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Apostila Vigilancia em Saude

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1 
 
Área 02, Aula 1 
Introdução a Epidemiologia Descritiva 
 
 
1ª Edição 
Junho de 2018 
CONASEMS - Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde 
ProEpi - Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo 
 
 
 
Copyright © 2018, Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de 
Campo. 
Todos os direitos reservados. 
A cópia total ou parcial, sem autorização expressa do(s) autor(es) ou com o 
intuito de lucro, constitui crime contra a propriedade intelectual, conforme 
estipulado na Lei nº 9.610/1998 (Lei de Direitos Autorais), com sanções previstas 
no Código Penal, artigo 184, parágrafos 1° ao 3°, sem prejuízo das sanções 
cabíveis à espécie. 
 
3 
 
Expediente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de 
Saúde - CONASEMS 
Quadro Geral da Organização 
DIRETORIA EXECUTIVA 
Presidente – Mauro Guimarães Junqueira 
Vice-Presidente – Charles Cezar Tocantins 
Vice-Presidente – Wilames Freire Bezerra 
Diretora Administrativo – Cristiane Martins Pantaleão 
Diretora administrativo- Adjunto- Silva Regina Cremonez Sirena 
Diretor Financeiro – Hisham Mohamad Hamida 
Diretora Financeiro-Adjunto – Iolete Soares de Arruda 
Diretor de Comunicação Social – Diego Espindola de Ávila 
Diretora de Comunicação Social–Adjunto – Maria Célia Valladares Vasconcelos 
Diretora de Descentralização e Regionalização – Stela dos Santos Souza 
Diretora de Descentralização e Regionalização–Adjunto – Soraya Galdino de Araújo Lucena 
Diretor de Relações Institucionais e Parlamentares – Carmino Antônio de Souza 
Diretor de Relações Institucionais e Parlamentares- Adjunto- Erno Harzheim 
Diretor de Municípios de Pequeno Porte - Murilo Porto de Andrade 
Diretora de Municípios de Pequeno Porte–Adjunto – Débora Costa dos Santos 
Diretor de Municípios com Populações Ribeirinhas e em Situação de Vulnerabilidade – 
Vanio Rodrigues de Souza 
Diretor de Municípios com Populações Ribeirinhas e em Situação de Vulnerabilidade – 
Adjunto – Afonso Emerick Dutra 
2º Vice-Presidente Regional - Região Centro Oeste – André Luiz Dias Mattos 
1º Vice-Presidente Regional - Região Nordeste – Normanda da Silva Santiago 
2º Vice-Presidente Regional - Região Nordeste – Orlando Jorge Pereira de Andrade de Lima 
1º Vice-Presidente Regional - Região Norte – Januário Carneiro Neto 
1º Vice-Presidente Regional - Região Sudeste – Luiz Carlos Reblin 
2º Vice-Presidente Regional - Região Sudeste – Geovani Ferreira Guimarães 
2° Vice-Presidente Regional – Região Sul - Rubens Griep 
Conselho Fiscal 1º Membro – Região Norte – Oteniel Almeida dos Santos 
 
