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FACULDADE DE AGRONOMIA E ENGENHARIA FLORESTAL
Departamento de Economia Agrária e Desenvolvimento Rural
Secção de Economia
Projecto Final
Viabilidade Financeira da Implantação de um Pomar de Bananeiras no Distrito de Boane
Autor: Heldér Ilídio Lipangue
Supervisor: Doutor Eng. Mário Paulo Falcão (PhD)
 Maputo, Agosto de 2019
VIABILIDADE FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE UM POMAR DE BANANEIRAS NO DISTRITO DE BOANE
Hélder Ilidio Lipangue
	Projecto Final submetido à Universidade Eduardo Mondlane, Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal (Departamento de Economia Agrária e Desenvolvimento Rural), como um dos requisitos para obtenção do grau académico de Licenciatura em Engenharia Agronómica, sob a supervisão do Doutor Eng. Mário Paulo Falcão (PhD). 
Maputo,Agosto de 2019
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente а Deus, pоr ser essencial еm minha vida, autor do mеu destino, mеu guia, socorro presente nа hora dа angústia, ао mеu pai Ilidio Taiela Lipangue, minha mãе Marta Simão Nhachigule е аоs meus irmãos
е a toda minha família que, cоm muito carinho е apoio, nãо mediram esforços para que eu chegasse аté esta etapa dе minha vida assim como aos meus avós paternos e maternos, “In Memorian”, pela existência de meus pais, pois sem eles este trabalho e muitos dos meus sonhos não se realizariam е às pessoas cоm quem convivi nesses espaços ао longo desses anos. А experiência dе umа produção compartilhada nа comunhão cоm amigos nesses espaços foram а melhor experiência dа minha formação acadêmica.
AGRADECIMENTOS
A Deus, em primeiro lugar por me proporcionar saúde, serenidade e momentos de sabedoria para trilhar a trajectória da vida, concretizando os meus objectivos e ideias.
A toda minha família em especial aos meus pais Ilídio Taiela Lipangue e Marta Simão Nhachigule, irmãs Liodemilia , Cleide, irmãos Arcelino , Pedro, Esménio, Edmilson, aos meus colegas Mazilon Monjane, Nhati Focas, Luciano Castro, Kaned Leitao, Margarida Cuamba, Natália Daniel, Delcio Odorico, Agradeço ao meu supervisor Doutor Eng. Mário Paulo Falcão (PhD), pelo contínuo acompanhamento e orientação para realização deste trabalho.
Há todos docentes da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal (FAEF) que directa ou indirectamente transmitiu valiosos conhecimentos e que me são úteis na elaboração deste trabalho. 
Agradeço também os senhores Firmino Chinai e Carolina Macamo da empresa CITRUM assim como o Director de Produção Manuel Maluana das empresas Bloco4, Frutos Libombos e Rio Verde pelo apoio e pela disponibilização de informação, para o presente trabalho. 
Finalmente, os meus nobres reconhecimentos destinam-se a todos aqueles que de uma forma ou de outra, contribuíram para que a realização deste estudo tornasse possível, incentivaram- me durante a formação e deram-me ferramentas úteis para a vida.
 
RESUMO
A banana (Musa spp.), é uma das frutas mais consumidas no mundo e é cultivada na maioria dos países tropicais. Constitui importante fonte de alimento, sendo rica em vitaminas (A, B e C), minerais (Ca, K e Fe) e baixos teores calórico (90 a 120 Kcal/100g) e de gordura (0,37 a 0,48 g/100g). Estudos apontam a uma necessidade de melhoria na qualidade de produtos, face à exigência do mercado e a crescente imposição de barreiras fitossanitárias. Contudo, a exiguidade de informação precisa e concisa sobre tecnologia, produtividade e custo de produção no distrito de Boane dificultam uma análise sobre a viabilidade da produção desta cultura. O presente estudo tem como objectivo analisar a rentabilidade financeira da implantação de um pomar de banana no Distrito de Boane, Província de Maputo. Para o efeito, foi elaborado um questionário dirigido aos gestores das empresas CITRUM, Bloco 4, Rio verde e Frutas Libombo, e, de forma a complementar a informação foram recolhidos dados secundários sobre a cultura na literatura. Assim, procedeu-se ao cálculo do custo de produção fraccionado em quatro partes: operações culturais, insumos, equipamentos e ferramentas de trabalho e outros serviços. Para analisar a viabilidade financeira determinou-se os indicadores financeiros Período payback, VAL (10%), TIR e Taxa B/C. Os resultados do estudo mostraram que para 1 hectar o projecto gera US$ 18.787,32 de custo de produção, sendo o insumo o item de maior peso, com cerca de 75%, seguido de equipamentos e ferramenta 19%, operações culturais 4% e outros serviços 2%. A receita bruta obtida através do processo produtivo da banana foi de US$ 35.604/ha. No tocante a viabilidade financeira, os resultados indicaram que o cultivo da banana é uma actividade viável. O rendimento e o preço abaixo do qual torna o cultivo da banana uma actividade não viável foram 78.280,48kg/ha e US$ 0.13/kg, respectivamente. Quando a taxa de juro baixar na ordem dos 50% o projecto apresenta um VAL e B/C cada vez maior e verifica se a redução do TIR e contrariamente com a subida do juro na mesma ordem o VAL e B/C baixa assim como TIR e com a redução do preço na ordem dos 25% e 50% , verifica se uma redução gradual do VAL e B/C e verifica se um TIR maior quando reduz se o preço na ordem dos 50% em relação a redução do preço na ordem dos 25% .
Palavras-chave: Implantação de pomar de banana, Produção, Viabilidade financeira.
ÍNDICE
DEDICATÓRIA	i
AGRADECIMENTOS	ii
RESUMO	iv
LISTA DE TABELAS	viii
LISTA DE FIGURAS	viii
LISTA DE ANEXOS	ix
I. INTRODUÇÃO	1
1.1. Antecedentes	1
1.2. Problema de estudo e justificação	3
1.3. Objectivos	4
1.3.1. Geral	4
1.3.2. Específicos	4
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	5
2.1. Banana (Musa spp.)	5
2.1.1. Clima	5
2.1.2. Solos	6
2.1.3. Cultivo	8
2.1.4. Maneio cultural	9
2.1.5. Colheita	11
2.2. Avaliação de projecto de investimento	12
2.2.1. Payback	13
2.2.2. Valor actual líquido (VAL)	13
2.2.3. Taxa interna de retorno (TIR)	15
2.2.4. Taxa beneficio-custo (B/C)	16
2.2.5. Escolha de Taxa de desconto	17
2.2.6. Análise de sensibilidade	18
III. METODOLOGIA	19
3.1. Descrição da Área de Estudo	19
3.1.1. Localização	19
2.1.2 Clima	19
2.1.3 Relevos e solos	20
2.1.4 Actividades sócio-económicas	20
2.2 Métodos	20
2.3 Colecta de dados	21
2.4 Variáveis a medir	21
2.4.1 Determinação de Custos para a Produção da Banana	21
2.4.2 Determinação do Preço do Produto	22
2.4.3 Determinação das Receitas de Produção de Banana	22
2.4.4 Determinação dos Pontos Críticos	23
2.4.5 Avaliação da Viabilidade do Projecto	23
2.4.6 Determinação da Taxa de Desconto	24
2.4.7 Análise de Sensibilidade	24
2.5 Análise de dados	25
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO	26
4.1 Custos de Produção de Banana	27
4.2 Receitas de Produção	30
4.3 Avaliação da viabilidade do projecto	30
4.3.1 Período payback	30
4.3.2 Valor Actual Liquido (VAL)	31
4.3.3 Taxa Interna de Retorno (TIR)	31
4.3.4 Taxa Benefício – Custos (B/C)	32
4.4 Determinação dos Pontos Críticos	32
4.5 Análise de sensibilidade	33
V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES	35
5.1 Conclusões	35
5.2 Recomendações	35
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	36
ANEXOS	42
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Fluxo de Caixa de Estabelecimento de um pomar de Bananeira no distrito de Boane-Empresas Bloco 4, Rio verde e Frutas Libombo	26
Tabela 2. Fluxo de Caixa de Estabelecimento de um pomar de Bananeira no distrito de Boan-Empresa CETRUM	27
Tabela 3. Indicadores de viabilidade financeira do cultivo de banana, em um pomar de 1 ha com uma densidade 1660 plantas/ha no distrito de Boane.	30
Tabela 4. Rendimento e preço crítico para cultura de banana.	32
Tabela 5. Relação entre a taxa de juro, VAL, TIR e B/C.	33
Tabela 6. Relação entre preço, VAL, TIR e B/C.	34
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Localização do distrito de Boane	19
Figura 2. Desembolso de caixa do projecto de implantação de pomar de banana na empresa CETRUM	28
Figura 3. Desembolso de caixa do projecto de implantação de pomar de banana na empresa Bloco 4, Rio verde e Frutas Libombo	28
Figura 4. Participação de cada Item no custo de produção de implantação de um pomar de banana.	29LISTA DE ANEXOS
Anexo 1. Coeficiente técnico e estimativa de custo de produção da cultura de banana nas empresas Bloco 4, Rio verde e Frutas Libombo, distrito de Boane	43
Anexo 2. Coeficiente técnico e estimativa de custo de produção da cultura de banana na empresa CETRUM, distrito de Boane	46
Anexo 3. Projeção da produção nas empresas Bloco 4, Rio verde e Frutas Libombo	48
Anexo 4. Projeção da produção na empresa CETRUM	48
Anexo 5. Receitas brutas de um pomar de Bananeira nas empresas Bloco 4, Rio verde e Frutas Libombo, com densidade de 1660 plantas/há	48
Anexo 6. Receitas brutas de um pomar de Bananeira na empresa CETRUM, com densidade de 1660 plantas/ha	49
LISTA DE ABREVIATURAS
	°C
	
