Ocupacional) especifica
que os equipamentos utilizados na avaliação da exposição
ocupacional devem ter classificação no mínimo do tipo 2.
Já a Norma Regulamentadora (NR) 15 não especifica essa
característica, ficando implícito o uso de medidores de nível
de pressão sonora classe 2 (tipo 2), no mínimo.
Os sonômetros são utilizados em medições de ruído contínuo e
intermitente, de impacto e também nas medições da área de meio
ambiente, na parte de conforto de ruído em comunidades, conforme
Resolução do Conama 01/90, utilizando-se os referenciais das Normas
Brasileiras (NBRs) 10.151 (acústica: medição e avaliação de níveis de
pressão sonora em áreas habitadas – aplicação de uso geral) e 10.152
(acústica: níveis de pressão sonora em ambientes internos a
edificações).
Para a medição do ruído de impacto, devem ser levadas em
consideração algumas recomendações práticas para a avaliação de ruído
com decibelímetros, tais como:
Utilizar um medidor de nível de pressão sonora IEC classe 2, no
mínimo.
A posição do avaliador deve ser sempre aquela que evite
interferências na medição.
O microfone deve ficar na zona auditiva dos trabalhadores
expostos.
O aparelho deve captar o maior nível sonoro existente.
Deve-se permanecer tempo suficiente para assegurar que todas
as variações do ruído sejam devidamente registradas, cobrindo
ciclos completos de trabalho, para cada ponto de medição.
Se as leituras forem feitas quando o microfone estiver exposto a
correntes de ar, podemos cometer erros importantes, para evitá-
las, devemos utilizar um acessório geralmente fornecido pelos
fabricantes e que é composto de uma “espuma” em forma de
bola, especialmente adaptada para ser colocada no microfone.
Se fizermos as medições apenas nos períodos em que o ruído de
impacto estiver presente, antes de realizar a medição, devemos
identificar o número de impactos aos quais o trabalhador está
exposto durante o dia e assim determinar uma amostragem
significativa de coletas do ruído de impacto.
Todas as medições de ruído ocupacional devem ser realizadas
próximo ao ouvido do trabalhador. Além disso, o equipamento
necessariamente deve estar com a calibração em dia e com a carga de
bateria suficiente para realizar a medição. Como, neste caso, estão sendo
realizadas medições pontuais, deve-se atentar à utilização dos resultados
obtidos, os quais podem não representar a exposição da jornada de
trabalho completa e, por isso, não são aceitos em documentos oficiais
que busquem tal caracterização.
Audiodosímetro
O audiodosímetro ou dosímetro de ruído é um aparelho utilizado
para medir a dose de ruído (entre outros parâmetros), utilizando a escala
de decibéis (dB) em determinada frequência sonora.
Existem diversos modelos de dosímetros de ruído, sendo alguns
com cabos, como na figura 2, e alguns sem cabos, como na figura 3.
Independentemente do modelo, o microfone deve ser fixado na zona
auditiva do trabalhador. Porém, no modelo com cabo, o equipamento que
registra a medição normalmente é fixado na cintura do trabalhador.
Figura 2 - Audiodosímetro de ruído com cabo 
Fonte: <https://www.instrutherm.net.br/seguranca-e-medicina-do-trabalho/acustica-e-vibracao/dosimetro-de-
ruido/dosimetro-mod-dos-600.html>. Acesso em: 23 fev. 2020.
Audiodosímetro sem cabo 
Fonte: <https://www.instrutherm.net.br/seguranca-e-medicina-do-trabalho/acustica-e-vibracao/dosimetro-de-
ruido/dosimetro-de-ruido-digital-sem-fio-mod-dos-700.html>. Acesso em: 23 fev. 2020
Sua aplicação visa a mensurar a dose de ruído que um trabalhador
recebe durante sua carga horária de trabalho diária. Isso significa que o
equipamento registra todos os níveis de pressão sonora aos quais o
trabalhador está exposto durante sua jornada de trabalho e forneceum
valor de “dose”. Tal valor representa uma espécie de média de todos os
valores coletados ao longo do turno de trabalho e caracteriza a exposição
ocupacional ao ruído (sempre levando em consideração a configuração
prévia feita no aparelho).
O dosímetro é considerado o aparelho mais eficiente e detalhista
para as medições de ruído. Conforme a Fundacentro (Fundação Jorge
Duprat e Figueiredo), os métodos de medição do ruído contínuo ou
intermitente ou ruído de impacto são apresentados na NHO-01 –
Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído.
Para a avaliação do ruído contínuo ou intermitente ser considerada
válida, devemos respeitar os critérios descritos na NHO-01, realizando
uma coleta de dose diária (ruído que o trabalhador está exposto em toda
a sua jornada de trabalho).
É importante ressaltar que uma dosimetria não deve
ser realizada em um período em que o ruído tenha
diminuído ou que as máquinas e equipamentos estejam em
parada de manutenção, por não representar a situação real
da jornada de trabalho.
Antes de iniciar a coleta, colocando o dosímetro de
ruído no trabalhador, lembre-se de posicioná-lo obedecendo
os padrões da NHO-01. Para usar o dosímetro é importante
obedecer aos critérios de medição, conforme descreve o
fabricante, com relação à temperatura, à umidade relativa
do ar e aos campos eletromagnéticos, para garantir que o
equipamento funcione perfeitamente.
Os audiodosímetros são integradores de uso pessoal (portados pelo
trabalhador), fornecem o valor total da exposição, expresso em termos de
dose (%) ou ainda o nível em dB (Leq, Lavg, TWA, TWA8h e dose
projetada), dependendo do equipamento utilizado.
Devem ser levadas em consideração algumas recomendações
práticas na avaliação de ruído com audiodosímetro:
Utilizar um medidor de nível de pressão sonora IEC classe 2, no
mínimo.
Calibrar o equipamento e ajustar as configurações sempre antes
de usá-lo.
Verificar a carga de bateria antes de iniciar a medição.
Informar o trabalhador que ele será monitorado e que o
equipamento não deve interferir em suas atividades normais.
Instruir o trabalhador para não remover o dosímetro, assim como,
para não cobrir o microfone com um vestuário ou movê-lo de sua
posição de instalação.
Informá-lo quando o equipamento será removido.
O microfone deve estar localizado em zona auditiva do
trabalhador. Prenda o microfone à roupa do trabalhador de
acordo com as instruções do fabricante.
Quando a avaliação for ao ar livre ou em áreas com pó é
importante usar a espuma protetora do microfone.
Posicionar e fixar qualquer cabo de microfone (quando for o caso)
para evitar movimentos bruscos do trabalhador e com isso
prejudicar a medição.
Verificar o dosímetro periodicamente para garantir que o
microfone esteja devidamente localizado.
O número de avaliações deve ser suficiente para identificar e
caracterizar os ciclos de trabalho. Quando a medição não cobrir
toda a jornada de trabalho, a dose determinada para o período
medido deve ser projetada para a jornada diária efetiva de
trabalho, determinando-se a dose diária (a maioria dos
dosímetros efetua a projeção de dose).
Após realizar as medições, os valores coletados são transferidos ao
computador por um software específico desenvolvido pelo fabricante.
Esse software permitirá emitir um relatório de todas as medições
realizadas de acordo com os parâmetros definidos antes do início destas
nos ajustes das configurações.