4 
 
Conselho Fiscal 1º Membro – Região Nordeste – Leopoldina Cipriano Feitosa 
Conselho Fiscal 2º Membro – Região Nordeste - Angela Maria Lira de Jesus Garrote 
Conselho Fiscal 1º Membro - Região Centro-Oeste –Aparecida Clestiane de Costa Souza 
Conselho Fiscal 2º Membro - Região Centro-Oeste–Maria Angélica Benetasso 
Conselho Fiscal 1º Membro - Região Sudeste - José Carlos Canciglieri 
Conselho Fiscal 2° Membro – Região Sudeste - Tereza Cristina Abrahão Fernandes 
Conselho Fiscal 1º Membro - Região Sul - João Carlos Strassacapa 
Conselho Fiscal 2º Membro – Região Sul- Sidnei Bellé 
Representantes no Conselho Nacional de Saúde – Arilson da Silva Cardoso e José Eri Borges 
de Medeiros 
RELAÇÃO NACIONAL DOS COSEMS 
COSEMS - AC - Tel: (68) 3212-4123 
Daniel Herculano da Silva Filho 
COSEMS - AL - Tel: (82) 3326-5859 
Izabelle Monteiro Alcântara Pereira 
COSEMS - AM - Tel: (92) 3643-6338 / 6300 
Januário Carneiro da Cunha Neto 
COSEMS - AP - Tel: (96) 3271-1390 
Maria de Jesus Sousa Caldas 
COSEMS - BA - Tel: (71) 3115-5915 / 3115-5946 
Stela Santos Souza 
COSEMS - CE - Tel: (85) 3101-5444 / 3219-9099 
Josete Malheiros Tavares 
COSEMS - ES - Tel: (27) 3026-2287 
Andréia Passamani Barbosa Corteletti 
COSEMS - GO - Tel: (62) 3201-3412 
Gercilene Ferreira 
COSEMS - MA - Tel: (98) 3256-1543 / 3236-6985 
Domingos Vinicius de Araújo Santos 
COSEMS - MG - Tels: (31) 3287-3220 / 5815 
 
5 
 
Eduardo Luiz da Silva 
COSEMS - MS - Tel: (67) 3312-1110 / 1108 
Wilson Braga 
COSEMS - MT - Tel: (65) 3644-2406 
Silvia Regina Cremonez Sirena 
COSEMS - PA - Tel: (091) 3223-0271 / 3224-2333 
Charles César Tocantins de Souza 
COSEMS - PB - Tel: (83) 3218-7366 
Soraya Galdino de Araújo Lucena 
COSEMS - PE - Tel: (81) 3221-5162 / 3181-6256 
Orlando Jorge Pereira de Andrade Lima 
COSEMS - PI - Tel: (86) 3211-0511 
Leopoldina Cipriano Feitosa 
COSEMS - PR - Tel: (44) 3330-4417 
Cristiane Martins Pantaleão 
COSEMS - RJ - Tel: (21) 2240-3763 
Maria da Conceição de Souza Rocha 
COSEMS - RN - Tel: (84) 3222-8996 
Débora Costa dos Santos 
COSEMS - RO - Tel: (69) 3216-5371 
Afonso Emerick Dutra 
COSEMS - RR - Tel: (95) 3623-0817 
Helenilson José Soares 
COSEMS - RS - Tel: (51) 3231-3833 
Diego Espíndola de Ávila 
COSEMS - SC - Tel: (48) 3221-2385 / 3221-2242 
Sidnei Belle 
COSEMS - SE - Tel: (79) 3214-6277 / 3346-1960 
Enock Luiz Ribeiro 
COSEMS - SP - Tel: (11) 3066-8259 / 8146 
 
6 
 
Carmino Antonio de Souza 
COSEMS - TO - Tel: (63) 3218-1782 
Vânio Rodrigues de Souza 
Equipes do Projeto 
EQUIPE TÉCNICA 
Alessandro Aldrin Pinheiro Chagas 
Elton da Silva Chaves 
José Fernando Casquel Monti 
Kandice de Melo Falcão 
Márcia Cristina Marques Pinheiro 
Marema de Deus Patrício 
Nilo Bretas Júnior 
EQUIPE TÉCNICO-OPERACIONAL 
Alessandro Aldrin Pinheiro Chagas 
Catarina Batista da Silva Moreira 
Cristiane Martins Pantaleão 
Fábio Ferreira Mazza 
Hisham Mohamad Hamida 
Jônatas David Gonçalves Lima 
José Fernando Casquel Monti 
Joselisses Abel Ferreira 
Kandice de Melo Falcão 
Luiz Filipe Barcelos 
Murilo Porto de Andrade 
Nilo Bretas Júnior 
Sandro Haruyuki Terabe 
Wilames Freire Bezerra 
 
 
7 
 
Sobre o CONASEMS 
Fazendo jus ao tamanho e à diversidade do Brasil, o Conselho Nacional de 
Secretarias Municipais de Saúde representa a heterogeneidade dos milhares de 
municípios brasileiros. 
Historicamente comprometido com a descentralização da gestão pública de 
saúde, o CONASEMS defende o protagonismo dos municípios no debate e 
formulação de políticas públicas e contribui para o aumento da eficiência, o 
intercâmbio de informações e a cooperação entre os sistemas de saúde do país. 
Conheça nossas três décadas de atuação acessando www.conasems.org.br. 
 
