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Universidade Federal do Piauí – UFPI Centro de Ciências Agrárias – CCA Departamento de Fitotecnia Curso de Engenharia Agronômica Disciplina: Fruticultura PROJETO DE IMPLANTAÇÃO E RENTABILIDADE DE POMAR IRRIGADO DE GOIABA (Psidium guajava) Teresina-PI 2021.1 CLESCY OLIVEIRA DA SILVA DANDARA LARYSSA DA SILVA BRITO HILTON ANDRÉ CUNHA LACERDA WALL TONY SÁ PROJETO DE IMPLANTAÇÃO E RENTABILIDADE DE POMAR IRRIGADO DE GOIABA (Psidium guajava) ( Projeto apresentado como critério d e avaliação da disciplina Fruticultura, s ob a orientação do professor Dr. Gabriel Silva Júnior . ) TERESINA-PI 2021.1 PROJETO DE IMPLANTAÇÃO E RENTABILIDADE DE POMAR IRRGADO DE GOIABA (Psidium guajava ) 1. Introdução: A goiabeira (Psidium guajava L.) é encontrada em quase todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo, devido sua adequação a diversos climas e fácil propagação seminífera (NETO, et al., 2001). Ocupa lugar de destaque entre as frutas tropicais brasileiras, posição garantida pelo seu agradável aroma e sabor peculiar, e também pelo seu elevado valor nutricional. A goiaba é muito explorada pela indústria de doces do Nordeste brasileiro, chegando, juntamente com a banana, a fornecer cerca de 80% de toda a matéria-prima utilizada por essas indústrias. Sendo uma fruta facilmente encontrada em supermercados, na maioria dos mercadinhos e em feiras livres, demonstra aceitação do mercado pela fruta in natura e seus derivados. A produção brasileira de goiaba foi de 584.223 toneladas em 2019, com um redimento médio de 26.402 kg.ha-1, e valor de produção aproximadamente 926 bilhões de reais (IBGE, 2021). As regiões Sul e Sudeste detem 90% da produção de toda produção do país, sendo Pernambuco o maior produtor nacional. O Piauí, em 2019, produziu 871 toneladas de goiaba, com um rendimento médio de 8.881 kg ha-1. A poda de frutificação permite a colheita de frutos nas épocas desejadas, a sua execução pode ser programada, para melhor distribuição dos tratos culturais do pomar, apresentando maior flexibilidade de comercialização (HOJO, et al., 2007). Dessa forma, o produtor pode se programar para aproveitar melhor momento de comercialização do produto e ter uma produção durante todo o ano. Pertinari, Tereso, Bergamasco (2008), em seu estudo, afirmam que a fruticultura mostrou-se capaz de gerar renda e manter os produtores no campo, bem como dar emprego aos filhos desses produtores, proporcionando, com isso, boas condições de sobrevivência às famílias, configurando-se como uma boa alternativa para as pequenas propriedades. Logo, este setor precisa superar alguns obstáculos, tais como, a ausência de tecnificação do cultivo, e a falta de incentivos com políticas públicas voltado ao produtor no Estado. De acordo como o Zoneamento agroclimático elaborado por Sousa et al. (2013) o Piauí não possui restrição climática para o cultivo comercial da goiabeira. Assim, sem restrições climáticas e com uma correção e fertilização do solo, pode se tornar uma atividade viável aos pequenos e médios produtores do Estado, não apenas como uma atividade para o consumo in natura como para uso industrial seja na forma de doces, polpas, néctar, geléias, entre outros. 2. Objetivos: 2.1 Objetivo geral: Estudo do custo de implantação e a rentabilidade de um pomar de goiaba irrigada (Psidium guajava), no estado do Piauí. 2.2 Objetivos específicos: 2.2.1 Analisar os indicadores da viabilidade econômico-financeira, para atestar se o projeto de inplantação do pomar de goiabeira é viável economicamente; 2.2.2 Aferir a rentabilidade do pomar de goaibeira irrrigado de 1 ha plantado. 