	Grau centígrado
	Ph
	
	Potencial de Hidrogénio
	m
	
	Metros
	VAL
	
	Valor Actual Liquido
	TIR
	
	Taxa Interna de Retorno
	B/C
	
	Taxa de Beneficio - Custo
	INE
	
	Instituto Nacional de Estatística
	DPASA
	
	Direcção Provincial de Agricultura e Segurança Alimentar
	J/ha 
	
	Jornas por Hectares
	IIAM
	
	Instituto de Investigação Agraria de Moçambique
	BCI
	
	Banco Comercial de Investimento
	BIM
	
	Banco Internacional de Moçambique
	US$/ha/ano
	
	Dólares americanos por Hectares por ano
	MZN
	
	Meticais
	BM
	
	Banco de Moçambique
	ha
	
	Hectares
	MS
	
	Microsoft
	Kg
	
	Quilogramas
	i
	
	Taxa de Descontos
	%
	
	Porcento
	Mm
	
	Milímetro
	Km
	
	Quilómetro
	Ton
	
	Toneladas
	CT
	
	Custo total
Viabilidade Financeira de Implantação de um Pomar de Bananeiras no Distrito de Boane.
Hélder Lipangue Projecto Final 	iv
I. INTRODUÇÃO
1.1. Antecedentes
Dentre as variações culturais no agronegócio, a fruticultura é uma alternativa largamente adoptada pelos produtores. Das opções, a banana tem tomado uma opção promissora para aqueles que desejam diversificar os cultivares, bem como aqueles que desejam ingressar no ramo do agronegócio (IBE, 2014).
A banana é a fruta mais produzida no mundo com uma média de 106,5 milhões de toneladas e dentre as frutas produzidas in natura, apresenta o maior movimento financeiro, seguida por uva, maça e laranja (IBE, 2014). É um dos frutos mais populares do mundo e o principal em exportações. É largamente cultivada em diferentes regiões do globo e desempenha um papel importante na economia dos principais países produtores, onde o cultivo é, na maioria das vezes, feito por pequenos agricultores (Jaiswal et al., 2014). 
Em Moçambique, a produção da banana em 1999 foi de 8.0 toneladas (FAO, 2000), sendo que de 2010 para 2013, a produção cresceu dos 320. 640 toneladas para 450. 000 toneladas (FAO, 2016). Sob o ponto de vista socioeconómico, o cultivo da banana é muito importante para Moçambique, pois, segundo Kageyama et al. (2013), a produção de banana é considerada uma alternativa viável na geração de emprego e renda para os agricultores familiares.
A grande importância da bananicultura está actualmente a ser reforçada pelas directrizes da produção integrada que estão sendo implementadas na cultura, envolvendo as boas práticas de maneio agrícola, o que certamente levará, a obtenção de frutos de qualidade superior e de maior lucro para os produtores (Borges & Sousa, 2004).
Segundo Oliveira & Rocha (2007), dentre os factores determinantes do desempenho económico da banana, destacam-se como sendo os mais importantes, os custos de aquisição dos isnumos de produção, as despesas pós colheita e o preço de comercialização. Araújo et al. (2008), afirmam que as identificações da composição dos custos e da rentabilidade económica das culturas são ferramentas de gestão fundamentais no processo de tomada de decisão do produtor sobre o que plantar. Com a crescente dinamização das actividades agrícolas, estas informações, independente do porte das unidades produtivas são imprescindíveis para se ter um gerenciamento mais profissional.
Borges & Sousa (2004), ressaltam que os coeficientes técnicos e demais valores apresentados são estimativas levantadas e que diferenças nos preços dos factores, nos preços dos produtos, bem como no nível de tecnologia adoptado, podem alterar a composição dos custos, das receitas e, consequentemente, a rentabilidade do bananal. Outra consideração importante é que, em função da sazonalidade da oferta da banana, verifica-se uma grande variação nos preços pagos aos produtores nas diversas regiões, o que também pode alterar a rentabilidade. A análise conjunta desses factores é extremamente importante para a planificação, implantação e manutenção do pomar.
Assim sendo, nota-se a importância do uso dos métodos de avaliação de projectos agrícolas nas decisões iniciais que devem ser tomadas pelo produtor de fruteiras ao decidir plantar um novo pomar, com vista a verificar se as receitas dos projectos são suficientes para cobrir os investimentos e continuar a custear a produção na amplitude de tempo considerada (Costa et al., 2012).
1.2. Problema de estudo e justificação
A banana (Musa spp.), é uma das frutas mais consumidas no mundo e é cultivada na maioria dos países tropicais. Constitui importante fonte de alimento, podendo ser utilizada verde ou madura, crua ou processada (cozida, frita, assada e industrializada). Possui vitaminas (A, B e C), minerais (Ca, K e Fe) e baixos teores calórico (90 a 120 Kcal/100g) e de gordura (0,37 a 0,48 g/100g). Além de conter aproximadamente 70% de água, o material sólido é formado principalmente de carboidratos (23 a 32 g/100g), proteínas (1,0 a 1,3 g/100g) e gorduras (Borges & Sousa, 2004).
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), Moçambique encontra-se em terceiro lugar da lista dos principais produtores de banana em África, perdendo apenas para a Costa do Marfim e Camarões e superando o Gana. Mais de 70 milhões de dólares anuais é o valor que a exportação de banana produzida em Moçambique rende para a economia no país, segundo avança o vice-presidente da Confederação das Associações e Económicas (CTA), António Gomes, citado pelo seminário Domingo (MMO Notícias, 2014).
Gomes afirma ainda que o preço de venda na África do Sul aumentou devido aos esforços para a produção de banana de qualidade, o que constituiu um prémio para as empresas e para a economia em Moçambique. Actualmente, as empresas produtoras de banana exportam uma média semanal de 80 camiões refrigerados, fretados na África do Sul, que transportam o produto para o mercado sul-africano, acima de 2 mil toneladas semanais ou mais de 100 mil toneladas anuais (MMO Notícias, 2014).
Estudos realizados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), indicam o aumento da demanda de frutas tropicais e possível taxa anual de 8% para o crescimento das importações. A pesquisa também aborda sobre a necessidade de melhoria na qualidade de nossos produtos, devido à exigência do mercado consumidor e a crescente imposição de barreiras fitossanitárias, não tarifárias (Leonel & Sampaio, 2008).
Segundo Vale (2017), diversos produtores rurais abandonam suas atividades por não obterem retornos financeiros de seus investimentos na implantação de projetos. Como qualquer outra atividade económica, a agricultura também apresenta riscos de não recuperação de capital. Alguns aspectos devem ser levados em consideração, como valores altos de investimento, objeção de captar recursos financeiros para sustentar o projeto e a consideração das condições de mercado.
A falta de informação precisa e clara sobre tecnologia, produtividade e custo de produção dificultam uma análise mais precisa do lucro da cultura e do retorno económico do capital investido, não obstante o governo esteja a promover o seu cultivo.
Nesse contexto, pretende-se com a presente pesquisa avaliar a viabilidade financeira da instalação de pomar de bananeiras no distrito de Boane, província de Maputo, por meio da mensuração dos indicadores de viabilidade: Valor Presente Líquido (VAL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Período de Payback e Taxa beneficio-custo (B/C). 
1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
· Avaliara rentabilidade financeira da implantação de um pomar de bananeiras (Musa spp.) no distrito de Boane.
1.3.2. Específicos
· Descrever as principais tecnologias de produção de banana no distrito de Boane;
· Desenvolver a tabela de fluxo de caixa do pomar de bananeiras;
· Calcular os indicadores de viabilidade financeira da implantação do pomar;
· Determinar os pontos críticos do processo de produção; 
· Realizar a análise de sensibilidade.
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Banana (Musa spp.)
A banana, hoje, é a fruta mais produzida e a mais consumida no mundo. A sua produção mundial é de aproximadamente 58,69 milhões de toneladas (FAO, 2001). De acordo com Rambo et al. (2015), a banana é muito consumida e apreciada, por apresentar baixo custo ao consumidor e ser uma importante fonte de proteínas, vitaminas e sais minerais. Segundo Borges e Souza (2004), sob ponto de vista botânico, é uma planta monocotiledónea, herbácea, ou seja, a parte aérea é cortada após a colheita. Apresenta caule subterrâneo donde saem as raízes primárias, o seu sistema radicular é fasciculado podendo atingir horizontalmente até 5m. Uma planta pode emitir 30 a 70 folhas, com aparecimento de uma nova folha a cada 7 a 11 dias. A inflorescência sai do centro da copa, apresentando brácteas ovaladas, de coloração geralmente roxo-avermelhada, em cujas axilas saem as folhas.
2.1.1. Clima
Por ser uma planta tropical, a banana demanda altas temperaturas associadas e precipitações bem distribuídas durante o ano e uma elevada humidade para garantir desenvolvimento adequado e alta produção. A banana requer precipitações anuais variando de 1200 mm a 1800 mm e faz-se necessário que haja irrigação nos meses de seca se a precipitação for inferior a 60 mm (Cordeiro, 2000; Lima et al., 2012). 
A seca tem efeito mais drástico nas fases do florescimento e início da frutificação (Cordeiro, 2008). Dessa forma, podem-se visualizar as diferenças climáticas regionais por meio dos balanços hídricos. 
Cordeiro (2000), afirma que a faixa de temperatura óptima para o desenvolvimento das bananeiras comerciais é de 26°C a 28°C, com mínimas não inferiores a 15ºC e máximas não superiores a 35°C.
A bananeira é cultivada em altitudes que variam de 0 m a 1000 m acima do nível do mar (Cordeiro, 2000). A altitude é importante, pois influencia directamente na temperatura e precipitação que atingem as plantações. Em maiores altitudes, o ciclo de produção aumenta, chegando a atingir 18 meses naquelas regiões com faixas superiores a 900 m (Cordeiro et al., 2003).
A banana apresenta melhor desenvolvimento em locais com médias anuais de humidade relativa superiores a 80%. Em condições de alta humidade relativa do ar, ocorre um aceleramento da emissão das folhas, favorecendo a emissão da inflorescência e uniformizando a coloração dos frutos (Cordeiro et al., 2003). 
2.1.2. Solos
Os solos ideais para o cultivo da banana (Gondim et al., 2001a; Oliveira et al., 2008) possuem boa capacidade de retenção de água, em relevo plano a suave ondulado, são profundos, com uma textura franco-argilosa a franco-siltosa.
A banana se desenvolve melhor em solos com declividades menores que 8%, as quais caracterizam áreas planas a suaves onduladas. As áreas com declives acentuados são pouco recomendadas. Para o cultivo em áreas com maiores declives, devem-se apdotar práticas conservacionistas que reduzam a exposição do solo e diminuam a velocidade da água e os processos erosivos. evaporação da água do solo e na incorporação de nutrientes (Bardales et al., 2015).
Os solos preferenciais para a cultura da banana são aqueles com profundidade efectiva maior que 100 cm; porém, são recomendados solos com profundidades maiores que 50 cm, pois permitem tombamento (Cordeiro, 2003).
A granulometria ideal do solo é a de textura média (Oliveira et al., 2008), não devendo ser muito arenosa, que, geralmente, apresenta baixa quantidade de nutrientes. 
Lima et al. (2012), enfatizam que os macronutrientes mais absorvidos pela banana são o potássio e o nitrogênio, seguidos do cálcio, magnésio, enxofre e fósforo. A capacidade de troca de catiões (CTC) do solo deve estar saturada com 65% a 75%, a fim de dispor de um valor de soma de bases (K+Ca+Mg) que permita acumular a saturação de potássio.
De acordo com os requerimentos de solo e de clima para a cultura da bananeira, foi realizada uma análise de cada parâmetro considerado, que constituiu um plano de informação. Cada parâmetro foi estratificado em quatro classes: preferencial, recomendável, pouco recomendável e não recomendável. A classe preferencial representa as condições óptimas para a cultura.
Para ter uma visão integrada das variáveis, foram criados quatro grupos de aptidão pedológica:
Morfologia - considerando as variáveis de difícil correção como drenagem, relevo, profundidade efetiva e textura (no horizonte B).
Fertilidade I - considerando as variáveis primárias de pH, alumínio, cálcio, fósforo e potássio.
Fertilidade II - considerando as variáveis integradoras como a saturação de bases, capacidade de troca de catiões e relação Ca/Mg e relação K/Mg.
Fertilidade III - considerando o teor de carbono no horizonte superficial por envolver outras relações de condições físicas do solo.
Após as características pedológicas, analisadas foram estabelecidos três tipos de maneio de solo de acordo com o nível tecnológico adotado (Ramalho; Beek, 1995):
a) Maneio primitivo
É o sistema de plantio mais rudimentar que depende das condições naturais do solo. A avaliação foi executada a partir da integração de todos os aspectos morfológicos e químicos. 
b) Manejo intermediário
É o sistema de plantio que usa técnicas mais avançadas de adubação e calagem e práticas simples de controle de erosão. Dessa forma, nesse nível, são considerados apenas os aspectos morfológicos.
 c) Manejo avançado
É o sistema de plantio que usa as técnicas mais avançadas de manejo do solo, incluindo a mecanização e irrigação em determinadas etapas do ciclo da cultura. 
2.1.3. Cultivo
De acordo com Neto et al. (2015), antes de instalar o bananal, o produtor precisa buscar informações sobre os mercados local e regional, custos de produção e rentabilidade da atividade. Além disso, é importante outras sobre a cadeia produtiva da banana devem ser obtidas com profissionais qualificados e vinculados à cadeia produtiva da banana.
O procedimento relacionado à escolha da área deve levar em conta:
a) Condições de acesso e transporte dos ramais: a área deve ser de fácil acesso, com ramais que permitam o trânsito de veículos durante todo o ano;
b) Distância do bananal ao mercado consumidor: por ser uma fruta bastante perecível e para permitir que a colheita seja feita de forma programada;
c) Topografia do terreno: recomenda-se o plantio em áreas com declividade até 8%, já que terrenos planos a suavemente ondulados facilitam os tratos culturais com mecanização;
d) Características do solo: para o bom desenvolvimento da cultura, recomenda-se que os solos não apresentem camada impermeável, pedregosa ou endurecida;
e) Disponibilidade de água: avaliar este item é importante para quem pretende irrigar os plantios e protegê-los contra o fogo;