 
8 
 
Equipe Técnica da Associação Brasileira de Profissionais de 
Epidemiologia de Campo - ProEpi 
 
Supervisão 
Érika Valeska Rossetto 
Coordenação 
Sara Ferraz 
Coordenação Pedagógica 
Hirla Arruda 
Gestão Pedagógica e de Tecnologia da Informação 
Renato Lima 
Conteudista 
Wildo Navegantes de Araújo 
Apoio Técnico ao Núcleo Pedagógico 
Danielly Xavier 
Revisão 
Daniel Coradi 
José Alexandre Menezes 
Sara Ferraz 
Ilustração 
Guilherme Duarte 
Mauricio Maciel 
Diagramação 
Mauricio Maciel 
Design Instrucional 
Guilherme Duarte 
 
Faculdade de Ciências da Saúde – Universidade de Brasília 
Supervisão 
Jonas Brant 
 
 
9 
 
Sobre a ProEpi 
Fundada em 2014, a Associação Brasileira de Profissionais de 
Epidemiologia de Campo une pessoas comprometidas com a saúde pública e 
estimula a troca de ideias e o aperfeiçoamento profissional entre elas. Ofertando 
dezenas de horas de conteúdo profissionalizante em nossa plataforma de ensino 
a distância, curadoria de notícias, treinamentos presenciais e a mediação de 
oportunidades de trabalho nacionais e internacionais, a ProEpi busca contribuir 
para o aprimoramento da saúde pública no Brasil e no mundo. 
Apenas nos últimos dois anos, 5 materiais de ensino a distância já 
alcançaram mais de 3.000 pessoas pelo Brasil e países parceiros, como 
Moçambique, Paraguai e Chile, e mais de 30 treinamentos levaram os temas 
mais relevantes para profissionais de saúde pública, como comunicação de risco 
e investigação de surtos. Além do público capacitado com nossos conteúdos 
educacionais, unimos 10.000 seguidoresno Facebook e impactamos 
semanalmente cerca de 30.000 com nossa curadoria de notícias. 
A ProEpi também atua na resposta a emergências de saúde pública ao 
redor do mundo. Foram mais de duas dezenas de profissionais de saúde 
enviados para missões em Angola, Bangladesh e África do Sul que contribuíram 
para o bem-estar da população local e vivenciaram experiências de trabalho 
transformadoras. 
Você pode fazer parte dessa evolução ao tornar-se membro de nossa rede: 
converse conosco escrevendo para contato@proepi.org.br. 
 
 
10 
 
Sobre a ferramenta EAD autoinstrutiva em Entomologia 
Aplicada à Saúde Pública 
Os insetos são os animais mais bem-sucedidos do planeta e encontram 
no Brasil condições muito favoráveis para sua multiplicação. Em nosso clima 
quente e, em geral, úmido, eles encontram as circunstâncias ideias para 
sobreviver, se reproduzir e transmitir doenças. Como consequência, são motivo 
de preocupações cada vez maiores por parte da população e dos profissionais 
de saúde de todo o país. 
Pensando em preparar estes profissionais para os desafios do 
enfrentamento das doenças transmitidas pelos insetos - em especial por Aedes 
aegypti - o CONASEMS desenvolveu em parceria com a ProEpi, via TRPJ nº 
0125/2017, a ferramenta EAD autoinstrutiva em Entomologia Aplicada à Saúde 
Pública. 
Neste material, serão apresentados conceitos fundamentais para a 
identificação das espécies de maior importância médica, informações sobre seu 
comportamento, ciclo de vida e as doenças transmitidas por elas. Temas como 
a importância da Vigilância Epidemiológica, os métodos de captura, transporte e 
armazenamento de insetos e os indicadores entomológicos para as principais 
espécies também serão abordados. Por fim, temas de aplicação prática como os 
métodos de controle vetorial, o manejo integrado de vetores e os conceitos de 
segurança no trabalho serão discutidos. 
As aulas estão cheias de convites para que o profissional reflita sobre sua 
realidade local e interaja com seus colegas, além de exercícios que destacam e 
promovem a fixação dos conceitos mais fundamentais de cada tema. O objetivo 
é que o profissional se sinta preparado para aplicar em seu município as técnicas 
aprendidas aqui. 
Sucesso! 
 