Monitor de IBUTG ou medidor de estresse
térmico
Popularmente conhecido como medidor de estresse térmico, o
monitor de IBUTG (Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de Globo)
permite a avaliação das condições do ambiente, no que se refere ao calor.
O uso do IBUTG no Brasil é fundamentado para atender às exigências do
Anexo 3 da NR-15 e às exigências da NR-09 e da NHO-06, que
determinam os limites de exposição máxima, assim como, a avaliação da
exposição ocupacional ao calor em ambientes com fontes de alta
temperatura como caldeiras, fornos, entre outros.
Figura 4 – Monitor de IBUTG ou medidor de estresse térmico 
Fonte: <https://www.asainstrumento.com.br/seguranca-do-trabalho/termometros-de-globo/protemp-4-
termometro-de-globo-digital-com-datalogger-ibutg/>. Acesso em: 22 jul. 2020.
O medidor de estresse térmico é composto de termômetro de globo,
termômetro de bulbo úmido natural e termômetro de bulbo seco. Veja a
seguir:
Termômetro de globo
O termômetro de globo determina a temperatura de globo (tg) e se
constitui de:
Uma esfera oca com 1mm de espessura e diâmetro de 152,4 mm,
pintada em preto fosco, emissividade de 0,95 e com abertura na
direção radial, adicionada por um duto cilíndrico que serve para a
inserção e fixação do termômetro.
Um termômetro de mercúrio com escala de +10°C a +120°C e
subdivisões de 0,2°C ou menores e exatidão entre +/- 0,5°C e +/-
1,0°C.
Uma rolha cônica, de cor preta, de borracha, com diâmetro
superior de 20 mm, diâmetro inferior de 15 mm e altura de 20 mm
a 25 mm, aberta no centro. Essa abertura permite uma fixação
selada do termômetro.
Termômetro de bulbo úmido natural
O termômetro de bulbo úmido natural serve para a determinação da
temperatura de bulbo úmido natural (tbn) e se constitui de:
Um sensor de temperatura com diâmetro mínimo de 6 mm +/- 1
mm com escala mínima de +10°C a +50°C, com subdivisões de
0,1°C ou menores, e exatidão de mais ou menos 0,5°C.
Um recipiente de 125ml com água destilada.
Um pavio de tecido de algodão, na cor branca, com alto poder de
absorção de água e com comprimento de 100mm.
Termômetro de bulbo seco
O termômetro de bulbo seco é destinado à determinação da
temperatura do ar, a qual chamamos de temperatura de bulbo seco (tbs),
e deve ser composto por um sensor de no mínimo +10°C a +100°C, com
subdivisões de 0,1°C ou menores e exatidão de +/- 0,5°C.
Antes de iniciar as medições, é necessário observar alguns
aspectos:
Integridade física e/ou eletromecânica do equipamento
Coerência das respostas obtidas
Carga das baterias, a fim de garantir o tempo de medição
Calibração do equipamento, conforme NHO-06
Necessidade de uso de cabo de extensão
Umidificação prévia do pavio (instantânea ao entrar em
contato com a água destilada)
Necessidade de trocar o pavio ou a água no início da
avaliação devido a sujidades
Como acessórios e equipamentos complementares temos:
Tripé do tipo telescópico
É um dispositivo pintado de preto fosco que se destina à montagem
e posicionamento do medidor de estresse térmico, na altura necessária
para a avaliação da exposição ao calor, por parte dos trabalhadores
expostos.
Conjunto de garras e mufas
São acessórios com a função de fixação do sistema de medição,
pintados em preto fosco. Como exemplos de garras com mufas, temos:
do tipo pinça, para fixar o termômetro de globo seco e para fixar o globo
(aplicáveis apenas em modelos antigos do tipo conjunto ou árvore de
medição).
Cronômetro
Serve para determinar o tempo de permanência em cada situação
térmica, assim como, os tempos de duração de cada atividade física.
Para a montagem dos termômetros, devemos posicionar o tripé
próximo à fonte principal de calor, com os termômetros na altura de
maior intensidade de calor. Quando não for possível definir a altura de
maior intensidade de calor, devemos deixar os termômetros na altura do
tórax do trabalhador. Devemos posicionar as escalas de medição na
direção inversa da fonte de calor, para que possamos verificar as
medições, sem que ocorra bloqueio da fonte de calor. As leituras devem
ser iniciadas após vinte e cinco minutos (25 minutos) de estabilização e
precisam ser repetidas a cada minuto.
Após este tempo, iniciamos a coleta das informações de
temperatura dos termômetros fazendo, no mínimo, cinco coletas de
temperatura durante o período definido para medição.
Luxímetro
O luxímetro é um medidor de iluminância, ou seja, é capaz de medir
a quantidade de luz que incide sobre determinada área. O equipamento
deve conter fotocélula corrigida para a sensibilidade doolho humano e
para o ângulo de incidência da luz.
Conforme Brevigliero, Possebom e Spinelli (2009), um luxímetro é
um mini amperímetro que fica ligado a uma célula fotoelétrica. A luz
incidindo sobre a célula fotoelétrica forma uma corrente que carrega
positivamente o semicondutor da célula e a parte metálica do sensor fica
carregada negativamente, assim gerando uma diferença de corrente. A
corrente é lida pelo luxímetro e convertida para o valor equivalente em lux
(unidade de iluminância) nos aparelhos digitais e é indicado por meio de
uma escala graduada nos aparelhos analógicos.
Figura 5 - Imagem de Luxímetro 
Fonte: <http:// media.felap.com. br/catalog/ product/cache/3/i mage/9df78eab33525d 08d6e5fb8d2713 
6e95/0/7/07-06 049_luximetro _ld_300_digital_escala_0_ 50000_aut_instrut herm.jpg>. Acesso em: 9 fev. 2017.
Para efetuar uma medição com o luxímetro devemos considerar
alguns aspectos descritos na NHO-11, referente à avaliação dos níveis de
iluminamento em ambientes internos de trabalho:
Ajustar o instrumento para escala adequada.
Posicionar de forma a não gerar sombras sobre o sensor.
Usar o sensor paralelo à superfície a ser medida, seja ela reta,
seja ela inclinada. Caso não haja uma superfície de trabalho,
executar a medição a 75 cm do chão.
Realizar a medição em diferentes pontos de trabalho, conforme
definições da NHO 11.
Quando for executada com o sensor na mão de uma pessoa e não
sobre uma superfície de trabalho, realizar a medição com cuidado
(o aparelho precisa se manter nivelado).
Sempre seguir as orientações do fabricante quanto ao tempo de
estabilização do equipamento, antes de começar a realizar a
primeira leitura.
Figura 6 - Medição utilizando um luxímetro 
Fonte: <https:// automacaoif rsrg.file s.wordpress. com/2013 /06/lux-me ter-hue1 .png?w=487>. Acesso em: 9 fev.
2017.
Após o levantamento da medição de iluminação, devemos consultar
a NHO-11, a qual dispõe sobre os valores definidos tanto para grupos de
tarefas visuais quanto para tipo de atividade exercida no aspecto de
iluminação de ambientes. Para cada ambiente de trabalho, é determinado
um nível de iluminamento mínimo.