3. Material e métodos: A área selecionada para os estudos da implantação do empreendimento foi de 1 ha, localizado no Assentamento São Bento, próximo ao município de Altos–PI, nas latitude 4°59'09.7"S e longitude 42°35'32.0"W, altitude de 185 m (Figura 1). O município apresenta uma pluviosidade média anual de 800 a 1600 mm (PROJETO RADAM). O clima é tropical subúmido úmido, com duração do período seco de seis meses, com temperaturas médias entre 22°C a 37°C (CEPRO, 2021). É uma área plana, com vegetação nativa e algumas frutiferas como: magueiras, cajueiros, aceroleira, entre outras. Figura 1. Área selecionada para os estudos da implantação do pomar de goiaba (Psidium guajava) variedade paluma, assentamento São Bento, Altos-PI. Fonte: Google Earth, 2021. O custo de implantação foi feito com base nas atividades agronômicas, sendo calculados materiais consumidos e o tempo necessário de máquinas e mão-de-obra para a realização de cada operação, sendo a mão-de-obra calculada pela diária e o maquinário pela hora trabalhada, tendo como base o valor pago na região. Os insumos e equipamentos foram calculados com base no preço de comercialização em Altos-PI. Para se implantar o projeto se considerou uma limpeza com desmatamento e o enleiramento por tratores. Com a área limpa, deve-se fazer a coleta do solo para a realização de uma analise físico-química, para saber a necessidade ou não de calagem no local. A calagem e a adubação foram calculadas de acordo com a análise química do solo, que pode ser visualizada no Anexo 1, seguindo as recomendações de Natale et al. (1998). Dessa forma, será necessário aplicação de calcário dolomítico, programada para 90 dias antes do plantio, à lanço e incorporado ao solo. A mesma será aplicada em duas etapas, sendo metade do total de calcário aplicado antes da aração, e a outra metade, aplicada antes da gradagem. A variedades selecionada para ser implantada no pomar foi a Paluma, devido a grande aceitação do mercado consumidor local. A adubação de plantio será feita na cova aplicando 289g de superfosfato simples, 140g de calcário e 20g de FTE (micronutrientes), por planta. O pomar terá o espaçamento de 5x4m, sendo, 5 metros entre linhas e 4 metros entre plantas, totalizando 500 covas na área (Figura 2). O plantio foi previsto para o início de dezembro, com mudas provindas de Petrolina-PE. A abertura de covas deverá ser feita manualmente. Depois de mudas transplantadas, as mesmas devem ser tutoradas, proporcionando, desta forma, um crescimento ereto das plantas. O sistema de irrigação proposto será o de microasperção, sendo um microaspersor por plantas (um emissor por planta), com vazão aproximada de 0,68m³.h-1. Para a cultura da goiaba, são feitos diferentes tipos de podas, durante seu ciclo. Inicialmente, é feita a poda que venha a prorporcionar uma arquitetura equilibrada e uma copa arejada, poda de formação. Logo em seguida, a poda de frutificação, no qual é de grande importância para a produçao de frutos in natura, com influencia no escalonamento da produção. Quando ocorre frutificação excessiva dos frutos é necessário que faça o raleio dos frutos, além de retirar os frutos danificados com sinais de ataque de pragas. As podas periódicas, serão acopanhadas com a pulverização com fungicida como prevenção contra doenças e pragas. Figura 2. Croqui da área de 1ha para implantação de um poma de goiaba paluma. O controle de plantas daninhas também deve eliminado, por meio de roço manualmente. As doenças e pragas serão acompanhadas com observação diária, e sempre que necessário, fazer o controle químico por meio de aplicação manual. A colheita será feita manualmente e os frutos serão encaixotados para transporte. As atividades necessárias para a condução do pomar são discriminadas no cronograma mensal abaixo. Tabela 1 . Cronograma mensal de atividades necessárias para a condução do pomar de goiabeiras do tipo Paluma, para um período de três anos. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES ANUAL - 1º ano ATIVIDADE SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR(flor.) ABR MAI JUN JUL AGO Abertura de covas X Adubação X X* X* X* Análise de solo X Aplicação de calcário X Aplicação de fungicida X X X Aquisição de mudas X Aração e gradagem XCapina X X X Limpeza da área X Monitoramento de pragas e doenças X X X X X X X X X Plantio X Poda de formação X X X Recebimento de mudas X Roçada X X X CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES ANUAL - 2º ano ATIVIDADE NOV DEZ (Flor.) JAN FEV MAR ABR MAI (Flor.) JUN JUL AGO JUL AGO Adubação X* X* X* Análise de solo X Análise foliar X Aplicação de fungicida X X X Capina X X X X X Monitoramento de pragas e doenças X X X X X X X X X X X X Poda de frutificação X X Roçada X X X X CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES ANUAL - 3º ano ATIVIDADE SET OUT NOV (Flor.) DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL (Flor.) AGO Adubação X* X* Análise de solo X Análise foliar X X Aplicação de fungicida X X X Capina X X X X Colheita X Monitoramento de pragas e doenças X X X X X X X X X X X X Poda de frutificação X X X Raleio dos frutos X X Roçada X X X X X *Adubação por cobertura A análise econômica sobre a viabilidade do projeto de implantação do pomar foi feito considerando os valores unitários (por ha), visando a venda de frutos in natura. A estimativa de produtividade média e rentabilidade foram calculadas por meio de um levantamento da produção média de frutos da variedade Paluma. Os custos de produção foram estimados, considerando o conceito de custo operacional que engloba todos os custos envolvidos na produção que vão desde desde a limpeza da área à colheita dos frutos. Todos os cálculos, assim como cada ítem considerado para a realização dos mesmos, foram organizados e excultados com o auxílio de planilhas do Excel®. Para o cálculo dos custos, não foi levado em consideração a valor de depreciação de equipamentos utilizados ao longo do período analisado, adubação de micronutrientes e o controle de pragas e doenças. Adotou-se para o cálculo dos indicadores uma taxa de desconto de 6% a.a, representando um custo de oportunidade para o produtor, com base na taxa de rendimento dos títulos públicos. Dessa forma, a análise de indicadores econômicos baseou-se na metodologia do Fluxo de Caixa (FC) aliada ao uso das técnicas de VPL, TIR, Payback e Índice de Lucratividade (IL) para conduzir a análise das oportunidades de investimento. 4. Resultados e discussão: Na tabela 2, encontra-se os custos de implantação do pomar de forma detalhada, em um período de seis anos. Os custos estão divididos entre: operações mecanizadas, operações manuais, insumos, fitosanitários, mudas/materias. O item que teve um maior peso nos custos de implantação foi a irrigação, com um custo de R$ 5.000 a ser desembolsado no ano de implantação. Quando se analisa o fluxo de caixa, visualizando o desembolso anual e previsão das receitas, na implantação, o gastos com insumos, mudas e materiais é o maior, totalizando R$ 12.371,70 (ver tabela 3). Nos anos seguintes, os maiores gastos são com operações manuais. Operações estas, que foram calculadas considerando quatros pessoas trabalhando em 1 ha. A demanda de mão-de-obra, está concentrada em atividades de poda, adubação, pulverização, raleio e colheita. Sendo estas atividades podendo ser execultadas pela própria família. As operações mecanizadas