f) Ausência de problemas fitossanitários: deve-se evitar o plantio em áreas que antes foram cultivadas com frutíferas, procurando realizar rotação de culturas com plantas anuais;
g) Ventos: em algumas épocas do ano têm sido comuns ventos muito fortes no Acre. Por isso, o uso de quebra-vento torna-se importante. O quebra-vento pode ser de seringueira.
O plantio deve ser realizado no início das chuvas, período correspondente ao final de Outubro e começo de Novembro. Quando há disponibilidade de irrigação, o plantio pode ser efectuado Não se recomenda que as mudas sejam plantadas no período que coincide com as maiores precipitações, já que os solos encharcados podem provocar seu apodrecimento. Todavia, O plantio em diferentes épocas, associado à irrigação, ao uso de cultivares com diferentes ciclos vegetativos, à adubação e tratos culturais indispensáveis à cultura, permite oescalonamento. 
Uma vez definido o local de plantio, faz-se o preparo do solo com antecedência mínima de 30 a 60 dias. Essa prática melhora as condições físicas do terreno por meio do aumento de plantas invasoras e confere maior resistência e tolerância às plantas nos períodos de seca. 
A instalação de um bananal comercial a partir de mudas de boa qualidade é fundamental para altas produtividades, longevidade e lucratividade do empreendimento. As mudas da banana têm papel importante em quintais sem objetivo comercial, também precisam ser cuidadas para não hospedar doenças e insetos-pragas que permanecem como fonte de inóculo, dificultando o trabalho de defesa vegetal.
Todas as mudas tipo convencional, devem ser plantadas na mesma posição, com a parte da cicatriz, originada do desprendimento da planta-mãe, voltada para um mesmo lado. O replantio é feito 30 a 60 dias após o plantio, recorrendo-se a mudas de tamanho superior ao inicialmente plantado. Essas mudas devem ser cuidadosamente arrancadas, tratadas e plantadas no mesmo dia.
2.1.4. Maneio cultural
Segundo Neto et al. (2015), os tratos culturais que devem ser aplicados à bananeira são relativamente simples e melhoram substancialmente o aspecto fitossanitário, a produtividade, a qualidade dos frutos e a vida útil do pomar. pseudocaule após a colheita são indispensáveis quando o objetivo do bananicultor é obter boas produtividades e lucratividade.
Desbaste ou desperfilhamento
É uma prática cultural que consiste na eliminação do excesso de brotos ou perfilhos a partir de 45 a 60 dias após o plantio. A não realização do desbaste dificulta os tratos culturais (sacha, irrigação e controlo fitossanitário).
Desfolha
Consiste na eliminação de folhas secas, quebradas, com amarelecimento intenso ou atacadas por doenças. As folhas verdes que provocam atritos e danos aos frutos também devem ser retiradas, já podem atacar o trabalhador; b) acelerar o desenvolvimento dos perfilhos; c) facilitar a execução dos demais tratos culturais e colheita.
Eliminação da ráquis masculina ou coração
A ráquis masculina também conhecida como coração deve ser retirada devido às vantagens apresentadas em relação ao aumento da produção, melhoria da qualidade do fruto e do aspecto da planta. Em geral, a eliminação da ráquis masculina é feita cerca de 2 semanas após a emissão da última penca, por volta do 15º ao 20º dia.
Ensacamento do cacho
Cujas vantagens são: evita danos mecânicos aos frutos causados por arranhões, fricção pelas folhas e por escoras; evita danos causados por pulverizações químicas utilizadas no controle de pragas e doenças; pode reduzir o ataque por lesmas, pássaros e morcegos que chegam a se alimentar de frutos ainda bem verdes.; melhora a qualidade dos frutos, uniformizando a coloração, entre outras.
Escoramento
Objetiva evitar que plantas de porte alto ou que produzam cachos muitos pesados, acima de 50 kg sofram tombamento ou quebramento do pseudocaule. O escoramento pode ser feito utilizando escora de madeira, bambu ou fita plástica. O escoramento com fita plástica de polipropileno é utilizado nos bananais mais tecnicamente apetrechados.
Irrigação
A banana é sensível ao défice hídrico; portanto, necessita de irrigação para produzir satisfatoriamente. O método e o sistema de irrigação a serem utilizados dependem das condições do clima, do solo, mão de obra, qualidade e disponibilidade de água e, principalmente, do aporte tecnológico, sendo que podem ser usados a rega superficial, aspersão e localizada.
Controlo fitossanitário
As plantas invasoras ou daninhas são responsáveis por sérios prejuízos aos produtores, causando custos de produção variáveis de 20% a 30% com controle, e quando o maneio dessas invasoras é ineficiente, pode causar perdas de produção acima dos 50%. Para o seu controle são recomendados os métodos cultural, químico e mecânico.
A incidência de doenças pode, por exemplo, reduzir drasticamente a área fotossintética da planta, causando perdas acima de 50% na produção de frutos e até a inviabilização total do bananal sob condições agressividade do patógeno (Rocha et al., 2012). O seu controlo é feito recorrendo aos métodos genético, cultural e químico.
As pragas são outros organismos capazes de causar grandes prejuízos na produção da banana, razão pela qual faz-se necessário o seu controlo atempado (Fazolin e Santos, 2015). Para o seu controlo são recomendados os métodos cultural, biológico, químico e o maneio integrado (integração dos métodos).
2.1.5. Colheita
Segundo Fazolin e Santos (2015), a banana apresenta um comportamento climatérico, ou seja, após a colheita, os frutos, retirados ainda verdes da planta, têm seu processo de maturação continuado. Dessa forma, é importante que a determinação do ponto de colheita dos cachos considere alguns aspectos relativos à comercialização dos frutos, visando reduzir perdas e fornecer um produto de qualidade. Assim, quanto mais distante estiver o mercado, mais verdes devem ser colhidos os frutos e vice-versa. Por outro lado, o consumidor pode preferir frutos mais maduros para o consumo in natura. Deve-se atentar, sobretudo, para que a colheita aconteça quando os cachos alcançarem a maturidade fisiológica, ou seja, estágio de desenvolvimento em que os frutos, mesmo verdes, já despencam ou mesmo apodrecer antes de chegar ao consumidor final.
Vários são os critérios adotados para se determinar o ponto de colheita da banana. No entanto, apenas dois são muito usados pelos produtores, pela sua adequação a diversas condições de produção, os quais são: 
Idade dos cachos: a idade dos cachos é contada a partir da emissão do coração ou da inflorescência. Essa técnica permite a melhor planificação da produção, facilitando a organização da logística necessária nas etapas de transporte e armazenamento da banana. Além disso, facilita a tomada de decisão para cada semana.
Desaparecimento de quinas ou angulosidades do fruto: essa técnica pode ser utilizada para cultivares como Prata e Maçã que ainda não têm definido o ponto de colheita baseado na idade do cacho. 
2.2. Avaliação de projecto de investimento
A análise de viabilidade é um processo que avalia diversas alternativas e decide qual é a melhor opção para elaboração de um projecto, a qual versa sobre a comparação entre as receitas e as despesas da obra considerando o tempo decorrido. Se os resultados apontam benefícios, o processo pode prosseguir; caso contrário, o projecto deve ser ajustado ou até abandonado (Costa et al., 2003).
A utilização da análise de viabilidade económica busca, através de técnicas avançadas e utilização da estatística e matemática económica, ajudar na tomada de decisão entre as soluções desenvolvidas (Motta e Calôba, 2002).
Analisar a viabilidade económica de um projecto consiste em verificar se as receitas inerentes têm a possibilidade de superar os custos e investimentos necessários para colocar o empreendimento em prática. Um projecto pode ser considerado viável quando o investimento traz a oportunidade de retornos maiores que suas despesas (Rezende e Oliveira, 2008).
A análise económica de indicadores de investimentos refere-se à avaliação ou estudo da viabilidade, estabilidade e lucratividade de um negócio ou projecto. Segundo Salles (2004), a análise económica engloba um conjunto de instrumentos e métodos que permitem realizar diagnósticos sobre a situação económica de uma empresa, assim como prognósticos sobre o seu desempenho futuro.
De acordo com Nhamirre (2008) citando Gregersen e Contreras (1979), na análise económica, o processo de avaliação é bastante simples e são usados os preços de mercado para todas as entradas e saídas. Os efeitos que não são do mercado (externalidade e efeitos indirectos), não são valorizados na análise económica, uma vez que não entram na tabela de fluxo de caixa da entidade económica.
De acordo com Bruni et al. (1998), a análise de projectos de investimento, normalmente, envolve um conjunto de técnicas que buscam estabelecer parâmetros de sua viabilidade, que comummente são expressos pelo Payback(prazo de retorno do investimento inicial), Valor Actual Líquido (VAL, resultado dos fluxos de caixas, descontados a data zero pelo custo de capital do projecto e subtraído do investimento inicial) ou pela Taxa Interna de Retorno (TIR).
2.2.1. Payback
Período de Payback é o exacto montante de tempo necessário para que as receitas líquidas de um investimento recuperem o custo do investimento (Weston & Brigman, 2000.). De acordo com Bruni et al. (1998), o Payback pode ser simples (sem considerar o custo de capital, valor do dinheiro no tempo) ou descontado (considerando o valor do dinheiro no tempo). Pode ser achado usando a seguinte fórmula:
Onde:
P = Período de pagamento do investimento (Período de Payback); 
CI = Capital investido; 
MARL = Média anual dos retornos líquidos (depois de deduzir os impostos e sem retirar as depreciações).
Para a tomada de decisão com base no Payback, devem ser considerados os seguintes critérios (Brasiliano, 2004):
· Se o período de Payback for menor que o período de Payback máximo aceitável, aceitasse o projecto;
· Se o período de Payback for maior que o período de Payback máximo aceitável, rejeitasse o projecto.
Quando o método do Período Payback for utilizado para comparar uma série de projectos dos quais apenas um é que pode ser aceite, deve ser seleccionada aquele cujo investimento for recuperado mais rapidamente. Caso nenhuma das alternativas apresente um Período Payback inferior ao padrão de aceitação, todas deverão ser rejeitadas (De Oliveira, 1982).
2.2.2. Valor actual líquido (VAL)
O valor actual líquido (VAL) é definido como sendo a diferença entre o valor presente de retornos esperados futuros e o valor presente de custos esperados futuros, este é o principal método de avaliação de projectos. Segundo Bruni et al. (1998), a diferença entre os Fluxos de Caixa futuros trazidos a valor presente pelo custo de oportunidade do capital e o investimento inicial. Se positivo deve ser aceito.
Os resultados económicos de projectos agronómicos estão relacionados a riscos e incertezas provenientes de condições ambientais adversas, de crises económicas e de variações no mercado económico (Palmeira, 2012). É importante que o produtor tenha a possibilidade de tomar decisões estratégicas como, por exemplo, o adiamento do início das operações, alterações dos níveis de produção e o encerramento das actividades após a implantação do projecto, para que possa adaptá-lo às condições climáticas e de mercado que se verifiquem no decorrer de sua vida útil (Macedo & Nardelli, 2009).
Este método é o mais utilizado na análise dos projectos de investimento, pela simplicidade de elaboração e com critérios claros e objectivos para a tomada de decisão, tais como:
· Quando o VAL for maior que zero, indica que os valores referentes às entradas são maiores que os das saídas, portanto, esse é um bom projecto e pode ser aceite;
· Quando o VAL for igual a zero, indica que os valores referentes às entradas são iguais que o das saídas, portanto, a realização ou não desse projecto é indiferente;
· Quando o VAL for menor que zero, indica que os valores referentes às entradas são menores que os das saídas, portanto, o projecto não é viável e não deve ser aceite.
Tendo em conta o valor no tempo, o montante que será actualizado em função do investimento, deverá ser o maior possível em função da taxa de retorno estabelecido pelo investidor. Se o montante não for suficiente, o investimento deve ser rejeitado. a seguinte expressão é usada para o cálculo do VAL:
Onde:
VAL = Valor actual líquido;
Ct = fluxo de caixa líquido no ano t;
n = duração do projecto (rotação);
i = taxa real de desconto (livre de inflação).
2.2.3. Taxa interna de retorno (TIR)
A Taxa Interna de Retorno é a taxa de juro que torna nulo o valor actual líquido do projecto, isto é, uma taxa de juro onde as receitas e despesas se igualam (Mithá, 2009; Soares et al, 2006). 
A taxa interna de retorno é praticamente calculada por processos interactivos, determinando por tentativa de dois valores actuais líquidos, respectivamente positivo e negativo, correspondentes a dois valores de “i” tão próximos quanto possível, sendo o valor de “i” é finalmente determinado por interpolação. Quanto maior for a taxa “i” menor é o valor actual líquido (Barros, 2002). E ela e espessa pela seguinte fórmula.
Onde: 
i1- a taxa para a qual o VAL é positivo 
i2- a taxa para a qual o VAL é negativo 
VAL1- valor actual líquido positivo 
VAL2- valor actual líquido negativo
Ao se realizar uma análise de investimento, a melhor alternativa do ponto de vista deste método, é aquela que apresentar maior taxa de retorno, sendo que, esta taxa de retorno deverá ser sempre maior que a taxa mínima de retorno exigida (Correa, 2002; Oliveira, 1982). Assim, para ser tomada uma decisão com base no método da TIR, deve-se considerar os seguintes critérios:
· Se a TIR for maior que a taxa mínima de retorno, indica que os valores referentes às entradas são maiores que o das saídas, então, o projecto deve ser aceite;
· Se a TIR for igual à taxa mínima de retorno, indica que os valores referentes às entradas são iguais que o das saídas, então, a realização ou não desse projecto, segundo o método, é indiferente;
· Se a TIR for menor que a taxa mínima de retorno, indica que os valores referentes às entradas são menores que o das saídas, então, deve-se rejeitar o projecto.
2.2.4. Taxa beneficio-custo (B/C)
A razão benefício – custo de um projecto (B/C) compara benefícios com os custos associados a diferentes alternativas, valorizando em termos monetários, e actualizado para o momento da tomada da decisão, para que se possa determinar a alternativa que pode maximizar a razão entre os benefícios e os custos e calcula-se usando a fórmula (Drummond et al., 1997; Ferreira, 2005).
