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Clínicas - P2 SINAIS VITAIS Aspecto Geral (Bom - Regular - Ruim) Inspeção: higiene, orientação do tempo e espaço, estado de alerta, aspecto de emagrecimento, palidez, fácies de doenças crônicas, coloração, fala e linguagem, marcha, hidratação (sede, pele e mucosas secas, olhos afundados e hipotônicos, fontanelas deprimidas) Avaliação Antropométrica Aferição da altura: em balança com estadiômetro ou fita métrica extensível. ➔ Pontos anatômicos que devem estar próximos à parede/estadiômetro: calcanhares, panturrilha, glúteos, escápulas e ombros. ➔ Os joelhos devem estar esticados, os pés juntos e os braços estendidos ➔ Cabeça erguida formando um ângulo de 90° ➔ Olhos mirando o horizonte ➔ O estadiamento deve ser abaixado até a altura do cabelo (sem adornos) Obs: Em crianças com menos de 2 anos deve ser medida deitada com uma régua Peso Corporal: ➔ Balança mecânica tipo plataforma digital ➔ A balança deve ser calibrada antes ➔ Paciente descalço, com menor quantidade possível de roupa e com os braços ao longo do corpo. ➔ O avaliador deve estar a frente da balança e a esquerda do paciente Índice de Massa Corporal (IMC):indica o estado nutricional. OBS: Não separa músculo de gordura! IMC = PESO ATUAL (kg) / ALTURA² (M) Circunferência da Cintura ➔ Diagnóstico da obesidade abdominal ➔ Reflete a gordura visceral Semiotécnica: determinada com uma fita métrica inextensível em cm, posicionada no ponto entre a última costela e a crista ilíaca, sem fazer pressão, em plano horizontal. Temperatura Corporal ➔ Axilar: 35,5 a 37° ➔ Bucal: 36 a 37,4° ➔ Retal: 36 a 37,5° Ritmo e Frequência Respiratória Sucessão regular de movimentos respiratórios + amplitude de profundidade mais ou menos igual = ritmo e frequência respiratórios normais. Valor de referência: 16 a 20 rpm (respirações por minuto) -EUPNEIA Possui variações: Crianças 0 a 2 meses= 60 rpm / 2 meses a 1 ano= 50 rpm / 1 ano= 40 rpm. Taquipneia: FR acima de 20rpm; Bradipneia: FR abaixo de 16rpm; Eupneia: sucessão regular de movimentos respiratórios; Dispneia: movimentos respiratórios amplos e desconfortáveis para o paciente; Ortopneia: dificuldade para respirar deitado. ´´Orientar o paciente quanto ao procedimento → (não se deve contar ao paciente que sua FR está sendo verificada, uma vez que inconscientemente alteramos o nosso padrão respiratório) → colocar o paciente em decúbito dorsal e com o tórax e o abdome descobertos → Observar os ciclos respiratórios e contar durante 1 minuto inteiro → anotar → lavar as mãos´´ RITMO E FREQUÊNCIA DO PULSO Déficit de pulso: número de pulsações menor que a FC – fibrilação atrial e extrassístolia. O ritmo é verificado pela sequência das pulsações, diferenciando-se em: 1. Pulso regular:pulsações ocorrem em intervalos iguais; 2. Pulso irregular:intervalo entre as pulsações ora são mais longos, ora são mais curtos. Normacardia: 60-100 pulsações por minuto. Taquicardia: acima de 100 pulsações por minuto (causas: exercícios físicos, emoções, e fibrilação atrial); Bradicardia: abaixo de 60 pulsações por minuto (causas: bloqueio atrioventrincular, icterícia e infecções virais). FREQUÊNCIA DE PULSO = FREQUÊNCIA CARDÍACA USAR O PULSO RADIAL OU AUSCULTA CARDÍACA Em geral, faz-se a análise usando o pulso radial. Mas pode usar também o carotídeo (em situações de emergência) e mais raramente o pulso femoral. OBS. O pulso periférico desaparece quando a pressão sanguínea ou a tensão arterial é baixa (por exemplo, em um desmaio). Se o ponto onde tomamos o pulso estiver afastado do coração, estamos a tomar um pulso periférico (por exemplo, o pulso radial). Se a zona onde tomamos o pulso estiver próxima do coração, o pulso é central (por exemplo, o pulso carotídeo). POR AUSCULTA CARDÍACA 1. Lavar as mãos 2. Colocar o paciente em posição confortável e orientá-lo quanto ao exame. 3. Identificação e palpação do pulso carotídeo (artéria carótida comum): 4. Colocar as olivas do estetoscópio nas orelhas, com o côncavo da curvatura voltada para frente; 5. Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre o ictus cordis evitando compressão excessiva; 6. Palpar o pulso corotídeo concomitantemente e atentarse para a ausculta de B1, B2 e dos silêncios. Observe que B1 coincide com o pulso carotídeo. 7. Contar os ciclos durante um minuto; 8. Lavar as mãos ao término POR PALPAÇÃO DO ICTUS CORDIS 1.Lavar as mãos; 2. Colocar o paciente em posição confortável e orientá-lo quanto ao exame; 3. Identifique o local do íctus cordis; 4. Informe ao paciente que você irá palpar o coração (região do Íctus cordis); 5. Coloque a região central da sua palma na região, que é a única que deverá ter contato com a pele da região. Os seus dedos deverão estar em hiperextensão; 6. Cada impulsão do íctus corresponde a uma sístole. Contar o número de sístoles durante um minuto; 7. Lavar as mãos ao término. Métodos para aferir a pressão arterial: A) Direto –Fornece a pressão direta ou intra-arterial. Por ser um procedimento invasivo e exigir equipamento mais sofisticado, é reservado para pesquisa. B) Indireto –Rotineiramente , utiliza-se a técnica auscultatória-palpatória. Apesar de relativamente imprecisa , todos os dados clínicos atuais e os estudos populacionais que relacionam mortalidade ou morbidade pela hipertensão arterial foram obtidos por este método. Quando se utiliza a técnica palpatória, REGISTRA-SE APENAS A PRESSÃO SISTÓLICA. Cumpre ressaltar que a pressão diastólica obtida pelo método indireto é menor do que a diastólica no interior da artéria. Recomendações: →Repouso mínimo de três minutos, colocando o paciente em várias posições; →Localizar corretamente as pulsações da artéria braquial, colocar o manguito e o receptor do estetoscópio na posição correta (nunca debaixo do manguito); →Inflar o manguito até o desaparecimento do pulso radial, soltar o ar de maneira contínua; PROCEDIMENTO: 1. Localizar as pulsações da artéria braquial. 