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Semana Decisiva PCERJ Investigador Érico Palazzo Princípio da Reserva Legal. Aplicação da Lei penal no Tempo e no Espaço. Teoria Geral do Crime. Classificação das infrações penais. Fato Típico. Dolo e Culpa. Consumação e Tentativa. Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz. Crime Impossível. Ilicitude e suas causas de exclusão. Culpabilidade e suas causas de exclusão. Erro de Tipo e Erro de Proibição. Concurso de pessoas. Espécies de penas. Aplicação da pena. Concurso de Crimes. Punibilidade e suas causas de extinção. Crimes contra a pessoa. Crimes contra o patrimônio. Crimes contra a dignidade sexual. Crimes contra a família. Crimes contra a incolumidade Pública. Crimes contra a paz pública. Crimes contra a fé pública. Crimes contra a administração pública. PCERJ Prioridade máxima Prioridade média Prioridade mínima Crimes contra a pessoa 121, 122, 129, 138 a 145, 147-A, 147-B, 154-A 123, 124 a 128, 147, 148, 150 Demais Crimes contra o patrimônio 155, 157, 168, 171, 180, 181-183 158, 159, 163 Demais Crimes contra a dignidade sexual 213, 215-A, 216-B, 217-A, 218-B, 218-C 215, 216-A Demais Crimes contra a incolumidade pública 250, 251, 267, 268, 270, 273 264, 269, 283, 284 Demais Crimes contra a paz pública 288 288-A Demais Crimes contra a fé pública 297, 298, 299, 304, 307 289, 311-A Demais Crimes contra a administração pública 312, 316, 317, 318, 319, 327, 329, 330, 331, 333, 339 313-A, 320 a 323, 328, 332, 340, 342, 344, 347 a 349 Demais 1) (FGV) No tocante ao crime de perseguição (stalking), previsto no Art. 147-A, do Código Penal, assinale a alternativa correta: a) Trata-se de delito que, pela magnitude da reprimenda penal, não se submete à competência dos Juizados Especiais Criminais. b) Procede-se mediante ação penal privada. c) Para sua caracterização, não se exige que o crime seja praticado contra mulher por razões da condição de sexo feminino. d) Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra criança, adolescente ou idoso. e) A figura típica do art. 147-A exige emprego de ameaça à integridade física, não se perfazendo o delito em caso de ameaça apenas à integridade psicológica. Código Penal Perseguição (Incluído pela Lei nº 14.132, de 2021) Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade. Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. § 1º A pena é aumentada de metade se o crime é cometido: I – contra criança, adolescente ou idoso; II – contra mulher por razões da condição de sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 deste Código; III – mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego de arma. § 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência. § 3º Somente se procede mediante representação. Código Penal Violência psicológica contra a mulher (Incluído pela Lei nº 14.188, de 2021) Art. 147-B. Causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação: Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime mais grave. 2) (FGV) Assinale a afirmativa incorreta no tocante aos crimes contra a dignidade sexual: a) Os crimes contra a liberdade sexual e os crimes sexuais contra vulnerável somente se procedem mediante ação penal pública incondicionada. b) O crime de importunação sexual, previsto no art. 215-A do CP, não se amolda à competência dos Juizados Especiais Criminais. c) A Lei n.º 13.772/2018 instituiu o crime de Registro não autorizado da intimidade sexual previsto no art. 216-B. d) Conforme dispõe o art. 226 do CP, o crime de estupro tem a pena em dobro se o delito for praticado mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes, ou se for praticado para controlar o comportamento social ou sexual da vítima. e) Não há crime quando o agente divulga cena de estupro em publicação de natureza jornalística, científica, cultural ou acadêmica com a adoção de recurso que impossibilite a identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso seja maior de 18 (dezoito) anos. Código Penal Assédio sexual Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. Parágrafo único. (VETADO) § 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos. “Insere-se no tipo penal de assédio sexual a conduta de professor que, em ambiente de sala de aula, aproxima-se de aluna e, com intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, toca partes de seu corpo (barriga e seios), por ser propósito do legislador penal punir aquele que se prevalece de sua autoridade moral e intelectual - dado que o docente naturalmente suscita reverência e vulnerabilidade e, não raro, alcança autoridade paternal - para auferir a vantagem de natureza sexual, pois o vínculo de confiança e admiração criado entre aluno e mestre implica inegável superioridade, capaz de alterar o ânimo da pessoa constrangida. 