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Relatório de estágio I

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RELATÓRIO – ESTÁGIO I
Maria Francisca Santos do Lago 
Orientador Local: Silvânia Regina Pereira Coelho
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso de Bacharelado em Serviço Social (TURMA 814) – Estágio I
20/02/2021
1 INTRODUÇÃO
O presente relatório descreve as atividades de observação referente ao período de estágio I Curricular obrigatório do curso Bacharelado em Serviço Social, oferecido pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI. O estágio I foi realizado nos meses de Novembro e Dezembro de 2020 e teve carga horária de 160 horas, neste período o acadêmico teve que acompanhar a realidade da instituição, observando as demandas dos usuários com as possibilidades mediante a intervenção profissional e acompanhar seu supervisor de campo em suas práxis profissionais para obter o aprendizado. O estágio foi realizado na Unidade de Acolhimento para Mulheres em Situação de Rua-Elisângela Cardoso que fica localizado no bairro Bequimão na cidade de São Luís -MA. O estágio I tem finalidade de observação e analise do local, sendo um processo de muita importância no currículo acadêmico, com o objetivo de discutir e esclarecer sobre toda a prática do assistente social, identificando desafios e possibilidades de intervenção frente as demandas profissionais.
 O estágio supervisionado em serviço social é um espaço privilegiado de aprendizado teórico-prático para que o estagiário tenha uma aproximação com a prática profissional do assistente social. E por vezes são essas apreensões que ele fez no campo de estágio que subsidiarão a tomada de decisão sobre a área que terá interesse em atuar profissionalmente. O estágio se operacionaliza a partir do conjunto formado por: Orientador, Supervisor de Campo e Estagiário, cabendo a cada um, atribuições que nortearão o processo de estágio. As atribuições de cada parte estão sinalizadas em três legislações, que são: Lei de Estágio n°11.788, de 25 de setembro se 2008, Lei de Regulamentação da Profissão (Lei n°8.662/93) e Resolução do CFESS, n° 533,, de 29 de setembro de 2008.
 Conforme Buriolla (1996), a formação profissional em serviço social pode ser entendida como um conjunto de experiências que incluem a transmissão de conhecimentos, a possibilidade de oferecer ao aluno um campo de ação e que possam leva-lo a uma inserção crítica e criativa na área profissional e no mundo mais amplo. Está visão é proporcionada no período de estágio na medida em que o aluno faz troca de conhecimentos.
2. RELATO E ANALISE DO PROCESSO DE TRABALHO
 A Unidade de Acolhimento para Mulheres em Situação de Rua-Elisângela Cardoso foi inaugurada no dia 22 de outubro de 2020 pelo prefeito Eduardo Holanda Júnior, trata se de mais um espaço da Assistência Social da prefeitura de São Luís, voltado para o acolhimento e abrigo de mulheres em situação de rua e vulnerabilidade social, sendo o primeiro direcionado para esta parcela específica da população. A unidade recebe mulheres com vínculos familiares rompidos, com ou sem filhos menores de 18 anos, em situação de rua, negligência ou abandono, tem capacidade para acolher 25 mulheres na faixa etária de 18 a 59 anos. A coordenação do local está a cargo da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (SENCAS), e o Instituto de Solidariedade e Inclusão Social (SOLIS) que é parceiro no gerenciamento do local. A Unidade proporciona proteção social através do acolhimento temporário, garantindo cuidados, alimentação, vestuário e acompanhamento psicossocial até que seja possível localizar a família, reestabelecer os vínculos familiares ou até quando estiverem assegurados a autonomia e proteção. 
 Os objetivos gerais da unidade são:
• Acolher e garantir proteção integral;
• Contribuir para a prevenção do agravamento de situações de negligência, violência e ruptura de vínculos;
• Reestabelecer vínculos familiares e/ou sociais;
• Possibilitar a convivência comunitária;
• Promover acesso a rede socioassistencial, aos demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos e às demais políticas públicas setoriais;
• Favorecer o surgimento e o desenvolvimento de aptidões, capacidades e oportunidades para que os indivíduos façam escolhas com autonomia;
• Promover o acesso a programações culturais de lazer, esporte e ocupacionais internas e externas, relacionando-as a interesses, vivências, desejos e possibilidades do público 
E objetivos específicos:
• Desenvolver condições para a independência e o autocuidado;
• Promover o acesso a rede de qualificação e requalificação profissional com a vistas à inclusão produtiva.
Os instrumentais utilizados pelo Assistente Social na unidade são: Acolhimento Social, Escuta Qualificada, Entrevista, Estudo Social, Observação, Reunião e Visita Domiciliar, sempre com o objetivo de encontrar as respostas mais efetivas às demandas dos usuários, para que desse modo aconteça a redução das violações dos direitos socioassistenciais, seus agravamentos ou reivindicações, com intuito da construção de novos projetos de vida para os usuários. A partir do uso dos instrumentos o Assistente Social identifica as demandas dos usuários por meio da atenção especializada, orientando sobre seus direitos e obrigações, fazendo os encaminhamentos para outros serviços conforme a necessidade do usuário. Essa instrumentalidade é entendida como:
A capacidade de mobilização e articulação dos instrumentos necessários à consecução das respostas às demandas postas pela sociedade, composta por um conjunto de referências teóricas metodológicas, valores e princípios, instrumentos, técnicas e estratégias que dê em conta da totalidade da profissão e da realidade social, mesmo de forma parcial, mas com sucessivas aproximações. (COSTA. 2008 p.43).
 