 
11 
 
Sumário 
1- Conceito de Epidemiologia ........................................................................... 12 
2. A Epidemiologia Descritiva ........................................................................... 15 
Quem está adoecendo ou adoeceu .............................................................. 16 
Quando a doença aconteceu ou está acontecendo? .................................... 16 
Onde a doença aconteceu ou está acontecendo? ........................................ 17 
3. Descrevendo dados por pessoa, tempo e lugar ........................................... 19 
A pessoa (quem?) na epidemiologia descritiva ............................................ 19 
O lugar (onde?) na epidemiologia descritiva ................................................. 21 
O tempo (quando?) na epidemiologia descritiva ........................................... 22 
Vamos relembrar .............................................................................................. 24 
 
 
12 
 
AULA 1– Introdução a Epidemiologia Descritiva 
Olá, 
Você está começando a área 2, que falará sobre 
Epidemiologia Descritiva! 
A Epidemiologia é uma área de conhecimento muito 
importante na saúde e é fundamental para a Vigilância 
em Saúde! Ao final da aula você será capaz de: 
• Conhecer o conceito geral de Epidemiologia; e 
• Compreender o que é Epidemiologia Descritiva. 
 
Você sabe o que é Epidemiologia? 
Epidemiologia como muitos pensam não é o estudo das epidemias e não deveria 
ser lembrada apenas quando nós estamos passando por uma epidemia. 
Então, o que é Epidemiologia? 
Pense nessa questão durante a aula e ao final nos conte em nossa comunidade de 
práticas o que você entende por epidemiologia! 
1- Conceito de Epidemiologia 
A palavra epidemiologia tem origem no grego e pode ser separada em: 
"Epi" que significa sobre; 
"Demos" que significa população ou povo; e 
"Logos" que significa estudo. 
 
13 
 
Desta forma, podemos dizer que Epidemiologia (Epi + demos + logia) é o estudo 
sobre a população. Em nosso cotidiano, o profissional da saúde podemos 
entender, de forma simplificada, que a Epidemiologia é o estudo sobre os 
eventos relacionados à saúde que ocorrem sobre as populações. 
É importante saber que a epidemiologia não é só a contagem dos casos de 
alguma doença! 
Na maioria das vezes, contamos os casos para estimar o tamanho de um 
problema relacionado a saúde das pessoas. Com isso, entenderemos melhor o 
problema e atuar junto aos profissionais de saúde, os gestores e a população 
para diminuir o número de casos e os danos que a doença ou o agravo causa e 
promover a saúde das pessoas. 
Uma parte muito relevante da epidemiologia é a epidemiologia descritiva. Seu 
objetivo é descrever os casos de doenças ou agravos na população segundo as 
características das pessoas que adoecem, do local que elas adoecem ou se 
infectam e quando elas adoecem. Com isso, podemos entender o 
comportamento de uma doença ou agravo em determinada população. 
Ao apontar em um mapa as residências em que foram encontrados casos de 
dengue e as datas em que eles provavelmente foram infectados , é possível 
delimitar melhor a área de ação de um bloqueio com inseticida, evitando perder 
tempo e dinheiro com áreas muito grandes ou reduzir a efetividade da ação ao não 
incluir locais com transmissão de casos. 
 