4. É patente a aludida "ascendência", em virtude da "função" desempenhada pelo recorrente - também elemento normativo do tipo -, devido à atribuição que tem o professor de interferir diretamente na avaliação e no desempenho acadêmico do discente, contexto que lhe gera, inclusive, o receio da reprovação. Logo, a "ascendência" constante do tipo penal objeto deste recurso não deve se limitar à ideia de relação empregatícia entre as partes. Interpretação teleológica que se dá ao texto legal. (REsp 1759135/SP, julgado em 13/08/2019, DJe 01/10/2019) Código Penal Registro não autorizado da intimidade sexual Art. 216-B. Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa. Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem realiza montagem em fotografia, vídeo, áudio ou qualquer outro registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo. Código Penal Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia: Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave. Aumento de pena § 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado por agente que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação. Exclusão de ilicitude § 2º Não há crime quando o agente pratica as condutas descritas no caput deste artigo em publicação de natureza jornalística, científica, cultural ou acadêmica com a adoção de recurso que impossibilite a identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso seja maior de 18 (dezoito) anos. 3) (FCC - 2021 - DPE-RR - Defensor Público) A pena de multa a) constitui dívida de valor e deve ser cobrada pelaFazenda Pública, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal. b) consiste no pagamento de indenização à vítima e é calculada em dias-multa. c) pode ser cobrada mediante desconto no vencimento ou salário do condenado. d) só pode ser convertida em pena privativa de liberdade se comprovado que o condenado tem condições de pagá-la, mas não o faz, garantido o devido processo legal. e) deve ser aplicada cumulativamente à pena privativa de liberdade, vedada sua aplicação isoladamente. 4) (CESPE) Zilda, funcionária pública responsável por certame licitatório, admitiu à licitação empresa declarada inidônea, vindo a praticar conduta prevista como crime na Lei de Licitações e Contratos. Ao tempo do fato, Zilda não tinha conhecimento da declaração de inidoneidade da empresa por condições alheias à sua vontade. Nessa situação hipotética, Zilda a) deverá responder na modalidade culposa por crime previsto na Lei de Licitações e Contratos, uma vez que agiu com negligência por não ter tomado conhecimento da declaração de inidoneidade. b) deverá responder na modalidade dolosa por crime previsto na Lei de Licitações e Contratos, uma vez que agiu assumindo o risco de incorrer no tipo penal. c) não deverá responder pelo crime, uma vez que agiu em erro de proibição, por desconhecimento da condição proibitiva. d) deverá responder por crime previsto na Lei de Licitações e Contratos, mas com isenção de pena, uma vez que agiu em descriminante putativa, supondo situação de fato que, se existisse, tornaria sua ação legítima. e) não deverá responder por crime previsto na Lei de Licitações e Contratos, uma vez que agiu em erro de tipo, por desconhecimento de elemento constitutivo do tipo penal. 5) (CESPE / CEBRASPE - 2021 - TC-DF – Procurador) Quanto a concurso de pessoas no direito penal brasileiro, julgue o próximo item. Quanto à punição do partícipe, a teoria majoritariamente adotada pela doutrina é a da acessoriedade mínima, exigindo-se, para tal punição, que o autor tenha praticado um fato típico. 6) (FGV - 2014 - PROCEMPA - Analista Administrativo – Advogado) Com relação ao tema responsabilidade penal no concurso de pessoas, assinale a afirmativa incorreta. a) A responsabilidade penal é individual, devendo cada agente responder na medida de sua culpabilidade. b) Ocorrendo desvio subjetivo entre os agentes, quem quis participar de crime menos grave responde por este e não pelo crime mais grave praticado pelo outro agente. c) Sendo a participação de menor importância, a pena pode ser reduzida de 1/6 a 1/3. d) O Código Penal adotou a Teoria Monista sobre concurso de agentes sem exceção, devendo todos os participantes responder pelo mesmo crime. e) Não há participação dolosa em crime culposo. 