Os instrumentos são essenciais no exercício profissional, já que os mesmos norteiam a ação profissional, entretanto o agir profissional não se restringe aos instrumentos, mas também na forma como são operacionalizados, ou seja, na capacidade que o profissional tem para fazer a utilização dos mesmos.
2.1 PROCESSO DE INSERÇÃO E ATIVIDADES REALIZADAS
Para iniciar este estágio, foi necessário entrar em contato com a instituição, o primeiro contato foi feito através da Tutora Externa Silvânia Regina Pereira Coelho averiguando a possibilidade de ter uma assistente social disponível para supervisionar a estagiária na Unidade de Acolhimento para Mulheres em Situação Rua-Elisângela Cardoso, por meio de um Termo de Compromisso que foi devidamente assinado pela orientadora pedagógica, e assim se obteve o encaminhamento para a unidade com a Sra. Ana Paula Nogueira responsável pela instituição. Com a realização de todo o processo, a estagiária iniciou o estágio com a supervisora Franciele Martins Mineiro, no turno matutino, onde foi acolhida por toda a equipe de funcionários que integram a unidade. Com a inserção no campo de estágio a supervisora orientou a estagiária que esse primeiro momento seria de observação, recomendou inicialmente que fossem realizadas algumas leituras, como: LOAS, PNAS, TIPIFICAÇÃO, para conhecimento e familiarização das Políticas Públicas.
De 3 de Novembro a 11 de Dezembro de 2020, cumpriu-se uma carga horária de 160 horas, observando e acompanhando atividades como: Observação de alguns atendimentos, acompanhamento de Estudo de Caso, acompanhamento de Escuta Qualificada, acompanhamento de Entrevistas Socias, participação de Reuniões e momento de Reflexão com as acolhidas. 
O estágio também deve conjugar a indissociabilidade das dimensões que envolvem o processo formativo que são: Dimensão Teórico-Metodológica, Ético-Política e Técnico-Operativa.
2.2 AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE SUPERVISÃO
 O estágio é, de fato, um diferencial para a vida do acadêmico, pois é o primeiro 
contato do universitário com a prática da atividade que irá desenvolver futuramente. É quando, de fato, se sai da teoria e vai para a prática. O que implica em mudanças 
significativas do ponto de vista de quem está fazendo um cursode nível superior. 
 A realidade frente a frente é um divisor de águas, pois nos dá a noção exata do que vamos enfrentar futuramente. Isso mostra o quanto é importante o estágio, para que não se chegue no final da formação, sem ter noção do que vamos fazer de fato. O estágio implica em muito mais do que cumprir uma carga horária, implica em trazer à tona, toda a gama de conhecimento que vão se adquirir com o tempo e ainda aplicar tudo aquilo que se aprendeu na universidade.
 Desta forma, o estágio prático é essencial à formação do aluno de Serviço Social, enquanto lhe propicia um momento específico de sua aprendizagem, uma reflexão sobre a ação profissional, uma visão critica da dinâmica das relações existentes no campo institucional, apoiados na Supervisão enquanto processo dinâmico e criativo, tendo em vista possibilitar a elaboração de novos conhecimentos. 
2.2.1 Auto-Avaliação
 
 No primeiro momento, foi impactante ver de perto tudo que iremos enfrentar no decorrer da vida profissional, pois por mais que se estude em sala de aula, nada se compara a prática. É uma das fases mais importantes na fase acadêmica, hora de observar todo o processo da profissão, momento de aprendizagem e de conhecer o que realmente é necessário na profissão, ajudando a preparar para ser um bom profissional no futuro. Mostrando os reais desafios que um profissional de Serviço Social tem que estar preparado para receber. 
 O estágio de observação proporciona que o estagiário conheça o real domínio de instrumentos teóricos e práticos imprescindíveis à execução de suas funções e visa beneficiar a experiência e promover o desenvolvimento, no campo profissional, dos conhecimentos teóricos e práticos adquiridos durante o curso na instituição. 
 