Observe um trecho da tabela de iluminamento apresentada pela
NHO-11:
Tipo de
ambiente, tarefa
ou atividade
E (lux)* IRC/ Ra* Observações
1. Áreas gerais da edificação
Saguão de
entrada
100 60
Sala de espera 200 80
Área de
circulação e
corredor
100 40
Em entradas e saídas,
estabelecer uma zona
de transição para evitar
mudanças bruscas.
Escada, escada
rolante e esteira
rolante
150 40
Rampa de
carregamento
150 40
Refeitório e
cantina
200 80
Sala de descanso 100 80
Sala para
exercícios físicos
300 80
Vestiário,
banheiro e
toalete
200 80
Tabela 2 – Níveis de iluminância mínima segundo NHO-11 
Observação: 
* E (lux): níveis de iluminamento mínimo. 
* IRC/Ra: índice geral de reprodução de cor.
Bomba de amostragem de ar
A bomba gravimétrica possibilita a coleta de gases, vapores, névoas,
neblinas e, poeiras de uma forma geral, incluindo fumos metálicos. As
amostras coletadas são encaminhadas aos laboratórios para análises
químicas, com base em métodos analíticos, para quantificação das
respectivas concentrações.
Devemos comparar os resultados das avaliações dos produtos com
os seus limites de tolerância, tomando o cuidado para que esses limites,
no caso de produtos químicos, não sejam valores absolutos em que se
estabeleçam parâmetros rígidos entre o que seja aceitável e o que não
seja aceitável, entre o que seja seguro e o que não seja seguro.
Figura 7 - Bomba gravimétrica 
Fonte: <http:// itest.com.br/ config/imag ens_conteud o/produtos/i magensGRD/GR D_14_BDX-II.jpg>. Acesso em:
9 fev. 2017.
Por meio da utilização da bomba de amostragem de ar, é possível
realizar a medição da exposição ocupacional dos trabalhadores e projetar
essa avaliação para a jornada de trabalho deles.
Veja alguns exemplos de métodos de coleta baseados na NHO-04,
sobre método de ensaio (método de coleta e análise de fibras em locais
de trabalho), e na NHO-08, sobre coleta de material particulado sólido
suspenso no ar de ambientes de trabalho.
Coleta de fibras
O método de coleta de fibras é usado para identificar a
concentração de fibras no ar em um ambiente de trabalho. As
informações referentes a esta coleta estão baseadas na NHO-04. Os
materiais utilizados para coleta de fibra são: porta filtro, filtro de
membrana, suporte de celulose, pinças planas, etiqueta adesiva ou
caneta para retroprojetor, fita de teflon, detergente neutro e bomba de
amostragem, conforme determinação da NHO-04.
Para prepararmos os filtros devemos retirá-los cuidadosamente da
embalagem com a pinça e colocá-los no porta-filtros. Devemos
selecionar quatro por cento (4%) dos filtros da embalagem para compor
grupo controle dos filtros. O grupo controle dos filtros está representado
por aqueles que serão utilizados para identificar se foram contaminados
ou não antes da coleta. Será necessário realizar uma preparação em
ambiente adequado, com uso de capela e equipamentos de proteção
individual, para inserir acetona nas amostras-controle, seguindo a NH0-
04. Os filtros-controle deverão ser identificados, assim como a
embalagem de filtros a que pertencem, pois, se constatado que o lote
está contaminado, as amostras serão descartadas, precisando realizar
nova coleta.
Após as amostras-controle serem preparadas devemos vedar a
borda do porta-filtros com fita teflon e então fechá-lo. É importante
analisar a integridade dos porta-filtros, calibrar a bomba de amostragem,
verificar as condições dos materiais que serão utilizados na coleta,
montar o conjunto de amostras, retirar a tampa do porta-filtros e iniciar a
medição. Com o término do tempo de coleta, devemos retirar os porta-
filtros da bomba e fechá-los, identificando como filtro utilizado, para que
não sejam misturados com os outros filtros.
Coleta de material particulado sólido suspenso no ar
O método de coleta de material particulado sólido suspenso no ar é
descrito na NHO-08 da Fundacentro. Os materiais que são necessários
para a coleta dos particulados sólidos são: separador de partícula,
bomba de amostragem, filtro de membrana, porta-filtro, tripé e mangueira.
É fundamental a escolha do laboratório para envio das amostras,
assim como o método utilizado pelo laboratório escolhido, pois, para que
não haja riscos de contaminação das amostras, o laboratório deve enviar,
para o local a ser monitorado, os filtros de coleta.
Para a coleta devemos seguir alguns passos, como: montar o
sistema de coleta, anexando a mangueira na bomba e no porta-filtros já
montado, verificar se a entrada de ar está desobstruída, ligar a bomba,
anotar na planilha os dados pertinentes (data e hora de início e término
da coleta, número da amostra, entre outras observações), observar o
processo de trabalho durante a medição, desligar a bomba e desconectar
a mangueira e o porta-filtro. Por fim, tampar a entrada e saída de ar do
porta-filtro colocando-o em uma caixa adequada para o transporte.
Sendo a coleta individual, devemos prender a bomba ao cinto ou à
cintura do trabalhador, passando a mangueira pelas costas e axilas e
fixando-a no ombro, junto da zona respiratória. Quando a coleta for
estática, devemos montar o tripé no local selecionado e então fixar a
bomba nele.
Detector de gases - leitura instantânea
O detector de gases é um equipamento utilizado na medição de
concentração de diferentes tipos de gases e vapores de substâncias
químicas no ambiente de trabalho, por meio de amostras instantâneas,
ou seja, de medições pontuais. As amostras instantâneas são aquelas
coletadas com o uso de instrumentos que permitam a determinação da
concentração de um contaminante no ar, em um espaço representativo
de um determinado local e em um dado instante. O tempo total de coleta,
nestes casos, deve ser inferior a 5 minutos.
Normalmente são usados para medir gases ou vapores como
propano, metano, sulfeto dehidrogênio, combustíveis, explosivos,
oxigênio, entre outros. Cada gás ou vapor tem necessidade de ser medido
com sensor específico e com calibração específica.
Figura 08 - Detector de gás 
Fonte: <http:// www.instrutem p.com.br/As sets/P rodutos/SuperZ oom/MXL2_63592 443184 0532517.jpg> Acesso
em: 9 fev. 2017.
Este tipo de equipamento é utilizado em liberações de serviços
como entrada em espaços confinados e na avaliação instantânea de
exposição. Usualmente encontramos medidores multigases com
medição de dois e até seis gases simultaneamente.
Abaixo visualizaremos uma tabela que sugere as circunstâncias de
utilização dos detectores de gases.
Deficiência de Oxigênio Maioria das circunstâncias
Enriquecimento de
Oxigênio
Presença de fonte de oxigênio
Monóxido de Carbono
Escapamento do motor, processo de
combustão
Dióxido de Nitrogênio Escapamento diesel, silos
Gás Sulfídrico
Esgoto, águas residuais, processos
petroquímicos e celulose
Outros gases e vapores
inflamáveis
De acordo com o processo
Tabela 3 - Circunstâncias de utilização dos detectores de gases
A seguir temos uma tabela com os valores sugeridos para entrada
(espaço confinado) e trabalho.