14 
 
 Será que o tempo perdido diariamente no engarrafamento do trânsito em diferentes 
horários interfere na saúde mental das pessoas? 
O estudo do tráfego viário pode ser um evento relacionado à saúde e os gestores 
públicos podem usar os dados para interferir no trânsito gerando maior mobilidade 
urbana em determinada cidade. 
Na área 1, você viu que doença e agravo são duas coisas distintas. 
As doenças são alterações no estado de saúde do indivíduo, manifestadas por 
sintomas que podem ser perceptíveis ou não. 
Agravo é qualquer dano à integridade física, mental e social dos indivíduos, 
provocado por circunstâncias nocivas, como acidentes, intoxicações, abuso de 
drogas, e lesões auto ou heteroinfligidas. 
Se quiser saber mais sobre as terminologias da saúde acesse a Portaria nº 104, de 
25 de janeiro de 2011 que fala sobre terminologias adotadas no Brasil do 
Regulamento Sanitário Internacional, que você encontra aqui. 
Exemplo de casos confirmado e as datas de ocorrência. fonte. Própria 
Clique aqui 
bit.ly/TecnologiasdaSaude 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt0104_25_01_2011.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt0104_25_01_2011.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt0104_25_01_2011.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt0104_25_01_2011.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt0104_25_01_2011.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt0104_25_01_2011.html
 
15 
 
Como exemplo de agravo podemos citar os acidentes de carro, homicídios, por 
outro lado como doenças podemos citar a dengue, a malária, o câncer de pulmão 
entre outros. 
Outra parte relevante da epidemiologia é a epidemiologia analítica que tem como 
função encontrar as causas do adoecimento e morte. Não estudaremos 
epidemiologia analítica em nosso curso! 
A seguir, você vai entender melhor o que é Epidemiologia Descritiva. 
2. A Epidemiologia Descritiva 
A epidemiologia descritiva busca nos ajudar a compreender o comportamento de 
uma doença ou agravo, a partir das seguintes indagações: Quem? Quando? Onde? 
Assim, o que chamamos de tríade epidemiológica é a junção de pessoa, lugar e 
tempo! 
 
16 
 
Quem está adoecendo ou adoeceu 
Aqui nos referimos às características daspessoas 
acometidas pelo evento em saúde considerado. Por 
exemplo, podemos citar que principalmente pessoas 
adultas jovens do sexo masculino são a maioria dos casos 
de leptospirose. São características relacionadas às 
pessoas a idade, o sexo, a escolaridade, a raça/cor, a renda 
familiar, a profissão, situação de trabalho (empregada ou 
desempregada) entre outras. 
Quando a doença aconteceu ou está acontecendo? 
Aqui nos referimos ao período do tempo em que o 
evento em saúde aconteceu. Como exemplo, podemos 
citar que a gripe acontece principalmente no final do 
outono e durante o inverno, ou ainda, a dengue e a 
chikungunya acontecem com maior frequência nos 
primeiros quatro meses dos anos, que são os meses 
mais chuvosos. 
Fonte: Diário de Pernambuco 
 
17 
 
Onde a doença aconteceu ou está acontecendo? 
Quando citamos os locais de ocorrência de um problema de 
saúde, mostramos o espaço em que ocorreu o evento de 
saúde, que pode ser uma classe de uma escola, um bairro, 
uma cidade, um estado ou um país. Por exemplo, a tabela 
abaixo mostra a ocorrência de casos prováveis de dengue 
em cada estado do Brasil. 
Outro exemplo, é a distribuição espacial dos casos notificados e confirmados de 
febre pelo vírus Zika por município de notificação (até a semana epidemiológica 
18) no Brasil, 2016, você pode ver no mapa abaixo. 
Fonte: Boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, volume 47, número 25, 2016 
 