2.2.2 Avaliação das Condições Institucionais
 
 O local tem estrutura física adequada e dispõe de equipe especializada e metodologia adequada para prestar atendimento qualificado, proporcionando cuidado e atenção as necessidades individuais e coletivas.
 A equipe é composta por: 1 Presidente, 1 Coordenador, 1 Supervisor, 1 Assistente Social, 1 Psicóloga, 3 Estagiários, 8 Cuidadores Sociais e 1 Cozinheira/Auxiliar de Serviços Gerais todos trabalhando em suas devidas escalas. A casa conta com 4 suítes, 3 quartos, 2 banheiros sendo que um é adaptado para pessoas com necessidades especiais, 1 sala psicossocial, 1 cozinha, 1 refeitório, 1 sala, 2 áreas de lazer e 1 lavanderia.
2.2.3 Avaliação da Dinâmica De Supervisão
Neste estágio, a supervisão das atividades ficou por conta da Assistente Social Francilene Martins Mineiro, que possibilitou o envolvimento da estagiária em seu cotidiano profissional, explicando sobre a importância e às características dos serviços de rede da unidade.
 A afinidade entre supervisora e estagiária foi de forma significativa, havendo traços de experiências e alcances de novos conhecimentos para minha formação acadêmica. A supervisora mostrou ter ética e compromisso com a cidadania e a equidade, respondendo com a visão de serviço social ser assistencialista, mostrando que é fundamental ter autonomia nas intervenções. 
Por isso:
[...] A supervisão de estágio é uma instância na grade curricular que, ao realizar a interlocução entre universidade e o mundo do trabalho, impõe aos acadêmicos, trabalhadores, professor- supervisor é assistentes sociais a tarefa de captar esse mundo da pseudoconcreticidade em que é envolvida a realidade educacional. (LEWGOY, 2009, p.89)
 Em relação à supervisão do estágio, pela nossa professora responsável, acreditamos ter chegado num ótimo nível de comunicação, de atenção por parte da mesma e de orientação necessárias tanto para o cumprimento do estágio, quanto para a realização das atividades pós estágio.
3 CONCLUSÃO
 
 O Estágio I é um momento de observação, é através dele que temos o primeiro contato com a profissão que escolhemos, temos contato com a realidade profissional e com as demandas que futuramente devemos atender. Através da realização deste estagio ficou clara a importância do papel do assistente social, a importância de atentar para as necessidades do usuário. 
 Dentro desse contexto, o estágio supervisionado se configura como um dos espaços de legitimação da profissão ao contribuir para a construção de um perfil profissional crítico e propositivo, capaz de viabilizar propostas profissionais frente ao agravamento da questão social e vinculadas ao compromisso ético-político traçado no horizonte político do compromisso com a classe trabalhadora. Dessa forma, as Diretrizes Curriculares e a Política Nacional de Estágio configura-se como importantes instrumentos na defesa da qualidade da formação profissional em Serviço Social em tempos de perda de direitos e de recrudescimento da desigualdade social. 
 Assim, mais do que nunca, reafirmar cotidianamente nos diferentes espaços só cio-
ocupacionais o compromisso ético-político da profissão com a luta da classe trabalhadora em direção da emancipação humana é um exercício diário e fundamental e que deve alicerçar os aspectos ético-legais da profissão. 
REFERÊNCIAS
COSTA, Francilene S. d. M. Instrumentalidade do S erviço social: dimensão teórico 
metodológica, ético-político e técnico-operativa e exercício profissional. Dissertação (Mestrado), 2008. 
 
 
 
 
BRASIL. Lei 8662/93. Código de Ética do Assistente Social. Brasília, DF: Senado Federal, 1993. 
LEWGOY, A. M. B. Supervisão de estágio em serviço social: desafios para a formação e 
exercício profissional. São Paulo: Cortez, 2009. 
 
 
 
BRASIL. Lei 8662/93. Código de Ética do Assistente Social. Brasília, DF: Senado Federal, 1993. 
BURIOLLA, Marta Alice Feiten. Supervisão em serviço social: o supervisor, sua relação e seus papéis. – 2. ed. – São Paulo: Cort ez, 1996. 
 
CFESS. Código de Ética do assistente social, 1993. 9. Ed. r ev. e atual. Brasília: Conselho Federal de Serviço Social, 2011.

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