Substância Entrada Trabalho
Oxigênio 20,9 % 20,9 %
Inflamáveis 0% do L.I.E. < 5% do L.I.E.
Monóxido de Carbono 0 ppm < 25 ppm
Gás Sulfídrico 0 ppm < 10 ppm
Tabela 4 - Valores sugeridos para entrada (espaço confinado) e trabalho
Dosímetro de vibração humana
Os dosímetros de vibração são utilizados para medir as Vibrações
de Corpo Inteiro (VCI) e Vibrações em Mãos e Braços (VMB). O
instrumento mede tanto as vibrações localizadas, como em
equipamentos como marteletes, compactadores, lixadeiras e
maquinários pesados como tratores e retroescavadeiras, por exemplo.
Conforme a NR-09, a avaliação de vibração deve ser realizada pelos
procedimentos apresentados através da NHO-09 (Avaliação da
Exposição Ocupacional a Vibração de Corpo Inteiro – VCI) e da NHO-10
(Avaliação da Exposição Ocupacional a Vibração em Mãos e Braços -
VMB) Fundacentro.
A avaliação da exposição ocupacional a Vibração de Mãos e Braços
(VMB) deve ser realizada por meio de sistemas de medição que
permitam obter a aceleração resultante de exposição normalizada (aren),
parâmetro representativo da exposição diária do trabalhador exposto.
Figura 9 - Imagem de dosímetro de vibração humana para vibração de corpo inteiro (VCI) e vibração em
mãos e braços (VMB) 
Fonte: <https:// encrypted-tbn 1.gstatic.com/im ages?q=tbn:ANd9GcQ C96lLbMmL2J-_9s1a- lCa94ktoI2sjAI5Nvd 
LlCKKdNtnHfhv>. Acesso em: 9 fev. 2017.
Vibração de corpo inteiro
Os medidores para avaliação da vibração de corpo inteiro devem ser
integradores e precisam atender aos requisitos da Norma ISO 8041
(2005), conforme os parâmetros listados abaixo:
Circuitos de ponderação para corpo inteiro: 
Wk para o eixo “z” 
Wd para os eixos “x” e “y”
Fator de multiplicação “fj” em função do eixo
considerado: 
fx = 1,4 
fy = 1,4 
fz = 1,0 
Medição em rms
Devemos utilizar acelerômetros de assento para a avaliação da
exposição ocupacional a vibrações transmitidas por assentos.
As medições da vibração transmitida ao corpo inteiro devem ser
realizadas utilizando um acelerômetro do tipo triaxial.
Em atividades realizadas em pé, as medições terão de ser feitas
com acelerômetros fixados ao piso. Os fabricantes dos acelerômetros
oferecem diferentes alternativas de fixação, como: parafusos, cintas,
bases magnéticas e cera.
Para a montagem dos acelerômetros devemos tomar cuidado com
a disposição e a fixação dos cabos de conexão ao medidor, colocando-os
de forma a não prejudicar a movimentação e o posicionamento do
trabalhador avaliado.
Precisamos proteger o medidor (principalmente as conexões
elétricas) com uma película de PVC ou outro material que faça a vedação,
quando detectarmos a presença de aerodispersoides ou umidade na hora
da medição.
Antes de iniciarmos as medições, devemos:
Verificar as condições do conjunto de medição, incluindo: cabos,
conexões e acelerômetro.
Conforme as instruções do manual de operação e os parâmetros
da NHO-09, é preciso ajustar os parâmetros de medição e verificar
as condições de carga das baterias.
De acordo com as instruções do fabricante, efetuar a regulagem
do medidor.
O trabalhador a ser avaliado deve ser informado:
Sobre o objetivo do trabalho e como as medições serão
realizadas.
Que a medição não deve modificar seu modo de trabalho e suas
atividades habituais, informando ao avaliador qualquer
ocorrência que não seja habitual da tarefa.
Sobre a fragilidade dos dispositivos utilizados.
De que os dispositivos só podem ser manuseados e removidos
pelo avaliador.
Para realizar a medição devemos fixar o acelerômetro no centro do
acento, caso o trabalho seja realizado em um posto sentado, como um
trator, ou no chão, caso o trabalho seja realizado em um posto de trabalho
em pé, de forma que fique bem centralizado no local onde o trabalhador
estiver pisando. Fixe o transdutor de vibração conforme as
especificações do fabricante, cuidando para não comprometer o sinal de
vibração, a atividade de trabalho e o ajuste no acelerador.
Figura 10 - Exemplo de acelerômetro ajustado ao acento do banco do motorista do trator 
Fonte: <http://d ocplayer.com.br /16698771-Vi bracao-de-cor po-inteiro-em- motoristas-de- onibus-associac ao-
com.html>. Acesso em: 9 fev. 2017.
O equipamento de medição deve ser verificado durante a medição
para assegurar que o acelerômetro esteja posicionado de modo
adequado e que os cabos e as conexões estejam instalados de forma
correta.
A retirada do acelerômetro do ponto de medição deverá ocorrer
após a interrupção da medição.
O quadro a seguir apresenta as considerações técnicas e a atuação
recomendada em função dos valores da aceleração resultante de
exposição normalizada (aren) ou do valor de dose de vibração resultante
(VDVR), conforme segue:
aren
(m/s²)
VDVR(m/s )
Consideração
técnica
Atuação recomendada
0 a
0,5
0 a 9,1 Aceitável
No mínimo, manutenção
da condição existente.
> 0,5 a
< 0,9
>9,1 a < 16,4
Acima do
nível de ação
No mínimo, adoção de
medidas preventivas.
0,9 a
1,1
16,4 a 21
Região de
incerteza
Adoção de medidas
preventivas e corretivas
visando à redução da
exposição diária.
Acima
de 1,1
Acima de 21
Acima do
limite de
exposição
Adoção imediata de
medidas corretivas.
Quadro 1 - Critério de julgamento e tomada de decisão para resultados na avaliação da Vibração de
Corpo Inteiro (VCI) 
Fonte: NHO-09 da Fundacentro
O limite de exposição ocupacional diária à VCI corresponde ao:
Valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren)
de 1,1 m/s².
Valor da dose de vibração resultante de 21,0 m/s .
Vibração de mãos e braços
Os medidores da avaliação da exposição à vibração em mãos e
braços devem atender aos requisitos da Norma ISO 8041 (2005) e
estarem ajustados aos seguintes parâmetros:
1,75
1,75
Circuito de ponderação para mãos e braços (Wh)
Fator de multiplicação em função do eixo
considerado: 
f j = 1,0 para os eixos “x”, “y” e “z”
Medição em rms.
A seleção dos acelerômetros (transdutor de vibrações) deve ser
realizada conforme o tipo de montagem necessária para o
posicionamento e fixação do transdutor, bem como das características
do sinal a ser medido, como: amplitudes, frequências e ocorrência de
picos elevados (por exemplo: em ferramentas de percussão).
Para a melhoria nos procedimentos de avaliação da exposição a
vibrações, tem-se estudado o desenvolvimento de novos sistemas de
medição, os quais utilizam transdutores cada vez menores, como
dispositivos na forma de luvas que o trabalhador deverá calçar durante a
medição.