18 
 
 
Ao descrever seus dados, use sempre os três componentes da epidemiologia 
descritiva: pessoa (quem), tempo (quando) e lugar (onde). Os três aspectos serão 
apresentados separadamente nesse curso para facilitar a compreensão, mas 
quando estamos diante das nossas atividades cotidianas do serviço de saúde 
trabalhamos descrevendo um fenômeno por completo. 
Na área 1 mostramos os indicadores de saúde, que são medidas matemáticas 
dos eventos em uma população. Em geral, usamos números relativos, por 
exemplo, a proporção de cesáreas na maternidade de uma cidade. 
Apesar disso, na descrição atual usaremos também os números absolutos dos 
casos em eventos de saúde. Por exemplo, o número de casos de microcefalia 
bebês de mães que foram infectadas por vírus zika durante a gestação em 
determinado bairro, o número de óbitos por ferimento causado por arma de fogo 
em uma comunidade, o número de casos de raiva em um país. 
É importante destacar que a epidemiologia trabalha em colaboração com outras 
áreas do conhecimento! 
Fonte: Boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, volume 47, número 25, 
2016 
 
19 
 
A epidemiologia descritiva utiliza conhecimentos da sociologia, da antropologia, 
das ciências políticas e da matemática ou da estatística para facilitar o 
entendimento da ocorrência de um problema de saúde numa população. Isso é 
importante para a compreensão e análise dos Determinantes Sociais da Saúde 
(DSS) que apresentamos na área 1. 
Você conheceu os conceitos de epidemiologia e epidemiologia descritiva. A 
epidemiologia é uma área de estudo da saúde que se preocupa com o estudo das 
populações. Na saúde usamos a epidemiologia para estudar o que acontece com 
as pessoas, considerando o processo saúde-doença. 
Considerando os dois primeiros tópicos, marque a alternativa correta. 
O que é um agravo? 
( ) é uma doença 
( ) é qualquer dano que possa ser causado à saúde humana 
( ) é um termo matemático 
( ) é um conceito da astrofísica 
Quais são as três questões fundamentais da epidemiologia descritiva? 
( ) quem? Quando? E onde? 
( ) por que? quanto? e quando? 
( ) quando? quanto? e onde? 
( ) quem? quando e por que? 
3. Descrevendo dados por pessoa, tempo e lugar 
A pessoa (quem?) na epidemiologia descritiva 
Quando descrevemos um fenômeno em saúde, a palavra "quem" nos ajuda a 
entender as características das pessoas com determinado problema de saúde, 
 
20 
 
ajudando na tomada de decisão para responder ao problema de saúde da 
população, com um diagnóstico mais claro para quem precisa receber a atenção 
necessária para o agravo ou doença. Por isso, é importante envolver outras 
áreas de conhecimento na descrição dos eventos em saúde. 
Em um estudo sobre o atendimento de pacientes com artrite reumatoide (AR) 
(tabela abaixo) foi possível entender que as pessoas atendidas no hospital 
universitário (HUB) acometidas pela doença eram, em sua maioria, do gênero 
feminino (86,15%), se declararam de raça (ou cor) branca (47,69%), eram de classe 
social média-baixa (53,84%) e tinham idade média de 45,6 anos. 
Fonte: Mota, L.M.H., Laurindo, I.M.M., Santos Neto, L.L. Características demográficas e clínicas de uma coorte 
de pacientes com artrite reumatoide inicial. Rev Bras Reumatol 2010;50(3):235-48 
 
21 
 
O lugar (onde?) na epidemiologia descritiva 
A epidemiologia descritiva pode nos mostrar também a diferença estrutural de 
uma cidade ao observarmos onde as pessoas moram ou onde elas estão mais 
expostas aos riscos, pois o contexto local nos ajuda a identificar quais pessoas 
precisam de cuidados específicos, de forma equitativa, em relação aos 
problemas de saúde. 
A equidade é um dos princípios do SUS e pode ser definida pela máxima: “mais 
para quem mais precisa”. Ou seja, considerando as desigualdades sociais entre 
grupos populacionais, a equidade prevê que os cuidados de saúde sejam 
direcionados para as pessoas mais vulneráveis. 
 