tende ter um maior custo na implantação, um total de R$1.929,80. Este fato ocorre devido a limpeza da área que se concentra no ano de implantação. O pomar de goibeira apresenta produção a partir do 3º ano, tendo uma aumento gradual de sua produção nos anos seguintes, conforme indicado pela Agrianual (2005). Por esta razão, o fluxo de caixa de entrada se apresenta positivo a partir do 3º ano de implantação. Nesse caso, o investimento para implantação do pomar de goiabera é de R$18.101,50. Como a produção é bem estabelecida apena no 3º ano após o plantio, para a condução do segundo ano, o investimento estimado é de R$ 4.299,96 por hactare plantado. Assim, o subsídio terá de ser maior que R$ 22.401,46 para implnatação e condução até a venda da produção. Tabela 3 . Fluxo de caixa referente aos custos levantados na análise de implantação e condução do pomar irrigado de goiabeira do tipo Paluma, em um período de seis anos. A. SAÍDA Implantação 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano Operações Mecanizadas 1.929,80 972,96 972,96 1.122,96 372,96 372,96 - Operações Manuais 3.800,00 2.300,00 3.000,00 3.720,00 4.680,00 4.680,00 Insumos/mudas/materiais 12.371,70 1.027,00 1.747,00 1.878,00 1.788,00 1.788,00 SUBTOTAL A (Saídas) 18.101,50 4.299,96 5.719,96 6.720,96 6.840,96 6.840,96 B. ENTRADAS Implantação 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano Venda da goiaba 0 0 R$ 17.159,88 R$ 26.883,84 R$ 34.204,80 R$ 41.045,76 FLUXO DE CAIXA (B-A) -18.101,50 -4.299,96 11.439,92 20.162,88 27.363,84 34.204,80 Tabela 2 . Estimativa de custo de implantação e condução do pomar irrigado de goiabeira, em um período de seis anos. Goiaba - Custo de Implantação (R$/ha) Espaçamento: 6x 4,0 m Densidade (pés/ha): 500 Área:1 hectare Variedade: Paluma Ano implantação 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano Descrição Especificação V.U. (R$ Qtde valor (R$) Qtde valor (R$) Qtde valor (R$) Qtde valor (R$) Qtde valor (R$) Qtde valor (R$) Operações Mecanizadas Preparo do Solo Desmatamento h/t 200 3 600 0 0 0 0 0 Aração h/t 150 1,5 225 0 0 0 0 0 Gradagem h/t 150 1,5 225 0 0 0 0 0 Calagem h/t 150 1 150 0 0 1 150 0 0 Tratos Culturais Roçagem h/t 150 3 450 4 600 4 600 4 600 0 0 5. Irrigação 0 Irrigação por micro aspersão Kw 0,35 799,42 279,80 1.065,60 372,96 1.065,60 372,96 1.065,60 372,96 1.065,60 372,96 1.065,60 372,96 Operações Manuais Preparo do Solo Analise do solo / folha d/h 100 1 100 2 200 2 200 2 200 2 200 2 200 Implantação Covoamento d/h 50 16 800,00 0 0 0 0 0 Plantio d/h 50 16 800,00 0 0 0 0 0 Tratos Culturais Capina d/h 50 12 600,00 12 600 8 400 8 400 8 400 8 400 Poda d/h 50 12 600,00 12 600 8 400 8 400 8 400 8 400 Aplicação de herbicida d/h 50 12 600,00 12 600 6 300 6 300 6 300 6 300 Adubação d/h 50 6 300,00 6 300 6 300 6 300 6 300 6 300 Raleio d/h 50 4 200 4 200 4 200 4 200 Colheita 0 0 0 0 0 0 Colheita caixa (25kg) 2 0 0 0 600,00 1.200,00 960,00 1.920,00 1.440,00 2.880,00 1.440,00 2.880,00 Insumos Calcário ton 70 3,6 252,00 0 0 3 210 0 0 Superfosfato simples kg 2,6 144,5 375,70 0 0 200 520 250 650 200 520 200 520 FTE kg 3 100 300,00 0 0 0 0 0 0 NPK (20-00-20) kg 1 100 100,00 175 175 375 375 450 450 700 700 700 700 Esterco ton 100 2 200,00 0 0 0 0 0 Fitossanitários Fungicidas l 284 3 852 3 852 3 852 2 568 2 568 2 568 Mudas/Materiais Mudas (+10%) um 550 5 2.750,00 0 0 0 0 0 Frete km 670 1,5 1.005,00 0 0 0 0 0 Materiais de irrigação 5.000,00Bomba Centrífuga 0,5 CV (1/2) Monofásica BC-98 SCHNEIDER Unidade 1 537 537,00 0 0 0 0 0 Caixas Unidade 100 10 1.000,00 0 0 0 0 0 custo total anual 18.101,5 4.299,96 5.719,96 6.720,96 6.840,96 6.840,96 Na tabela 4, temos a estimativa e receita da produtividade do