Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Semiotécnica WEBCONFERÊNCIA II Profª Msc.: Karyne Negromonte Nebulização, bomba de infusão e medidas de higiene e conforto Nebulização • Objetivos Forma de tratamento para afecções pulmonares, que utiliza soluções associadas ou não a medicamentos inalatórios junto com o oxigênio e/ou ar comprimido. aliviar processos inflamatórios, congestivos ou obstrutivos nas vias aéreas umidificar a via aérea, evitando a desidratação das mucosas fluidificar as secreções, facilitando sua eliminação administrar medicamentos pela via respiratória Nebulização • Procedimento prescrito pelo médico; • Pode ser executado pelo enfermeiro ou técnico de enfermagem em ambiente hospitalar e pelo cuidador, em casos de atendimento domiciliar, desde que feito conforme a prescrição. Indicações para a Nebulização • Administração de medicamentos pela via inalatória Etapas do Procedimento de Nebulização • Preparar os materiais • bandeja de inox; • fonte de oxigênio ou ar comprimido; • solução nebulizador, conforme prescrição médica; • nebulizador com máscara, • cuba ; • toalhas de papel; • manômetro de oxigênio ou ar comprimido. Etapas do Procedimento de Nebulização • O enfermeiro deve: • orientar o paciente sobre o processo e o tempo de duração do procedimento; • higienização das mãos adequadamente; • Conferir novamente a prescrição médica e o material na bandeja (9 certos da medicação); • posicionar o indivíduo na posição de fowler ou semi- fowler; • conectar o fluxômetro no oxigênio; • colocar o nebulizador na face do paciente; • abrir o oxigênio em um volume de 3 a 6 litros por minutos. Nebulização Atenção!!! Altas concentrações de oxigênio podem causar lesões na mucosa e até necrose no tecido pulmonar. O enfermeiro deve ficar atendo ao volume a ser administrado conforme a prescrição médica. Se o volume prescrito for alto, o médico deve ser consultado para confirmar antes de realizar a nebulização. Bomba de Infusão Dispositivo que permite controlar o gotejamento, de forma rigorosa, de soluções e medicamentos. Equipamento que pode ser utilizado em diversos setores hospitalares, porém é mais freqüente nas unidades de terapia intensiva, bloco cirúrgico e unidades de emergência Tipos de Bomba de Infusão Bomba de insulina- dispositivo de pequeno porte. Permanece conectada ao paciente por uma cânula com uma agulha flexível na extremidade. Bomba de analgesia controlada- dispositivo utilizado para controle da dor, pode ser utilizada tanto no ambiente hospitalar quanto no domicílio. Bomba de infusão de multicanais- necessitam de mais de um acesso venoso, devido às infusões diversas. Tipos de Bomba de Infusão Bomba de infusão inteligente- dispositivo que coleta dados do cliente e cruza as informações, emitindo alertas. Possui um possui um software com diversos dispositivos: tempo e velocidade de infusão. Reduz o risco de administração errada de medicamentos. Bomba de infusão de seringa- permite a administração pela seringa. É possível programar a taxa de infusão e o equipamento realiza a administração na velocidade adequada Bomba de infusão enteral- faz a administração através de um tubo no TGI, fornecendo a alimentação em velocidade controlada Operacionalização da Bomba de Infusão Pré- execução • Verificar a prescrição médica; • Preparar as medicações que serão infundidas; • verificar as condições da bomba (bateria e tomada próxima ao local). Execução • Realizar a higiene das mãos; • Realizar o encaixe do equipo; • Certificar a prescrição; • Programar o equipamento . • Iniciar infusão. Pós- execução • Desconectar o equipamento; • Higienizar a bomba e mantê-la desligada. Atenção!!! Todas as fases devem ser registradas no prontuário do cliente e sempre anotar as intercorrências quando houver! Cuidados de Enfermagem com a Bomba de Infusão • Fixar corretamente o equipamento ao equipo de soro, para evitar fixação errônea ou quedas acidentais; • Posicionar a bomba de infusão conforme a lateralidade do cateter, ou seja, local da punção direita ou esquerda do leito; • Manter a bomba conectada na energia, sempre verificando a voltagem (110 ou 200V), para evitar danos no equipamento; • Conferir a carga da bateria interna do equipamento, pois ela tem durabilidade média de 2 horas e só deve ser utilizada para o transporte do cliente. • Sempre realizar a higiene do equipamento antes e após o uso; • Antes de conectar o equipo estar atendo ao preenchimento da extensão do equipo pela solução a ser infundida, devido ao risco de bolhas de ar (danos ao paciente e mau funcionamento do equipamento); • Nunca posicionar frascos de medicação ou soro abaixo da bomba de infusão. A solução a ser infundida