A Figura 1 mostra o bairro de Paraisópolis, em São Paulo, que possui seu território 
dividido em duas partes: à esquerda se observa uma comunidade de baixa renda 
com aglomerado desordenado de casas; à direita um condomínio luxuoso. 
As pessoas que moram na comunidade possuem casas construídas sem 
planejamento adequado e, por isso, geram corredores apertados que dificultam 
ações de controle de vetores, como o Aedes aegypti. Além disso, é possível que 
Paraisópolis Fonte: Desconhecida 
 
22 
 
não haja abastecimento regular de água, o que obriga as famílias a 
armazenarem água inadequadamente. Do outro lado, os moradores do 
condomínio possuem piscinas que também podem ser criadouros do “mosquito 
da dengue” se não estiverem sendo tratadas adequadamente. 
Assim, na descrição dessa situação de saúde, os aspectos sociais devem ser 
considerados, para que as ações prioritárias atinjam primeiro os locais mais 
vulneráveis, sem deixar de agir na prevenção de todo o bairro. 
O tempo (quando?) na epidemiologia descritiva 
Determinar o tempo é muito importante para a epidemiologia. O tempo mostra 
quando as pessoas foram acometidas pela doença ou agravo e nos permite agir 
no momento certo para evitar ou diminuir o problema de saúde. 
Quando lidamos com a variação temporal da ocorrência de um agravo, doença 
ou determinantes em saúde, podemos elaborar gráficos que demonstram o 
crescimento ou a diminuição no número de casos. 
Fique atento aos gráficos! Nas últimas aulas dessa área você aprenderá a identificar 
e elaborar gráficos descritivos! 
Os gráficos demonstram a intensidade da ocorrência ao longo do tempo. Esses 
dados são importantes para entender um problema de saúde e apoiar a tomada 
de decisão. Desta forma, coletar os dados referente a data de início de sintomas, 
data de atendimento ou data da notificação são fundamentais para descrever os 
problemas de saúde que acometem uma população, e assim podemos 
descrever o "quando" da epidemiologia descritiva. 
No caso de uma epidemia, a organização dos dados em gráficos pode dizer muito 
sobre a fonte de infecção de uma doença, como você já viu na Aula 10 da Área 1. 
 
23 
 
As primeiras semanas do ano são épocas propícias para a reprodução de vetores 
de arboviroses em Pernambuco. O gráfico a seguir mostra a simultaneamente a 
sazonalidade de dengue e chikungunya no estado nos anos de 2015 e 2016. Note 
que os picos de casos ocorrem nas primeirassemanas do ano. Isso significa que 
as ações de controle devem abranger essa época do ano. 
Fonte: Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco 
 
Mostramos para você um conceito básico de Epidemiologia, 
mas saiba que essa é uma área complexa e que não pode ser 
resumida ao simples estudo da população. Existe um conceito 
maior e mais elaborado da área de estudo que você pode 
conhecer em outras literaturas, como indicado abaixo! 
O Autor Last (1995), define a epidemiologia como "o estudo 
da frequência, distribuição e dos determinantes de eventos 
relacionados à saúde em populações específicas e sua 
aplicação para o controle de problemas de saúde". 
Se quiser saber mais, você pode consultar o livro 
“Epidemiologia Básica” da Organização Mundial da 
Saúde! 
 
Capa do livro “Epidemiologia 
Bá i ” 
Clique aqui 
bit.ly/Epidemiologiabasica 
http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/43541/9788572888394_por.pdf;jsessionid=A445DA644ED53DAB397A468D3EFEB963?sequence=5
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Você conheceu os elementos fundamentais da epidemiologia descritiva: pessoa, 
lugar e tempo. Esses termos serão usadas durante toda a área 2. 
Você é capaz de relacionar os termos com seus significados? Com base no tópico 
3, ligue a primeira coluna com a segunda. 
(3) Pessoa ( ) Mostra quando o evento em saúde ocorreu. 
(1) Tempo ( ) Se relaciona ao espaço onde ocorreu o evento 
em saúde. 
(2) Lugar ( ) Define quem foi acometido pelo agravo ou 
doença. 
 