Onde:
Bt = Benefícios totais a determinada taxa de desconto; 
Ct = Custos totais a determinada taxa de desconto;
i = Taxa de desconto; 
t = Tempo.
O elemento central da B/C é precisamente medir custos e benefícios nas mesmas unidades monetárias que sejam possíveis comparar. A maior dificuldade na sua aplicação está no cálculo da tradução monetária dos benefícios. Frequentemente os benefícios são difíceis de medir, de quantificar em unidades monetárias ou ambas as coisas em simultâneo (Freitas, 2005).
O método de B/C tem como uma das vantagens medir os custos assim como os benefícios em unidades monetárias. Este método permite assim a tomada de decisões com base no impacto económico-financeiro das medidas (Cagno et al., 2013).
2.2.5. Escolha de Taxa de desconto
Os custos e os benefícios de um projecto quando acontecem no futuro, é fundamental fazer a actualização no tempo. Ou seja, os custos e benefícios futuros têm um valor monetário, o qual pode ser contabilizado no presente. Portanto torna-se necessário realizar a transformação desse valor num valor presente, de modo a serem conhecidos e contabilizados todos custos e benefícios do projecto. Para realizar essa actualização, é necessário utilizar uma taxa de actualização (Cowen, 1998).
A taxa de desconto a adoptar no âmbito da análise de viabilidade de um projecto de investimento deve corresponde ao custo de oportunidade do capital, ou seja, à taxa de juro correspondente a melhor remuneração alternativa do capital alcançável em iguais condições de duração e de risco (Avillez et al., 2006). Esta taxa desempenha um papel primordial na aplicação dos principais métodos de avaliação dos projectos de investimento que tomam em consideração o valor do dinheiro no tempo (Menezes, 2005; 2008). 
A escolha da taxa de desconto é um elemento importante para avaliação financeira de projectos e não pode ser escolhida ao acaso. Dado que, altas taxa de desconto podem tornar um projecto rentável e não rentável. Para se avaliar qualquer projecto é necessário decidir-se antecipadamente o valor da taxa de desconto, com excepção do método da TIR que é independente da taxa de desconto, a taxa real ou seja o custo capital sem inflação pode ser assim obt ido, (Falcão, 2011).
(1+ K) = (1 + i) * (1 + f)
Onde: 
K = Taxa de juros nominal;
 i = Taxa de Juros real, ou seja, sem inflação; 
ƒ = Inflação.
2.2.6. Análise de sensibilidade
Tem como objectivo utilizar diversos valores possíveis de uma variável (preço, volume de vendas, taxa de atractividade, dentre outros), como as entradas de caixa, para avaliar o seu impacto sobre o retorno de um activo, que pode ser medido pelo VAL ou outros indicadores (Gitman, 2007).
A análise de Sensibilidade é de grande importância para se tomar decisões mais confiáveis. Isso porque, a partir dela, pode-se ter maior cautela em relação às variáveis consideradas mais influentes, tanto em termos de qualidade das previsões quanto da variabilidade e do risco do projecto como um todo (Monteiro, 2003). Para Cossa (2014), esta análise representa uma tentativa de consideração do risco no projecto. A análise de sensibilidade também é útil para indicar onde os erros de previsão causarão os maiores danos.
III. METODOLOGIA
3.1. Descrição da Área de Estudo
3.1.1. Localização
O distrito de Boane está localizado a sudeste da província de Maputo, sendo limitado a Norte pelo Distrito de Moamba, a Sul e Este pelo Distrito de Namaacha, e a Oeste pela Cidade de Matola e pelo Distrito de Matutuíne. Tem uma superfície de cerca de 815 km2e uma população estimada à data de 1/1/2005 em cerca de 81.406 habitantes (MAE, 2005).
Figura 1. Localização do distrito de Boane
Fonte: INE (2010)
3.1.2 Clima
O clima é sub-húmido, com temperatura média anual de 23,7 °C. A amplitude térmica anual é de 8,8 °C, com a humidade relativa anual de 80,5%, variando de um valor máximo de 86% em Julho a um valor mínimo de 73,5% em Novembro. A pluviosidade média anual é de 752 mm variando entre os valores médios de 563,6 mm para o período húmido e 43,6 mm para o período seco. O período húmido estende-se de Novembro a Março e o período seco de Abril a Outubro. O Distrito possui certas tendências a ciclones, secas e cheias (MAEFP, 2014).
3.1.3 Relevos e solos
O vale de Umbelúzi possui solos com bom potencial agrícola e pecuário, que são explorados por um vasto tecido de agricultura privada e familiar. Existe uma diferença notável entre as zonas do distrito em relação á segurança alimentar. A zona sul, mais estável e coberta pela rede de rios, beneficia de regadios e baixa humidade e é apta para hortícolas, banana e citrinos, e a zona norte perto do rio Matola o potencial existente é mais apropriado para o cajueiro e avicultura, beneficiando a população de pequenos negócios que o rápido desenvolvimento socio-económico da região (MAEFP, 2014).
3.1.4 Actividades sócio-económicas 
A agricultura é a base da economia do distrito, tendo como principais culturas as hortícolas, milho, mandioca, feijão, bananas e citrinos. As espécies de gado predominantes são o bovino, ovino e aves, destinadas para o consumo familiar. O sector agrícola familiar está em expansão e as explorações privadas ocupam uma parte significativa das terras férteis e absorvem cada metade da mão-de-obra assalariada do distrito. A proximidade de Maputo e dos vizinhos da Suazilândia e da África do Sul, contribui para uma actividade comercial bastante activa no distrito. O comércio sobretudo informal e de fronteira e outros serviços têm tido uma importância crescente ocupando já 36% da população activa e 22% das mulheres economicamente activas, na sua maioria das zonas urbanas e semi-urbanas (MAEFP, 2014).
2.2 Métodos
O presente trabalho vai possuir uma abordagem quantitativa. Segundo Roesch, (1996), por utilizar questionário, as pesquisas quantitativas são adequadas para obter opiniões conscientes e explicitas dos entrevistados. Essas ferramentas são aplicadas quando se sabe precisamente o que perguntar para atingir a finalidade da pesquisa (Roesch. 1996).
2.3 Colecta de dados
A colecta de dados a respeito da cultura da banana no distrito de Boane foi realizada no mês de Junho de 2019. Para o processo de amostragem, entrou-se em contacto com os Serviços Distritais das Actividades Económicas (SDAE) para a obtenção de nomes dos principais produtores da banana na região. 
Para o complemento da informação, foram feitas visitas de campo e recolhidos dados secundários baseando-se na literatura, sobre todos os aspectos relacionados com a cadeia produtiva da cultura, desde dados técnicos, sobre operações culturais, variedades, produção, comercialização do produto e preços.
2.4 Variáveis a medir
2.4.1 Determinação de Custos para a Produção da Banana
Os custos de produção da cultura de Banana foram divididos em quatro partes: a) Operações culturais; b) Insumos; c) Equipamentos e Ferramentas e d) Outros serviços.
a) Operações culturais 
O valor das operações culturais foi calculado tomando-se em consideração a contratação da mão-de-obra periódica (mecanizada e manual). Os desembolsos considerados na contratação da mão-de-obra mecanizada foram estimados com base no preço médio praticado na região em horas máquina por hectare (hm/ha) e, os mesmos foram inclusos no fluxo de caixa apenas no ano zero (considerado com ano de implantação do pomar), e a título de caso tem-se: limpeza do campo, drenagem, subsolagem, lavoura, gradagem e nivelamento. 
Os gastos referentes a contratação da mão-de-obra manual foram quantificados em função do número de vezes em que as mesmas serão realizadas. E os mesmos foram estimados em jorna por hectare (J/ha) de acordo com o preço da região.
b) Insumos 
Fazem parte as despesas efectuadas na aquisição de fertilizantes, pesticidas e mudas. Para fertilizantes assim como pesticidas, calculou-se o preço médio entre as principais casas agrárias da região. No caso das mudas, considerou-se o valor de venda do IIAM (Umbeluze) produtor de mudas na região. Na planilha do fluxo de caixa, os gastos com insumos (fertilizantes e pesticidas) foram estimados de acordo com as necessidades da cultura em cada ano.
c) Equipamento, Ferramentas e Outro Serviços
O valor gasto com equipamentos e ferramenta foram inclusos no fluxo de caixa de acordo com necessidades de uso. Foi estimado com os gastos na instalação de sistema de quebra vento e serviço técnico de análise de solo. O custo de instalação de sistema de quebra vento foi contado no fluxo de caixa no momento da implantação do pomar apenas como valor de compra das mudas, e a análise de solo durante o projecto conforme as necessidades, considerando que a mesma é praticada antes de cada adubação.
2.4.2 Determinação do Preço do Produto 
O preço de comercialização da banana foi definido ao nível do produtor (preço do produtor), isto é, o preço médio pago ao produtor na venda da fruta aos clientes.
2.4.3 Determinação das Receitas de Produção de Banana
As receitas do processo de produção da banana foram determinadas em receitas brutas anuais, durante um período de 3 anos, segundo a seguinte fórmula:
Onde: 
RT= Receita bruta (Mtn/ano); 
N= Número de plantas por hectare; 
P= Preço da banana (Mtn/kg); 
R= Rendimento médio por planta (kg/ha).
2.4.4 Determinação dos Pontos Críticos 
Os pontos críticos foram determinados segundo o método proposto por Mucavele (2013), o qual afirma que os mesmos são encontrados quando o valor de produção é igual aos custos totais (VP=CT), isto é, quando o lucro é igual a zero. Assim, a produção e o rendimento crítico podem ser achados usando as seguintes equações: 
Onde: 
Y* = Rendimento crítico (kg/ha); 
Py* = Preço crítico (Mtn/kg); 
Pxi = Preço do factor de produção i = 1, 2, 3, …, n; 
Xi = Quantidade do factor de produção i= 1, 2, 3, …, n; 
Y = Rendimento normal (kg/ha); 
Py = Preço médio do mercado pago na venda do produto (Mtn/kg); 
CFT = Custo fixo total (Mtn/ha).
O Y* menor que o Y revela a eficiência técnica, o que pressupõe a boa viabilidade das tecnologias em uso e, se for maior que o potencial, as inferências são inversas das primeiras (ineficiência técnica, tecnologias não viáveis) e o mesmo faz-se para o Preço (Py).
2.4.5 Avaliação da Viabilidade do Projecto
Para analisar a viabilidade económica de implantação de pomar de bananano distrito de Boane, foram estabelecidos os fluxos de benefícios e de custos, que ocorrem ao longo do horizonte pré-definido de tempo. O confronto entre estes dois fluxos possibilitou a determinação da rentabilidade da cultura, usando os principais indicadores de viabilidade económica de projecto, nomeadamente: Período Payback, VAL, TIR e B/C.
Para o cálculo recorreu-se a fórmulas de cada indicador supramencionado, respectivamente, o Período Payback para se saber o número de anos necessários para que os benefícios líquidos recuperem os custos de investimento, e de seguida o VAL para estimar o total de recursos financeiros que a cultura de banana deverá gerar ao longo do horizonte de tempo pré-estabelecido, considerandos estes valores no momento actual, e segundo Ide et al. (2001), a TIR com vista a dar a conhecer o custo máximo no qual o investimento levará o dinheiro pedido emprestado para financiar na totalidade o projecto (Guerra, 1992; 2002) e, por último a Taxa B/C para representar o peso de cada unidade de capital investido no projecto Gallardo (1998) citado por Uranga (2006).
2.4.6 Determinação da Taxa de Desconto
Para a determinação da taxa de desconto, durante o processo de recolha de dados, foram consultados os bancos BCI e Único sobre a taxa de juros que praticam ao pedir empréstimo ao banco num determinado montante em Dólares Americano.
2.4.7 Análise de Sensibilidade 
Foi efectuada a análise de sensibilidade, a fim de verificar possíveis alterações nos resultados ocasionados por variações de preço do produto e da taxa de desconto, uma vez que estes influenciam directamente na receita e no custo de produção, podendo neste caso tornar um projecto viável a não viável. Para a presente pesquisa foram analisados individualmente os indicadores VAL, TIR e Taxa B/C, submetidos as seguintes condições: 
· Aumento e redução do preço da Banana em 25%; 
· Aumento e redução do preço da Banana em 50%; 
· Aumento e redução da taxa de juros em 25%; 
· Aumento e redução da taxa de juros em 50%.
2.5 Análise de dados
Na tabela de fluxo de caixa, foram estimados os custos e receitas durante o projecto com uma vida útil de 5 anos. Todos os valores foram expressos em dólares por hectar por ano (US$/ha/ano), devido a instabilidade da moeda nacional no mercado. Para a sua conversão, foi usada a taxa de câmbio publicada pelo Banco de Moçambique (BM) no mês da colecta de dados. O dimensionamento foi feito considerado um pomar de 1 ha, com espaçamento de 3,0 m x 2,0 m (cerca de 1660 plantas/ha) para variedades de porte baixo a médio, com 10% reposição de plantas e uma perda de produção de 20% segundo Martins (1992). Não foram considerados as depreciações dos equipamentos e ferramentas de trabalho, isto é, foram tomados como desprezíveis. Como compensação, foi considerado como valor de imprevistos 17% dos custos totais por ano. E para avaliar a viabilidade financeira da banana foi usada a folha de cálculo de MS EXCEL versão 2016 para o cálculo dos indicadores financeiros, elaboração de gráficos e tabelas.
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A estrutura de fluxo de caixa que indica as actividades e os respectivos custos e receitas anuais de um pomar de 1ha de banana no distrito de Boane, está ilustrada na tabela 1. Estes valores foram estimados com base nos pressupostos considerados anteriormente. Contudo, os custos de cada actividade foram estimados de acordo com as exigências da cultura e os preços praticados na região. Quanto as receitas brutas foram obtidas a partir dos dados de produção estimada em cada empresa e o preço do mercado (US$/kg), desta feita, determinou-se as receitas líquidas (receitas - despesas) inerentes ao projecto.
Tabela 1. Fluxo de Caixa de Estabelecimento de um pomar de Bananeira no distrito de Boan-Empresas Bloco 4, Rio verde e Frutas Libombo
	Ano
	Actividades
	Custos (US$/ha)
	Receitas (US$/ha)
	Receitas Líquidas (US$/ha)
	0
	Preparação do solo; Análise de solo/água; Aquisição de Equipamentos, Ferramentas e Insumos; Plantação das Mudas e Instalação do Sistema de Quebra-Vento; Tratos Culturais.
	
