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Avaliação dos músculos respiratório Mecânica Respiratória Os pulmões são contraídos e expandidos de 2 maneiras: 1. Movimento do diafragma – para baixo (alongando a caixa torácica) e para cima (encurtando a caixa torácica) 2. Elevação e depressão das costelas – aumenta e diminui o diâmetro ântero-posterior e látero- lateral da caixa torácica Na inspiração (ativa) o diafragma contrai (move para baixo) alongando a caixa torácica (deixa de ser uma cúpula). Já o gradil costal faz o movimento de alça de balde ( projeção lateral das costelas e anterior do esterno). Ocorre então um aumento do diâmetro ântero-posterior e latero-lateral Na expiraçã (passiva) o diafragma relaxa (move para cima) voltando a ser cúpula, Já o gradil costal abaixa e ocorre uma projeção posterior do esterno Músculos da inspiração Primários: diafragma e intercostais externos Acessórios: esternocleidomastoideo, escalenos, peitoral maior e menor, serrátil anterior, fibras superiores do trapézio Diafragma Intercostais esternos Acessórios Aumento do diâmetro vertical Margem das costelas são levantadas e movidas para fora Elevam as duas primeiras costelas ( escaleno) e o esterno (esterno cleidomastoideo) Margem das costelas são levantadas e movidas para fora Aumento dos diâmetros anteroposterior e lateral do tórax Elevação de muitas das costelas (serrátil anterior) Repouso Ação dos músculos principais, os acessórios não devem ser solicitados, se isso ocorrer indica deficiência dos mm primários e sistema respiratório em dificuldades ventilatórias SUSPIRO mm principais e acessórios inspiração e mm responsáveis pela expiração MÚSCULOS DA EXPIRAÇÃO Durante a respiração tranquila, a expiração é passiva. O pulmão e a parede torácica são elásticos e tendem a retornar às suas posições de equilíbrio após serem ativamente expandidos ao longo da inspiração EXPIRAÇÃO FORÇADA Mm oblíquos internos e externos do abdome, reto abdominal, transverso do abdome (Empurram o diafragma para cima) Intercostais internos e transverso do tórax. (Tracionam as costelas para baixo e para dentro) Feito por: Gabrielle Santos AVALIAÇÃO MUSCULAR RESPIRATÓRIA MANUAL Teste Manual do diafragma (respirar na barriga) Posição do paciente: - Decúbito dorsal ou decúbito lateral (hemidiafragma) Fixação : costelas inferiores Pressão: formando uma linha abaixo do rebordo das últimas costelas (fase expiratória) Prova: inspirar e direcionar o ar para o abdome, proporcionado a expulsão da mão do examinad Classificação Bom Regular Ruim 0 Bom: Abdome do paciente expulsa a mão do examinador Regular: Tentativa de expulsão da mão do examinador e o paciente passa a expandir o tórax Ruim: Percebe a contração, mas não há expulsão da mão do examinador Zero: Não há expulsão da mão do examinador e nem se percebe a contração Teste Manual dos Intercostais Externos Dirigir a respiração para o tórax Avalia o grau de horizontalização e verticalização das costelas, A modificação dos EIC (espaços intercostais) e do ângulo de Sharpy durante as fases da respiração. Teste Manual dos Intercostais externos Posição do paciente: decúbito dorsal, com braços ao lado do corpo. Fixação: não é necessária. Pressão: aplica-se a face palmar dos dedos nos EIC; Prova: consiste em inspirar e direcionar o ar para o tórax, observando a abertura dos EIC e horizontalização da costelas Classificação Bom Regular Ruim 0 Bom: aumento dos espaços EIC, abaulamento muscular e horizontalização das costelas na inspiração Regular:Discreto aumento dos espaços intercostais e abaulamento muscular, costelas