deve ser mantida em média quarenta centímetros acima da bomba (evitar o refluxo de soluções); • Programar a bomba de infusão conforme prescrição médica. Cuidados de Enfermagem com a Bomba de Infusão Bomba de Infusão • Os equipos apresentam validade de 24 até 72 horas, dependendo do protocolo hospitalar e do fabricante do equipo; • Assim, os acessos venosos, devem ser trocados conforme o protocolo adotado pela instituição. Higiene • Os cuidados de higiene pessoal são de extrema relevância, pois evitam que microrganismos causadores de doenças colonizem nosso corpo; • A higiene permite o conforto e evita lesões de pele devido ao acúmulo de sujidade.; • O cuidar da higiene é definido como: “executar: dar banho, mudar de roupa, levantar da cama, associado a padrão cultural e nível socioeconómico”. Fatores que influenciam a prática de Higiene • A prática social (cultura) determina a frequência de higiene corporal; • Relacionado com as condições climáticas; • As condições socioeconômicas determinam a higiene (falta de saneamento básico- transmissão de doenças); • Acesso a produtos de higiene (falta de condições financeiras); • Conhecimento sobre higiene (regiões com situações socioeconômicas precárias); • A preferência individual (higiene é um hábito); • Condições físicas e mentais. Fatores Sociais • Algumas patologias podem dificultar a manutenção da higiene devido a alterações físicas ou biológicas do organismo; • Hipertensão arterial sistêmica (vertigem e dores de cabeça); • Diabetes Mellitus (fadiga, sensação de fraqueza, redução da mobilidade); • Cirurgias levam a limitações físicas ( sentar, abaixar e deambular)- extensão cirúrgica, local de cirurgia e à presença da dor; • Doenças do sistema circulatório ou sistema respiratório (fadiga, à vertigem e fraqueza). Fatores Patológicos Tipos de Cuidados Higiênicos • Higiene Corporal • Uma atividade que faz parte da atividade diária é o banho; • Durante a permanência hospitalar ele está presente de forma autônoma ou não, dependendo da gravidade e motivo da internação; Aspersão (no banheiro, direto no chuveiro) No leito (no leito, na cama) Tipos de Banho Tipos de Cuidados Higiênicos • Banho de aspersão: • Paciente em pé, (se puder e conseguir deambular); • A enfermagem pode ajudar diretamente ou o próprio acompanhante; • Utilizar cadeira de banho, com rodas (não conseguir deambular ou não puder ficar em pé, na ausência de restrições); • Não utilizar buchas abrasivas (evitar lesões de pele); • Sentido da higiene: céfalo-caudal, deixando a região genital e anal por último; • Banho frio ou quente demais devem ser evitados; • Sempre que o cliente tomar banho, as roupas de cama devem ser trocadas. Tipos de Cuidados Higiênicos • Banho no leito: • Pacientes que não apresentam condições de saírem do leito; • Requer mais técnica e materiais para que possa ser realizado; • Materiais: lençol, impermeável, luvas de procedimento, toalhas, compressas, roupas limpas, bacia para banho, sabonete, biombo, saco para colocar a roupa suja; • Utilizar biombo para manter a privacidade do cliente; • Questionar o indivíduo se ele quer evacuar ou urinar (comadre ou urinol/papagaio). Tipos de Cuidados Higiênicos• Banho no leito: • Sentido da higiene: céfalo-caudal (olhos- do ângulo interno para o externo); • Membros superiores (lavar do punho para as axilas); • Realizar por último a higiene íntima. • Durante o banho trocar a roupa de cama suja pela roupa limpa; • Ficar atendo à temperatura da água; • Colocar o indivíduo em posição confortável, ajudá-lo a pentear os cabelos e realizar hidratação da pele. Higiene Oral • A boca é uma porta de entrada para microrganismos que podem causar diversas doenças; • Higiene inadequada infecções tanto no trato digestivo e respiratório; • A enfermagem deve incentivar a higiene oral diariamente, sempre após a ingestão de alimentos, para remoção de alimentos e prevenindo as cáries dentárias, infecções e promovendo conforto e bem-estar; • Se houver alguma limitação, a higienização pode ser realizada no leito. • Materiais para realizar higiene oral no leito: escova de dente, pasta de dente, copo descartável com água; toalha de rosto, cuba rim, antisséptico oral, luva de procedimento e gases; • Cliente deve estar na posição de Fowler com a cabeça lateralizada; • Higienizar prótese dentária. Processo de Enfermagem e a Higiene em indivíduos hospitalizados • O processo de enfermagem é uma forma científica de orientar e qualificar a assistência prestada pela equipe de enfermagem; • Realizado de forma sistemática e dinâmica na prestação dos cuidados de enfermagem, sendo dividido em cinco etapas que se interligam; • Resolução Nº 358/2009 do COFEN: implementação