2. Colocar o manguito 2 cm acima da fossa cubital. 3. Palpar o pulso radial (pode também ser feito na artéria braquial). 4. Inflar o manguito até o desaparecimento do pulso radial; em seguida , desinsuflar o manguito lentamente. Quando desaparecer o pulso, será obtido o valor da pressão sistólica. 5. Colocar o estetoscópio sobre a artéria braquial e insuflar o manguito cerca de 30 mmHg acima do valor encontrado para a pressão sistólica pelo método palpatório. 6. Soltar o ar, de maneira contínua , à razão de 2 a 3 mmHg/segundo, até o completo esvaziamento da câmara. CABEÇA E PESCOÇO Tireoide Inspeção geral: hiperemia (indica infecção), edemas, exoftalmia (olho arregalado), abaulamentos e ondulações, bócios, linfoedemas associados Palpação: Temperatura, tamanho (volume maior/menor), superfície (nódulo ou bócio multinodular), consistência (fibroelástica ou endurecida), dor, mobilidade e temperatura. Ausculta: Em caso de tireotoxicose: aumento de hormônios => aumento da vascularização => Causa sopros Técnicas ➔ Palpação anterior- realizada com as faces ventrais e as polpas digitais dos dedos médios, indicador e polegar ➔ Palpação posterior - paciente sentado, examinador em pé atrás, polegares fixos na nuca com as pontas dos indicadores e médios quase se tocando na linha mediana (empurra um lobo para examinar o outro) ➔ Avaliação dinâmica - pedir para o paciente deglutir a fim de avaliar a mobilidade da glândula Obs: primeiro de um lado e depois do outro, sempre comparar, não palpar os dois de uma vez. cada lobo deve ter o tamanho de 1 polpa digital Sinal de Pemberton (rosto vermelho na manobra) Manobra de Pemberton:pedir para que o paciente levante os dois braços e analisar se existe congestão facial. Se a face ficar vermelha e inchada, significa que a tireoide está comprimindo as veias faciais. Hipertireoidismo: nervosismo, emagrecimento, intolerância ao calor, sudorese, palpitações, diarreia, taquicardia, hipertensão sistólica, pele quente, lisa e úmida, tremor, exoftalmia e fácies basedowiana. Hipotireoidismo: cansaço, letargia, aumento de peso, intolerância aofrio, constipação intestinal, bradicardia, redução da pressão sistólica e aumento da diastólica, bulhas cardíacas abafadas, pele seca, áspera e fria, sonolência, síndrome do túnel do carpo, neuropatia periférica, edema periorbitário e fácies mixedematosa. Linfonodos Linfonodos cervicais anteriores: drena laringe, orofaringe, pescoço anterior e língua. Linfonodos cervicais posteriores: drena pescoço, couro cabelo e pele do tórax. Linfonodos occipitais: drenam pescoço e couro cabeludo. Linfonodos bucais: drenam a zona intermediária da face. Linfonodos submandibulares: drenam cavidade oral. Linfonodos retroauriculares: drenam o couro cabeludo. Linfonodos pré-auriculares e parotídeos: drenam glândulas parótidas, bochechas, couro cabeludo, porção superior da face e região tempora Linfonodos axilares: drenam mama, extremidade superior da parte torácica. Linfonodos epitrocleanos: drenam forame ulnar, as mãos. Linfonodos infraclaviculares: drenam mama e braço. Linfonodos das virilhas: são os linfonodos inguinais. Linfonodos poplíteos; Palpação: realizada com as polpas digitais e a face ventral dos dedos médio, indicador e polegar, no caso da extremidade cervical, ajusta-se a cabeça em uma posição que relaxe os músculos do pescoço, inclinando levemente a cabeça para o lado que deseja examinar. ➔ LINFONODOS CERVICOFACIAIS NÍVEL 1:Polpas digitais da mão direita no nível 1. E no nível 5 com a mão esquerda segura a cabeça do paciente usando as polpas digitais da mão direita para fazer movimentos circulares na região que corresponde aos linfonodos. ➔ LINFONODOS CERVICOFACIAIS NÍVEL 3:São os da cadeia jugular, apreende-se o músculo esternocleidomastóideo entre o polegar e os dedos indicador e médio de uma das mãos. ➔ POR COMPRESSÃO BIODIGITAL:É a palpação dos linfonodos, cadeias bucal, parótidea, préauricular, retroauriciular e occipital. Executa-se movimentos giratórios. Utiliza-se dedo indicador e médio. Localização: em relação ao grupo ganglionar. Tamanho ou volume: 0,5 a 2,5cm de diâmetro. Coalescência: se juntam dois ou mais linfonodos em uma massa. Fruto de processos inflamatório ou neoplásico. Consistência: endurecido, amolecido, com flutuação (normal: elásticos). Mobilidade: através da palpação deslizante; Sensibilidade: doloroso ou não. Alterações da pele: presença de sinais flogísticos (edema, calor, rubor e dor) e presença de fistulização. Processo inflamatório (Adenites): sinais flogísticos da pele circunjacente, associados a sensibilidade aumentada em relação a um linfonodo aumentado e aderido aos planos superficiais. Micose ou tuberculose: constatação de fístulas Linfomas ou leucoses: linfonodos muito volumosos Neoplasia maligna: linfonodos duros e fixos, e coalescentes (junção de 1 ou +) TÓRAX Regiões Torácicas Região supraclavicular: é a área delimitada pela borda superior da clavícula, pelo prolongamento cervical da linha esternal e pela borda superior do trapézio Região clavicular: corresponde à área de projeção superficial da clavícula Região infraclavicular: compreende a área delimitada pela borda inferior da clavícula, pela borda anterior do deltoide, por uma linha horizontal traçada a partir da 3a articulação condroesternal e pela borda do esterno Região mamária: seu limite superior corresponde ao limite inferior da região infraclavicular. Os limites laterais são as linhas axilares anteriores e a linha esternal. O limite inferior é demarcado por uma linha horizontal que parte da 6a articulação condroesternal Região inframamária: é circunscrita pela linha horizontal que passa pela 6a articulação condroesternal, pela reborda costal e pela linha axilar anterior Região supraesternal: o limite superior são os primeiros anéis da traqueia; o inferior, a fúrcula esternal e os laterais, as bordas internas dos músculos esternocleidomastóideos Região esternal superior: o limite superior é a fúrcula esternal; o inferior, uma linha transversa que passa pela 3a articulação condroesternal e os laterais são as linhas esternais Região esternal inferior: compreendida entre a linha transversal que passa pela 3a articulação condroesternal e o apêndice xifoide Região axilar: limitada pelo côncavo axilar, pelas linhas axilares anterior e posterior e pelo prolongamento da linha horizontal que passa pela 6a articulação condroesternal Região infra-axilar: compreende desde o limite inferior da região axilar até a reborda costal, tendo como limites laterais as linhas axilares anterior e posterior Região supraescapular: esta região apresenta forma triangular; cujo limite superior é a borda superior do trapézio; o inferior, a borda superior da omoplata e seu prolongamento até a coluna vertebral; o limite interno é a linha medioespinal Região supraespinhosa: corresponde à fossa supraespinhosa Região infraespinhosa: corresponde à fossa infraespinhosa Região infraescapular: seu limite superior é uma linha horizontal traçada pela ponta inferior da escápula até a linha medioespinal, a qual faz o limite interno. O limite inferior é o próprio limite inferior do tórax. Lateralmente, vai até a linha axilar posterior Região interescapulovertebral: área compreendida entre a borda interna da escápula e a linha medioespinal. EXAME DAS MAMAS Mama Feminina:A superfície das mamas é lisa, sendo visível a rede venosa superficial. O mamilo situa-se no centro da aréola. Ambos são pigmentados. Na aréola encontram-se pequenas elevações que são os tubérculos de Montgomery. As mamas são constituídas, além da pele e do tecido celular subcutâneo que a recobrem, da cápsula superficial da fáscia, ácinos mamários onde o leite é produzido, ductos, dúctulos, seio e óstio do ducto, glândulas areolares, tecidos conjuntivo e adiposo. A cápsula profunda da fáscia separa o espaço retromamário dos músculos peitorais. Mama Masculina:é rudimentar, com aréola e mamilo de menores proporções. Na adolescência, costuma haver um transitório desenvolvimento dessas glândulas. Divisão das mamas: Drenagem Linfática: ➔ 75% = Linfonodos Axilares ➔ 15% = Linfonodos infraclaviculares, supraclaviculares e paraesternais Pele: coloração e se há ou não retrações ou edema. O aspecto de casca de laranja e a retração da pele são sinais importantes para o diagnóstico das neoplasias malignas. Os processos inflamatórios (mastite) denunciam-se na superfície do órgão por meio dos clássicos sinais flogísticos (calor, rubor, edema e dor). Na região dos mamilos devem-se procurar erosões, crostas e descamação. Tamanho, forma e simetria: São analisados comparando-se uma mama com a outra. Protuberâncias: anotar localização, usando-se como referência a divisão em quadrantes, tamanho, forma, contorno, consistência, mobilidade e sensibilidade. Posição dos mamilos: É analisada pela comparação de um lado com o outro Secreção: A secreção, espontânea ou provocada pela expressão da glândula mamária, merece investigação minuciosa, anotando-se as características da substância encontrada. Secreção láctea sem relação com gestação e lactação prévias é denominada galactorreia não puerperal. As principais causas são hormonais e farmacológicas. Secreção não láctea unilateral sugere doença mamária local, que pode ser benigna ou maligna. Sensibilidade: definir se a dor é espontânea ou se só aparece quando se faz a palpação do órgão Contextura e consistência: variam com idade, número de gestações e fase do ciclo menstrual. Em condições normais, a consistência é firme e podem ser reconhecidos os lóbulos glandulares. Alterações do parênquima mamário: áreas de condensação e os nódulos. Áreas de condensação: apresentam consistência mais firme em relação ao parênquima mamário circunjacente (displasias mamárias) Semiotécnica ➔ Paciente deve estar sentada na mesa de exame, com braços rentes ao tórax, vestida apenas com um avental aberto na frente e recebendo luz em incidência oblíqua. ➔ Inspeção Estática:em por objetivo analisar a simetria, o trofismo, as dimensões e a forma das mamas, das papilas e das aréolas e se há alterações da superfície representadas por depressões, abaulamentos,retrações da superfície mamária ou da papila. ➔ Inspeção Dinâmica:realizada por meio de duas manobras: levantamento dos braços para aumentar a tensão dos ligamentos suspensores e contração dos músculos peitorais. Essas manobras revelam ou acentuam retrações, abaulamentos, tumores, alterações papilares e areolares. Tais alterações ocorrem, em geral, nos tumores malignos avançados da mama, sendo menos frequentes nos benignos. ➔ Palpação: deve ser iniciada pela mama supostamente normal. Cada mama deve ser palpada com a mão oposta, devendo o examinador pousar a outra mão sobre o ombro oposto da paciente, ou seja, com a mão direita palpa-se a mama esquerda e com a esquerda palpa-se a direita. Primeira etapa (paciente sentada) 1. Inicia-se a palpação de forma global, tomando-se a mama à altura da papila com a mão espalmada, procurando conter toda a glândula na palma da mão 2. Palpação por quadrantes: exame, então, é feito com a face palmar dos dedos juntos, que percorrem quadrante por quadrante. 3. Manobra de Bloodgood(palpação digital) 4. Essas manobras podem ser feitas por quadrante, como foi assinalado, ou também de maneira “radiada”, isto é, partindo da papila mamária no sentido das regiões periféricas. 