Importante ressaltar que o conjunto dos dispositivos
de fixação e do acelerômetro deve ter massa inferior a 10%
da massa do componente vibrante, ou seja, punho, corpo
da ferramenta ou peça trabalhada.
Quando necessária a utilização de acessórios complementares,
como adaptadores de acelerômetros e filtros mecânicos, devemos fazera seleção de forma bastante cuidadosa, pois, na maioria das vezes,
podem associar um erro adicional no resultado obtido em função do
acréscimo de massa, do afastamento do acelerômetro da superfície
vibrante, entre outros fatores.
As medições deverão ser realizadas na mão exposta ao maior nível
de aceleração, se forem identificadas diferenças que atinjam as duas
mãos.
Tanto a fixação quanto o posicionamento dos cabos de conexão ao
medidor são cuidados que devemos ter na montagem dos acelerômetros,
posicionando-os de forma a não comprometer a movimentação do
trabalhador e evitar que os cabos sofram movimentações.
Precisamos proteger o medidor (principalmente as conexões
elétricas) com uma película de PVC ou outro material que faça a vedação
quando detectarmos a presença de aerodispersoides ou umidade na hora
da medição.
Antes de iniciarmos as medições, devemos:
Verificar as condições do conjunto de medição, incluindo: cabos,
conexões e acelerômetro.
Conforme as instruções do manual de operação e os parâmetros
da NHO-10, ajustar os parâmetros de medição e verificar as
condições de carga das baterias.
De acordo com as instruções do fabricante, efetuar a regulagem
do medidor.
O trabalhador a ser avaliado deve ser informado:
Sobre o objetivo do trabalho e como as medições serão
realizadas.
Que a medição não deve modificar seu modo de trabalho e suas
atividades habituais, informando ao avaliador qualquer
ocorrência que não seja habitual da tarefa.
Sobre a fragilidade dos dispositivos utilizados.
De que os dispositivos só podem ser manuseados e removidos
pelo avaliador.
Para a realização da avaliação quantitativa devemos utilizar os
mesmos tipos de medidores da avaliação de corpo inteiro, seguindo os
mesmos cuidados referente ao funcionamento do equipamento. O tempo
de medição e a quantidade de trabalhadores avaliados também seguirão
os mesmos critérios da vibração de corpo inteiro.
O quadro a seguir apresenta as considerações técnicas e a atuação
recomendada em função da aceleração resultante de exposição
normalizada (aren) encontrada na exposição avaliada.
aren
(m/s²)
Consideração
técnica
Atuação recomendada
0 a 2,5 Aceitável
No mínimo, manutenção da condição
existente
>2,5 a
< 3,5
Acima do
nível de ação
No mínimo, adoção de medidas
preventivas
3,5 a
5,0
Região de
incerteza
Adoção de medidas preventivas e
corretivas visando a redução da exposição
diária
Acima
de 5,0
Acima do
limite de
exposição
Adoção imediata de medidas corretivas
Quadro 2 - Critério de julgamento e tomada de decisão para resultados na avaliação da Vibração de
Mãos e Braços (VMB) 
Fonte: NHO-09, da Fundacentro.
Dosímetro de radiação
O dosímetro de radiação deve ser utilizado na avaliação das
radiações ionizantes, conforme os procedimentos apresentados pela
NHO-05 – Avaliação da Exposição Ocupacional aos Raios X nos Serviços
de Radiologia, da Fundacentro.
Para a elaboração da NHO-05, a Fundacentro tomou
como referência a Comissão Nacional de Energia Nuclear
(CNEN-NE-3.01: Diretrizes Básicas de Radioproteção) e a
Portaria da Secretaria de Vigilância Sanitária n° 453 de
1/6/1998: Diretrizes de Proteção Radiológica em
Radiodiagnóstico Médico e Odontológico. Esta Portaria traz
as informações para realizar a dosimetria radiológica e
como coletar as informações de exposição do funcionário
à radiação ionizante.
Os trabalhadores que realizarem atividades com exposição à
radiação ionizante devem fazer uso de um dosímetro de radiação. A
coleta é feita de forma contínua por toda a jornada de trabalho, durante
todo mês. Quando estiver fechando o período, o trabalhador receberá
outro dosímetro e dará continuidade ao monitoramento da radiação.
Figura 11 - Dosímetros de radiação individual em formato de crachá 
Fonte: <http:// www.prorad. com.br/ index.php? data=dos imetria _pessoal.php>. Acesso em: 9 fev. 2017.
O trabalhador deve deixar o seu dosímetro na empresa, em local
protegido, com condições ambientais adequadas e longe de exposição à
radiação.
O dosímetro de radiação é encontrado em vários formatos. Para os
trabalhadores que realizarem suas atividades manipulando o elemento
radioativo, os dosímetros mais adequados serão os que tiverem formato
de pulseira ou anel, pois os ficarão mais próximos da fonte de radiação.
Já para os trabalhadores que realizarem exames de raio X, o modelo mais
adequado é o em forma de crachá, que será fixado na roupa ou jaleco,
junto ao peito do funcionário. Para realizar a medição da radiação serão
utilizados:
Um eletrômetro
Uma placa de chumbo com espessura de dez camadas semi-
redutoras (espessura de um material que quando introduzido ao
feixe de raios X reduz a intensidade da radiação pela metade) e
dimensões suficientes para cobrir toda a saída do feixe primário
(feixe de radiação que passa pela abertura do dispositivo
utilizado para limitar a área de irradiação e que é usado para
formação da imagem)
Uma trena
Um fantoma de acrílico (objeto utilizado para simular as
características de absorção do raio X pelo corpo humano) ou água.
Lembrando que estes materiais devem estar de
acordo com as especificações da NHO-05.
Etapas para a medição:
1. Antes de iniciarmos a medição devemos elaborar um
instrumento de coleta, como uma planilha, e devemos coletar as
seguintes informações: identificação do equipamento e do tubo de raio
X, o sistema de colimação, filtração total permanente do feixe útil,
parâmetro utilização de rotina, número médio de filmes utilizados por
paciente, número de dias de funcionamento do equipamento por
semana, número médio de pacientes atendidos por semana, além do
tempo de permanência dos profissionais no serviço.
2. Tendo a planilha e os materiais em mãos, devemos elaborar o
croqui do local em que a medição será realizada. Devemos utilizar a
trena para medir o ambiente e o tamanho de equipamentos. O croqui
deve conter no mínimo as dimensões (medidas) da sala e o
posicionamento do equipamento de raio X, dos visores, do painel de
controle, da mesa de exames e estativa, além da marcação de: janelas,
portas, passador de filmes e áreas próximas, como corredores e
sanitários, se houver.
3. Assim que o croqui estiver elaborado, precisamos determinar
aonde serão realizadas as medições, as quais devem conter, no
mínimo, as medições nas barreiras de proteção e em direção ao centro
do feixe de radiação.
4. Com os pontos de medição definidos, iniciamos as medições.
Com o eletrômetro regulado dentro dos parâmetros solicitados na NH0-
05, colocamos o aparelho em uma altura de 1,30 m do chão e a uma
distância de 0,30 m do equipamento de raio X ou da barreira, isso irá
depender do foco de medição estipulado.
Existem três tipos de informação que devemos coletar:
Radiação primária
Recebida diretamente
Com o eletrômetro posicionado, direcione o colimador para a mesa
de exame sem o fantoma. Abra o colimador para obter o maior campo
possível de radiação. Após realizar a medição, deves anotar o resultado
na planilha.
