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Resenha Crítica Fundamentos da Clínica Psicanalítica

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL 
Campus Cachoeira do Sul/RS 
Curso de Psicologia 
 
 
Disciplina: Técnicas Psicoterápicas I 
Professora: Cristiana Rezende Caneda 
Acadêmica: Hanna Kemel Brum 
 
RESENHA CRÍTICA 
“Fundamentos da Clínica Psicanalítica” 
 
1. CREDENCIAIS DO AUTOR 
Sigismund Schlomo Freud, o fundador da Psicanálise, nasceu em Freiberg, na 
Morávia, no dia 6 de maio de 1856. Sua mãe, de origem judaica, e seu pai, um pequeno 
comerciante, tiveram mais seis filhos depois da chegada de Freud. Aos quatro anos de 
idade Freud muda-se para Viena com sua família. 
Aos 17 anos, Sigmund entra na Universidade de Viena, cursando Medicina. 
Especializou-se em neurologia após o término do curso e começou a trabalhar em uma 
clínica neurológica para crianças, onde descobriu um tipo de paralisia cerebral. Em 1884 
entra em contato com Josef Breuer, que o ajuda a constituir o ponto de partida da 
psicanálise e suas investigações na área, inicialmente utilizando da técnica de hipnose em 
pacientes com histeria. Em 1885, obtém mestrado em neuropatologia, ganha uma bolsa 
em Paris com o neurologista Jean-Martin Charcot e quando volta a Viena continua suas 
pesquisas com Breuer, publicando, em 1895, “Estudos sobre a histeria”. Em 1897 começa 
a estudar a natureza sexual dos traumas infantis, começando a delinear a teoria do 
Complexo de Édipo. Já em 1900, Freud publica “A interpretação dos sonhos”, onde é 
comprovada a existência do inconsciente. 
Freud trabalhou sozinho no desenvolvimento da Psicanálise durante dez anos; em 
1908, junto de Adler, Jung, Stekel e Jones, compareceu no primeiro Congresso 
Internacional de Psicanálise. Alguns anos mais tarde, indignados com as novas ideias de 
Freud, os próprios cientistas fizeram de tudo para desprestigiá-lo. 
Após cirurgias para retirar um tumor do palato, Freud começa a passar por algumas 
dificuldades. Em 1938 ele vai se refugiar em Londres, onde acaba por falecer um ano 
mais tarde. Atualmente, são notáveis as contribuições de Freud para a Psicologia e para 
outras áreas; por causa dele, temos noção das forças inconscientes que motivam os 
comportamentos humanos e podemos compreender os conflitos emocionais existentes 
inconscientemente. 
 
2. RESUMO DA OBRA 
O livro traz diversos textos e artigos de Freud relacionados a clínica psicanalítica. 
Abaixo resumem-se alguns dos textos. 
Recomendações ao médico para o tratamento psicanalítico (1912) 
• Assim que afiamos a atenção intencionalmente até um determinado ponto, 
começamos a selecionar em meio ao material apresentado, fixamos uma parte de 
maneira bastante acurada, eliminando outra em seu lugar e, nessa seleção 
seguimos as nossas expectativas, corremos o risco de nunca encontrarmos algo 
diferente daquilo que já sabemos; se seguirmos as nossas inclinações, certamente 
falsificaremos a possível percepção. Não esqueçamos de que em geral ouvimos 
coisas cuja importância só se revelará a posteriori; 
• Confusões com o material de outros pacientes são bastante raras; 
• Não é recomendável fazer anotações de grande extensão nas sessões com o 
analisando, nem fazer registros da sessão e assemelhados. Além da impressão 
desfavorável que isso causa em alguns pacientes, valem, por sua vez, os mesmos 
aspectos que destacam-se na questão da memorização; 
• A anotação durante a sessão com o paciente se justificaria a partir da intenção de 
tornar o caso tratado o objeto de uma publicação científica. Isso dificilmente seria 
recusado; 
• Os casos que mais têm sucesso são aqueles em que procedemos quase sem 
intenção, nos surpreendendo com cada mudança de rum o e com que nos 
defrontamos sempre desarmados e sem preconcepções; 
• O comportamento correto do analista consiste em se alçar de uma configuração 
psíquica para a outra, se preciso for não especular e meditar enquanto analisa e só 
submeter o material obtido ao trabalho sintético do pensamento após terminada a 
análise; 
• O médico não poderá tolerar quaisquer resistências dentro de si próprio, 
resistências estas que afastaram de seu consciente aquilo que foi reconhecido pelo 
seu inconsciente, cada recalque não resolvido do médico corresponde, de acordo 
com a expressão precisa de Wilhelm Stekel, a um “ponto cego” em sua percepção 
analítica; 
• O médico precisa ser opaco para o analisando e, assim como uma superfície 
espelhada, não deve mostrar nada além daquilo que lhe é mostrado; 
• Atenção equiflutuante – O adjetivo gleichschwebend, para além da mera questão 
da flutuação, designa as pequenas bati das de asa suficientes para que um pássaro 
possa planar. É esse tipo de atenção que Freud recomenda aos analistas, suficiente 
para que o analista possa escutar, sem seleção prévia, as associações livres do 
analisando; 
 