14.006,70
	-
	(-14.006,70)
	1
	Análise de solo/água; Instalação do Sistema de Quebra-Vento; Aquisição de Insumos; Tratos Culturais; Colheita.
	986,16
	5.940,00
	4.953,84
	2
	Análise de solo/água; Instalação do Sistema de Quebra-Vento; Aquisição de Insumos; Tratos Culturais; Colheita.
	936,41
	6.264,00
	5.327,59
	3
	Análise de solo/água; Instalação do Sistema de Quebra-Vento; Aquisição de Insumos; Tratos Culturais; Colheita.
	843,98
	7.452,00
	6,608,02
	4
	Análise de solo/água; Instalação do Sistema de Quebra-Vento; Aquisição de Insumos; Tratos Culturais; Colheita.
	843,98
	8.100,00
	7.256,02
	5
	Análise de solo/água; Instalação do Sistema de Quebra-Vento; Aquisição de Insumos; Tratos Culturais; Colheita.
	843,98
	8.100,00
	7.256,02
	Total
	-
	18.461,21
	35.856,00
	17.394,79
Tabela 2. Fluxo de Caixa de Estabelecimento de um pomar de Bananeira no distrito de Boan-Empresa CETRUM
	Ano
	Actividades
	Custos (US$/ha)
	Receitas (US$/ha)
	Receitas Líquidas (US$/ha)
	0
	Preparação do solo; Análise de solo/água; Aquisição de Equipamentos, Ferramentas e Insumos; Plantação das Mudas e Instalação do Sistema de Quebra-Vento; Tratos Culturais.
	14.396,65
	-
	(-14.396,65)
	1
	Análise de solo/água; Instalação do Sistema de Quebra-Vento; Aquisição de Insumos; Tratos Culturais; Colheita.
	1.051,07
	5.832,00
	4.780,93
	2
	Análise de solo/água; Instalação do Sistema de Quebra-Vento; Aquisição de Insumos; Tratos Culturais; Colheita.
	1.000,67
	6.264,00
	5.263,33
	3
	Análise de solo/água; Instalação do Sistema de Quebra-Vento; Aquisição de Insumos; Tratos Culturais; Colheita.
	888,35
	7.452,00
	6.563,65
	4
	Análise de solo/água; Instalação do Sistema de Quebra-Vento; Aquisição de Insumos; Tratos Culturais; Colheita.
	888,35
	7.992,00
	7.103,65
	5
	Análise de solo/água; Instalação do Sistema de Quebra-Vento; Aquisição de Insumos; Tratos Culturais; Colheita.
	888,35
	7.992,00
	7,103.65
	Total
	-
	19.113,42
	35.352,00
	16,418.58
4.1Custos de Produção de Banana
O custo de implantação da cultura, com base nos pressupostos considerados foi de US$ 18.461,21/ha para as empresas Bloco 4/Rio verde/Frutas Libombo e US$ 19.113,42/ha para CETRUM, tendo a fase de implantação do pomar participado com o maior peso US$ 14.006,94 e 14.396,65/ha, corresponde a 75,9 e 79%, respectivamente, para as empresas Bloco 4/Rio verde/Frutas Libombo e CETRUM (Anexo 1 e 2). Os itens que contribuíram com maior peso nessa fase foram equipamento e ferramenta de trabalho e insumos, com um peso médio de US$ 8.429,82/ha; US$ 2.975,35/ha e US$ 8.692,05/ha; US$ 3.007,65/ha, respectivamente para Bloco 4/Rio verde/Frutas Libombo e CETRUM. Para equipamento e ferramenta, o subitem de maior peso foi sistema de irrigação de US$ 1,788/ha e US$ 1,845/ha, correspondes a 60 e 61% gasto na compra de e equipamento e ferramentas de trabalho, respectivamente para Bloco 4/Rio verde/Frutas Libombo e CETRUM. Para o insumo o subitem de maior peso foi o custo das mudas com participação de 78,8% e 76,4%, respectivamente, gasto na compra de insumos.
 