pomar de goiabeira. Conforme dito anteriormente, a produção é bem estabelecida a partir do 3º ano, logo, se observa uma produtividade de R$ 24.000,00 na primeira colheita. Estimativa de produção teve como base a pordução do Piauí em 2019, divulgado pelo IBGE (2021). De acordo com Garcia et al. (2018) para a cultura da goiaba, a produção começa a partir do terceiro ano e atinge produção máxima no décimo. Assim, se nota uma maior produtividade ao longo dos nos anos em que o pomar permanece mais em campo, chegando a uma receita estimada de R$ 57.600,00, no quinto ano. Tabela 4 . Estimativa de receita de produtividade do pomar de goiabeira irrigada do tipo Paluma, em um período de seis anos, para 1ha. RECEITA Implantação 2º ano 3º ano 4º ano 5ºano 6ºano Produtividade (kg) - - 24.000,00 36.000,00 36.000,00 36.000,00 Custo do kg - - R$ 1,60 R$ 1,60 R$ 1,60 R$ 1,60 Receita estimada R$ 38.400,00 R$ 57.600,00 R$ 57.600,00 R$ 57.600,00 Tendo em foco o escoamento da produção, a goiaba produzida pode ser comercializadas em grandes centros de distribuição, nos mercadinhos locais e em feiras livres. Para o estudo, foi considerado a média de preços paraticado no Central de Abastecimento do Piauí – CEAPI, no ano de 2021, de uma caixa de 25 kg à R$ 40,00. Para os indicadores econômicos e a taxa de desconto analisado e apresentados na Tabela 5, observa-se o Valor Presente Líquido (VPL) absoluto de R$ 70.769,98, a uma taxa de desconto de 6% a.a. Ou seja, um valor de VPL>0, logo, o projeto é economicamente viável, ou seja, o produtor paga os custos e obtem uma margem de lucro, sem prejuízos. Tabela 5 . Indicadores econômicos do pomar irrigado de goiabeira do tipo Paluma, em um período de seis anos. VPL R$ 70.769,98 Taxa Interna de Retorno (TIR) 50% Taxa de Lucratividade 4,91 Payback 2,54 A Taxa Interna de Retorno (TIR) ou rentabilidade, foi de 50%, sendo bem maior que a taxa de desconto, logo, diz-se que o projeto é economicamente viável. A taxa de lucartividade é o ganho que o produtor consegue gerar com a produçao do pomar de irrigado de goiaba, assim, a cada 1 real investido se terá R$ 4,91 reais de retorno com a produção. Com base, nesta análise, pode-se dizer que o projeto terá uma boa rentabilidade e lucratibilidade. O tempo em que a renda gerada com a produção vai gerar um valor que pague o investimento (payback), ou seja, o retorno do investimento, ao produtor foi de dois anos e cinco meses a partir do ano de produção. Vale resaltar que a análise foi feita em cima de rentabiblidade bruta, sem considerar tributos pagos, riscos da atividade, variação de preços, além de algumas atividades e insumos não inclusa nos custos do projeto. Para o pequeno produtor, o subsídio pode ser feito pelo FNE Rural,do banco do Nordeste. Este de finaciamento é muito utilizado pelos assentados da região, tem uma carência de três anos, para valores até R$ 50.000,00. 5. Conclusões: Após análise da estimativa de custos e receitas do projeto proposto para a implantação e condução de um pomar irrigado de goiaba Paluma, o projeto mostrou-se viável à partir do 3º ano, aumentando sua rentabilidade ano a ano, com um VPL positivo de R$ 70.769,98 e um TIR de 50%, a uma taxa de desconto de 6%aa. O projeto é lucrativo, com uma taxa de lucaratividade de 4,91, com um custo total necessário para implantação e condução do pomar irrigado, até o segundo ano, de R$ 22.401,46. Os gastos como insumos, mudas e materiais foram os mais onerosos no projeto, aproximadamete 66% de todo o projeto. 6. Referências AGRIANUAL (2005) Goiaba. In: Anuário Estatístico da Agricultura Brasileira. São Paulo: FNP Consultoria & Agroinformativos, p.349-352. BARBOSA, F. R.; NASCIMENTO, A. S. do; OLIVEIRA, J. V. de; ALENCAR, J. A. de; HAJI, F. N. P. Pragas. In: BARBOSA, F. R. (Ed.). Goiaba: fitossanidade. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica; Petrolina: Embrapa Semi-Árido, p. 29-54. (Frutas do Brasil, 18), 2001. CEPRO - Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí. Diagnóstico socioeconômico. Disponível em:<http://www.cepro.pi.gov.br/download/201309/CEPRO27_0cd4bc1432.pdf>. Acessado em: 23 jan. 2021. GARCIA, D. M.; COSTA, A. F. Da; GALEANO, E. A. Vital; ROSSI, D. A.; BÁRBARA, W. P. de F.; EGGER, V. A. Análise de custos de produção da goiabeira: um estudo de caso em Venda Nova Do Imigrante, Es. Revista Científica Intelletto, Espírito Santo, v.3, n.especial, p. 33-42, 2018. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção Agrícola: Lavoura Permanente, 2019. Disponível em:<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pesquisa/15/11954>.Acessado em: 02 fev. de 2021. KAVATI, R. Cultivares. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE A CULTURA DA GOIABEIRA, 1., 1997, Jaboticabal. Anais... Jaboticabal: UNESP-FCAVJ, p.1-16, 1997. NATALE, W.; COUTINHO, E. L. M.; BOARETTO, A. E.; PEREIRA, F. M. (Eds.) Goiabeira: Calagem e Adubação, FCAVJ, Jaboticabal, 1996, 22p. PERTINARI, R. A.; TERESO, M. J. A.; BERGAMASCO, S. M. P. P. A importância da fruticultura para os agricultores familiares da região de Jales-SP. Revista Brasileira de Fruticultura, São Paulo, v. 30, n. 2, p. 356-360, jun., 2008. PROJETO RADAM. Folha sb.23: Teresina e parte da folha sb.24; Jaguaribe; geologia, geomorfologia, solos, vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, 1973. SOUSA, F. de M.; PORTELA, G. L. F.; LIMA, M. G. de; SOUSA, M. de. Zoneamento agroclimático da cultura da goiabeira no estado do Piauí, Brasil. Revista ACSA, v. 9, n. 3, p. 81-86, jul – set , 2013. . ANEXO Anexo 1. Laudo de análise de solo, utilizado como referência para o calculo de calagem e adubação. Anexo 2. Relação dos materiais necessários para implantação dp sistema de irrigação ITENS DESCRIÇÃO UNIDADE QUANT. 1 ADAPTADOR COTOVELO HUNTER HSBE-075 3/4" unid 48 2 ADAPTADOR PVC 32 X 1 " unid 6 3 Adesivo para PVC pote 850g unid 1 4 Cabo Elétrico PP 4 X 1,5mm² m 40 5 Cabo Elétrico PP 3 X 1,5mm² m 26 6 Cabo Elétrico PP 2 X 1,5mm² m 26 7 Caixa Plástica P/ Válvula Solenóide unid 3 8 Controlador Hunter I Core 220V plastico interno 4 est unid 1 9 Curva 90°PVC Soldável Viqua DN 35mm unid 6 10 Curva 90°PVC Soldável Viqua DN 50mm unid 4 11 Luva PVC SOLD 35mm unid 12 12 Luva PVC SOLD 25mm unid 6 13 Joelho LR PVC sold 32mm unid 2 14 Joelho LR PVC 25mmX3/4" unid 6 15 Luva LR PVC 25mmX3/4" unid 20 16 Luva LR PVC 25mmX1/2" unid 3 17 luva LR PVC 32 X 1" unid 2 18 Red PVC sold 50 x 35mm unid 6 19 Red PVC sold 35 x 25mm unid 6 20 Red PVC sold 50 x 32mm unid 6 21 Rotor PGP ULTRA 04 Hunter bocal 3mm azul, Vazão 0,68m³/h unid 24 22 INJETOR DE FERTILIZANTE VENTURI 3/4" unid 1 23 Tambor plast 100L para fertilizante unid 1 24 Registro PVC sold 50mm VIQUA unid 1 25 Registro PVC sold 32mm VIQUA unid 2 26 Tê PVC Soldável com redução 50X25mm unid 3 27 Tê PVC Soldável com redução 50X32mm unid 2 28 Tê PVC Soldável com redução 35X25mm unid 18 29 Tê PVC Soldável DN 50mm unid 8 30 TUBO FLEXÍVEL FLEX-SG 3/4" Hunter, PN 55mca m 9 31 Tubo PVC sold DN 35, PN 40 Amanco tubo 28 32 Tubo PVC sold DN 50, PN 40 Amanco tubo 3 33 Tubo PVC sold DN 25, PN 60 Amanco unid 14 34 Tubo eletroduto PVC sold DN20mm 3m tubo 30 35 União soldável pvc 32 unid 2 36 União soldável pvc 50mm unid 3 37 Válvula antivácuo 1/2" unid 3 38 Válvula Solenóide Elétrica Hunter ICV-101G 1" unid 3 39 Veda rosca 18mm x 10m unid 4
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