Radiação secundária
Recebida como energia resultante da radiação primária, pois o raio
chegará no paciente primeiramente e se espalhará pela sala atingindo
outra pessoa
Coloque o fantoma na mesa de exame, dentro do campo de
radiação, abra o colimador para ter o maior campo possível de radiação.
Após realizar a medição, é preciso anotar o resultado na planilha.
Radiação de fuga
Raio que não seguiu a direção do feixe e atravessou o colimador se
espalhando antes de chegar no alvo
Feche o colimador para obter o menor campo possível de radiação.
Bloqueie o colimador com a placa de chumbo, para evitar a saída de
radiação. Realize seis medições ao redor do cabeçote, a um raio de um
metro do centro do cabeçote. Após realizar a medição, anote o resultado
na planilha.
Contador Geiger-Müller
O contador de Geiger, também conhecido por contador de Geiger-
Müller, consiste em um dispositivo utilizado para medir radiação ionizante
muito energética (partículas alfa e beta, raiosgama) em corpos e no
ambiente. Este aparelho foi inventado em 1911 pelo físico alemão Hans
Geiger, porém apenas podia detectar a radiação alfa. Já no ano de 1928,
este mesmo cientista, juntamente com o físico americano Walter Müller,
aperfeiçoou o seu aparelho passando a detectar qualquer radiação
ionizante, passando o dispositivo a ser chamado de Contador Geiger-
Müller ou Contador G-M.
O contador de Geiger-Müller é utilizado para a medição dos raios X,
na física nuclear e na Radiologia Industrial.
Ele é constituído por um tubo metálico com um diâmetro de poucos
centímetros que contém um tubo com argônio à baixa pressão, que se
ioniza ao ser atravessado por partículas alfa e beta da radiação, fechando
o circuito elétrico e acionando o contador. Dentro desse cilindro encontra-
se um fio metálico ao longo do seu eixo principal. Entre o arame e a
parede do cilindro, aplica-se uma diferença de potencial de 1 a 3
quilovolts e no interior do tubo instala-se um campo elétrico bastante
intenso. O que resulta em um aumento de corrente no arame, que se pode
registar eletronicamente, ou simplesmente amplificando os impulsos o
que faz funcionar um pequeno altifalante do instrumento.
Figura 12 - Contador de Geiger-Müller 
Fonte: Disponível em: <http:// radiologia .blog.br /images/ge iger-3.jpg>. Acesso em: 9 fev. 2017.
Quando o dispositivo está próximo de alguma fonte emissora de
radiação ionizante, a energia da radiação entra no cilindro pelo lado da
camada fina. A radiação entrando no cilindro e interage com o gás
argônio que está no interior, provocando a formação de elétrons livres e
íons positivos. Os íons positivos são atraídos para o corpo do cilindro
(cátodo - carga negativa). Enquanto os elétrons livres são atraídos para o
eletrodo central (anôdo - carga positiva).
O eletrodo central, que faz o papel de anôdo, fica cheio de elétrons a
sua volta. Junto do ânodo, os eletróns possuem energia para ionizar
algumas moléculas de gás argônio. Essa ionização causa uma avalanche
de elétrons. O eletrodo central atrai os eletróns para próximo.
Na região do eletrodo central é produzido um sinal elétrico
(descarga de Geiger), enviado ao circuito contador que converte os
pulsos em sinais de medição. O contador conta a quantidade de energia
que está entrando no equipamento. O sinal que indica a presença de
radiação pode ser sonoro, uma luz ou a deflexão do ponteiro do medidor.
Figura 13 - Esquema simplificado do funcionamento do contador Geiger-Müller 
Fonte: <http://r adiologia.blog.br /fisica-radiol ogica/contador -geiger- entenda-com o-o-detec tor-fu nciona>. Acesso
em: 9 fev. 2017.
Na figura 13 observamos o esquema simplificado do funcionamento
do Contador Geiger-Müller. O primeiro passo da trajetória da partícula é
entrar no tubo cilíndrico, localizado na parte direita da figura. Entrando no
tubo, a partícula passa pelo argônio gasoso que provocará a formação de
elétrons livres e íons positivos. Mais à esquerda da imagem, na
sequência do tubo, teremos o eletrodo central, fazendo com que seja
produzido o sinal elétrico ou a descarga de Geiger. Na sequência do
esquema, mais à esquerda, teremos o amplificador e o contador, emitindo
o sinal que fará a contagem das partículas radioativas.
Figura 14 - Demonstração de medição de radiação ionizante 
Fonte: <http:// brasilescola .uol.com.b r/upload/ conteudo/ images/g eiger.jpg>. Acesso em: 9 fev. 2017.
Atualmente este aparelho é um grande aliado das pessoas que
trabalham com material radioativo; principalmente quando ocorrem
acidentes nucleares, pois as substâncias que se desintegram são
capazes de ionizar o ar e contaminar outros corpos no ambiente.
Anemômetro
O anemômetro é um equipamento destinado a medir a velocidade
do ar/vento. Inicialmente era um equipamento utilizado apenas em
serviços de meteorologia, mas, atualmente, também é usado na
segurança do trabalho (em avaliações de conforto térmico, ligadas à
ergonomia ou à liberação de atividades com exposição a vento, por
exemplo). Os anemômetros são classificados como de hélices ou fio
quente.
Hélices
O anemômetro de hélices nada mais é do que um rotor de giro que
detecta a velocidade do ar. São os mais recomendáveis para medir a
velocidade do vento. Muitos equipamentos permitem que se escolha a
unidade de medida: pé/min (pés por minuto), m/s (metros por segundo),
MPH (milhas por hora), km/h (quilômetros por hora) e nós (nó: milha
náutica por hora). Para se usar este tipo de anemômetro, o eixo de
rotação deve estar paralelo à direção do vento e, portanto, geralmente no
sentido horizontal. Ao ar livre, a direção do vento varia, e o eixo,
consequentemente, deverá seguir essas alterações. Encontramos os
anemômetros de hélices com funções adicionais, como medições de
umidade e ponto de orvalho, temperatura, capacidade de registro de
dados e conversão volumétrica. Podemos utilizar o anemômetro de
hélices em várias aplicações, como: manufatura, salas de computadores,
controle ambiental, laboratórios e tantas outras aplicações que
necessitem uma medição exata do ar.
Fio quente
O anemômetro de fio quente é mais adequado para medir com
exatidão o fluxo de ar em velocidades muito baixas (abaixo de 10 m/s,
por exemplo). Alguns modelos podem medir velocidades que chegam a
76 m/s, mas podem medir velocidades mais baixas com muita precisão.
Um termoanemômetro é um anemômetro de fio quente ou de
hélices que também mede a temperatura do ar. Os termoanemômetros
utilizam um fio extremamente fino (na ordem de micrômetros) ou um
elemento que fica aquecido a uma temperatura maior do que a
temperatura ambiente (o tungstênio é um metal muito utilizado nos fios
quentes), é possível obter uma relação entre a velocidade do fluxo e a
resistência do fio.