do Processo de Enfermagem em ambientes públicos e privados em que há o cuidado do profissional de Enfermagem. Processo de Enfermagem e a Higiene em indivíduos hospitalizados Importância do registro adequado de todas as etapas do Processo de Enfermagem no prontuário do paciente (Resolução COFEN 429/2012) Processo de Enfermagem relacionado à Higiene Higiene corporal prejudicada Auxiliar na escovação oral; Encorajar cliente/família para continuar a rotina de higiene domiciliar. Estimular hábitos de higiene; Investigar se o paciente possui materiais para higiene pessoal; Orientar lavagem do couro cabeludo e limpeza das unhas. Déficit do autocuidado Estimular o paciente a participar de suas atividades de vida diária, conforme nível de capacidade; Estimular participação nas atividades de autocuidado. Manter o ambiente sem obstáculos; Oferecer assistência até que o paciente esteja totalmente capacitado; Orientar a família/cuidador para estimular o autocuidado. Medidas de Conforto • Prática de auxiliar, apoiar, confortar, ajudar o cliente durante uma situação de dor; • Iniciam no momento de admissão do cliente ao serviço de saúde; • Admissão: explicar funcionamento do setor, orientar quanto as dependências, sobre a equipe que irá atendê-lo, sobre as condutas terapêuticas que serão realizadas, sobre a assistência de enfermagem; • Esclarecer todas as dúvidas, receios, dar voz ao cliente e encorajá-lo. Medidas de Conforto 1. Manter higiene e postura do doente; 2. Realizar mudança de decúbito a cada 2 horas; 3. Promover massagem de conforto. • Realizar o procedimento durante o banho no leito ou após o banho de aspersão; • Estimular a circulação sanguínea, prevenir a formação de lesão por pressão, proporcionar bem-estar e relaxamento muscular; • Explicar o procedimento ao paciente antes de realizar a massagem e a partir do seu consentimento, iniciar; • Conhecer o quadro clínico do cliente antes de realizar a massagem e só realizar se não houver contraindicação; • Regiões com lesão não devem ser massageadas, pois há risco de aumentar a extensão da lesão, agravando o quadro. Movimentação de Clientes • A movimentação do cliente pode ser ativa (por ele mesmo) ou passiva (com acompanhante ou equipe de enfermagem); • A movimentação promove estimulação da circulação, prevenindo lesões por pressão e edema; • Durante a movimentação, a enfermagem deve avaliar as condições físicas do cliente e observar se todos equipamentos instalados estão funcionando adequadamente; • Explicar previamente o procedimento ao paciente, movimentar de forma gradual o doente, evitando desconforto (prevenir hipotensão ortostática e risco de queda). Transporte dos Clientes • Transferência do cliente dentro do próprio setor ou para outro setor ou outra unidade de saúde; • Deve utilizar maca ou cadeira de rodas para evitar quedas do cliente; • Deve ser feito com cuidado e calma; • O movimento rápido ou mal posicionado pode levar a lesões de pele e fraturas, dependendo do impacto; • O transporte deve ser feito com agilidade, não podendo ser muito longo, para não causar estresse; • Observar o estado geral do cliente, sendo ele monitorado durante todo o procedimento. • Em casos de fraturas, o local deve ser apoiado e jamais movimentado de forma rápida ou abrupta; • Indivíduos politraumatizados: não deve ocorrer nenhum movimento de flexão e a rotação para mudança de maca (deve ser feita com auxílio de vários profissionais para evitar impacto); • Ao subir ou descer rampas, a cabeça do cliente deve estar elevada, cliente deve olhar para frente, ao entrar no elevador, entrar primeiro com a cabeceira da maca, seguida dos pés; • O transporte deve ser sempre com as grades da maca elevadas, sem exceção; • Durante o transporte, o cliente deve estar sempre coberto com lençol ou cobertor; • Em casos de transporte em cadeira de roda, descer rampas de ré. Transporte dos Clientes Transporte dos Clientes • Tomar os devidos cuidados com portas, elevadores e paredes (lesões ao cliente); • Cliente com soro deve ser transportado com o equipo fechado, se possível, ou mantendo o soro em uma altura elevada para que continue o gotejamento na BIC; • Indivíduos com SVD devem ser transportados com a bolsa coletora abaixo da cintura para evitar o retorno de urina; • Estar atento à tração acidental da SVD, para evitar lesões na uretra; • Em casos de drenos no tórax, deve pinçar o dreno, fechando-o. Não tracionar o dreno, pois isso pode levar ao seu deslocamento; • Manter o dreno abaixo do nível do tórax do cliente para evitar o retorno de líquido; • Clientes entubados devem ser transportados conectados no cilindro de oxigênio ou bolsa máscara válvula (ambú).
Compartilhar