Figura 2. Desembolso de caixa do projecto de implantação de pomar de banana na empresa CETRUM
Figura 3. Desembolso de caixa do projecto de implantação de pomar de banana na empresa Bloco 4, Rio verde e Frutas Libombo
A figuras 2 e 3 mostram os itens de maior impacto no custo de produção durante o horizonte de tempo do projecto nas empresas de estudo. Pode-se observar ainda que o insumo foi o item de maior peso no custo de produção em todas empresas, resultados estes que coadunam com os encontrados por Zonneti et al. (2002) e Pacheco et al. (2016), que nos seus estudos ambos obtiveram insumos como item de maior peso, com 79,4% e 36,4% do custo total de produção, respectivamente. Pacheco et al. (2016) tiveram menor valor em relação a Zonneti et al. (2002), provavelmente por incluírem além de outras despesas nos custos totais, despesas referentes aos encargos sociais e assistência técnica, enquantoZonneti et al. (2002), não consideraram essas componentes. 
Em ambas empresas, o item “Outros serviços” foi o de menor peso no custo total, com uma participação média de 2% no custo total (Figura 4). Dentro desta categoria, o subitem de maior peso foi o da análise do solo, que foi incluso no fluxo de caixa durante todo o horizonte de tempo pré-definido (5 anos), o que justifica a sua maior participação (66,2%) em relação ao subitem instalação de quebra vento (30,8%), que só foi incluso no fluxo de caixa no ano de implantação do pomar.
Figura 4. Participação de cada Item no custo de produção de implantação de um pomar de banana.
4.2 Receitas de Produção
A partir dos dados de produção estimada e o preço unitário de mercado, calculou-se as receitas a obter, no caso de vender a quantidade do produto na sua totalidade. E os resultados indicaram que para 1ha, o projecto gera US$ 35.604 de receita bruta ao longo do tempo pré-estabelecido. Uma vez que o valor da receita bruta é superior que o custo de produção, o projecto de produção de banana gera lucros ao agricultor.
Nas tabelas (1) e (2) de fluxo de caixa, observa-se uma receita líquida negativa no primeiro ano, sendo que a partir do 2º ano as receitas anuais passam a superar as despesas.
4.3 Avaliação da viabilidade do projecto
Os indicadores da viabilidade financeira do projecto do presente trabalho foram os seguintes: Período payback, VAL, TIR e B/C, a uma taxa de desconto de 10% ao ano para um período de 5 anos.
Tabela 3. Indicadores de viabilidade financeira do cultivo de banana, em um pomar de 1 ha com uma densidade 1660 plantas/ha no distrito de Boane.
	Indicadores
 