Além dos recursos do termoanemômetro, os anemômetros
higrotermométricos também possuem um sensor de umidade,
fornecendo ao usuário todas as informações sobre o ambiente. Os
anemômetros com registradores de dados são projetados para
armazenar medições, que poderão ser revisadas posteriormente, alguns
modelos fazem a transferência dos registros de leitura da velocidade do
ar para o computador para que sejam revisados.
Anemômetros de conchas (utilizados em estações meteorológicas)
são utilizados especialmente na medição da velocidade média, medem a
velocidade perpendicularmente ao eixo das conchas de rotação. Antes de
se utilizar um anemômetro, é importante determinar como ele deve ser
posicionado e qual componente da velocidade total sua medição
representa.
Figura 15 - Anemômetro portátil 
Fonte: <https:// cdn.awsli.com .br/600x450/ 103/103792/ produto/102 74941/7b852 8dc37.jpg>. Acesso em: 9 fev.
2017.
Utilizaremos no cotidiano de trabalho do profissional Técnico em
Segurança do Trabalho para medir a velocidade do ar/vento, o
anemômetro portátil. Assim como no anemômetro convencional, o
portátil também fornece uma leitura precisa sobre a velocidade do
ar/vento. Um anemômetro portátil utiliza as ondas de som, com o vento,
para descobrir as leituras de vento e obter sua exata medida de
velocidade. Estes dispositivos auxiliam também na verificação da
temperatura do vento, velocidade, umidade e pressão no ambiente.
Assim, podemos concluir que as leituras da velocidade do ar/vento com
os anemômetros modernos estão cada vez mais exatas para a procura
de valores precisos.
Higrômetro
O higrômetro é um equipamento utilizado para medir a umidade
relativa do ar. Os valores relativos são expressos em porcentagem (%) e
são usados para medir o clima de ambientes fechados, como bibliotecas
e museus, locais nos quais o excesso de umidade poderia causar
prejuízos aos livros e obras de arte. Também são utilizados para medir a
umidade a que trabalhadores estejam expostos.
O primeiro instrumento de medição da umidade atmosférica foi
criado por Johann Heinrich Lambert. Os suíços Luc e Saussure
contribuíram para a elaboração de diferentes higrômetros. Em 1783,
Saussure criouum higroscópio em que a medida estava baseada na
modificação do comprimento de um fio de cabelo com a umidade
atmosférica. Enquanto André de Luc criou um instrumento de igual
funcionamento a partir de um corte muito fino de um osso de baleia.
Figura 16 - Termo-higrômetro digital 
Fonte: <https:// cdn.awsli.com .br/600x450/ 103/103792/ produto/102 74941/7b852 8dc37.jpg>. Acesso em: 9 fev.
2017.
Existem cinco grupos de higrômetros, são eles: os psicrômetros, os
higrômetros de absorção, os higrômetros de condensação, os
higrômetros elétricos e os higrômetros químicos.
Psicrômetros
Os psicrômetros são compostos por dois termômetros dispostos
lado a lado, um com o bulbo úmido com gaze molhada em água destilada
e o outro com bulbo seco. Em função da evaporação da água, o
termômetro úmido registará uma temperatura menor ao termômetro
seco. É possível calcular a umidade atmosférica em função da diferença
de temperaturas entre os termômetros.
Higrômetros de absorção
Os higrômetros de absorção são os instrumentos do tipo utilizados
por Saussure e por Luc, os quais determinam a umidade do ar utilizando
a absorção do vapor de água por uma substância química higroscópica
(quando o grau de absorção de água é extremamente alto, o material
começa a dissolver-se na própria água absorvida).
Higrômetros de condensação
O funcionamento dos higrômetros de condensação é muito
semelhante ao dos psicrômetros. Em uma superfície fria faz-se passar
vapor de água que condensa e é da diferença de temperatura entre a
temperatura ambiente e o condensado que se consegue determinar a
umidade atmosférica.
Higrômetros elétricos
Os higrômetros elétricos funcionam devido à variação da resistência
elétrica de uma substância com a umidade atmosférica. São utilizados
eletrodos metálicos revestidos com sais que captam a umidade
atmosférica e fazem variar a resistência elétrica dos eletrodos (uma
determinada resistência corresponderá a uma determinada umidade
atmosférica).
Higrômetros químicos
Os higrômetros químicos utilizam substâncias hidrofílicas como
base de funcionamento. A umidade atmosférica é determinada a partir do
aumento de massa da substância hidrofílica devida ao vapor de água
captado.
Em resumo, o higrômetro é um instrumento que possui substâncias
como sais de lítio e cabelo humano para absorver a umidade do ar. Esse
aparelho possui um ponteiro que se movimenta para cima ou para baixo,
dependendo da umidade do ar, essas movimentações são registradas em
uma folha de papel que fica presa a um cilindro giratório.
Modernamente temos o termo-higrômetro Digital, o qual tem um
sensor externo que informa sobre a temperatura e a umidade relativa do
ambiente e, dependendo do modelo, podem ficar visíveis de 20 a 60
metros de distância. O instrumento poderá funcionar em rede, alternando
os valores de umidade e temperatura de acordo com o horário local.
Também registrará os valores mínimos e máximos de umidade relativa e
temperatura, funcionando com faixa de medição entre 0 e 99,9% de
umidade relativa e faixa de medição de temperatura de -10ºC a 50ºC.
Procedimentos para aferição e calibração de
equipamentos e arquivamento de certificados
Tanto nas indústrias petroquímicas, químicas, siderúrgicas,
farmacêuticas, metalúrgicas, alimentícias, como na área médica, a
aferição e a calibração de instrumentos tornou-se uma prática
fundamental que se destaca pelas vantagens e pelos potenciais que
possui.
A aferição e a calibração de instrumentos são ações para comparar
as leituras da unidade, a qual passou por um teste e então atribuiu
valores gerados por uma unidade de medição, estes devem estar de
acordo com valores correspondentes a um padrão recomendado. Assim,
por meio desse serviço, podemos garantir a qualidade de fabricação de
um determinado produto e a segurança nos processos.
Os processos de aferição e calibração de instrumentos asseguram
que os mais variados tipos de equipamentos (os quais são fundamentais
nas produções industriais) tenham seus desempenhos sempre
averiguados e mantenham a qualidade de produção.
Um dos aspectos mais significativos em aferição e calibração de
instrumentos é a confiabilidade metrológica. Este ponto se torna um
requisito primordial a ser verificado para a contratação de uma empresa
especializada nesses serviços, pois além da calibragem correta dos
instrumentos, também é necessária a realização de métodos e
procedimentos certificados.
Quando a aferição e a calibração de instrumentos
acontecem de maneira sistemática e se atentam sempre
para as responsabilidades de segurança, os riscos de
alterações nos resultados finais diminuem, fazendo com
que prejuízos sejam evitados, gastos sem necessidade
com manutenção sejam menores e os danos sejam
reparados sem maiores dificuldades.
A calibração deve ser contratada nas seguintes condições:
No momento da compra de um novo instrumento.
Quando a periodicidade de calibração atingir o limite de tempo
especificado na última calibração.
Quando um instrumento sofreu uma queda, vibração ou choque,
afetando a calibração.
Quando o equipamento tiver qualquer tipo de manutenção
preventiva ou ajuste.
Quando diferentes medidas parecerem questionáveis.