Sobre a Dinâmica da Transferência (1912) 
• As peculiaridades da transferência para o médico, ultrapassando a medida e o tipo 
daquilo que se justificaria de forma sóbria e racional, será compreensível a partir 
da consideração de que, justamente, não foram apenas as representações de 
expectativas conscientes, mas também as retidas ou inconscientes que produziram 
tal transferência; 
• Sobre essa conduta da transferência nada mais haveria a dizer ou pensar, se não 
houvesse ai dois pontos ainda obscuros, que são de especial interesse para o 
psicanalista. Primeiro, não entendemos por que a transferência no caso de pessoas 
neuróticas é tão mais intensa na análise do que nas outras pessoas, não analisadas; 
segundo, permanece uma incógnita o motivo de ser a transferência, na análise a 
mais forte resistência contra o tratamento, enquanto fora da análise temos de 
reconhecê-la como portadora do efeito de cura e condição para o sucesso do 
tratamento; 
• Assim, no tratamento analítico, a transferência parece-nos surgir primeiro apenas 
como a arma m ais poderosa da resistência, e podemos concluir que a intensidade 
e a duração da transferência são um efeito e uma expressão da resistência. O 
mecanismo da transferência, é bem verdade, resolve-se a partir de seu retorno à 
disponibilidade da libido, que permaneceu em posse de imagos infantis; o 
esclarecimento de seu papel no tratamento, porém, só funciona se abordarmos os 
seus vínculos com a resistência; 
• É inegável que o controle dos fenômenos da transferência oferece as maiores 
dificuldades para o psicanalista, mas não esqueçamos que são justamente elas que 
nos prestam o inestimável serviço de tornar manifestas e atuais as moções 
amorosas ocultas e esquecidas dos pacientes, pois, afinal, ninguém pode ser 
abatido; 
• O fenômeno da transferência é um dos pilares do tratamento analítico; 
 
3. CRÍTICA/CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Percebe-se como é de suma importância o tipo de leitura trazida com o presente livro. 
Freud foi um referencial, tanto em correntes filosóficas quanto em movimentos sociais, 
tendo seus anos dedicados a evolucionar a mente humana, tendo sido revolucionário para 
a época. O presente livro tem como objetivo nos mostrar a teoria de Freud, exatamente 
como ela é. Ele nos familiariza com as técnicas e teorias psicanalíticas, o que nos agrega 
tanto mentalmente quanto em questões de evolução no ambiente profissional, 
severamente. 
 
 
REFERÊNCIA 
FREUD, Sigmund. Fundamentos da clínica psicanalítica, Obras Incompletas de 
Sigmund Freud. Belo Horizonte: Editora Autêntica. 2017.

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