5. Palpação dos linfonodos: toma-se o braço da paciente com a mão homóloga do examinador – mão direita do examinador/braço direito da paciente –, que é mantido em posição horizontal e apoiado sobre o braço do examinador, de modo a deixar livre o acesso ao oco axilar. 6. Palpa-se a axila com a mão oposta, aprofundando-a tanto quanto possível à procura de linfonodos eventualmente aumentados. Procede-se da mesma maneira no outro lado. Em seguida, examinam-se as regiões infraclaviculares, as fossas supraclaviculares e as regiões laterais do pescoço. Segunda etapa (paciente deitada) 1. A paciente em decúbito dorsal com as mãos cruzadas atrás da nuca, estando as mamas descobertas. 2. O examinador posiciona-se atrás da sua cabeça, palpando cada mama com a mão homóloga ao lado que examina (devido ao achatamento da mama sobre o gradil costal, nesta posição evidenciam-se melhor os tumores pequenos ou de localização mais profunda) 3. Completa-se o exame com a expressão das papilas mamárias, que deve ser realizada com os dedos e por quadrante, procurando localizar pelo tato o ducto do qual se obteve secreção. O aspecto da secreção varia de citrino claro ao francamente sanguinolento. Esfregaços feitos com este material podem fornecer informações preciosas para o diagnóstico de diversas enfermidades. As secreções esverdeadas e sanguinolentas costumam indicar doença dos ductos mamários, tais como papilomas ou carcinomas intraductais. EXAME DOS PULMÕES O paciente deve sentar-se em uma banqueta, na mesa de exame ou no próprio leito. O examinador fica de pé, movimentando-se ao seu redor. Semiotécnica compreende: inspeção, palpação, percussão e ausculta. INSPEÇÃO Inspeção estática: forma do tórax + presença ou ausência de abaulamentos e depressões. Inspeção dinâmica: tipo respiratório, o ritmo e a frequência da respiração, a amplitude dos movimentos respiratórios, a presença ou não de tiragem e a expansibilidade dos pulmões. ➔ Chato: normal (escápulas sobressaem) ➔ Tonel: tórax em barril (enfisema pulmonar ➔ Cifótico: encurvamento posterior (tuberculose) ➔ Infundibuliforme (pectus excavatum): tórax em funil, depressão no terço inferior do esterno (raquitismo) ➔ Cariniforme (pectus carinatum): tórax de pombo (raquitismo) Sulcos de Harrison e rosário raquítico: São deformações das costelas determinadas pelo raquitismo. As próprias denominações – sulcos e rosários – indicam o aspecto dessas anormalidades. TIPO RESPIRATÓRIO Condições normais: ➔ Costal Superior: em condições normais. Deslocam parte superior do tórax para cima e para frente; ➔ Toraco Abdominal: musculatura diafragmática. RITMO RESPIRATÓRIO Respiração Dispneica (dispineia):sucessão regular de movimentos respiratórios amplos e quase sempre desconfortáveis para o paciente (insuficiência cardíaca, enfisema pulmonar, bronquite, pneumonias, atelectasia, pneumotórax, derrame pleural e anemias graves ) Platipneia: é a dificuldade para respirar em posição ereta, que se alivia na posição deitada; ou seja, é o contrário da dispneia de decúbito. Pode ocorrer após pneumectomia ◗ Ortopneia: é a dificuldade para respirar mesmo na posição deitada ◗ Trepopneia: é a condição na qual o paciente se sente mais confortável para respirar em decúbito lateral. Pode ocorrer na insuficiência cardíaca congestiva e no derrame pleural ◗ Respiração de Cheyne-Stokes: também chamada dispneia periódica, uma vez que o paciente apresenta, de modo cíclico, incursões respiratórias que vão se tornando cada vez mais profundas até atingirem uma amplitude máxima; neste momento, os movimentos começam a diminuir gradativamente, podendo ocorrer apneia; se isso acontece, o paciente permanece sem respirar alguns segundos, ao fim dos quais repete-se a mesma sequência; e, assim, sucessivamente Respiração de Biot: caracteriza-se fundamentalmente pela ocorrência de períodos de apneia que interrompem a sequência das incursões respiratórias. Há também nítidas variações na amplitude dos movimentos torácicos, observando-se uma verdadeira arritmia respiratória (meningite, neoplasias,hematoma extradural, indica mau prognóstico) Respiração de Kussmaul (peixe fora d´agua): a principal característica deste ritmo respiratório são as amplas e rápidas inspirações interrompidas por curtos períodos de apneia após as quais ocorrem expirações profundas e ruidosas, que, por sua vez, são sucedidas por pequenas pausas de apneia FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA PALPAÇÃO Estrutura da parede torácica: pele, tecido subcutâneo, músculos, cartilagens e ossos. Expansibilidade ou motilidade: Manobras de expansibilidade: Ápices: o examinador se posiciona atrás do paciente, pousando ambas as mãos sobre as regiões que correspondem aos ápices pulmonares, de tal modo que os polegares se toquem levemente, em ângulo quase reto, no nível da vértebra proeminente. Os demais dedos do examinador, justapostos e semifletidos, exercem leve pressão sobre o tórax. Solicita-se, então, ao paciente que respire mais fundo, e, enquanto isso, o examinador observa a movimentação de suas mãos. Bases: O examinador atrás do paciente, de pé ou sentado. Seus polegares devem estar próximos ou mesmo juntos na altura das apófises espinhosas da 9a ou 10a vértebra torácica, enquanto a palma da mão e a face ventral dos dedos, estendidos e justapostos, devem abarcar o máximo da área correspondente às bases pulmonares. Os dedos bem aderidos à parede torácica de tal modo que a movimentação dessa região leve consigo a mão do examinador. Analisa-se a mobilidade das bases pulmonares durante a respiração tranquila e também após algumas incursões respiratórias profundas. A amplitude da movimentação das mãos do examinador indica o grau de expansibilidade dos lobos inferiores dos pulmões. Diminuição da expansibilidade: ➔ Unilateral: localização apical traduz processo infeccioso ou cicatricial do ápice pulmonar; basal ocorre no derrame pleural, nas hepatomegalias e nas esplenomegalias; difusa no pneumotórax, no hidrotórax, na atelectasia, na pleurodinia e no traumatismo torácico ➔ Bilateral: localizado nos ápices indica processo infeccioso ou cicatricial; basal, gravidez, ascite, obesidade grave e derrame pleural bilateral; difusa, enfisema pulmonar, esclerodermia e senilidade. FRÊMITO TORACOVOCAL Vibrações percebidas pela mão do examinador quando o paciente emite algum som Semiotécnica: O examinador coloca as mãos no tórax e pede pro paciente pronunciar 33, ao mesmo tempo, as mãos seguem toda a extensão da parede torácica (face anterior, lateral e posterior) As regiões homólogas devem ser comparadas Observar: as variações da intensidade do frêmito toracovocal que sofre alterações por fatores extrapulmonares (mais fraco em mulheres pelo timbre da voz e pessoas com a parede espessa por hipertrofia muscular ou aumento do panículoadiposo) ➔ Aumento do FTV: consolidaçãode uma área pulmonar (pneumonia, infarto pulmonar) ➔ Diminuição ou desaparecimento do FTV: anormalidade que impede a transmissão das ondas sonoras originadas na laringe (derrame pleural, espessamento da pleura, atelectasia por oclusão brônquica, pneumotórax e enfisema) PERCUSSÃO Face anterior e lateral: paciente sentado ou deitado Face posterior: apenas sentado Faces laterais: paciente com as mãos na cabeça Percussão digito digital: se atentar ao ruído provocado pelo golpe e resistencia oferecida pelo dedo plexímetro. (macicez - maior resistência, hipersonoridade|timpanismo - menor resistência) ➔ Iniciar pela face anterior, de cima para baixo e golpeando ora de um lado, ora do outro, em pontos simétricos. Depois passa para as regiões laterais. Finaliza com a parte posterior. Obs: ➔ Na área de projeção do coração, do fígado e do baço obtém-se, à percussão, som maciço ou submaciço ➔ Na área de projeção de fundo do estômago – espaço de Traube –, obtém-se som timpânico, semelhante ao obtido quando se percute um tambor ➔ Nas demais regiões, encontra-se sonoridade pulmonar ou som claro pulmonar, também denominado som claro atimpânico Alterações de percussão do tórax: Hipersonoridade Pulmonar:nota de percussão está mais clara e mais intensa (Indica aumento de ar nos alvéolos pulmonares) Submacicez (ar em quantidade restrita) e macicez (sem ar – fígado): diminui ou desaparece a sonoridade pulmonar, indicando redução ou inexistência de ar no interior dos alvéolos. Som timpânico: o ar vai estar aprisionado no espaço pleural (pneumotórax) ou em uma grande cavidade intrapulmonar (caverna tuberculosa). AUSCULTA Semiotécnica e sons pleuropulmonares ➔ O paciente deve estar, preferencialmente, sentado, com o tórax total ou parcialmente descoberto. ➔ Não colocar o receptor do estetoscópio sobre qualquer tipo de roupa ➔ solicitar ao paciente que respire um pouco mais profundamente com os lábios entreabertos ➔ Quando o paciente está impossibilitado de se sentar, faz-se o exame nos decúbitos dorsal e lateral ➔ O receptor mais adequado é o de diafragma Sons normais Som traqueal e respiração brônquica: inspiratório com ruído soproso + expiratório mais forte e mais prolongado. Murmúrio vesicular: componente inspiratório mais intenso, duradouro e de tom mais alto. São ruídos respiratórios ouvidos na maior parte do tórax são produzidos pela turbulência do ar circulante ao chocar-se contra as saliências das bifurcações brônquicas, ao passar por cavidades de tamanhos diferentes, tais como bronquíolos para os alvéolos e vice-versa Respiração broncovesicular: respiração brônquica + murmúrio vesicular. Sons Anormais (sons de crepto-estertores) Estertores finos: ocorrem no final da inspiração, têm frequência alta – ou seja, são agudos – e duração curta; não se modificam com a tosse e são tradicionalmente comparados ao ruído produzido pelo atrito de um punhado de cabelos junto ao ouvido ou ao som percebido ao se fechar ou abrir um fecho tipo velcro, desses usados em aparelho de pressão. São ouvidos principalmente nas zonas pulmonares influenciadas pela força da gravidade (bases pulmonares). produzidos pela abertura sequencial de vias respiratórias anteriormente fechadas em razão da pressão exercida pela presença de líquido ou exsudato no parênquima pulmonar ou por alteração no tecido de suporte das paredes brônquicas (tuberculose) Estertores grossos: têm frequência menor e duração maior que os finos. Sofrem nítida alteração com a tosse e podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax. Diferentemente dos estertores finos, que só ocorrem do meio para o final da inspiração, os estertores grossos são audíveis no início da inspiração e durante toda a expiração. origem na abertura e no fechamento de vias respiratórias que contêm secreção viscosa e espessa, bem como pelo afrouxamento da estrutura de suporte das paredes brônquicas (bronquite e bronquiectazias) Roncos e Sibilos: Os roncos (vibrações das paredes brônquicas e conteúdo gasoso pelo estreitamento dos ductos) são constituídos por sons graves, portanto, de baixa frequência, e os sibilos (tbm por vibrações das paredes e seu conteúdo gasoso na inspiração e expiração, comprometem a árvore toda)por sons agudos de alta frequência. Estridor: ruído basicamente inspiratório produzido pela obstrução da laringe ou da traqueia, fato que pode ser provocado por difteria, laringite aguda, câncer da laringe e estenose da traqueia. Quando a respiração é calma e pouco profunda, a intensidade do estridor é pequena, mas, na respiração forçada, o aumento do fluxo de ar provoca significativa intensificação deste som. Som anormal de origem pleural Atrito Pleural:os folhetos visceral e parietal da pleura