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Acidente Vascular Encefálico

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1 Mód Neuro- Anne Caroline Maltez 
 
HEMORRÁGICO 
O AVC hemorrágico é o comprometimento de alguma artéria cerebral quando há o 
rompimento de um dos seus vasos, ocorrendo hemorragia em algum ponto do sistema 
nervoso. 
Existem 2 classificações: 
➢ Hemorragia 
Intraparenquimatosa: 
causada pela ruptura 
de artérias no interior 
da substância cerebral 
➢ Hemorragia 
Subaracnóidea: 
geralmente é causada por ruptura de vasos na superfície ou nas proximidades do 
cérebro ou dos ventrículos 
INTRAPARENQUIMATOSA 
CAUSAS 
As causas clássicas são os aneurismas de Charcot- Bouchard relacionadas a HAS crônica, onde 
ao longo da vida devido à alta pressão vão se formando micro aneurismas que podem romper 
e sangrar pra dentro do parênquima. Ou uma Angiopatia amiloide que pode fazer uma 
ruptura da parede arterial. 
CLÍNICA 
 Hipertensão intracraniana: cefaleia, baixa de consciência, edema de papila 
 Déficit neurológico focal e súbito 
DIAGNÓSTICO 
Tc de crânio sem contraste 
 
 
 
SUBARACNÓIDEA 
 2 Mód Neuro- Anne Caroline Maltez 
CAUSAS 
Rupturas de aneurisma sacular congênito 
CLÍNICA 
Cefaleia súbita excruciante, síncope, rigidez de nuca após primeiro dia 
DIAGNÓSTICO 
Tc de crânio sem contraste 
Vários dos espaços subaracnóideos estão preenchidos por sangue, 
onde marquei é provável a área de um aneurisma, que se rompeu e 
drenou o sangue por todo espaço subarac. Esse sangue acaba agindo 
como se fosse um contraste, ele vai permeando as estruturas 
cerebrais que ficam em maior evidência, já que o sangue está todo 
espalhado. 
Se a Tc for negativa faz punção lombar, onde se encontra um liquido amarelado (xantocromia) 
COMPLICAÇÕES 
→ Ressangramento: costuma acontecer entre 1 º ao 7 º dia, a prevenção deve ser feita 
com intervenção precoce 
→ Vaso espasmo: entre 3 º -14 º dia acompanho com Doppler transcraniano e trato com 
terapia dos 3H (HAS, hemodiluição e hipervolemia) 
→ Hidrocefalia: os coágulos podem bloquear a drenagem liquórica levando a essa 
hidrocefalia, aumento da PIC então posso fazer uma DVE (derivação ventricular 
externa) 
→ Hiponatremia: uso de cristaloides 
CONDUTA PARA HEMORRÁGICO 
Após a suspeita de AVC devem ser iniciados medidas terapêuticas gerais e procedimentos 
diagnósticos. 
Na fase aguda: 
 manter o paciente em decúbito elevado a 30 graus, 
 manter a saturação de oxigênio ≥95% da maneira menos invasiva possível, 
 manter a temperatura corpórea menor que 38ºC, 
 prevenir crises convulsivas e 
 realizar monitoramento frequente do nível glicêmico capilar. 
assim que passar essa fase aguda e estabilizar, preciso: 
 Suporte para hipertensão intracraniana: Os pacientes monitorados com pressão 
intracraniana (PIC) devem manter pressão de perfusão cerebral acima de 70 mmHg. 
 3 Mód Neuro- Anne Caroline Maltez 
Nos casos de aumento progressivo da PIC os diuréticos osmóticos são a primeira 
escolha, com manitol intravenoso a 20%, associados inicialmente a furosemida. 
 Controle da PA: Uso Labetalol, hidralazina, nicardipine parenterais e/ou enalapril 
(meta: PAS ≤ 140 mmHg) 
 
IMPORTANTE: 
➢ Paciente em uso de antagonistas de vitamina K e outros anticoagulantes: SUSPENDER 
➢ Terapia profilática antitrombótica com heparinas não fracionadas 48hrs após o evento 
vascular 
 
 
 Outros fármacos adjuvantes: 
 
 
 Edema cerebral: NÃO USAR BARBITÚRICOS e GLICOCORTICOIDES 
 Manejo Espasticidade pós AVC: 
▪ Os relaxantes musculares orais (baclofeno, tizanidina, dantroleno e 
benzodiazepínicos) podem ser úteis, mas limitados pelos efeitos colaterais; 
▪ Bloqueio neuronal (fenol e álcool); 
▪ Toxina botulínica (melhor perfil de efeitos adversos) 
ISQUÊMICO 
ETIOLOGIA 
→ Embólico: que pode ser cardioembólico ou Embolia artério-arterial 
→ Trombótico: trombos em artérias cerebrais ou em artérias lenticulo-estriadas 
→ Criptogênico: não sabe a causa 
DIAGNÓSTICO 
 4 Mód Neuro- Anne Caroline Maltez 
Tc crânio sem contraste: nas primeiras 24-48hrs não vai conseguir encontrar nada, então 
importante para diferenciar os AVC. 
 
CONDUTA 
➢ AGUDO: Minimizar déficit, preciso salvar a penumbra isquêmica. 
→Trombólise? com alteplase. 
Somente se: ausência de hemorragia, no tempo de no máximo 4horas e meia e se não tiver 
contraindicação 
-Efeitos Colaterais: 
 
→Controle da PA: 
-Se NÃO fará trombólise: reduzir se tiver > 220mmHg 
-Se FARÁ trombólise: reduzir se tiver > 185 mmHg 
→Controle glicemia, natremia e temperatura 
→AAS ----- COM trombolítico: aguardar 24hrs do tratamento trombolítico 
➢ CRÔNICO: Para evitar novos episódios 
-Cardioembólico: anticoagulação (esperar 1-2 semanas) 
-Embolia artério-arterial: antiagregante plaquetário, controlar os fatores de risco (HAS, DM e 
tabagismo). Indica endarterectomia se tem um déficit compatível com obstrução maior que 
70%

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