	Unidades
	Valores
	Periodo de Payback
 
	Anos
	4
	VAL 10%
 
	US$/ha
	8.909,71
	TIR
 
	(%)
	30,95
	Taxa B/C
 
	(-)
	1,5
4.3.1 Período payback
O tempo necessário para recuperar o capital foi de 4 anos, contrariando com Lacerda et al. (2013) e Pacheco et al. (2016), que obtiveram a recuperação do capital investido a partir do segundo ano de produção em seus estudos de produção da banana-maçã em sistema de plantio convencional de sequeiro e produção da banana Cavendish irrigada, provavelmente essa diferença pode estar associado ao facto dos autores do estudo não terem incluído as perdas de produção. 
4.3.2 Valor Actual Liquido (VAL)
O VAL calculado a 10% de taxa de desconto foi de US$ 8.909,71/ha, diferente do obtido por Pacheco et al. (2016), os quais registaram em seu estudo um VAL de US$ 9,298.79/ha a uma taxa de desconto de 14.15%. Esta grande diferença provavelmente pode estar associada ao facto de os autores do estudo referido não terem incluso perdas de produção e por terem considerado uma taxa de desconto anual de 14.15% e preço de comercialização de banana de US$ 0.21/kg, diferentemente do presente estudo em que foram consideradas perdas de produção a uma taxa de 10% e aplicada uma taxa de desconto de 10% ao ano e preço de comercialização de banana de US$ 0.24/kg, o que explica a inferioridade do VAL obtido em relação ao do estudo mencionado.
4.3.3 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Com base na utilização dos recursos referidos para esta análise, a taxa interna de retorno calculada foi de 30,95%, o que significa que o investimento alcança com um ganho real de 20,95% quando descontado a taxa anual de juros de 10%. Esta taxa é menor que a registada no estudo de Pacheco et al. (2016), o qual apurou um TIR de 48,78%, o que pode ser provavelmente explicado pelas mesmas razões referidas no ponto tocante ao VAL. Por outro lado, a taxa interna de retorno do presente estudo, mostrou-se maior que a registada no estudo de Neto (2016), o qual obteve uma TIR de 14,85% anual, o que pode estar associado ao facto de este autor ter conduzido seu estudo em uma área maior (10ha) que a do presente estudo.
Nas condições do estudo supracitadas, o projecto torna-se viável, pois, a taxa interna de retorno (TIR) encontra-se acima da taxa do custo de oportunidade do capital (de 10% ao ano). Zunido et al. (2006), afirmam que a TIR é a taxa mais elevada a que o investidor pode contrair um empréstimo para financiar um investimento, sem perder dinheiro, suportando desta feita a análise feita neste capítulo.
4.3.4 Taxa Benefício – Custos (B/C)
A taxa beneficio-custo obtida através de valores dos custos e receitas actualizadas a uma taxa de desconto de 10% ao ano foi de 1,5 que é aceitável já que as receitas brutas superam os custos totais, neste caso recomenda se a execução do projecto, uma vez que por cada US$ 1,00 investido no projecto, gera-se no mesmo um excedente de US$ 0,5. Bittencourt et al (2004), suportam a decisão acima referindo que os investimentos são considerados viáveis sempre que a relação receita total e custos operacionais resultar, no mínimo, 1, ou seja, quando, numa hipótese pessimista, a receita for igual às despesas.
4.4 Determinação dos Pontos Críticos
A tabela abaixo ilustra o rendimento e o preço abaixo do qual o cultivo de banana, torna-se impraticável no distrito de Boane.
Tabela 4. Rendimento e preço crítico para cultura de banana.
	