deslizam um sobre o outro durante os movimentos respiratórios sem produzir qualquer ruído. Ausculta da voz (ressonância vocal): o paciente vai falando “trinta e três”, enquanto o examinador percorre o tórax com o receptor do estetoscópio, comparando regiões homólogas, tal como no exame do frêmito toracovocal. Em condições normais, tanto na voz falada como na cochichada, a ressonância vocal constitui-se de sons incompreensíveis, isto é, não se distinguem as sílabas que formam as palavras “trinta e três”. Isso porque o parênquima pulmonar normal absorve muitos componentes sonoros, mas, quando está consolidado (pneumonia, infarto pulmonar), a transmissão é facilitada e as palavras ficam nítidas. ➔ Condensação pulmonar – inflamatória, neoplásica ou pericavitária –, sucede aumento da ressonância vocal ou broncofonia. ➔ Atelectasia, no espessamento pleural e nos derrames, há diminuição da ressonância vocal. SÍNDROMES BRÔNQUICAS E PLEUROPULMONARES Asma Brônquica Afecção inflamatória crônica caracterizada por hiper-reatividade das vias respiratórias inferiores, com limitação do fluxo respiratório, observando-se estreitamento difuso dos condutos respiratórios de pequeno calibre, em consequência de edema da mucosa, constrição da musculatura lisa (broncospasmo) e hipersecreção das células brônquicas. Sintomas: dispneia, predominantemente expiratória, acompanhada de sensação de constrição ou aperto no tórax, dor torácica difusa, chieira e tosse, que, no início, é seca, mas, com o progredir da crise, torna-se produtiva, surgindo então uma expectoração mucóide, espessa, aderente, difícil de ser eliminada. Exame físico: ➔ Inspeção: dispneia, utilização de músculos acessórios, tórax em posição de inspiração profunda e tiragem ➔ Palpação: frêmito toracovocal normal ou diminuído ➔ Percussão: normal ou hipersonoridade ➔ Ausculta: diminuição do murmúrio vesicular com expiração prolongada, sibilos em ambos os campos pulmonares. Atelectasia: desaparecimento de ar dos alvéolos sem que o espaço alveolar seja ocupado por células ou exsudato. Pode ser provocada por obstrução das vias respiratórias ou por compressão dos pulmões (cardiomegalia, derrame pleural, neoplasias, pneumotórax, hemotórax) ➔ Inspeção: retração do tórax e tiragem ➔ Palpação: Expansibilidade diminuída e frêmito tóraco vocal diminuído ➔ Percussão: Submacicez ou macicez ➔ Ausculta: Respiração broncovesicular, ressonância vocal diminuída Enfisema Pulmonar: ➔ Inspeção: expansibilidade diminuída e tórax em tonel nos casos avançados ➔ Palpação: expansibilidade diminuída e FTV diminuído ➔ Percussão: hipersonoridade ➔ Ausculta: MV diminuído, ressonancia diminuida Síndrome de consolidação pulmonar: dispneia e a tosse, que pode ser seca ou produtiva. Quando há expectoração, é comum a presença de sangue misturado com muco ou pus (expectoração hemoptoica). Na tuberculose, as hemoptises são frequentes. ➔ Inspeção: expansibilidade diminuída ➔ Palpação: expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal aumentado ➔ Percussão: submacicez ou macicez ➔ Ausculta: respiração brônquica substituindo o murmúrio vesicular, broncofonia ou egofonia, pectoriloquia e estertores finos. Enfisema Pulmonar (DPOC):alterações anatômicas caracterizadaspelo aumento anormal dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, acompanhadas de modificações estruturais das paredes alveolares que limitam o fluxo aéreo nos alvéolos. A manifestação clínica mais importante é a dispneia que se agrava lentamente. ➔ Inspeção: expansibilidade diminuída e tórax em tonel nos casos avançados ➔ Palpação: expansibilidade diminuída, frêmito toracovocal diminuído ➔ Percussão: sonoridade pulmonar normal no início e hipersonoridade à medida que a enfermidade se agrava ➔ Ausculta: murmúrio vesicular diminuído, fase expiratória prolongada e ressonância vocal diminuída. Derrame Pleural:Nos derrames pleurais, observados nas pleurites, pneumonias, neoplasias, colagenoses, insuficiência renal, síndrome nefrótica e na insuficiência cardíaca, pode haver dor sem as características de dor pleurítica, tosse seca e dispneia cuja intensidade depende do volume do líquido acumulado. ➔ Inspeção: expansibilidade diminuída ➔ Palpação: expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal abolido ➔ Percussão: macicez, ressonância skódica acima do derrame ➔ Ausculta: murmúrio vesicular abolido e egofonia na parte mais alta do derrame. Pneumotórax: o que se acumula no espaço pleural é ar, que penetra através de lesão traumática, ruptura de bolha subpleural, ou em determinadas afecções pulmonares (tuberculose, pneumoconiose, neoplasias) que põem em comunicação um ducto com o espaço pleural. As principais manifestações clínicas são a dor no hemitórax comprometido, tosse seca e dispneia. A intensidade da dispneia depende da quantidade de ar e de outros mecanismos que podem acompanhar o pneumotórax. ➔ Inspeção: normal ou abaulamento dos espaços intercostais quando a quantidade de ar é grande ➔ Palpação: expansibilidade e frêmito toracovocal diminuídos ➔ Percussão: hipersonoridade ou som timpânico, sendo este o dado que mais chama a atenção ➔ Ausculta: murmúrio vesicular diminuído e ressonância vocal diminuída. EXAME DO CORAÇÃO Semiotécnica: ➔ Posição do paciente: decúbito dorsal com o médico sentado ou em pé ao seu lado direito. ➔ Fica invisível ou impalpável em pacientes com enfisema pulmonar obesos, grandes mamas e musculatura muito desenvolvida (ictus cordis) Inspeção e palpação: Os seguintes parâmetros devem ser sistematicamente investigados: pesquisa de abaulamentos, análise do ictus cordis ou choque da ponta, análise de batimentos ou movimentos visíveis e/ou palpáveis, palpação de bulhas e pesquisa de frêmito cardiovascular. Reconhecimento de abaulamento: a observação