7) (FGV - 2019 - DPE-RJ - Técnico Superior Jurídico) Reconhecida a prática de um fato típico, ilícito e culpável, o Estado tem o poder/dever de punir o seu infrator. Todavia, há situações que fazem desaparecer o poder punitivo estatal, sendo correto afirmar, de acordo com o Código Penal, que: a) os prazos das prescrições da pretensão punitiva e da pretensão executória serão reduzidos pela metade nos casos em que o agente era, ao tempo do crime, menor de 21 anos, ou maior de 60 na data da sentença; b) a anistia, concedida através de decreto presidencial, afasta os efeitos penais, primários e secundários, e extrapenais da condenação; c) a prescrição, a decadência e a perempção são causas de extinção da punibilidade do agente nos crimes de ação penal pública; d) o curso do prazo prescricional interrompe-se com o oferecimento da denúncia. e) a sentença que conceder o perdão judicial, após reconhecimento da materialidade e autoria, não será considerada para efeitos de reincidência; Código Penal Extinção da punibilidade Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: I - pela morte do agente; II - pela anistia, graça ou indulto; III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; IV - pela prescrição, decadência ou perempção; V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; VII e VIII- (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. Extinção da punibilidade Perdão judicial • Súmula 18, STJ: A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório. • CP, Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência. 8) (FGV - 2018 - TJ-AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) O indulto, a graça e a anistia são trazidos pelo Código Penal, em seu artigo 107, inciso II, como causas de extinção da punibilidade. Apesar disso, são institutos que não se confundem. Sobre tais causas de extinção da punibilidade, é correto afirmar que: a) a anistia, o indulto e a graça geram a extinção dos efeitos penais primários e secundários da condenação, permanecendo íntegros, apenas, os seus efeitos civis; b) o indulto, diante de sua natureza coletiva, depende de provocação e requerimento do beneficiado, não podendo ser declarada a extinção da pena de ofício pelo juiz; c) o indulto gera a extinção dos efeitos penais primários, mas não os secundários, permanecendo íntegros, também, os efeitos civis da condenação; d) a anistia gera a extinção dos efeitos penais primários, mas não os secundários, permanecendo íntegros, também, os efeitos civis da condenação; e) o indulto é concedido através de Decreto do Presidente da República, enquanto a anistia e a graça são previstos em lei federal. Súmula 631, STJ O indulto extingue os efeitos primários da condenação (pretensão executória), mas não atinge os efeitos secundários, penais ou extrapenais. Graça Indulto Anistia Efeito principal (sanção penal) Extingue Extingue Extingue Efeitos secundários (maus antecedentes, reincidência, etc) Não extingue Não extingue Extingue Efeitos extrapenais (obrigação de reparação do dano cível) Não extingue Não extingue Não extingue 9) (FGV - 2021 - PC-RJ - Perito Legista) A respeito do tema consumação e tentativa, é correto afirmar que: a) o estupro de vulnerável se consuma com a prática de ato de libidinagem específico ofensivo à dignidade sexual da vítima; b) a tentativa incruenta é modalidade de crime tentado no qual a vítima sofre ferimentos; c) quanto mais perto da consumação, maior será a fração redutora, pois menor a reprovabilidade da conduta; d) nos crimes de tipo misto alternativo, a prática de um dos verbos já é suficiente para a consumação da infração; e) a aferição da quantidade de pena a ser reduzida pela tentativa decorre da culpabilidade do agente. 10) (FAPEC - 2021 - PC-MS - Delegado de Polícia) Nas lições de Miguel Reale Júnior (Teoria do delito), se a não consumação do crime por circunstâncias alheias à vontade do agente torna típica a conduta tentada, funcionando o artigo 14, inciso II, do Código Penal como autêntica norma de extensão temporal do tipo penal, deve-se, pela mesma ratio, ter por atípica a tentativa quando o resultado não se concretiza em decorrência da vontade do próprio agente. Sob essa visão, independentemente da importância político-criminal desses institutos, a não punição da desistência voluntária e do arrependimento eficaz emana da atipicidade da conduta como modalidade tentada. Sobre a desistência voluntária e o arrependimento eficaz, assinale a alternativa correta. a) A desistência voluntária e o arrependimento eficaz podem ocorrer tanto nas hipóteses de crime falho quanto nos casos de tentativa imperfeita. 