	
	Unidade
	Valores
	Custo TOTAL
 
	Kg/ha
	18,787.32
	Rendimento Total
 
	Kg/ha
	146.475,00
	Preço do Mercado
 
	US$/kg
	0,24
	 
	 
	 
	 
	Rendimento Critico
 
	Kg/ha
	78.280,48
	Preço Critico
 
	US$/kg
	0,13
O rendimento crítico da banana é de 78.280,48 kg/ha e o preço crítico US$ 0,13/kg. Dado que o rendimento critico é inferior ao obtido pelo produtor e o preço crítico inferior ao do mercado, a produção é viável, isto significa que o produtor terá lucros, pois segundo Martin et al. (1998), o rendimento crítico e preço crítico, permitem respectivamente, visualizar quanto de produção é necessário e qual é o valor de comercialização que paga os custos de produção da banana.
Pacheco et al. (2016), constataram em seu estudo, que o produtor deve obter em média uma produtividade de 22.540 kg/ha no 1º ano e 22.770 kg/ha nos anos seguintes de produção, e o preço de comercialização de seus frutos alcance no mínimo US$ 0,15 e US$ 0,13 por kg, respectivamente, para que o produtor consiga cobrir seus gastos sem incorrer em prejuízos. Estes resultados diferem dos obtidos no presente estudo, provavelmente pelo facto dos autores supracitados terem incluso no seu estudo despesas inerentes aos encargos sociais e assistência técnica, além de outras despesas, elementos esses não considerados no presente estudo. Outro facto pode ser provavelmente, a não inclusão dos custos fixos no cálculo de custos totais para o presente estudo, o que pode ter ocasionado elevado valor de rendimento crítico e menor preço critico comparado ao estudo anteriormente citado.
4.5 Análise de sensibilidade
A tabela 5 e 6, mostram o que acontece com a viabilidade do projecto, se formos a reduzir ou aumentar a taxa de juros e o preço de venda da banana em 25% e a 50%.
Tabela 5. Relação entre a taxa de juro, VAL, TIR e B/C.
	
	
	 taxa de Juros
	 
	 
	
	
	-50%
	-25%
	0
	25%
	50%
	Indicadores
	Unidades
	5
	7.5
	10
	12.5
	15
	VAL
	US$/ha
	12458.62
	10587.24
	8909.71
	7401.003
	6039.997
	TIR
	(%)
	30.65
	30.63
	30.95
	30.59
	30.56
	B/C
	(-)
	1.7
	1.6
	1.5
	1.4
	1.3
Na tabela acima, observa-se que se a taxa de juro baixar na ordem dos 25% e 50% o projecto apresenta um VAL e B/C cada vez maior e o TIR por sua vez, reduz. Em caso de subida de taxa de juro na ordem dos 25% e 50% os valores de VAL e B/C assim como TIR diminuem. Contudo o projecto continuará viável nas condições acima referidas. 
Resultados similares foram observados por Neto (2016), o qual usando uma taxa de juros de 8%, observou um crescimento do VAL com a redução da taxa de juros para 6% e decréscimo do VAL com a medida em que a taxa de juros aumentava até atingir os 16%, taxa a partir da qual o VAL tornou-se negativo, tornando desta feita, o projecto impraticável. 
Tabela 6. Relação entre preço, VAL, TIR e B/C.
	
	
	 Preço do produto (US$/Kg)
	 
	
	
	-50%
	-25%
	0
	25%
	50%
	Indicadores
	Unidades
	0.12
	0.18
	0.24
	0.3
	0.36
	VAL
	US$/ha
	-4399.31
	2255.1998909.71
	15564.21
	22218.72
	TIR
	(%)
	25.7
	8.97
	30.95
	44.38
	56.74
	B/C
	(-)
	0.75
	1.13
	1.5
	1.88
	2.26
Figura 5. Comportamento do VAL a 10% sob variação do preço médio da banana.
Na tabela acima, observa-se que a redução do preço de comercialização de banana em 50% faz com que o cultivo de banana no distrito de Boane seja uma actividade não viável, dado que se obtém o VAL negativo e Taxa B/C menor que 1. Observa-se também que a redução do preço de comercialização em 25%, embora não torne a actividade impraticável, reduz substancialmente quer o VAL quer o a Taxa B/C, ao passo que o TIR aumenta, o que significa que afecta de alguma forma a viabilidade do projecto. Em contrapartida, quando se aumenta o preço de comercialização da banana nas mesmas proporções, observa-se igualmente aumento no VAL, Taxa B/C, e TIR superior que a taxa de desconto, o que significa que o projecto torna-se cada mais atraente (viável) com o aumento do preço de comercialização da banana. 
Neto (2016), obteve resultados similares quando em seu estudo, analisando o comportamento do VAL e da TIR a 8% com variação do preço de venda da banana, verificou uma redução gradual do VAL e da TIR a medida em que o preço diminuía. Por outro lado, observou que o aumento do preço de venda da banana, resultou no crescimento significativo do VAL e TIR, constatando que o projecto de produção da banana torna-se cada vez mais praticável com a subida do preço de venda do fruto.
V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1 Conclusões 
Com a realização do presente estudo da viabilidade financeira, chegou-se as seguintes conclusões:
· Para um pomar de 1 ha, o projecto gera uma receita que supera as despesas totais do projecto durante o tempo de vida útil de 5 anos; 
· O cultivo de banana no distrito de Boane é uma actividade viável dado que, o VAL (10%) > 0, TIR (30.95%) > i, e a Taxa B/C (1.5) > 1. 
· O preço e rendimento crítico, respectivamente de US$/kg 0.12 e 76.921,71 kg/ha são menores ao preço do mercado e o rendimento obtido pelo produtor, isto torna o projecto viável; 
· A viabilidade do projecto é negativamente afectada com o aumento da taxa de juro em 50% e redução do preço de venda do produto a 50%. 
5.2 Recomendações
Aos Investigadores
· Que se realizem estudos semelhantes em outras regiões do país com condições edafoclimáticas favoráveis, com vista a auxiliar na tomada de decisão de agricultores que pretendam entrar neste sector de agro-negócio. 
Aos Produtores
· Recomenda-se a implantação do projecto, uma vez que esta cultura é altamente rentável, com uma alta demanda no mercado nacional e internacional; 
· Massificar o cultivo de banana de modo a garantir mais postos de emprego, aumentar sua renda e contribuir para o desenvolvimento comunitário.
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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ANEXOS
Viabilidade Financeira de Implantação de um Pomar de Bananeiras no Distrito de Boane.
Hélder Lipangue 	 Projecto Final	 48
 
Anexo 1. Coeficiente técnico e estimativa de custo de produção da cultura de banana nas empresas Bloco 4, Rio verde e Frutas Libombo, distrito de Boane
Anexo 2. Coeficiente técnico e estimativa de custo de produção da cultura de banana na empresa CETRUM, distrito de Boane
Anexo 3. Projeção da produção nas empresas Bloco 4, Rio verde e Frutas Libombo
Anexo 4. Projeção da produção na empresa CETRUM
Anexo 5. Receitas brutas de um pomar de Bananeira nas empresas Bloco 4, Rio verde e Frutas Libombo, com densidade de 1660 plantas/ha
Anexo 6. Receitas brutas de um pomar de Bananeira na empresa CETRUM, com densidade de 1660 plantas/ha
	
	
Sensebilidade
US$/ha	
-50%	-25	%	0%	25%	50%	-4399.3100000000004	2255.1990000000001	8909.7099999999991	15564.21	22218.720000000001	
Hélder Lipangue Projecto Final 		 49
030006000900012000150001800021000Custo TotalOperaçõesculturaisInsumosEquipamentose FerramentasOutrosserviços19113.42797.390114457.54963518.9505339.534US$/ha
040008000120001600020000Custo TotalOperaçõesculturaisInsumosEquipamentose FerramentasOutrosserviços18461.21819.163813849.86333481.1595311.0211US$/ha
4%75%19%2%Operações culturaisInsumosEquipamentos e FerramentasOutros serviços
Compasso: 3mx2m
Area: 1ha
Densidade (plantas/ha): 1660
Itemunid.valor unit.Qtde.valor unit.Qtde.valor unit.Qtde.valor unit.Qtde.valor unit.Qtde.valor unit.Qtde.valor unit.
A1-Preparação do solo
Construção de carreadoresHm/ha86.221.0086.22
Limpeza da áreaHm/ha79.001.0079.00
SubsolagemHm/ha17.021.0017.02
AraçãoHm/ha9.011.009.01
Gradagem NiveladoraHm/ha17.891.0017.89
SulcagemHm/ha50.451.0050.45
A2- Plantação
Destribuição de mudasHm/ha10.221.0010.22
SulcagemHm/ha23.700.5011.85
Fecho de sulcoHm/ha16.341.0016.34
A.3-Tratos culturais
Transporte interno de aduboHm/ha9.011.009.011.009.011.009.011.009.011.009.011.009.01
Transporte interno de calcárioHm/ha9.011.009.011.009.011.009.011.009.011.009.011.009.01
Sub-total A316.0218.0218.0218.0218.0218.02
B1-Preparo de solo
CalagemHomem-dia2.412.004.82
B.2-Implantação
Marcação da covaHomem-dia2.412.004.82
Seleção de mudasHomem-dia2.411.002.41
Abertura de covasHomem-dia2.416.0014.46
Distribuição de mudasHomem-dia2.412.004.82
PlantioHomem-dia2.414.009.64
B- Operações Manuais
Fase improdutiva Fase produtiva
Fase fe formação
Ano 0Ano 1Ano 2
Produção crescente
Ano 5Ano 4
A-Operações Mecânicas
Produção estável
Ano 3
B.3-Tratos culturais
Adubação plantioHomem-dia2.412.004.82
Adubação coberturaHomem-dia2.412.004.822.004.822.004.822.004.822.004.822.004.82
Enleiramento dos restos culturaisHomem-dia2.411.002.412.004.822.004.822.004.822.004.822.004.82

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