da região precordial deve ser feita em duas incidências: tangencial, com o examinador de pé do lado direito do paciente, e frontal, o examinador ficando junto aos pés do paciente, que permanece deitado ( aneurisma da aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico e alterações da própria caixa torácica.) O ictus cordis ou choque da ponta é estudado pela inspeção e palpação, investigando-se localização, extensão, intensidade, mobilidade, ritmo e frequência. Condições normais (ictus cordis) ➔ Mediolíneos: cruzamento da hemiclavicular esquerda com o 5º espaço intercostal; ➔ Brevilíneos: 2cm para fora e para cima, fica no 4º espaço intercostal. ➔ Longilíneos: fica no 6º espaço, 1 ou 2 cm dentro da linha hemiclavicular. Hipertrofia e dilatação do VE Ictus cordis deslocado para baixo e para fora. Hipertrofia sem dilatação do VE Deslocamento do ictus cordis é mínimo Hipertrofia do VD Abaulamento precordial, sem alterações do ictus cordis. Turgência jugular – é a jugular cheia (normal ser encontrado em decúbito dorsal) ➔ Jugular ingurgitada à 45º - estase jugular; pode indicar ICC direita, tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo etc. ➔ Reflexo hepato-jugular: distensão da jugular à compressão abdominal; pode ocorrer em ICC direita, tamponamento cardíaco, pericardite constritiva, etc. Pulsações na fúrcula – pode ser observada em pcts saudáveis; quando muito intensas, levantam a suspeita de HAS, aneurisma de aorta, etc. Outras pulsações – levantamento em massa do precórdio e retração sistólica apical, que ocorrem em HVD. AUSCULTA CARDÍACA Posição do paciente e do examinador: paciente deitado, sentado e em decúbito lateral esquerdo. Tórax descoberto. Médico do lado direito. FOCO OU ÁREA AÓRTICA: no 2º espaço intercostal direito, justaesternal. FOCO OU ÁREA PULMONAR:no 2º espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno. FOCO AÓRTICO ACESSÓRIO: entre o 3º e 4º espaço intercostal esquerdo. FOCO OU ÁREA TRICÚSPIDE: no 4º espaço intercostal esquerdo. FOCO OU ÁREA MITRAL:no 5º espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular, correspondendo ao ictus cordis. Primeira Bulha (B1) ➔ Principal elemento: fechamento das valvas AV - sístole ventricular ➔ Coincide com o ictus cordis e com o pulso carotídeo ➔ Timbre mais grave e maior duração que a segunda bulha, ´´TUM´´ ➔ Mais intensa nos foco do ápice e em decúbito lateral esquerdo Segunda Bulha (B2) ➔ Principal elemento: fechamento das valvas SL - diástole ventricular ➔ Mais intensa nos focos da base e na posição de Harvey ➔ Timbre agudo e seco, ´´TA´´ ➔ Desdobramento de segunda bulha - percepção dos dois componentes da B2, pode ser fisiológica quando ocorre na inspiração, ´´TLÁ´´ Terceira bulha (B3) ➔ Som protodiastólico (início da diástole), ocorrendo no enchimento rápido ➔ Pode ser fisiológica em crianças e adolescentes (só é audível em decúbito dorsal), devido a flacidez da parede cardíaca ➔ Vibração da parede ventricular subitamente distendida pelo sangue que chega durante o enchimento rápido ➔ Patológica - ´´coração mole´´, ou seja, dilatados, com maior complacência (acontece em casos de insuficiência mitral miocardite e miocardiopatias) Quarta Bulha (B4) ➔ Ocorre no fim da diástole ➔ Originada devido desaceleração brusca do fluxo sanguíneo, mobilizado pela contração atrial, ao encontrar a coluna de sangue no ventrículo ➔ Pode ser encontrada em crianças e adultos saudáveis, sobretudo após exercício ➔ Patológica - ´´coração duro´´, diminuição da complacência, corações hipertrofiados (hipertensão arterial, insuficiência coronariana, miocardiopatia hipertrófica) ➔ Mais audível em decúbito lateral esquerdo, foco mitral e com a campânula ABDÔMEN Regiões: hipocôndrio direito, epigástrio, hipocôndrio esquerdo -flanco direito, mesogástrio, flanco esquerdo fossa ilíaca direita , hipogástrio, fossa ilíaca esquerda Inspeção: estática e dinâmica Inspeção estática. Tipos de abdomen normal globoso em ventre batráquio em avental pendular (ptótico) escavado Circulação colateral Portal - a obstrução da circulação portal forma cabeça de medusas cava inferior - sua obstrução aumenta a circulação em vasos laterais de forma ascendente Cava superior - sua obstrução aumenta a circulação em vasos laterais de forma descendente Alterações de pele telangiectasias - aranhas vasculares equimoses: extravasamento de sangue na derme sinal de cullen - equimose periumbilical por hemorragia peritoneal (pancreatite aguda grave). sinal de grey-turner: equimose nos flancos (mesmas causas de Cullen). - estrias esbranquiçadas - denotam obesidade - estrias róseas puérperas - indicadores da síndrome de cushing - Cicatrizes - denotam eventos cirúrgicos ou traumáticos. - Herniações - descrever a localização e a relação com cicatrizes próximas - abaulamentos - avaliar a localização, pulsatilidade e extensão. Movimentos do abdome respiratórios - homens: resp. toracoabdominal. mulheres: resp. torácica pulsações - melhor visto em pessoas magras ou com aneurismas. Peristaltismo visível - obstrução em algum ponto do trato gastrointestinal inspeção dinâmica Manobra de valsalva: pede-se ao paciente para tapar o nariz e fazer pressão contra o polegar através da boca sem conter a barriga para que possa ser avaliado herniações Ausculta normal: 5 a 34 ruídos do borborigmo/min aumentado: mais que 34 ruídos/min hipoperistaltico: menor que 5 ruídos por minuto ausente (aperistaltico): não se ausculta ruído percussão sons macicez -visceras normais (fígado) ou aumentadas (esplenomegalia) macicez no espaço traube: decorrente de esplenomegalia ou de estômago cheio. timpanismo umbilical: líquido na cavidade macicez nos flancos: movimentação de líquido no decúbito dorsal. sinais piparote: é positivo quando há ascite de grande volume. manobra: com uma das mãos, o examinador golpeia um flanco e com a mão espalmada, espera captar ondas no flanco oposto, Poça: pede-se ao paciente para ficar na posição genupalmar e inicia-se a percussão de baixo para cima na região periumbilical. a fim de perceber a possível presença de líquido na região que se encontrara maciça. Hepatimetria sinal de jouber: timpanismo em região maciça, indicando perfuração oca (pneumoperitoneo) sinal de chilaiditi: hepatimetria falseada, flexura hepática do cólon sinal de torres houman: percussão hepática dolorosa palpação superficial abdominal: deve-se aquecer as mãos, após isso deve despir o paciente desde o apêndice xifóide até a sínfise púbica e com uma mão palpa-se o abdome com movimentos circulares a procura da alteração na parede abdominal e pontos dolorosos palpação profunda Abdominal: apoia a mão direita na pele do paciente e utiliza a mão esquerda sobreposta a mão direita para aprofundar a mão direita, tal manobra é realizada em todos os quadrantes. irritação peritoneal (apendicite) ponto de McBurney:a dor ao descomprimir indica apct manobra: traça-se uma linha entre a cicatriz umbilical e a espinha ilíaca anterossuperior realizando uma compressão no ponto de junção do terço lateral com os dois terços mediais. sinal do obturador: positivo quando há dor no hipogástrio é sinal de apct na cavidade pélvica. manobra: flete-se a coxa e faça a rotação interna do quadril estirando o M. obturador interno sinal de rovsing: positivo quando a compressão é dolorosa na região do apêndice vermiforme, indicativo de apct manobra: com o punho cerrado, comprime-se o colo descendente de forma que o ar chegue ao ceco que irá distender e será sinal do psoas: positivo quando há irritação no músculo pode ser indicativo de apct retrocecal manobra: executa-se uma contração forçada da coxa estirando o m. psoas ou, então através da flexão da coxa contra alguma resistência. Irritação da vesícula biliar Sinal de murphy: é positivo quando há parada brusca da inspiração durante compressão do ponto cístico: indica colecistite aguda. manobra de murphy: após a expiração, o examinador aprofunda a mão ou o polegar na junção do rebordo costal com o reto abdominal e na inspiração observa se ocorre a parada na inspiração o que constitui sinal positivo(colecistite) sinal ou regra de courvoisier-terrier: constituindo sinal positivo (palpável e indolor). VB palpável e dolorosa indica distensão aguda manobra de courvoisier-terrier: palpação do hipocôndrio direito e a notando a vesícula biliar palpável no hipocôndrio direito. como a vesícula biliar distende-se lentamente, devido a compressão tumoral da via biliar que ocorre progressivamente, não há dor. achados hérnias: a manobra de valsalva pode evidenciar hérnias umbilicais, incisionais ou epigástricas. redutíveis: palpa-se o anel da hérnia e é capaz de colocar o conteúdo de volta à cavidade por digitopressão. encarcerada: abaulamento irredutível. estrangulada: emergencial Diástase do reto abdominal: pede-se ao paciente que contraia a parede abdominal e realiza-se a palpação, tentando diferenciar a massa intra-abdominal de uma da parede, a separação dos músculos reto abdominais é descrita como diástase. Palpação do fígado método bimanual: põe-se a mão esquerda na região dorsal do paciente e se faz tração anterior, enquanto a mão direita é aprofundada na região anterior desde a fossa ilíaca até o rebordo costal durante a expiração, objetivando palpar a borda hepática na subida da mão direita durante a inspiração. Método em garra (técnica de mathieu): palpa-se o fígado com as mãos apoiadas no rebordo costal, com os dedos tentando entrar por debaixo do rebordo costal. palpação do baço palpação esplênica: A mão esquerda de realizar a tração anterior do rebordo costal esquerdo objetivando anteriorizar o baço. já a mão direita é aprofundada no abdome na expiração e move-se tentando apalpar o pólo inferior do baço na inspiração. palpação em garra: igual ao fígado, mas do lado esquerdo. manobra de schuster: o paciente é colocado em semidecúbito lateral direito, com o braço esquerdo sobre a cabeça. o membro inferior direito permanece em posição neutra, enquanto o esquerdo é fletido. apoia-se a mão esquerda sobre o rebordo costal e a direita é usada para palpar desde a cicatriz umbilical até abaixo do rebordo em encontro com o baço. palp. de massas pulsáteis palpação da aorta: pressiona-se lateralmente a aorta, deve-se utilizar a distensibilidade da massa: se esta somente pulsar para cima indica massa encostada na aorta, se tiver pulsação lateral é indicativo de aneurisma manobra de debakey: delimitação superior de aneurisma por inserção da mão entre o rebordo costal e a margem superior do aneurisma. aneurisma acima das aa. renais: não consegue inserir a mão entre o rebordo e o aneurisma. aneurisma abaixo das aa. renais: consegue inserir a mão. palpação renal método de guyon: paciente em decúbito dorsal, para se examinar o rim direito põe-se a mão esquerda na região dorsal tracionando para frente enquanto a mão direita entra abaixo do rebordo costal durante a inspiração ao encontro da mão esquerda, tentando pegar o rim entre as duas mãos. manobra de Israel:paciente em decúbito lateral e MM superiores por sobre a cabeça e rim tentando ser palpado anteroposteriormente com as duas mãos em pinça. método de goelet: com o paciente em ortostase, flete-se o joelho ao lado que se deseja palpar, apoiando-o sobre uma cadeira. a seguir, faz-se uma tração anterior com uma das mãos enquanto a outra é usada na tentativa de palpar o pólo inferior do rim. Sinal de Giordano: dor à punho percussão na região lombar: indica acometimento renal (positivo em litíase, pielonefrite aguda).
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