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Tratamento da Sinusite

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TRATAMENTO DA SINUSITE
Os seios paranasais são revestidos por epitélio respiratório, que inclui células ciliadas e células produtoras de muco. Os cílios movem o muco a uma velocidade de 1 cm por minuto. Na presença de inflamação, a frequência do batimento ciliar diminui de 700 para 300 bpm. Além disso, a inflamação causa congestão da mucosa com estreitamento do já pequeno ósteo do seio. A causa mais comum de inflamação determinando sinusite é a infecção viral do trato respiratório superior.
A sinusite aguda é caracterizada pela inflamação e/ou infecção dos seios da face com sintomas que incluem a presença de secreção purulenta nasal ou drenagem pós-nasal, congestão nasal e sensação de dor ou pressão no seio comprometido.
As sinusites virais são as mais freqüentes, podendo ser identificadas em ambientes que disponham de laboratório adequado, sendo o material obtido por meio de aspirado da nasofaringe, para a realização de imunofluorescência indireta ou cultura. As infec- ções bacterianas são melhor definidas por isolamento do agente causal, em casos de sinusite de seio maxilar. O melhor trabalho na área revela o S. pneumoniae (41%) e o H. influenzae (35%) como os mais freqüentes. Outros Streptococos e anaeróbios representam 7% e S. aureus 3%. Em pacientes imunodeprimidos há necessidade de investigar a presença de fungos, especialmente do gênero Aspergillus.
O tratamento da sinusite aguda bacteriana costuma ser empírico, devendo se cobrir os agentes, pneumococos, H. influenzae e M. catarrhalis. A amoxicilina isolada ou associada ao ácido clavulânico, cefalosporinas orais ou eventualmente macrolídeos e quinolonas res- piratórias devem ser preferidos. O uso das quinolonas visa a cobrir Haemophilus influenzae, que é o segundo patógeno mais importante, o qual pode ser produtor de β-lactamase resistente à amoxicilina. O tempo de tratamento deve ser de 10 a 14 dias. A cirurgia raramente é indicada, devendo ser reservada para situações de difícil drenagem, como ocorre nas sinusites fúngicas.
Nos casos de rinossinusite viral (resfriado), o tratamento é apenas suportivo. Não há indicação para uso profilático ou terapêutico com antibiótico. A base do tratamento consiste no uso de acetaminofen (paracetamol) como analgésico e des- congestionantes orais, como a pseudoefedrina, para aliviar a rinorréia e a congestão nasal de adultos saudáveis. O descongestionante oral fenilpropanolamina não deve ser usado por recentes preocupações de estar associado o risco de acidente vascular cerebral hemorrágico. O ipratrópio intranasal demonstrou reduzir a severidade da rinorréia, tendo como principal efeito colateral epistaxe leve. A vitamina C, usada diariamente para evitar resfriados, não é efetiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARRETO, Sérgio Saldanha M. Pneumologia. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2011. 9788536319315. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536319315/. Acesso em: 25 mar. 2022.

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