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1 – Do que trata a reportagem? A reportagem feita no início do ano de 2002, conta sobre o aumento do desemprego no Brasil e a queda da economia. A inflação até que estava controlada, mas o número de desempregados estava cada vez maior. O personagem principal é o senhor chamado Hustene Alves Pereira, conhecido como “Pakinha”, ele tinha um bom emprego, ganhava bem e sustentava sua família, porém perdeu o emprego e ficou em uma situação muito difícil, onde não tinha dinheiro até mesmo para comprar alimentação básica, ele se tornou mais um na estatística do desemprego no Brasil. 2- fontes e personagens? Motorista Ailton Mãe do ailton hustene 3 – A fala das fontes (citações diretas e indiretas)? “Se for para me trazer felicidade, faça com que sobreviva. Se não, o leve embora”. – Quando seu filho estava doente. “Agora você é o homem da família” – Fala do pai ao Hustene “Um dia, mãe, irei vencer na vida com certeza” – Fala pra sua mão após perder o emprego. “Querida Nossa Senhora de Fátima. Início de um novo ano. Espero poder arrumar um novo emprego o mais urgente possível. Não comemorei a entrada de ano porque sem dinheiro, emprego, comemorar o quê? Só comemorei porque estou vivo”, escreveu na primeira página. E assim foram se sucedendo os dias sem que as dores se alternassem. “Querida mãe, hoje, como era de esperar, o primeiro dia útil, os meus cobradores não se esqueceram de mim. Tudo bem, eu devo e quero pagar, mas como, se nem emprego eu tenho?”, no dia 2 de janeiro. “Sabe, mãe, as coisas estão tão difíceis que não sabemos mais o que fazer”, no dia 8. “Estou ainda ‘desempregado’, esta palavra causa medo, vergonha e incrimina qualquer pessoa de bem. Espero um dia poder me livrar desse mal” – Sua prece à Nossa Senhora na virada do ano. “Mãe, se faltar o feijão e o arroz na mesa, eu vou ao supermercado, entro correndo, sem armas porque só tenho um estilingue, e vou preso porque roubei para a minha família comer.” Hustene apieda-se de si: “Não faço mal pra ninguém, estou ferrado, família passando o que está passando, estou vendo meu filho ralando pra trazer pão pra dentro de casa. Por que as portas estão se fechando?” – Prece à Nossa Senhora. “Sou brasileiro, minha pátria é caloteira, puxei à minha mãe. Pode botar no SPC.” – Repostas às ligações de cobranças que ele recebia. “Eu fiz latim no ginásio” / “Será que não tenho condições de passar um pano?” / “Agora precisa ter ensino médio completo para ser faxineiro” – Suas palavras ao ser negado em uma entrevista de emprego por falta de estudo. “Não quero esmola nem do governo nem de ninguém. Quero é pagar minhas contas. Quero trabalhar. Não queria nem seguro-desemprego. Não estou produzindo para ganhar esse dinheiro” / “São Paulo é o coração do Brasil, acolhe todo mundo. Eu me sinto um inútil. Estou produzindo o que para São Paulo e para o Brasil?” – Seu desabafo ao ser questionado sobre benefícios sociais. “O que mais me dói é que não consigo emprego por exigência de estudo. Aí não vou poder continuar dando estudo para os filhos. Vão ficar pai, filhos e netos trabalhando sem educação, no serviço que aparecer. Ficaremos todos sem escolha”, desespera-se. “Eu trabalhava em escritório, tinha datilografia e escrituração fiscal. Meus filhos iam comigo trabalhar e ficavam orgulhosos. Agora me tornei analfabeto, fiquei fora da informática. E meus filhos também, porque não têm computador. E eu não terei o dinheiro para mandá-los para a faculdade. Estaremos todos acabados.” “Eu e o amigo Tião, que tem mais de cinquenta anos e também está desempregado, já combinamos. Vamos fazer uma viagem até uma montanha e esperar um disco voador” 4- repórter deu a opinião dela? n 5 – O que chamou atenção na reportagem? Sua opinião sobre a reportagem lida (ela informou, educou, emocionou)? Emocionou, pois trata de um exemplo triste de um homem que é apenas um entre milhões de pessoas na situação de desemprego, a reportagem mostra um pouco de seu cotidiano difícil, na situação de pobreza, tendo que andar 10 km a pé e enfrentar filas gigantescas em busca de uma oportunidade.
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