Independente do instrumento utilizado, todos os processos de
medição estão sujeitos a variações chamadas de “erros”. Temos que
considerar uma margem de erro aceitável, a qual chamaremos de
incerteza de medição (medida estatística da qualidade dos resultados
apresentados por um instrumento), desde que tenham sido ajustadas e
avaliadas por meio de procedimentos técnicos específicos.
Um instrumento com baixa incerteza de medição provavelmente
apresentará resultados mais próximos do valor “verdadeiro” da medição.
A comparação direta do instrumento a ser calibrado com um
instrumento de procedência conhecida, que é periodicamente avaliado
com base em normas internacionais, conhecido como padrão, é a forma
mais comum de se realizar uma calibração. Como exemplo podemos
citar um sensor de temperatura a ser calibrado e o padrão, os dois são
imersos em um mesmo líquido, em condições de laboratórios
controladas para que as duas medições possam ser analisadas e
comparadas.
Cada tipo de grandeza de medição (seja massa,
temperatura, dimensão, entre outras) possui padrões,
matemáticos ou físicos, que indicam o valor “oficial” da sua
escala.
A calibração pode ser efetuada por qualquer entidade que disponha
de pessoal competente para realizar o trabalho e padrões rastreados. A
calibração deve ser executada por entidade legalmente credenciada para
que tenha validade oficial. No Brasil, existe a Rede Brasileira de
Calibração (RBC), coordenada pelo Inmetro (Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). Esta rede é composta
por vários laboratórios secundários, espalhados pelos estados do país,
ligados a Empresas, Universidades, Fundações e outras entidades, que
recebem o credenciamento do Inmetro, e assim, passam a estar aptos a
expedir certificados de calibração oficiais.
A calibração tem o seu papel de grande importância no processo de
gestão das empresas para melhorar e manter a qualidade dos processos,
uma vez que um dos requisitos necessários para que uma empresa que
se candidate à certificação, pelas normas ISO 9000, é que os sistemas de
medição e padrões de referência utilizados nos processos produtivos
tenham certificados de calibração oficiais.
Existe uma corrente de padrões de referência, padrões de trabalho
(os quais são utilizados cotidianamente nos laboratórios) e instrumentos
intermediários, tendo cada padrão sido calibrado em relação ao padrão
“superior” em sua cadeia. É conhecida como rastreabilidade metrológica
daquele sensor, a linha que liga cada sensor ao padrão primário,
passando por todos os padrões intermediários.
Após uma calibração, o erro sistemático pode ser ajustado no
próprio instrumento de medição ou por meio de um software que
processa os valores medidos.
Podemosutilizar como exemplo um sensor de
temperatura, o qual sempre apresente em média dois décimos
de grau acima do padrão, podemos descontar estes dois
décimos no software do sensor, e vice-versa. A incerteza de
medição mostrará uma medida aproximada de erros
aleatórios, que podem acontecer tanto para baixo, como para
cima. A calibração de um sensor é fundamental para garantir
a confiabilidade do valor medido.
Podemos imaginar que a calibração de um sensor
indique um erro sistemático de -2ºC e que esse erro não tenha
sido alterado (compensado) no software ou no sensor. Se
aplicarmos em uma câmara de vacinas, com a indicação de
2°C, na verdade a temperatura correta seria de 0°C, o que já
pode ter causado congelamento e inutilização das vacinas. As
consequências da falta de cuidados com calibração podem
ser de congelamento ou degradação dos insumos, por
estarem em temperaturas acima das indicadas.
Os resultados da calibração são documentados em um registro
oficial chamado Certificado de Calibração.
A Norma ISO 10 012-1 que trata dos “Requisitos da Garantia da
Qualidade para Equipamentos de Medição” prevê que os resultados das
calibrações devem ser registrados com detalhes, de modo que a
rastreabilidade de todas as medições executadas com o SM (Sistema de
Medição) calibrado possam ser demonstradas.
São recomendadas as seguintes informações para que constem no
Cerificado de Calibração:
Identificação e descrição individual do Sistema de Medição a
calibrar.
Resultados obtidos da calibração após os ajustes realizados e, se
necessário, os obtidos anteriormente aos ajustes.
Data da calibração.
Citação dos procedimentos de calibração utilizados.
Identificação do SM padrão (constando entidade executora da sua
calibração, data e incertezas).
Citação das condições ambientais que sejam relevantes.
Observações sobre quaisquer ajustes, manutenções, reparos,
regulagens e modificações que possam ter ocorrido com o
equipamento, como limitação de uso.
Assinaturas e identificação dos técnicos responsáveis pela
calibração.
Identificação do certificado com número de série.
Conforme a ISO 9001:2015, os certificados de calibração,
considerados registros da empresa, devem ser mantidos legíveis,
identificáveis e recuperáveis. Um procedimento documentado deve ser
estabelecido pela empresa para identificar os controles necessários para
identificação, proteção, recuperação, tempo de retenção, armazenamento
e descarte dos registros. Cabe lembrar que, ao contratar empresas
terceirizadas para realizar as medições, os certificados de calibração
devem ser igualmente solicitados; e os arquivos, mantidos de acordo
com as orientações anteriores.
Considerações finais
Chegamos ao término do conteúdo que abordou os tipos, as
características, o funcionamento (softwares) dos equipamentos de
medição, além dos procedimentos para aferição e calibração e
arquivamento de certificados.
Identificamos os tipos de equipamentos de medição utilizados para
avaliação de agentes como calor, vibração, ruído, químico e radiação
ionizante.
Outro conhecimento importante que desenvolvemos ao longo deste
material foi a aplicação dos métodos das NHOs da Fundacentro para a
utilização dos equipamentos de medição.
Abaixo estão listadas algumas dicas de leitura para que você possa
rever alguns conteúdos e buscar mais informações sobre os assuntos
estudados.
Dicas de leitura
Para saber mais sobre a avaliação das condições do ambiente no
que se refere ao ruído, acesse a NHO–01 (Avaliação da Exposição
Ocupacional ao Ruído), disponível no site da Fundacentro.
Leia mais sobre avaliação das condições do ambiente no que se
refere ao calor, na NHO–06 (Avaliação da Exposição Ocupacional
ao Calor), disponível no site da Fundacentro.
Veja mais informações, na íntegra, sobre o monitoramento dos
riscos químicos, acessando a NHO-04 (Método de Coleta e Análise
de Fibras em Locais de Trabalho) e a NHO-08 (Coleta de Material
Particulado Sólido Suspenso no Ar), disponível no site da
Fundacentro.
Conheça mais sobre os procedimentos de dosimetria de vibração
humana para Vibração de Corpo Inteiro (VCI) e Vibração em Mãos
e Braços (VMB), consultando a NHO-09 e a NHO-10,
respectivamente, disponíveis no site da Fundacentro.
Saiba mais sobre o procedimento técnico de avaliação a
exposição ocupacional aos raios X nos serviços de radiologia,
consultando a NHO-05, disponível no site da Fundacentro. Além
da Portaria 453 do Ministério da Saúde, que traz diretrizes sobre
proteção radiológica.
Para saber mais sobre a avaliação de iluminância, consulte a
NHO-11 (Avaliação dos níveis de iluminamento em ambientes
internos de trabalho), disponível no site da Fundacentro.

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