10) (FAPEC - 2021 - PC-MS - Delegado de Polícia) Cont. b) A desistência voluntária e o arrependimento eficaz possuem efeitos equivalentes, pois ambos funcionam como causa de atipicidade da conduta. A diferença entre os institutos consiste no momento de sua manifestação, pois enquanto a desistência voluntáriadeve ocorrer antes de o resultado típico se consumar, o arrependimento eficaz pode ser reconhecido mesmo após a consumação do crime. c) Na desistência voluntária, o agente, após esgotar os meios executórios que tinha à sua disposição, pratica uma nova conduta para impedir o advento do resultado, razão pela qual ele somente responderá penalmente pelos atos até então praticados. d) A desistência voluntária e o arrependimento eficaz são compatíveis com os crimes culposos próprios. e) Uma vez reconhecido o arrependimento eficaz ou a desistência voluntária, o agente até poderá responder criminalmente pelos atos já praticados, mas não poderá ser responsabilizado pela tentativa do resultado que visava a alcançar antes de abandonar seu dolo inicial. 11) (Instituto Consulplan - 2021 - TJM-MG - Analista Judiciário - Analista Judiciário) Analise as afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as falsas. ( ) O crime de usurpação de função pública só pode ser praticado por quem não é funcionário público. ( ) A existência da corrupção ativa independe da passiva, isto é, a bilateralidade não é requisito indispensável para sua constituição. ( ) O delito de resistência se materializa com a simples oposição injustificada a qualquer ato de agente público. A sequência está correta em a) F, V, F. b) V, F, V. c) F, V, V. d) V, F, F. 12) (FGV - 2021) José, servidor público ocupante de cargo efetivo da Câmara Municipal de Beta, com vontade livre e consciente, exigiu, para si, diretamente, no exercício da função, vantagem indevida consistente em 30 mil reais do sócio-administrador da empresa Alfa, contratada por aquela Casa Legislativa, para não relatar fato desabonador da conduta da citada sociedade empresária. Assim agindo, José está incurso no crime: a) material de corrupção passiva, punível com pena de reclusão de quatro a dez anos, e multa; b) formal de concussão, punível com pena de reclusão de dois a doze anos, e multa; c) material de prevaricação, punível com pena de reclusão de dois a oito anos, e multa; d) formal de corrupção ativa, punível com pena de reclusão de quatro a doze anos, e multa; e) material de advocacia administrativa, punível com pena de reclusão de quatro a dez anos, e multa. 13) (VUNESP - 2021 - TJ-GO - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, aplica-se a lei penal brasileira aos fatos praticados em a) aeronaves privadas brasileiras que estejam pousadas em território estrangeiro. b) aeronaves privadas estrangeiras que estejam sobrevoando o território nacional. c) embarcações mercantes brasileiras que estejam ancoradas em porto estrangeiro. d) aeronaves privadas brasileiras que estejam sobrevoando território estrangeiro. 14) (CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-SE - Escrivão de Polícia) Na sucessão de leis penais no tempo, é aplicável aquela mais favorável ao réu, seja ela contemporânea ao crime, seja aquela em vigor na data da prolação da sentença. 15) (FCC - 2018 - DPE-AM - Defensor Público - adaptada) A reincidência a) determina que o regime inicial de cumprimento de pena seja obrigatoriamente o fechado. b) se verifica quando o agente comete novo crime depois de condenação criminal definitiva por contravenção penal. c) deixa de ser considerada se transcorrer período de 5 anos da data em que foi progredido ao regime aberto e o novo crime praticado. d) em crime doloso, sempre impede a substituição da pena privativa de liberdade pelas restritivas de direito. e) é possível que a reincidência seja demonstrada por meio de informações processuais extraídas dos sítios eletrônicos dos tribunais. Código Penal Art. 64 - Para efeito de reincidência: I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos. Reincidência Como se prova a reincidência? Súmula 636, STJ - A folha de antecedentes criminais é documento suficiente a comprovar os maus antecedentes e a reincidência. STF: “É possível que a reincidência seja demonstrada por meio de informações processuais extraídas dos sítios eletrônicos dos tribunais.” (STF. 1ª Turma. HC 162548 AgR/SP, julgado em 16/6/2020 (Info 982)). Reincidência Súmula 241, STJ A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial. Ressalva: Se o agente possui duas condenações anteriores (multirreincidente), uma delas pode ser utilizada para fins de reincidência (agravante) e outra como maus antecedentes (circunstância judicial). Jurisprudência “As condenações anteriores por contravenções penais não são aptas a gerar reincidência, tendo em vista o que dispõe o art. 63 do Código Penal, que apenas se refere a crimes anteriores. E, se as contravenções penais, puníveis com pena de prisão simples, não geram reincidência, mostra-se desproporcional o delito do art. 28 da Lei n. 11.343/2006 configurar reincidência, tendo em vista que nem é punível com pena privativa de liberdade.” (STJ, HC 453.437/SP, julgado em 04/10/2018)
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