permanecem verticalizadas. Ruim: Costelas verticalizadas, espaços intercostais imóveis, abaulamento muscular quase imperceptível Zero: Sem percepção de contração muscular Avaliação muscular pressórica (manovacuometria) Pressões Respiratórias Estáticas Máximas Aumentou o volume = aumenta a pressão Pressão inspiratória máxima (PImax) força da musculatura inspiratória Pressão expiratória máxima (PEmáx) força da musculatura expiratória; Como medir Aparelho Portátil: manovacuômetro, escalonado em cmH2O, sustentar por 2” PImax – obtida a partir do volume residual (VR) PEmax – obtida a partir da capacidade pulmonar total (CPT) Cada medida é realizada no mínimo 3X, e o maior valor é considerado (não deve haver diferença maior que 10% entre as medidas). Técnica Posição sentada (tronco ângulo de 90º com a coxa ) , ou cabeceira elevada tanto quanto possível Uso de clipe nasal Orifício de 1 a 2 mm (dissipar pressões da boca) Repouso de 1’ entre as manobras Pemax : não fazer pressão nas bochechas se não esses músculos vão ser quantificados Cuidado com diminuição de DC (débito cardíaco) e síncope (perda súbita e transitória da consciência secundária a hipoperfusão cerebral difusa.) Valores previstos Equações para valores previstos adultos de 20 a 80 anos ((Neder et al, 1999) PImáx – Homens: 155,3 – (0,80 x idade) – Mulheres:110,4 – (0,49 x idade) PEmax – homens: 165,3 – (0,81x idade) – mulheres: 115,6 – (0,61 x idade) Obs. (Pimáx é expressa em valores absolutos, desprezando-se o sinal negativo) Costa et AL, 2010 PImáx – Homens: 232,37 – (1,24 x idade) – mulheres:74,25– (0,46 x idade) PEmax – homens: 183,31 – (1,26 x idade) – mulheres: 119,35 – (0,68 x idade) Simões et AL, 2010 –Brasileiros PImáx – Homens: 125– (0,76 x idade) – Mulheres:80,7– (0,85 x idade) – (0,3 x massa) PEmax – homens: 87,69 – (0,83 x idade) – mulheres: 125,1 – (0,89 x idade) – (0,18 x massa) Equações para valores previstos de crianças de 7 a 13 anos Pimáx CRF –Feminino:(-7,58 x idade) + 14,42 –Masculino: (- 9,85 x idade) + 20,34 Pemáx CRF –Feminino: (8,37 x idade) – 2,31 –Masculino: (13,68 x idade) – 32,97 Contraindicações Absolutas – IAM (infarto agudo do miocárdio) ou angina instável recente – HAS (hipertensão arterial sistêmica) grave e sem controle – Aneurisma de aorta – Pneumotórax – Fístulas pleurais ou pulmonares – Cirurgia ou trauma VAS (vias aéreas superiores), tórax e abdome – Hérnias abdominais – Problemas agudos de ouvido médio – Glaucoma ou descolamento de retina – Hidrocefalia – Processos neurológicos com risco de engasgar – Paciente não colaborativo Relativas – Pouca colaboração – Traqueostomia – Paralisia facial – Hemorroidas sangrantes (aumento da pressão abdominal) – História de sincope tussígena (queda de DC diminuição fluxo sanguíneo cerebral – desmaio) – Doença da coluna vertebral (pode precipitar um quadro álgico) AVALIAÇÃO DA PERMEABILIDADE DA VIA AÉREA Mensuração do Pico de Fluxo Expiratório (PF) Avalia a permeabilidade das vias aéreas; velocidade com que o ar sai Aparelho portátil: Peak Flow, escalonado em L/min; Manobra expiratória forçada a partir da capacidade pulmonar total; Uso de um clipe nasal, Paciente sentado ou em posição ortostática; Essa medida realizada no mínimo três vezes Técnica: Posição sentada (tronco ângulo de 90º com a coxa ) ou ortostática Uso de clipe nasal Solicitar ao paciente que inspire profundamente e dê um “soprão” (forte e rápido) Repouso de 30” entre as manobras Realizar 3 manobras e registrar o maior valor para comparação Comando “dar soprão”
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