 
Você conheceu os conceitos básicos da epidemiologia descritiva. Você 
já conhecia a epidemiologia descritiva? Você usa os conceitos que 
apresentamos em seu trabalho? Como os conceitos de “quem?”, 
“quando?” e “onde?” podem ajudar a tomada de decisão em seu 
município. 
Com base nas questões, conte para nós um evento de saúde que 
ocorreu em sua cidade descrevendo com base na tríade epidemiológica 
e coloque em nossa comunidade de práticas. 
Vamos relembrar 
Você conheceu os conceitos de epidemiologia e 
epidemiologia descritiva. De maneira simples, 
podemos dizer que a epidemiologia é a área de estudo 
da saúde que se preocupa em estudar o que ocorre 
 
25 
 
com as pessoas, considerando o processo saúde-
doença. 
Para melhor compreensão da epidemiologia, dividimos 
a epidemiologia em duas áreas: a epidemiologia 
descritiva e a epidemiologia analítica. Em nosso curso, 
vamos priorizar à epidemiologia descritiva e não 
estudaremos a epidemiologia analítica. 
A epidemiologia descritiva se preocupa principalmente 
com três elementos fundamentais, composto pelas 
questões: quem? quando? e onde? Que representa a 
pessoa, o tempo e o local. 
Na próxima aula vamos detalhar as aplicações da 
epidemiologia descritiva. 
Até lá! 
 
 
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27 
 
Referências 
Brasil, Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 
Acesso em 02/04/2018 disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/ 
saudelegis/gm/2011/prt0104_25_01_2011.html> 
Brasil. Monitoramento dos casos de dengue, febre de Chikungunya e febre 
pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 19, 2016 Boletim 
epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da 
Saúde, volume 47, número 25, 2016 
Porta, 2014. M. A dictionary of epidemiology, 6ed. New York: Oxford 
University Press. 343p. 
Bonita, R. Epidemiologia básica / R. Bonita, R. Beaglehole, T. Kjellström; 
[tradução e revisão científica Juraci A. Cesar]. - 2.ed. - São Paulo, Santos. 2010 
213p.: il. Tradução de: Basic epidemiology, 2nd. ed. 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
 
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Respostas dos exercícios (em ordem de aparição) 
1 Você conheceu os conceitos de epidemiologia e epidemiologia descritiva. A 
epidemiologia é uma área de estudo da saúde que se preocupa com o estudo 
das populações. Na saúde usamos a epidemiologia para estudar o que acontece 
com as pessoas, considerando o processo saúde-doença. 
Considerando os dois primeiros tópicos, marque a alternativa correta. 
O que é um agravo? 
(b) é qualquer dano que possa ser causado à saúde humana 
Quais são as três questões fundamentais da epidemiologia descritiva? 
(a) quem? Quando? E onde? 
Você conheceu os elementos fundamentais da epidemiologia descritiva: pessoa, 
lugar e tempo. Esses termos serão usadas durante toda a área 2. 
Você é capaz de relacionar os termos com seus significados? Com base no 
tópico 3, ligue a primeira coluna com a segunda. 
( ) Pessoa (1) Mostra quando o evento em saúde ocorreu. 
( ) Tempo (2) Se relaciona ao espaço onde ocorreu o 
evento em saúde. 
( ) Lugar (3) Define quem foi acometido pelo agravo ou 
doença. 
 
	AULA 1– Introdução a Epidemiologia Descritiva
	1- Conceito de Epidemiologia
	2. A Epidemiologia Descritiva
	Quem está adoecendo ou adoeceu
	Quando a doença aconteceu ou está acontecendo?
	Onde a doença aconteceu ou está acontecendo?
	3. Descrevendo dados por pessoa, tempo e lugar
	A pessoa (quem?) na epidemiologia descritiva
	O lugar (onde?) na epidemiologia descritiva
	O tempo (quando?) na epidemiologia descritiva
	Vamos relembrar

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